IMPRESSÕES SOBRE O DOCUMENTÁRIO
Babel Hajjar
19/06/2012
Reel Bad Arabs
• Documentário baseado no livro do Dr. Jack Shaheen que
denuncia um grande movimento do cinema hollywoodiano em
deturpar a imagem do árabe
• Foram analisados, segundo o autor, mais de 1000 filmes
• Figura do árabe disseminada pelo cinema foi herdada da
imagem que a Europa colonial tinha do árabe
• Figura do árabe fortemente associada com violência, fanatismo
religioso, sexismo, incompetência, manipulação
• Autor tenta compreender tais constatações pelo o vínculo entre
hollywood e o governo dos EUA, encontrando as raízes de tal
ação nas crises políticas do Oriente Médio e a crise do petróleo
da década de 1970.
Vilify =
Vilipendiar
1.tratar com desprezo
2.considerar vil
3.amesquinhar; degradar
PIADA pós 11/9/2001...
•
Todo o resto do mundo se pergunta porque, para os terroristas árabes, é tão fácil se
suicidar.
Eis as razões
É proibido:
1º) Sexo antes do casamento
2º) Tomar bebidas alcoólicas
3º) Ir a bares
4º) Ver televisão
5º) Usar a Internet
6º) Esportes, estádios, festas
7º) Tocar buzina
8º) Comer carne de porco (nem lingüiça)
9º) Música não religiosa
10º) Ouvir rádio
11º) Barbear-se
Além disso:
12º) Tem areia por todos os lados e nenhum buggy para se divertir
13º) Farrapos em lugar de roupas
14º) Come-se carne de burro cozida sobre bosta seca de camelo (pra acender e manter
o fogo)
15º) As mulheres usam burka e não dá para ver nem a cor dos olhos.
16º) Sua esposa é escolhida pelos outros e o rosto é visto só na procriação.
17º) Sexo depois de casado só para procriar e feito no escuro com a mulher vestida
com a burka.
18º) Reza-se para Alah, às 6:00, 9:00,12:00, 15:00 e 18:00, no pôr do sol, 21:00 e
00:00.
19º) A temperatura básica nos países árabes é entre 45º e 58º (em alguns lugares até
mais).
20º) Para economia de água, banho apenas uma vez por mês, e nas partes mais sujas.
E Finalmente:
21º) Ensinam que, quando morrer, vai para o paraíso e terá tudo aquilo com que
sonha!
Fale a verdade... Você também não se mataria?
Jack Shahreen menciona o termo usado por
alemães nazistas, UNTERMENSHEN
Aqueles que são
diferentes de nós
ETNOCENTRISMO
Quando determinado grupo social, com
traços culturais característicos e uma visão
de mundo própria, entra em contato com
outro grupo social, que apresenta práticas
culturais distintas, o estranhamento e o medo
são as reações mais comuns. O
etnocentrismo nasce quando a diferença é
compreendida em termos de ameaça à
identidade cultural.
O indivíduo etnocêntrico julga e atribui valor à
cultura do outro a partir de sua própria
cultura. Tal situação dá margem a vários
equívocos, preconceitos e hierarquias, que
levam o indivíduo a considerar sua cultura a
melhor ou superior. Nesse sentido, a
diferença cultural percebida rapidamente se
transforma em hierarquia. O outro, só
compreendido de maneira superficial, é então
usualmente designado como "selvagem",
"bárbaro" ou não humano.
ETNOCENTRISMO
Não Humanos?
“Russians”, Sting - The Police, 1985
ETNOCENTRISMO
• “Povos etnocêntricos, em geral, apresentam um comportamento caracterizado
por formas extremas de xenofobia e de nacionalismo”
•Russia do final do séc XVIII – Unificação
•Turquia – 1915 – genocídio de 1 milhão de Armênios
•Alemanha Nazista – Judeus, Eslavos, Ciganos...
•Sob o discurso de uma “aldeia global”, onde a comunicação acabaria com as
diferenças culturais, a chamada civilização ocidental capitalista vem, na verdade,
acirrando conflitos e radicalismos no mundo. Os valores da civilização ocidental, ao se
pretenderem globais, desrespeitam identidades culturais tradicionais. Entrincheirados
na defesa de tradições, alguns grupos se tornam radicais e, por sua vez, também
etnocêntricos, como forma de responder à imposição da cultura ocidental globalizada.
Caricatura de Maomé, pelo cartunista sueco Lars
Vilks (2005)
A maioria dos muçulmanos acham ofensivas quaisquer representações
gráficas de Maomé
Narcisismo?
Narciso e Eco
Segundo a mitologia existia uma ninfa bela e graciosa tão jovem
quanto Narciso,chamada Eco e que amava o rapaz em vão. A
beleza de Narciso era tão incomparável que ele pensava que era
semelhante a um deus, comparável à beleza de Dionísio e Apolo.
Como resultado disso, Narciso rejeitou a afeição de Eco até que
esta, desesperada, definhou, deixando apenas um sussurro débil e
melancólico. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a
deusa Némesis condenou Narciso a apaixonar-se pelo seu próprio
reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza,
Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e
se embelezando. As ninfas construíram-lhe uma pira, mas quando
foram buscar o corpo, apenas encontraram uma flor no seu lugar: o
narciso; e então dai o nome narciso a flor.
Narcisismo e Narciso têm seus nomes derivados da palavra Grega narke, "entorpecido" de onde também
vem a palavra narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade, visto
que ele era emocionalmente entorpecido às solicitações daqueles que se apaixonaram pela sua beleza. :
"o mito de Narciso representa, para nós, o drama da individualidade"; (adapt - Spinelli, Miguel, p.99 in
http://pt.wikipedia.org/wiki/Narciso ).
EUA: Potência Imperial Hegemônica
no Séc XX
1899-1902
Guerra EUA-Filipinas.
As Filipinas lutam pela independência do país, dominado pelos EUA
1913
Durante a Revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras
mexicanas em apoio aos revolucionários.
1915
Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país
num virtual protetorado americano.
1916
Os EUA estabelecem um governo militar na República Dominicana, em 29 de
novembro.
1927
Cerca de mil "marines" desembarcam na China durante a guerra civil local.
1914-1918
Primeira Guerra Mundial. Em 6 de abril de 1917, declaram guerra à Alemanha.
