Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição do Jornal de Negócios Banco de Portugal quer que o governador seja escolhido pelo Presidente da República Jornal de Negócios Online - [email protected] Em vez de ser o primeiro-ministro a indicar o governador do Banco de Portugal, como atualmente, o regulador pretende que a responsabilidade da nomeação passe para Belém, escreve hoje o jornal "Público". O Banco de Portugal quer que o seu governador passe a ser nomeado pelo Presidente da República, segundo escreve hoje, segunda-feira, o jornal “Público”. Atualmente, é o primeiro-ministro que indica o líder do Banco de Portugal. Mas, de acordo com uma proposta do projeto de alteração dos estatutos da entidade reguladora da banca nacional, o governador será apenas sugerido pelo primeiro-ministro. A nomeação ficará a cargo do Presidente da República. Esta não é a única proposta de alteração inscrita no projeto de novos estatutos da entidade liderada por Carlos Costa (na foto), fechado, de acordo com o jornal, desde Agosto. A nomeação da comissão de auditoria também será feita, caso a proposta seja aceite pelo Ministério das Finanças, de forma diferente. Os três membros da comissão de auditoria são, neste momento, escolhidos pelo Ministério das Finanças. A proposta prevê que a comissão seja indicada pelos deputados. Neste momento, está a ser preparada uma nova Lei-Quadro dos Órgãos Reguladores, pela qual o Banco de Portugal não estará abrangido. Esta lei será criada com o intuito de reforçar a independência dos reguladores, tal como acordado com a troika quando foi assinado o memorando de entendimento. Apesar de não estar aqui incluído, o Banco de Portugal preparou um projeto de alteração estatutária que, segundo o “Público”, pretende criar um sistema de contrapesos. Concluído em Agosto, o projeto, que contempla propostas de alteração do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu, estará no Ministério das Finanças há três meses sem que haja, para já, uma resposta oficial. O Negócios tentou contactar o Ministério, mas ainda não conseguiu obter resposta. 2012-11-19