ACTIVIDADE AVALIATIVA – 1
ACIDENTES NA ÁREA DA PEDIATRIA
Ana Patrícia Silva n.º 1886
Ana Margarida n.º 1885
Bárbara Santos n. º 1993
Carolina Lobo n.º 1867
Cláudia Mendes n.º 1873
Diogo Sousa n.º 1683
Joana Pinto n.º 1877
Pedro Claro n.º 1646
ACIDENTES NA ÁREA DA PEDIATRIA
ACIDENTES NA ÁREA DA PEDIATRIA
Levantamento de programas de prevenção existentes na área da
pediatria
MÓDULO 10 | RACIOCÍNIO CLÍNICO NAS DISFUNÇÕES PEDIÁTRICAS
RESPONSÁVEL DO MÓDULO | PROF. ALDINA LUCENA
UNIDADE CURRICULAR | ESTUDOS DE CASO I
3º ANO DE LICENCIATURA EM FISIOTERAPIA
2011/2012
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ACIDENTES NA ÁREA DA PEDIATRIA
Índice
ACIDENTES NA ÁREA DA PEDIATRIA
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Medidas para a Prevenção de Acidentes Rodoviários
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Medidas para a prevenção de Afogamentos
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Medidas para a prevenção de Queimaduras
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Bibliografia
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ACIDENTES NA ÁREA DA PEDIATRIA
1. ACIDENTES NA ÁREA DA PEDIATRIA
Os acidentes na área da pediatria são uma realidade comum em Portugal, daí a
importância enquanto profissionais de saúde de intervir junto desta população, com vista à
mudança de atitudes e comportamentos para a prevenção dos mesmos. Nessa sequência, um
acidente é definido como “um acontecimento independente da vontade humana, provocado por
uma força exterior, agindo rapidamente e que se manifesta por dano corporal ou mental” (Peden,
Oyegbite, Ozanne-Smith, et al., 2008).
Em Portugal, de 2007 a 2009, todos os dias foram vítimas de acidentes rodoviários 14
crianças, sendo que esta constitui a principal causa de morte em crianças e jovens (Associação
para a Promoção da Segurança Infantil, 2010). Porém, também os acidentes domésticos
assumem um papel de destaque, tendo maior relevo nos primeiros anos de vida, principalmente
entre o primeiro e quarto ano, sendo exemplos disso as quedas (de camas, escadas, varandas),
as intoxicações (medicamentos, cosméticos, pesticidas), as asfixias (almofadas, brinquedos), as
queimaduras (solares, lareiras, fogão, água quente) e os afogamentos (banheira, piscina).
Destes dois últimos acidentes, os afogamentos são a segunda maior causa de morte acidental
em Portugal, sendo a média estimada por ano entre 2005 e 2010 de 17 crianças por ano (até
aos 18 anos) (Associação Portuguesa de Segurança Infantil, 2010). Quanto às queimaduras na
pediatria, estas também assumem um papel de destaque, pelo impacto que estas assumem quer
para a criança, quer para a sua família e o impacto económico para os serviços de saúde
(Peden, Oyegbite, Ozanne-Smith, et al., 2008; Sethi, Towner, Vincenten, Segui-Gomez,
Racioppi, 2008).
Contudo, as mortes constituem uma parte desta problemática, uma vez que existem um
número significativo de crianças que são hospitalizadas ou observadas em ambulatório na
sequência de traumatismos ou lesões, que em muitos casos deixam sequelas para a vida. Neste
sentido, é fulcral apostar na prevenção deste tipo de acidentes de forma a minorar o problema,
sendo que para esta finalidade existem programas implementados, e a implementar, na
população portuguesa (Direcção Geral de Saúde, 2005).
Em Portugal existem, portanto, diversos programas focados na prevenção de acidentes,
pelo que no entanto, estes são destinados para a população em geral. Contudo é de notar que
englobam a população pediátrica (Alto Comissariado da Saúde, 2009), onde constam medidas
específicas e dirigidas para esta mesma população, de entre os quais se destacam: o Programa
Nacional de Prevenção e Controlo de Acidentes/Lesões Involuntárias; Programa Nacional de
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ACIDENTES NA ÁREA DA PEDIATRIA
Prevenção de Acidentes. Estes estão ambos inseridos no Programa Nacional de Saúde
(Direcção-Geral da Saúde, 2005; Alto Comissariado da Saúde, 2009).
Quanto ao primeiro programa mencionado, este teve um período que mediava entre
2004 a 2010, pretendo sistematizar todo um conjunto de acções no âmbito da saúde, com o
objectivo de diminuir o número de acidentes, assim como, as suas consequências, considerando
todo o espaço possível de actuação dos profissionais de saúde. Este programa contempla um
grupo específico de actuação de Promoção da Segurança e Prevenção dos Acidentes (DirecçãoGeral da Saúde, 2005).