1939-1945
Segunda Guerra Mundial
O ataque japonês à base militar norte-americana de Pearl Harbor, em 7 de
dezembro de 1941, ocasiona a entrada do país na guerra
jun.1950
Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da
Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Os Estados Unidos
são um dos principais participantes, através das Nações Unidas, ao lado dos sulcoreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados
polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-ocidente ao sul.
1955-1975
Guerra do Vietnã. Aliados aos sul-vietnamitas, os americanos tentam impedir, sem
sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país.
Inicialmente, participação americana se restringe a ajuda econômica e militar
(conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, após ataques nortevietnamitas ao destróier americano Maddox, o congresso americano autoriza o
presidente a lançar os EUA em guerra.
1961
Exilados cubanos anticastristas, apoiados pelo governo norte-americano de John
Kennedy, invadem a baía dos Porcos, em Cuba, em uma tentativa fracassada de
derrubar o governo de Fidel Castro.
1980
Uma operação -resgate dos reféns na embaixada americana em Teerã,
capturados por estudantes muçulmanos, fracassa
out.1983
Em meio a uma onda de intervenções em países da América Central, como a Nicarágua,
Honduras, El Salvador e Guatemala, numa luta de forças entre a esquerda e a direita, na
qual os Estados Unidos insistem em se envolver militarmente, o presidente Ronald Reagan
envia tropas à ilha caribenha de Granada, em outubro, com o objetivo de impedir a
expansão do comunismo na América Latina. Os EUA derrotam com facilidade a resistência
cubana na ilha, derrubando o governo local.
mar.1986
Aviões americanos atacam uma base aérea Líbia em Sirte, cidade de Muammar Gaddafi,
líder líbio
abr.1986
Washington adota represálias contra Gaddafi, acusado de liderar o terrorismo
internacional. Bases militares, em Trípoli e Bengasi, são atacadas, mas civis também são
atingidos
dez.1986
Em dezembro, no Panamá, após fracassadas tentativas de depor Manuel Noriega, o
presidente dos EUA, George Bush, envia 24 mil soldados para invadir o país, derruba o
governo e empossa Guillermo Endara, eleito em pleito anulado por Noriega
1990-1991
Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, a OTAN e os Estados
Unidos decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão antiIraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países
árabes) que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto". As hostilidades
começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para
retirar tropas do Kuait.
1992
Em dezembro, forças militares norte-americanas chegam a Somália para intervir numa
guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general
rebelde Farah Aidib
jun.1993
No início do governo Clinton, é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas,
em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em
visita ao Kuwait.
Set.1994
Tropas norte-americanas fortemente armadas chegam ao Haiti por ar e mar e, com um
acordo firmado de última hora, o general Raoul Cédras promete deixar o governo. Assim,
o presidente eleito, o exilado Jean-Bertrand Aristide, poderá tomar posse.
1995
Os EUA enviam tropas militares para Tuzla (norte da Bósnia), com o objetivo de garantir a
assinatura formal do acordo de paz entre Sérvia, Croácia e Bósnia
EUA Após Globalização...
Os Medos disseminados na sociedade
estadunidense como justificativa para
a propaganda anti-árabe
• O Árabe “roubando” o que é “nosso”:
– Nossos Homens e Mulheres – pela sedução
– Nossa Terra – Pelo dinheiro do petróleo
– Nossa Vida – Pela “Loucura em destruir e matar”
Motivos Políticos para a propaganda anti-árabe
“Washington e Hollywood partilham do mesmo DNA” – Jack Valentti,
Assoc. Cinematográfica dos EUA
Motivos Alegados:
• Criação de Israel, na contramão dos desejos
árabes
• OPEP e a alta do petróleo na década de 1970
• Revolução islâmica do Irã (1979) servindo de
modelo para outros países
E não apenas com os Árabes...
Pôsters dos EUA da década de 40, vilipendiando a figura do
japonês, ao mesmo tempo que convida à reação
E não apenas com os Árabes...
Russia invades America and its central-America
allies (1984).
The Captain of an advanced Russian
Submarine wants to defect to America but he
told the Russian Navy about his plans. So, he
needs the help of Jack Ryan and an American
submarine to get the crew off his ship and
convince the Russians that the Red October
was destroyed when it was captured by the
Americans (1990).
A hard-working american kicks the ass
of a monsterous cheating soviet, even
the the russian fans have to admit that
the american is the best and cheer him
(1985).
Propaganda anti-comunista Americana, em filmes da
década de 1980
E não apenas com os Árabes...
Enemies are often accused of being
mass rapists, often without valid proof
(book cover – 1960)
In this 1961 Time cover, Khrushchev presented as
a war monger, and he’s pointing at the reader to
make the whole thing scarier.
A Christian comic-book educating youth
against the dangers of Communism (1961).
Propaganda anti-comunista Americana na mídia impressa
(década de 60)
Cinema: Palco do imaginário
O cinema é uma ferramenta criadora de imaginários sociais.
imaginário-fonte é a faculdade de criação de
formas/figuras/símbolos, tanto psíquico quanto socialhistóricos, que se exprimem no representar/dizer dos homens.
Do artigo “CINEMA E CONSTRUÇÃO DE IMAGINÁRIOS
SOCIAIS: VISÕES SOBRE O MUNDO ÁRABE” - Léa
Conceição et al
Mais de 1.000 blockbusters exibindo, um
após o outro uma imagem de um árabe vilão:
62.400 repetições fazem uma verdade
A. Huxley, “Admirável Mundo Novo”
Quem é o Árabe vilipendiado em
“Reel Bad Arabs”?
• Povos que falam o idioma árabe?
• Islâmicos? Cristãos?
• Islâmicos árabes ou persas ou turcos
ou...?
• Onde ficam os países árabes?
Imigração Árabe nos EUA
• EUA – porcentagem de população de origem árabe – Censo 2002
Arab American Population (%) - 2002
15%
31%
14%
3%
3%
5%
3%
10%
6%
10%
Lebanese
Egyptian
Syrian
Chaldean/Assyrian/Syriac
Palestinian
Iraqi*
Moroccan
Jordanian
Arab
Other Arab**
*Excludes those who identify as Chaldeans, Assyrians or other Christian minorities in Iraq.
**Includes those from Algeria, Bahrain, Comors Islans, Djibouti, Kuwait, Libya, Oman, Qatar, Saudi Arabia, Tunisia, The United Arab Emirates, and Yemen.
Does not include person from Sudan, Somalia, or Mauritania.
