Exames especiais
Hemoculturas

Colheita de sangue para exame bacteriológico
• Bacteriémia – presença de bactérias no
sangue
• Septicémia – inclui já a presença de bactérias
nos tecidos
• A bacteriemia surge quando a velocidade de
multiplicação das bactérias no sangue excede a
capacidade do sistema monocítico-histiocitário de as
remover
Hemoculturas

Causas de bacteriémia
•
•
•
•
•
•
Aparelho génito-urinário
Aparelho respiratório
Abcessos
Ferida cirúrgica
Árvore biliar
Outras


Conhecidas
Desconhecidas
25%
20%
10%
5%
5%
10%
25%
Hemoculturas

Tipos de bacteriémia
• Transitórias

Manipulação de tecidos ou mucosas infectadas
• Furúnculos, celulite, manipulações dentárias,
cistoscopia, algaliação, DIU, ...
• Intermitentes

Com picos febris – geralmente abcessos
• Abdominais, pélvicos, peri-renais, hepáticos
• Contínuas

Febre prolongada
febre tifóide e brucelose nas primeiras semanas, prótese
e cateteres intravasculares
Hemoculturas

Colheita de sangue para exame
bacteriológico
• Antes da administração de terapêutica


Início do pico febril
2 – 3 de ½ em ½ hora
• Realizada sob rigorosas condições de assépsia
• Volume de produto suficiente

1:5 a 1:10 em relação ao volume do frasco
• Aditivos /importância inf. clínica
• Recipiente de transporte esterilizado
Hemoculturas

Incubação
• Temp. 35-37º C
• obs. macroscópica 16-18 h

Sinais de positividade
• Turvação, hemólise, produção de gás, colónias
• Passagem para meios sólidos 24-48 h


Pode ir até ao 7º dia
Brucella manter até às 4 semanas
Com ATB / fungos 14 dias de incubação
Hemoculturas

Meios de cultura
• BHI – Brain Heart Infusion

universal
• Tryptose

Brucella
• “Bactec”

BK
• Meio para anaeróbios
depois TSA
Urocultura

Colheita asséptica
• Lavagem e desinfecção
• Jacto médio
• Recipiente esterilizado
• Envio rápido ao laboratório

Conservar a 4ºC
• < 2h temp. ambiente
Aspiração da algália
Urocultura

Colheita por punção supra-púbica
Urocultura

Infecções urinárias (IU) altas
• pielonefrite

IU baixas
• uretrite
• cistite


prostatite ♂
Bacteriúria assintomática
• Tratamento (?)
Urocultura

Microrganismos
• Bactérias

Cultura positiva se > 100 000 colónias/ml
± 80% E. coli nas IU não complicadas
 Dts sujeitos a manipulações urológicas, IU’s repetição,
imunodeprimidos – Proteus, Klebsiela, Pseudomonas

• Fungos, leveduras e vírus

Diabéticos e imunodeprimidos
• Candidas, criptococus
• Herpes
Secreções e exsudados

Teoricamente podem ser colhidos em qq
local em que se acumulem
• Por zaragatoa
• Por punção aspirativa
• Colheita de secreções brônquicas

Expectoração
• Cinesiterapia respiratória


Entubação endotraqueal
Fibroscopia
• Colheita por aspiração
• Lavado bronco-alveolar
• Escovado
Secreções e exsudados

Colheita com cuidado para evitar
conspurcação das zonas vizinhas
• Com zaragatoa é inadequada para micobactérias

Enviar de imediato ao laboratório
• Meio de transporte adequado
• Possível manter a 4ºC até 24h

Informação clínica fundamental
• por rotina pesquisam-se determinados microrganismos
• quando indicado pedir exame micológico e parasitológico

Por vezes os comensais passam a patogénicos
Secreções e exsudados

Expectoração
• Colheita de manhã em jejum

Prévia lavagem da boca
• Desprezar amostras com restos
alimentares ou só saliva
• Colher para tubo ou seco esterilizado
• Envio imediato ao laboratório

BAAR – exame directo - coloração de ZiehlNeelsen
Secreções e exsudados

Entubação endotraqueal
• Sonda protegida
Secreções e exsudados

Broncofibroscopia
• Aspiração de secreções
• Lavado broncoalveolar
• Escovado
Líquido cefalo-raquidiano (L. C. R.)

Anatomo-fisiologia
L. C. R.

Indicações para punção lombar (PL)
• Diagnóstico





Suspeita infecção do SNC
Suspeita de hemorragia subaracnoideia
Doenças desmielinizantes
Carcinomatose meníngea
Estados inflamatórios meníngeos
• Terapêutca


Injecção fármacos
Remoção de LCR por hipertensão benigna
• Anestesia

Epidural
L. C. R.