No que diz respeito ao segundo programa referido, este tem um horizonte temporal de 8
anos, isto é, de 2009 a 2016, no qual estão contemplados três tipos de prevenção, destacandose a prevenção selectiva, visto que esta dirige a populações com características específicas
nomeadamente a população pediátrica. Este programa centra-se na promoção da saúde e no
desenvolvimento de estratégias focadas no cidadão, que permite inovar na forma de intervir em
cuidados de saúde primários, dando clara prioridade à promoção da segurança baseada no
paradigma salutogénico (von Amann, Nunes, et al., 2009). No mesmo, encontra-se englobado o
Plano de Acção para a Segurança Infantil, enquadrando-se no projecto Europeu Child Safety
Action Plan (Alto Comissariado da Saúde, 2009).
Neste âmbito, existe também o Programa Nacional de Saúde Escolar, que é específico
para a área da pediatria, englobando várias vertentes, sendo uma das quais a prevenção de
acidentes. Este programa tem enfoque na promoção da saúde na escola, desenvolvendo
competências na comunidade educativa que permita melhorar o nível de bem-estar físico, mental
e social, contribuindo para uma melhor qualidade de vida (Direcção-Geral da Saúde, 2006).
Para ir de encontro às necessidades da população pediátrica, existem estratégias que se
encontram incluídas nos programas anteriormente mencionados, permitindo deste modo prevenir
esta problemática enquanto profissionais de saúde. Nesta sequência, também os
pais/encarregados de educação, têm um papel fulcral na prevenção destes acidentes, daí a
importância da sensibilização e a consciencialização dos mesmos. Face a isto, consideram-se
algumas medidas preventivas referentes aos acidentes mais frequentes, tais como:
Medidas para a Prevenção de Acidentes Rodoviários:
- Promover o transporte de crianças voltadas para trás, idealmente até aos 4 anos, através da
sensibilização das famílias, da formação de profissionais que intervêm no aconselhamento e
fiscalização deste tipo de dispositivos (saúde, agentes de autoridade, vendedores) e da
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ACIDENTES NA ÁREA DA PEDIATRIA
promoção da alteração da oferta de cadeirinhas / sistemas de retenção existente no mercado
(Associação para a Promoção da Segurança Infantil, 2009);
- Alertar para o uso de capacete, do cinto de segurança e de cadeiras de transporte adequadas
às características da criança e dos perigos que advém da sua não utilização (Associação para a
Promoção da Segurança Infantil, 2009).
Medidas para a prevenção de Afogamentos:
- Introduzir uma vertente de educação sobre segurança em meio aquático, incluindo aulas de
natação, como uma parte obrigatória do currículo escolar (Associação para a Promoção da
Segurança Infantil, 2009; Associação para a Promoção da Segurança Infantil, 2011).
- Introduzir regulamentação sobre a utilização de auxiliares de flutuação pessoal / coletes de
salvamento quando se desenvolvem actividades na água (Associação para a Promoção da
Segurança Infantil, 2009);
- Desenvolver orientações técnicas para o planeamento e programação de actividades aquáticas
de lazer /recreio (Associação para a Promoção da Segurança Infantil, 2009);
- Aconselhar à colocação de vedações nas piscinas de utilização familiar (Associação para a
Promoção da Segurança Infantil, 2009)
Medidas para a prevenção de Queimaduras:
Tendo em consideração o caso do Silvino e atendo à ocorrência de queimaduras nas
crianças desta família e à elevada taxa de incidência nacional desta problemática, estas medidas
merecem um especial enfoque.
- Guardar fósforos, isqueiros, produtos de limpeza e medicamentos em armários altos e de
preferência fechados à chave (Portal da Saúde, 2011);
- Não guardar em casa restos de produtos químicos ou medicamentos que não necessite
(entregue-os na sua farmácia) (Portal da Saúde, 2011);
- Nunca colocar em garrafas de água, ou de outras bebidas, detergentes e produtos corrosivos
ou cáusticos, pois pode induzir em erro crianças e adultos. (Portal da Saúde, 2011);
- Verificar a temperatura da água do banho antes de o iniciar (colocar primeiro água fria e depois
a quente) (Portal da Saúde, 2011);
- Ter especial atenção quando existem objectos quentes na cozinha como líquidos, comida,
forno, etc. (Associação para a Promoção da Segurança Infantil, 2009)
Também em termos de legislação existem medidas que devem ser adoptadas:
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ACIDENTES NA ÁREA DA PEDIATRIA
- Lei da construção, regulamentação que determine uma temperatura máxima para prevenção de
queimaduras (que não ultrapasse os 50º C) nas torneiras de água quente das habitações,
creches e hospitais (Associação para a Promoção da Segurança Infantil, 2009);
- Regulamento nacional para isqueiros que impõe um design que dificulte a sua manipulação por
crianças (MacKay & Vincenten, 2009).
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ACIDENTES NA ÁREA DA PEDIATRIA
2. BIBLIOGRAFIA
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