Países Árabes e Islamismo pelo Mundo
Origem dos Árabes - MESOPOTÂMIA
– Os árabes são mencionados pela primeira vez em uma
inscrição assíria de 853 a.C., onde Shalmaneser III menciona um rei
Gindibu de matu arbaai (terra árabe) como estando entre as pessoas que ele
derrotou na batalha de Karkar.
– A língua árabe , assim como o hebraico, deriva do Aramaico, do ramo das
línguas semitas.
– As etnias que originaram o povo semita são várias, destacando-se os caldeus
(Babilônia), Arameus, Hititas, Acádios, Filisteus e outros povos.
– A Mesopotâmia é considerado o berço da nossa civilização. A Escrita, o
primeiro código de leis, a álgebra, os aquedutos, a astronomia, já eram
bastante desenvolvidos entre 5000 a. C (Era Suméria) e 2000 a.C (Era
babilônica).
– A Cidade de Damasco, na Síria atual, é a de mais longa ocupação contínua
no planeta – data de +ou- 2400 a.C.
– A primeira menção do mito da arca de noé está contida num trecho de “A
Epopeia de Gilgamesh”
Árabes surgem na MESOPOTÂMIA
– A primeira menção do mito da arca de noé está contida num trecho de “A
Epopeia de Gilgamesh”, escrito em tábuas de argila, entre 3000 e 1500 a.C :
–“Oh, homem de Shurrupak, filho de Ubara-Tutu, põe abaixo tua casa
e constrói um barco. Abandona tuas posses e busca tua vida preservar;
despreza os bens materiais e busca tua alma salvar. Põe abaixo tua
casa, eu te digo, e constrói um barco. Eis as medidas da
embarcação que deveras construir: que a boca extrema da nave tenha o
mesmo tamanho que seu comprimento, que seu convés seja coberto,
tal como a abóbada celeste cobre o abismo; leva então para o barco a
semente de todas as criaturas vivas.”
Antigüidade: MESOPOTÂMIA
A civilização mesopotâmica
dividese em três etapas:
Sumeriana (5.000a.C.) Babilônica
(2.000 a.C.) Assírios (800 a.C.)
Na Mesopotâmia, a planície entre
os rios Tigre e Eufrates,
o excedente se concentra nas
mãos dos governantes das
cidades, representantes do deus
local.
Recebem os rendimentos das
terras comuns, a maior parte dos
despojos de guerra e administram
estas riquezas acumulando as
provisões alimentares para toda a
população, fabricando os
utensílios de pedra e metal para o
trabalho e para a guerra,
registrando as informações e os
números que dirigem a vida da
comunidade.
Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)
O primeiro povo que se fixou na Mesopotâmia
(derrotando os nômades e dedicando-se à agricultura)
foram os sumérios.
Vindos da Ásia central, esse povo dominou a região
entre 3500 a.C e 2000 a.C e se destacou por seus
grandes feitos na engenharia, que lhe permitiram irrigar
pântanos e regiões secas, tornando possível o trabalho
agrícola.
O nome sumérios vem de “ sumer” palavra que na
língua desse povo quer dizer “sul” e refere-se à região
da mesopotâmia habitada por ele.
Durante séculos o sumérios construíram diques e canais
para irrigar e fertilizar a terra, onde eles cultivavam
árvores frutíferas (como tamareiras) e cereais (como a
cevada). Plantava-se também cânhamo, cujas fibras
eram usadas para fazer roupas. Animais eram criados
nos campos, e peixes nos diques.
O campo é transformado pelo homem: em lugar do
pântano e do deserto, encontramos pastagens e
pomares, e canais de irrigação.
O terreno da cidade já é dividido em propriedades
individuais entre os cidadãos, ao passo que o campo é
administrado em comum.
Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)
As cidades sumerianas (2000 a.C.) já são relativamente grandes (100 ha) e abrigam dezenas de milhares de
habitantes. São circundadas por um muro e um fosso. Que as defendem e que, pela primeira vez, excluem o
ambiente aberto natural do ambiente fechado da cidade.
Até meados do III milênio, as cidades da Mesopotâmia formam estados independentes, que lutam entre si para
repartir a planície irrigada pelos dois rios. Estes conflitos limitam o desenvolvimento e só terminam quando o
chefe de uma cidade adquire tal poder que impõe seu domínio sobre toda a região.
Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)
PERÍODO ACÁDIO (2470-2200 a.C.)
Já fazia mais de mil anos que os sumérios prosperavam em sua terra, quando toda a Mesopotâmia foi
invadida por Sargão I , rei dos semitas (acádios), povo que viera do deserto sírio e se fixara no norte da
Mesopotâmia (Akkad), transferindo-se depois para a Mesopotâmia central, que passou a ser o principal reino
semita, em constante guerra com os sumérios do sul. Por volta de 2470 a.C., Sargão I lançou as bases do
primeiro império da história, que se estendia do Mar Mediterrâneo ao Golfo Pérsico. Esse império durou três
séculos e não alterou as características da civilização construída pelos sumérios.
Com a conquista de Sargão I, os semitas tornaram-se os novos “donos” da Mesopotâmia e o acádico passou
a ser a língua mais difundida. Mas toda cultura suméria passou a fazer parte desta nova civilização
mesopotâmica.
Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)
Zigurate de Ur (2.150 a 2.050 a.C; reconstrução) O imponente Zigurate de Ur deve o seu bom
estado de conservação à fachada de tijolos que recobre toda a torre em degraus. Provavelmente
encimado por um templo dedicado ao deus da Lua, Nanna, foi construído no reinado de Ur-Nammu,
fundador da Terceira Dinastia.
Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)
Zigurate de Ur (2.150 a 2.050 a.C; reconstrução) Três escadas dão acesso aos muros inclinados, entrecortados por
articulações pouco profundas. O Zigurate de Ur, de cerca de 2.150 a 2.050 a.C., bem conservado devido à fachada
de tijolos que recobre toda a torre em degraus. Podem ser vistos na foto os orifícios no revestimento de tijolos, que
teriam sido feitos para evitar que os tijolos de barro se rachassem durante a estação chuvosa.
Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)
Escadaria do Zigurate de Ur (2000 a.C; reconstrução)
Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)
Sala de banquetes, (Iraque,550 d.C)
Algumas criações sumérias influenciaram os vários períodos da arquitetura
mesopotâmica: o emprego da abóbada, o uso do tijolo cru como único material pra
as edificações e o zigurate.
Civilização Babilônica (2000 a.C.)
