MEDIAEVALIA AMERICANA
REVISTA DE LA RED LATINOAMERICANA DE FILOSOFÍA MEDIEVAL
Resumo. Nascemos não conhecedores e crianças, por isso, o vínculo da vida
humana com a linguagem e o conhecimento é resultado de uma externalidade.
Precisamente temos a educação e o estudo porque há um abismo entre “a tradição
dos corpos capazes de desenvolvimento físico e da experiência e a tradição da
existência do pensável e da linguagem”. O pensamento de Averroes dá voz a essa
fissura. Cada pensamento nasce e se desenvolve no meio de uma tradição. O sujeito
pensante não pode definir as condições de possibilidade de um pensamento, apenas
o local e o tempo de sua formulação. O objetivo deste artigo é explorar a descrição
que fez Emanuele Coccia em seu livro Filosofia da imaginação sobre grande parte
da reflexão de Averroes, filósofo árabe que sentiu e argumentou sobre essa ruptura
que parece emergir entre o pensamento e a matéria, entre a região do logos (vida
sem imagens) e a região de zoe (vida de imagens em movimento e reprodução, mas
que não pensa).
Palavras-chave: Averroes - Imagen - Razão - Vulnerabilidade - Não conhecedor.
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202
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