Contra-indicações para PL
• Aumento pressão intracraniana
• Diátese hemorrágica / trombocitopenia
• Infecção local na pele
• Lesões com compressão da medula
L. C. R.
Colher 3-4 tubos de LCR
(ex. citológico, bioquímico e bacteriológico)
L. C. R.

Valores laboratoriais
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Pressão
Osmolaridade
pH
Leucócitos
Proteínas
IgG / Pandy
Glucose
VDRL, TPHA, TPI
Lactatos
Amónia

Tinta da China
50-200mmH2O
30mosm/L
7.30
0-5/mm3
15-50 mg/dl
< 0,06g/L
45-100 mg/dl
negativo
1-6mmol/L
300 mg/L
Líquido ascítico

Colheita por
paracentese
• Exame cito-químico
e bacteriológico
• Ex. histológico –
pesquisa de células
neoplásicas
Líquido ascítico
Patologia
aspecto
Cirrose
claro
Neoplasia
claro/
hemático
PBE
turvo
Sind.
Nefrótico
claro
Tuberculose claro/
turvo
leucócitos
(x 109/L)
<0-3
(>75%linf)
0,1-1
>0,3
(>75%PMN)
<0,3
75% linf
variavel
(>50%linf)
proteínas
(mg/dl)
citologia
ex. cultural
<30
neg.
neg.
>30
pos.
cél. Neoplasicas
neg
>30
<20
>30
microrganismos
neg
neg (±)
pos.
neg
pos
Líquido pleural

Colheita por
toracocentese
• Exame cito-químico e
bacteriológico
• Estudo anatomopatológico

Transudados
• Icc
• Cirrose hepática
• Síndrome nefrótico

Exsudados
• Infecções
tuberculose,pneumonias
mesotelioma, metástases
• Colagenoses (LES, AR)
• Outras - enfarte
pulmonar, pancreatite ...
Líquido pleural





Valores dos testes laboratoriais
transudado
<1.016
exsudado
>1.016
Proteínas
LP/S
< 3 gr/dl
<0,5
> 3 gr/dl
>0,5
LDH
LP/S
<200 UI/L
<0,6
>200 UI/L
>0,6
Albumina (S – LP)
>1,2 g/dl
< 1,2 g/dl
Densidade
Líquido pleural









Valores dos testes laboratoriais
eritrocitos
Leucocitos
Linfocitos
Glucose
Amilase
pH
Trigliceridos
C4
>100 000 mm3 – trauma, neoplasia, enfarte pul.
> 10 000 mm3 – pneumonia, tuberculose, neo ...
> 50% - tuberculose, neoplasias
< 60 mg/dl – infecções, AR, tuberculose, neo
↑ - pancreatite, d malignas, fistula esofágica
< 7.20 - empiema
> 100 mg/dl – linfoma, trauma, pós cirurgia
< 10 U - colagenose
Suco gástrico

Colheita para pesquisa de BAAR’s e
produtos tóxicos
Exame das fezes

Coproculturas
• Pesquisa de toxinas do Clostridium
dificile

Pesquisa ovos, quistos e parasitas
• 3 amostras

Pesquisa sangue oculto
• 3 amostras


Reacção à O2H2
Grau de digestão das fezes
Exame das fezes














PESQUISA DE SANGUE OCULTO
Recomendações
1. Dieta recomendada para dois dias antes e durante o período de teste:
Não comer: carne crua, nabos, rabanetes, e medicamentos com aspirina e
vitamina C.
Comer em pequenas quantidades: frango, peixe, enlatado, pipocas,
amendoim, farelos de cereais (trigo, aveia).
Comer à vontade: vegetais (cru e cozidos), alface, espinafre ou milho,
frutas: ameixas, uvas, maçãs.
2. Durante três dias seguidos colher amostras de fezes de recipiente limpo
ou do papel higiênico. Não utilizar fezes colhidas do vaso sanitário.
3. Identificar com nomes e datas. Guardar em local seco.
4. Encaminhar ao laboratório no máximo em 15 dias.
Interferências
Dieta inadequada
Método
Hema-chek
Feca-cult
Exame das fezes

Pesquisa de sangue oculto
• Vit. C – falsos neg.
• AINE’s, etanol, alguns ATB, provocam
algumas perdas sanguíneas
• Teste imunológico

Não necessita dos cuidados dietéticos
Medula óssea

Mielograma
• Biópsia óssea


Punção esternal ou crista ilíaca
Mielocultura
Medula óssea

Mielograma
• Anemias
• Doenças mieloproliferativas
• Doenças linfoproliferativas

Mielocultura
• Febre tifóide
• Brucelose