O traço mais característico da civilização babilônica é o uso de uma língua semítica, enriquecida por palavras
sumerianas. A religião permaneceu mesopotâmica, apesar de alguns deuses receberem nomes semitas. O idioma
religioso era o sumeriano, bem como sumeriano era o nome do deus nacional da Babilônia, Marduk.
O verdadeiro predomínio semita só se efetuou como resultado da invasão dos amoritas. Apesar de terem trazido
varias contribuições culturais incidentais, de modo geral, assimilaram a civilização já existente.
Portão de Ishtar. Babilônia; Reinado de Nabucodonosor II (604 – 562 a .C.) reconstruído no
Vorderstaatische Museen, Berlim. Faiança: 14,30m.
Civilização Babilônica (2000 a.C.)
Arquitetonicamente, pouca coisa resta deste período.
Em Tell Harmal, perto de Bagdá, os arqueólogos
descobriram as ruínas de uma cidade com ruas
regulares e casas grandes, talvez do tipo
semipalaciano. Em Ishchali, no Tigre médio, o mais
importante monumento é o templo de Ishtar Kititum,
um grande conjunto de planta retangular, incluindo
três diferentes santuários.
Templo de Ishtar
(Babilônia:Nabucodonosor–
604/ 562 a. C.)
desaparece a distinção entre
os monumentos e as zonas
habitadas pelas pessoas
comuns. As casas particulares
reproduzem em menor escala
a forma dos templos e
palácios, com pátios internos e
muralhas.
Civilização Babilônica (2000 a.C.)
Os portões principais da Babilônia e as paredes
laterais da via Processional eram revestidas de
faiança (tijolos vitrificados).
Portão de IshtarBabilônia; Reinado de
Nabucodonosor II (604 – 562 .C)
reconstruído no Vorderstaatische
Museen, Berlim. Faiança: 14,30m.
Civilização Babilônica (2000 a.C.)
Zigurate de Choga Zambil (séc XIII a.C)
Construído provavelmente pelo rei UntashKhuban. Sua capital Untash ficava no Irã
Ocidental. Este zigurate é um dos exemplos
mais bem conservados; restam 3 das 5
escadarias originais.
Civilização Assíria (800 a.C.)
Penetrava-se na cidade através de uma
entrada ladeada por um par de touros
com cabeças humanas. No centro do
primeiro plano situa-se a escadaria que
levava à sala de audiências de Dario I,
da qual ainda restam as colunas.
Na Mesopotâmia, apesar do maior
desenvolvimento do comércio, o artista
parece estar ainda mais restrito do que
no Egito aos interesses da Corte e dos
Sacerdotes.
É uma arte mais estática do que a
egípcia, restrita aos interesses estéticos
da nobreza. É menor ainda a
preocupação naturalista. São freqüentes
as representações de animais com
cabeça de homens, ou vice versa, temas
geométricos e outros.
Assim como no Egito, as obras não se
oferecem para a cidade. Estão dentro
dos templos, túmulos palácios, etc.
Há uma certa contradição entre o
avanço comercial, econômico da
sociedade e a menor liberdade do
artista.
Persépolis: Entrada de Xerxes (518 -460 a.C)
Civilização Assíria (800 a.C.)
Vista Geral de Persépolis (518 -460 a.C)
Persépolis foi erigida durante os reinados de três reis sucessivos. Dario I, Xerxes e
Artaxerxes, sobre uma plataforma artificial, flanqueada por montes a norte e a leste. Nesta
vista, a sala do trono de Xerxes (o Palácio das 100 Colunas) situa-se a meia distância; à
esquerda vêem-se as colunas da sala de Audiências por trás do palácio de Dario.
Civilização Assíria (800 a.C.)
Palácio de Dario (Persépolis)
A porta maciça e as guarnições das janelas acham-se bem conservadas. Não são formadas por 4 peças
distintas, como no Egito ou na Grécia, mas eram as vezes trabalhadas em um único bloco de pedra ou
mesmo de partes desiguais, sendo 3 quartos da guarnição retangular constituídos de uma única peça,
completada por mais um bloco. As paredes de tijolos agora desapareceram.
Civilização Assíria (800 a.C.)
Inteiramente ladeada de relevos, representando longas fileiras de imortais, vassalos estrangeiros, cortesãos e
outros dignatários. A decoração buscava demonstrar o poder do Rei e, por outro lado, indicar a diversidade dos
povos que constituíam o Império. Dario utilizou artesãos jônicos para esculpir os pisos de Persépolis, que
adquiriram entretanto a rigidez oriental. Deles estão ausentes as cenas narrativas dos frisos assírios e as figuras
parecem quase congeladas em sua imobilidade.
Escadaria da sala de audiências
de Dario (518 – 460 a.C.)
Civilização Assíria (800 a.C.)
Muralhas de Nínive (séc.VII a.C; reconstrução) Perímetro: 15km
Alto Relevo: Exército assírio sitiando uma
fortaleza (alabastro) 883 / 859
a.C. / 2.05m (Londres – Museu
Britânico).
A figura mostra os detalhes de um
ataque a uma fortaleza, com os
engenhos de sítio em ação, os
defensores tombando, e no alto de uma
torre uma mulher lamentando-se em
vão. O modo como essas cenas são
representadas é muito semelhante aos
métodos egípcios, mas talvez um pouco
menos ordenado e menos rígido.
Tudo parece muito real e convincente.
Mas, se observarmos com mais
atenção, descobriremos um fato
curioso: é grande a profusão de mortos
e feridos nessas guerras horríveis...
mas nenhum deles é assírio. A arte da
propaganda já estava bem avançada
nessa época.
É possível que ainda fossem dominados
pela antiga superstição com tanta
freqüência repetida nesta história: a de
que numa pintura, num relevo, numa
estátua, existe algo mais que uma
simples pintura, relevo ou estátua.
Em todos os
monumentos que
glorificam os senhores
da guerra no passado, a
guerra não chega a ser
um problema. Basta o
herói aparecer e o
inimigo é dispersado
como palha ao vento.
ISLAMISMO
ISLAMISMO
• É a religião com maior número de
seguidores e é a religião que mais
cresce no mundo.
• “ Noite do Destino “ : Maomé recebe a
revelação do anjo Gabriel.
• “Só há um Deus, que é Alá, e Maomé é
seu profeta”.
ISLAMISMO
Preceitos da religião
• Deus não tem filhos , pois não seria coerente
com sua unicidade.
• Maomé não é filho de Alá.
