Comunicado de Imprensa
O comércio internacional já não é o motor do PIB mundial,
está apenas a acompanhar o seu andamento
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A Euler Hermes, acionista da COSEC, prevê que o crescimento nominal do
comércio internacional seja de apenas 1,8% em 2015.
O incumprimento por parte dos clientes das empresas é um dos maiores
riscos no Comércio Internacional.
As exportações nacionais devem crescer entre 4 a 5% em 2015.
Lisboa, 30 março 2015 - Uma combinação preocupante entre um crescimento económico
estagnado, uma pressão anémica dos preços e um contínuo excesso de produção, conduzem
a previsões moderadas para o comércio internacional, refere a Euler Hermes, acionista da
COSEC, líder mundial em Seguro de Créditos.
Para identificar estas três razões para o prolongado abrandamento económico no comércio, a
Euler Hermes, aponta em primeiro lugar os efeitos dos programas de austeridade na despesa
pública – uma componente histórica forte para o crescimento das economias. Em segundo
lugar, o volume de exportações e importações diminuiu e por força da relação natural existente,
o impacto nas cadeias de produção foi exponencial o que vem enfraquecer ainda mais o
comércio e o crescimento mundiais. Por último, e mais importante, o crescimento do consumo
privado e do investimento – os principais ingredientes para a expansão do comércio
internacional – são muito modestos. Em consequência, o comércio internacional já não é o
motor do PIB mundial, está apenas a acompanhar o seu andamento.
A Euler Hermes prevê que o crescimento nominal do comércio internacional seja de apenas
1,8% este ano e de 4,5% em 2016, uma fração
dos 12% registados anualmente entre 2001 e
2008. O relatório antecipa que um aumento da
pressão negativa sobre os preços resultará num
“tombo” de 560 mil milhões de dólares no
comércio internacional em 2015, numa altura
em que a recuperação mundial de bens e
serviços continua em dificuldade, sete anos
passados da crise financeira. A ameaça do
desenvolvimento de um ciclo vicioso é real:
intensificam-se as pressões deflacionárias e as
margens operacionais são esmagadas a um
ponto tal que, estando os preços ao consumidor
tão baixos, as empresas têm dificuldade em
manter as suas margens.
Em consequência, os países têm um apetite voraz para conseguir aumentar a sua procura
interna, enquanto se focam em estimular as exportações. Isto pode acarretar alguns riscos,
nomeadamente, um maior protecionismo sob a forma de guerra de divisas, controlo de preços
e outras medidas restritivas ao comércio.
Comunicado de Imprensa
O risco de incumprimento por parte dos clientes das empresas no Comércio
Internacional
“É fundamental que as empresas exportadoras tenham atenção aos três P’s dos riscos na
exportação: Preços, Protecionismo e não-Pagamento”, sublinha Ludovic Subran, economista
chefe da Euler Hermes. “Isto implica gerir uma concorrência de preços a nível mundial,
medidas de protecionismo nacionais e o risco de incumprimento por parte dos clientes para
atingir com êxito o desafio da internacionalização.” O relatório da Euler Hermes refere mesmo
que as faltas de pagamento por parte de clientes empresariais se estão a tornar uma das
maiores preocupações. O tempo que as empresas têm de esperar até ao pagamento (prazo
médio de recebimento), está a aumentar mundialmente. Durante este período de espera, os
fornecedores estão a conceder crédito aos seus clientes, gerando uma pressão adicional nos
seus fluxos de caixa.
De acordo com Miguel Gomes da Costa, Presidente da COSEC, “a atual conjuntura económica
tem levado as empresas a analisar melhor a relação com os seus clientes e a ponderar os
riscos que podem advir dos seus negócios, ainda mais quando é equacionada a perspetiva de
exploração de novos mercados”. Assim ferramentas de mitigação deste risco, “como o Seguro
de Créditos, ajudam a dotar as empresas exportadoras de um elevado grau de confiança nas
suas tomadas de decisão”.
Portugal e as expetativas para as Exportações Nacionais
Portugal implementou nos últimos três anos algumas reformas estruturais, que permitiram
incrementar a competitividade do país. Acresce que a atual conjuntura económica,
designadamente com a queda do preço do petróleo, a evolução da cotação do euro e as baixas
taxas de juro, permitem antever uma melhoria no crescimento das exportações nacionais.
Contudo, estas condições favoráveis não podem ser tomadas como garantia, dado as
implicações que estes fatores podem vir a ter em economias emergentes, com as quais
Portugal tem vindo a fortalecer as suas relações, diversificando o destino das suas
exportações.
Neste contexto, prevê-se ainda assim um ligeiro crescimento do ritmo das exportações em
relação ao ano passado, apontando as atuais previsões para um crescimento entre 4 a 5% em
2015. Estas previsões estão aliás em linha com o aumento de cerca de 6% da exposição da
COSEC em mercados externos, verificado no final de 2014.
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Sobre a COSEC
A COSEC é a seguradora líder em Portugal nos ramos do seguro de créditos e caução, oferecendo as
melhores soluções para apoio à gestão e controlo de créditos, bem como garantias de seguro caução,
sendo, ainda, responsável, por conta do Estado Português, pela cobertura e gestão dos riscos de crédito,
caução e investimento, para países de risco político. A COSEC é uma empresa de capitais privados
divididos equitativamente pelo Banco BPI e pela Euler Hermes, líder mundial em seguro de créditos com
uma quota global de 34%.
Para saber mais informações consulte o site www.cosec.pt
Contacto de Imprensa:
Clara Casanova Ferreira
[email protected] | Tel.: +351 217 913 700
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