• Corão : livro sagrado , contém as revelações
recebidas por Maomé, foi escrito por Otman,
terceiro sucessor do profeta, em 652.
• Islã se divide em várias seitas : sunita e xiita
são as mais importantes.
ISLAMISMO
O Corão
• Sintetiza as leis da vida religiosa, política e social do
povo islâmico.
• Tem 6226 versículos agrupados em 114 capítulos.
• Não estão organizados em ordem cronológica mas em
ordem de tamanho, do maior para o menor .
• Contém a fátiha, que é a oração básica dos islâmicos.
ISLAMISMO
O Corão
• PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS :
– As orações devem ser feitas cinco vezes ao dia ,com o fiel voltado
para a cidade de Meca.
– O Ramadã –o nono mês do calendário muçulmano – é
reverenciado como mês sagrado do Islamismo. Nesse período o
jejum é obrigatório (do nascer ao pôr-do-sol), e as relações sexuais
são proibidas.
– O consumo de bebida alcoólica e fumo é expressamente proibido.
A caridade é um dever , e as doações devem ser proporcionais à
renda dos seguidores .
– Todos os muçulmanos , pelo menos uma vez na vida , devem fazer
uma peregrinação a Meca.
– A peregrinação a Meca é o acontecimento mais importante do anos
: expressa a unidade dos fiéis e é uma oportunidade para o troca
de notícias e idéias trazidas de todas as partes do mundo.
ISLAMISMO
ISLAMISMO
Cidade de Meca – Arábia Saudita
ISLAMISMO
Caaba
ISLAMISMO
Divisão da religião :
• A religião é dividida em dois grupos diferentes
principais: Sunitas e Xiitas.
• A divergência começou com a necessidade da
escolha do Califa, o sucessor de Maomé.
• Califa :Chefe da comunidade islâmica , também
chamado imã. São considerados sábios religiosos.
ISLAMISMO
SUNITAS
• Os sunitas não encaram o califa como profeta e nem como
interprete infalível da fé. Ele deve ser um chefe com a tarefa
de manter a paz e a justiça na comunidade e possuir
profundos conhecimentos da lei religiosa.
• Sunitas: acreditam que o califa pode ser qualquer líder da
religião Islâmica e são maioria dos islâmicos até hoje.
• Os sunitas acreditam que o comportamento do profeta,
contido na Suna, deve ser tomado como exemplo de conduta
para os fiéis, principalmente quando se deparam com uma
situação não prevista pelo Corão.
• Suna : coletânea de normas extraídas das práticas e
costumes de Maomé e dos 4 primeiros califas
ISLAMISMO
Xiitas
• Os xiitas acreditam que só os membros do clã de Maomé
podem liderar os muçulmanos: um descendente do profeta
certamente é uma pessoa especial , fonte de conhecimento
e sabedoria.
• Os xiitas exigem a instauração de uma sociedade regida
pela lei do Corão, excluindo qualquer referência estranha ao
livro sagrado.
• Buscam a criação do que consideram os Estados Islâmicos
“puros”, sob o comando dos aiatolás , doutores da lei
muçulmana.
• Aiatolá: aquele que exerce o papel de maior importância na
hierarquia religiosa muçulmana.
• Em menor número
Dominação Árabe na Europa
Conquista Árabe da Europa
Conquista Árabe da Europa
•
•
•
ocorreu a partir de 711 com a travessia das tropas moçoárabes pelo canal de
Gibraltar.
Foram ocupadas várias regiões da Espanha, Portugal e parte da França.
A cabeça de ponte do império maometano perdurou por cerca de 800 anos, com
sucessivos avanços e recuos, e, entre estes, períodos de paz e concórdia entre
invasores e nativos. Somente às portas do século 15 é que os mouros foram
rechaçados do território europeu. Segundo Muniz (2000):
– No ano de 711, Tarik ibn Ziyad, um general liberto e governador da faixa ocidental do
Magrebe (atual norte do Marrocos), venceu o visigodo Rodrigo, rei de Espanha. Chefiando
um exército de 7.000 homens, e contando com o auxílio de convertidos bérberes, ele
atravessou o Estreito e desembarcou junto a um enorme rochedo, que tomou o nome de
Jabal-i-Tariq (Monte de Tariq), mais tarde ocidentalizado para Gibraltar.
– Em 712, uma nova leva de árabes chegou à região, quando grande parte da Espanha
central, Portugal e partes da Itália já tinham sido ocupadas. Seguiram-se as conquistas de
Medina, Sidônia, Sevilha e Mérida. Os árabes estabeleceram uma nova capital em Córdoba,
às margens do rio Guadalquivir, o que garantia água suficiente para a produção agrícola,
que se desenvolveu graças às novas técnicas introduzidas por eles.
http://www.webartigos.com/artigos/influencia-arabe-na-europa-medieval/4785/#ixzz1yEzqOpVw
Conquista Árabe da Europa
•
•
•
•
Após oito séculos de presença moura no continente europeu, especificamente na
Península Ibérica, as culturas muçulmana e européia - cristã fundiram-se
parcialmente e por conseqüente fomentou o intercâmbio cultural - científico.
Os europeus tiveram os primeiros contatos com o cientificismo maometano;
matemática, astronomia, alquimia, engenharia, arquitetura, agricultura e medicina.
Na agricultura projetos e engenhos outrora, abandonados para cultura organizada e
irrigada, encontrados em manuscritos e tratados romanos de autoria de Varrão e
Columela foram revitalizados e aperfeiçoados pelos moçoárabes, promovendo a
autossuficiência, sendo que o excedente abasteceria outras comunidades
desprovidas de solo afável para a prática da agricultura.
Os alquimistas, precursores dos químicos atuais, evidenciaram a descoberta de
várias substâncias como álcool etílico, a amônia, o ácido nítrico e tantas outras
substâncias farmacêuticas. A medicina apresentava contornos da praxis atual,
compêndios da época comprovam descrições médicas perfeitamente aplicáveis aos
dias de hoje.
segundo Farah (2001):
– No século 10, a cidade de Córdoba, na Península Ibérica, possuía 50 estabelecimentos
hospitalares. Ao contrário dos hospitais europeus, onde era oferecido conforto religioso
mais que tratamento médico, os do mundo islâmico eram vistos como um lugar em que os
doentes podiam talvez ser curados. Escolas de medicina e bibliotecas se ligavam aos
hospitais. Os alunos aplicavam o que tinham aprendido na sala de aula no atendimento aos
doentes, na ala masculina ou na feminina. No século 11, já havia clínicas móveis, que
levavam assistência médica aos que moravam longe ou estavam enfermos demais para ir
ao hospital.
http://www.webartigos.com/artigos/influencia-arabe-na-europa-medieval/4785/#ixzz1yEzqOpVw
Conquista Árabe da Europa
• As contribuições do "Iluminismo" islâmico permearam o avanço
científico da Idade Moderna e, podem ser observados hoje.
– A matemática com a introdução do número zero possibilitou os cálculos
com números inteiros (Z).
– A mecânica celeste possibilitou a invenção do astrolábio e o primeiro
esboço aplicável à gravidade.
– A lingüística contribuiu com mais de 600 vocábulos, incorporados as
línguas européias, em especial as Ibéricas, dentre outros exemplos da
influência islâmica na ciências européias.
– Talvez o êxito do islamismo esteja na interpretação do divino, a
possibilidade de explorar os recursos naturais e aproveitar as benesses
oferecidas. No mundo muçulmano caso tenha ocorrido à dicotomia
ciência e religião foi menos intervencionista e mais associativa a ponto
de libertar o pensamento.
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CONFLITOS NO ORIENTE
MÉDIO
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
1 – O ORIENTE MÉDIO:
• Outros envolvidos nas
questões do Oriente
Médio: Paquistão, norte
e nordeste da África
(Egito, Líbia, Tunísia,
Marrocos,
Argélia,
Etiópia, Somália, Djibuti
e Sudão) e ex-repúblicas
soviéticas
islamizadas
(Turcomenistão,
Azerbajão, Tadjiquistão,
Usbequistão, Quirguistão
e Casaquistão).
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
2 – IMPORTÂNCIA DA
REGIÃO:
• Maiores reservas de
petróleo do mundo.
• Origem das primeiras
grandes civilizações.
• Berço das três maiores
religiões monoteístas do
mundo: judaísmo,
cristianismo e islamismo.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
3 - O SIONISMO:
•
•
•
•
Movimento nacionalista judaico.
Theodor Herzl (1897)
Criação do Estado para os judeus.
Situação dos judeus:
– Dispersos desde a tomada da Palestina pelos romanos em
70 d.C.
• Sionistas de esquerda compram terras na Palestina e instalam
primeiros Kibutzim (comunidades agrícolas onde a
propriedade da terra é coletiva).
• O movimento de compras de terras se seguiu no entreguerras,
bem como o estímulo à migração dos judeus para a Palestina,
culminando em 1948 com a formação do Estado de Israel
4 - ORIGENS DOS CONFLITOS TERRITORIAIS RECENTES:
• Desmembramento do Império Turco Otomano (que lutou ao
lado da Alemanha na I Guerra Mundial).
Séc. XVII
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
• Postura da ING:
– Apoio aos árabes – Estado
livre e unificado – luta contra
os turcos na I Guerra.
– Apoio aos judeus – Lar
nacional judaico – apoio
financeiro na I Guerra.
• Partilha do Império Turco entre
França (Síria e Líbano) e
Inglaterra (Palestina,
Transjordânia e Iraque).
• Frustração de árabes e judeus
que passam a agredir ingleses e
agredir-se mutuamente na
região.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
5 - A CRIAÇÃO DE ISRAEL
(1948):
• Massacres nazistas para com os
judeus (comoção internacional).
• Enfraquecimento das antigas
potências colonialistas européias
(França e Inglaterra).
• Apoio das novas potências à
criação de Israel (posição
estratégica).
• 1947: ONU partilha a Palestina
entre árabes e judeus.
• 14/5/1948: David Ben Gurion
proclama a criação do Estado
de Israel. A área de Jerusalém
seria internacionalizada.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
Partilha da Palestina
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
6 - A GUERRA DE INDEPENDÊNCIA (1948):
• Após a criação do Estado de Israel:
– EGT + SIR + LIB + IRQ + JOR
X
ISR*
desunião das tropas árabes .
apoio dos EUA e da URSS - embargo econômico aos
árabes.
BEN GURION:
Proclamação de
Independência.
Soldados israelenses na Guerra de
Independência
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
• Conseqüências:
– ISR anexou grande parte dos
territórios destinados ao
Estado Palestino (77% da
região).
– EGT encampou a Faixa de
Gaza;
– Trasjordânia (atual Jordânia)
anexou Cisjordânia e parte
de Jerusalém.
– Palestinos sem país,
dispersos sob a
administração do Egito e
Trasjordânia.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
7 - A GUERRA DO SUEZ (1956):
• Lideranças nacionalistas árabes
chegam ao poder.
• Gamal Abdel Nasser (EGT) principal.
• Reformas de Nasser:
– Nacionalização de empresas e serviço
bancário.
– Facilidades para o acesso a terra.
– Proposta de construção da represa de
Assuã,
– Nacionalização do Canal de Suez
(administrado por uma coligação francobritânica).
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
• ING + FRA + ISR invadem a península
do Sinai e o Egito.
• EUA e URSS, exigem a retirada das
tropas invasoras.
• Conseqüências:
– Derrota militar de Nasser;
– Vitória política de Nasser (ING + FRA + ISR
retiraram-se do país, o Canal de Suez passa
definitivamente para o controle do Egito,
com a condição deste permitir a livre
navegação tanto no canal quanto no Mar
Vermelho)
– Nasser transforma-se na maior liderança do
mundo Árabe.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
8 - A GUERRA DOS SEIS DIAS
(1967):
• 1967: Nasser interdita o Golfo de
Akaba aos navios israelenses.
• Israel
ataca
de
surpresa
e
antecipadamente seus principais
inimigos (Síria, Jordânia e Egito).
• Força aérea israelense ataca a
aviação egípcia ainda no chão.
• Vitória fulminante de Israel.
• Conseqüências:
– ISR anexa a Faixa de Gaza,
Península do Sinai (EGT),
Cisjordânia (JOR) e as Colinas
de Golã (SIR) - origem dos atuais
problemas territoriais com os
palestinos.
– Enfraquecimento de lideranças
árabes
– Prestígio político e militar para
Israel.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
OS TERRITÓRIOS OCUPADOS EM 67:
COLINAS DE GOLÃ
FAIXA DE
GAZA
–
PENÍNSULA DO SINAI
CISJORDÂNIA
11 de dezembro 1948.- Resolução 194 (Assembleia Geral).- Estabelece que os refugiados têm direito a
retornar a suas casas, agora em território de Israel, ou a receber uma indenização caso não desejarem
voltar.
– 22 de novembro 1967.- Resolução 242 (Conselho de Segurança). Pede a retirada de Israel dos
territórios ocupados na Guerra dos Seis Dias e "o reconhecimento da soberania, integridade
territorial e independência política de todos os Estados da região e seu direito a viver em paz".
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
9 - SITUAÇÃO DOS PALESTINOS:
• Abandonados por lideranças árabes.
• Dispersos entre os territórios ocupados por
Israel em 1967 ou Jordânia, Síria e Líbano.
• OLP (Organização pela Libertação da
Palestina), criada em 1964 se desvincula da
interferência de outros países árabes
passando a agir de forma autônoma a partir
de 1969.
Yasser Arafat
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
• Palestinos desconsiderados e perseguidos por lideranças
árabes.
• Setembro de 1970: governo jordaniano massacra 4 mil
palestinos e fere outros 11 mil (Setembro Negro).
• 1971: palestinos são definitivamente expulsos da Jordânia pelo
rei Hussein, dirigindo-se para o sul do Líbano.
Campos de refugiados palestinos
Rei Hussein
10 - A GUERRA DO YOM KIPPUR
(1973):
• Yom Kippur = Dia do Perdão em Israel
(mais importante feriado religioso do
país).
• EGT + SIR + JOR atacam Israel.
• Inicialmente vitória árabe.
• Israel consegue expulsar os invasores
com muitas baixas os invasores.
Prisioneiros egípcios na
Guerra do Yom Kippur
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
• Conseqüências:
– Israel mostra fragilidade.
– OPEP utiliza petróleo como arma política,
quadruplicando o preço do barril,
provocando uma crise mundial inédita
(Crise do Petróleo).
OBJ: pressionar a comunidade
internacional para que Israel devolvesse
os territórios ocupados em 1967;
– resolução da ONU de 1974 que equiparava o
SIONISMO a RACISMO (posteriormente
revogada).
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
11 - A GUERRA CIVIL DO LÍBANO:
• Líbano: norte de Israel.
– Vários povos e culturas
– Principais: cristãos maronitas, muçulmanos sunitas,
muçulmanos xiitas, drusos e palestinos.
• Até a metade da década de 70: prosperidade.
• Composição de governo:
– pacto nacional (1943), com base na proporção
demográfica de cada etnia.
– presidente = cristão.
– primeiro ministro = sunita.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
ÁREAS DE INFLUÊNCIA NO LÍBANO:
–Controle do exército sírio
–Muçulmanos xiitas
–Cristãos maronitas
–Muçulmanos drusos
–Muçulmanos sunitas
–Exército do Sul do Líbano*
–Bases da OLP
* Cristão e apoiado por Israel.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
– presidente da câmara um xiita
– demais etnias representadas por uma bancada definida
conforme sua representatividade demográfica.
– Palestinos não tinham representação.
• Década de 70: a população muçulmana havia crescido
muito mais que a cristã, e exigia maior representatividade.
• Os cristãos negavam-se a fazer um novo recenseamento.
• Interesses externos:
– Síria contestava autonomia libanesa e fez várias
intervenções no país, tendo ocupado-o militarmente a
partir de 1976.
– Israel, invadia o sul do Líbano, área dos refugiados
palestinos que praticavam atentados contra o país.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
• Etnias se organizam em milícias que ao longo de mais de duas
décadas arrasam por completo o país. Normalmente os
muçulmanos sunitas contaram com o apoio das tropas sírias,
enquanto que os cristãos maronitas valeram-se do auxílio
israelense.
• Episódio marcante:
– Operação de paz na Galiléia (1982) - tropas israelenses
invadem o sul do Líbano para garantir a segurança de Israel.
– Líder da operação: Ariel Sharon (ex-primeiro ministro de
Israel)
– Avanço de tropas até Beirute.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
– Grande parte das milícias palestinas retiram-se do Líbano
às pressas, rumando para a Tunísia.
– Sharon permitiu a entrada de milícias cristãs (Falange)
nos campos de refugiados palestinos de Sabra e
Chatila, promovendo um imenso massacre.
– Opinião pública internacional posiciona-se contra Israel e
o governo de Menachem Beguin cai.
• 1983: tropas israelenses se retiram parcialmente do país,
preservando apenas uma faixa de segurança, entregue ao
Exército do Sul do Líbano (organização militar cristã
autônoma).
• Os conflitos no Líbano só diminuíram no final da década de
80 com a formação de um governo de maioria cristã próSíria.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
OPERAÇÃO “PAZ NA GALILÉIA”:
Massacre de Sabra e Chatila
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
12 - OS ACORDOS DE CAMP DAVID (1978):
• Primeiro acordo de paz firmado entre uma liderança árabe e
Israel.
• Anuar Sadat (Egito) e Menachem Begin (Israel) firmaram
um acordo definitivo de paz.
• Termos: o Egito reconhecia a soberania de Israel; Israel
devolveria ao Egito a Península do Sinai. O acordo foi cumprido
de ambas as partes.
CARTER
SADAT
BEGIN
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
• 1981: Sadat é assassinado por extremistas muçulmanos
contrários ao acordo.
• 1982: Israel retira suas últimas tropas do Sinai, que passa
definitivamente ao Egito.
Atentado
terrorista mata
o presidente
egípcio Anuar
Sadat.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
13 - A REVOLUÇÃO ISLÂMICA (IRÃ –
1979):
• Até 1979: o Irã era governado pelo xá (rei)
Reza Pahlevi (governo autoritário
disposto a modernizar o país em termos
econômicos e aliado dos EUA no Oriente Pahlevi
Médio).
• Transformação dos costumes (cada vez
mais próxima dos ocidentais) desagradando
setores religiosos (o Irã é um país de
maioria xiita).
• 1979: forças xiitas leais ao aiatolá (maior
liderança religiosa xiita) Ruhollah
Khomeini depuseram o governo do xá e
criaram o primeiro governo xiita da história.
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
• Governo nasce enfraquecido
politicamente:
– Repressão da oposição interna
gerando guerra civil de dois
anos.
– Hostilidade às grandes
potências (EUA e URSS).
– Vizinhos (com populações
xiitas), temiam revoluções do
mesmo caráter em seus
territórios.
15 - A GUERRA IRÃ X
IRAQUE (1980 – 1988):
• 1979: Saddam Hussein
toma o poder no Iraque.
• Causas:
– Temor de que uma
revolução semelhante a
iraniana se espalhasse
pelo Iraque (60% da
população xiita).
– Controle do Chatt Al
Arab (única saída
marítima do Iraque ao
Golfo Pérsico).
• Vantagem inicial do Iraque.
• Iranianos emparelham o conflito
(maior população e fervor religioso).
• 1988: Irã e Iraque firmam a paz
(sem vitoriosos e com um milhão de
mortos no total).
A GUERRA IRÃ X IRAQUE EM IMAGENS:
Prisioneiros iraquianos
16 - A INTIFADA (1987):
• Movimento espontâneo dos palestinos que
refletia sua falta de perspectiva quanto a
resolução de seus problemas.
• Protestos e apedrejamentos contra as tropas
israelenses nos territórios ocupados.
• Intifada (“sobressalto” em árabe):
– Apoio do Hamas (organização terrorista
apoiada pelo Irã e pela Síria), e da OLP de
Yasser Arafat (prestígio político junto aos
palestinos).
• Conseqüência: opinião pública internacional
favorável a causa palestina, revertendo a
imagem de Israel como a nação oprimida.
17 - A GUERRA DO GOLFO (1991):
• Causas:
– Iraque endividado pela guerra longa
com o Irã e dono de um imenso
arsenal militar.
– Alegação de que Kwait havia sido
criado por interesses colonialistas
europeus.
• Agosto de 1990: Iraque invade o Kwait.
• EUA conclama o mundo a se empenhar
numa tarefa de libertação do Kwait
(manutenção do preço do pertróleo).
• ONU aprova resolução que obrigava o Iraque a se retirar
do Kwait, endossando uma possível invasão dos EUA.
• EUA lideram embargo econômico ao Iraque.
• Apoio ao Iraque: Iêmen, a Jordânia e a OLP (Yasser
Arafat).
• Iraque derrotado pela coalizão internacional liderada pelos
EUA (Operação Tempestade no Deserto).
• Saddam Hussein é mantido
no poder (possibilidade de
uma revolta xiita nos
moldes iranianos
amedrontava os EUA).
• Yasser Arafat: credibilidade
abalada.
• EUA: esforços para produzir
acordo de paz entre judeus
e palestinos.
18 - A QUASE PAZ DE 1993:
• 13 de setembro de 1993:
– judeus e palestinos assinam um acordo de paz.
– Itzhak Rabin (ISR), e Yasser Arafat (OLP), selam um
acordo de autonomia gradativa para as áreas de Gaza e
Cisjordânia.
CLINTON
RABIN
ARAFAT
Quase amigos...
• Grupos radicais de ambos os lados não aceitam o acordo.
• Hamas patrocinava atentados terroristas em Israel.
• 4 de novembro de 1995: Itzhak
Rabin é assassinado por
estudante extremista judeu de 27
anos, Ygal Amir, contrário ao
acordo.
• Problemas entre Israel e os
palestinos não conseguiram mais
encontrar uma solução pacífica.
19 - CRONOLOGIA RECENTE:
• 1996:
– Partido Likud (direita conservadora
de Israel) vence eleições para o
parlamento. O primeiro ministro
passa a ser Benjamin Netanyahu.
– Talibãs afegãos implantam regime
fundamentalista no Afeganistão.
Mohamed Omar – líder talibã
• 1999:
– Morre o Rei Houssein, da Jordânia.
– Partido Trabalhista (esquerda de Israel) vence
eleições para o parlamento. O primeiro ministro
passa a ser Ehud Barak.
REI HUSSEIN
• 2000:
– General israelense Ariel Sharon (responsável
pela campanha que provocou os massacres dos
campos de refugiados palestinos de Sabra e
Chatila no Líbano em 1982) visita a esplanada
das mesquitas, em Jerusalém, Israel.
SHARON
– Início de uma segunda e violenta Intifada, em
Israel.
• 2001:
– Atentados ao WTC e Pentágono, nos EUA, pelos
quais são responsabilizados o regime Talibã do
Afeganistão e o líder saudita supostamente lá refugiado
Osama Bin Laden.
– Operação “Liberdade Duradoura” como resposta aos
atentados do WTC tem início no Afeganistão.
Bin Laden
Atentado ao WTC
– Cai o regime Talibã no Afeganistão.
– Partido Likud vence eleições para o parlamento. O
primeiro ministro passa a ser Ariel Sharon.
• 2002:
–George Bush cita como
representantes do “Eixo do
Mal” os seguintes países:
Iraque, Irã, Líbia e Coréia
do Norte.
–ONU aprova resolução de
apoio a criação do Estado
Palestino.
–Síria retira-se da região central
do Líbano.
– Israel começa a construção de muro
para separar israelenses e
palestinos na Cisjordânia.
– Iniciam inspeções da ONU no Iraque
para verificar a produção de armas
químicas.
• 2003:
– EUA invade o Iraque com auxílio da
Inglaterra sem a aprovação do
Conselho de Segurança da ONU.
• 2004:
– Morre o líder palestino Yasser
Arafat.
• 2005:
– Síria retira-se
definitivamente do Líbano.
– Israel desocupa colônias
judaicas na Faixa de
Gaza e inicia desocupação
também na Cisjordânia.
Conclusões
• Reel Bad Arabs é um documetário notável em alertar-nos sobre o simplismo,
descaso, preconceito e injustiça com que vem sendo tradados os árabes,
não apenas nos filmes, mas também na sociedade ocidental como um todo.
• A cultura árabe é rica e complexa, mas a política que vem sendo adotada
pelo ocidente, em especial EUA e seus aliados, no trato com os países
árabes, tem gerado consequências desastrosas para aquelas populações.
• Àqueles que dedicarão suas vidas à construção de novos imaginários, na
forma de cinema e outros meios de comunicação, eu recomendo sempre
uma postura crítica: Avaliem os roteiros que lerem não apenas no âmbito da
satisfação profissional ou da remuneração, mas pelas consequências que
esses enredos, essas mitologias, produzirão, no decorrer do tempo.
• Embora pessoalmente eu julgue que os exemplos citados no final do
documentário sejam muito escassos para reverter o que já foi feito, não há
outro caminho para o cinema, senão valorizar os roteiros justos e os atores
e demais profissionais que se incumbirem da missão de produzir um ângulo
novo e revigorado sobre um tema tido como “certo”.
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Reel Bad Arabs- How Hollywood Vilifies a People