Tempos difíceis exigem a tomada de medidas difíceis…
a menos que tenha a tecnologia do seu lado.
Mike Southon é um empresário de sucesso e co-autor da série de livros de negócios "Beermat Entrepreneur",
que tem sido um estrondoso sucesso. Além de discursar em centenas de eventos todos os anos, também
presta aconselhamento a empresas novas e em crescimento.
A economia 24/7
Actualmente, quando presto consultoria aos empresários e empresas embrionárias, noto que cada vez são
mais aqueles que têm uma filosofia "tribal": os escritórios formais são um luxo caro a ser substituído por uma
excitante existência nómada em cafés e salas de estar.
O trabalho móvel e no domicílio, bem como a flexibilidade de poder trabalhar em qualquer lado, incluindo nas
instalações do cliente são também excelentes impulsionadores de outras eficiências. Pode passar por um
serviço de atendimento ao cliente permanente (na prática a partir de uma rede de domicílios), pessoal de
vendas com acesso às listas de preços mais recentes enquanto andam de um lado para o outro ou a
colaboração com colegas em projectos.
Se acabou de vender produtos para os EUA, quem irá atender as chamadas do serviço de atendimento ao
cliente a meio da noite e como? O seu melhor vendedor está sentado no escritório a escrever ao computador
e não na rua, a visitar os clientes? Quando abri a minha empresa de formação informática nos anos 80, não
tínhamos qualquer necessidade de ter um escritório: todo o nosso trabalho e actividades de vendas eram
realizados nas instalações dos clientes e, enquanto vendedor principal da empresa, com certeza que eu não
devia ter passado tanto tempo na sede da empresa como passei.
É claro que não teríamos conseguido funcionar tão bem sem a fantástica tecnologia que temos agora
disponível para aumentar a nossa eficiência a nível do trabalho flexível e colaborativo. Apesar de fazermos
parte do meio das TI nos anos 90, nem sequer sonhávamos com a possibilidade de poder replicar os nossos
sistemas de secretária do escritório de forma perfeita em casa. A ideia de ter um número de telefone pessoal
que faz tocar o dispositivo com que se está a trabalhar no momento, esteja-se onde estiver, não passava de
um belo sonho. As conferências Web enquanto ferramenta de colaboração em projectos, em tempo real, eram
pouco práticas no seu melhor e um verdadeiro pesadelo no seu pior. Os telemóveis e a Internet estavam
ainda na infância. Hoje em dia, não só estão facilmente disponíveis como a preços que as pequenas
empresas podem justificar.
Empresários: juntem-se aos técnicos!
Dito isto, tenho um importante aviso de saúde para os proprietários de empresas relativamente às novas
tecnologias. Para muitas empresas, longe vão os tempos em que tinham condições para manter uma equipa
de TI a tempo inteiro, por isso aprendemos a ser mais auto-suficientes na utilização das novas ferramentas. O
problema é que normalmente os empresários são péssimos a gerir o tempo. Sei bem do que falo: eu sou um
deles. As pessoas como nós frequentemente não conseguem utilizar a tecnologia de uma forma eficaz e
também não investem o tempo necessário para explorá-la ao nível geral na empresa. Isto significa que somos
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óptimos a comprar todo o tipo de dispositivos e engenhocas, mas muito menos eficientes a aproveitar o
respectivo valor, explorando todo o tipo de aplicações possíveis.
Tal como todos os empresários de sucesso têm um conselheiro que ajuda a dar forma às ideias, eu
recomendo vivamente que formem também uma relação com um "guru de sistemas" – alguém que viva e
respire tecnologia – mesmo que o contacto só se estabeleça uma ou duas vezes por mês. Não que as novas
tecnologias sejam difíceis de usar, de facto nunca foi tão fácil utilizá-las. A ideia-chave é conjugar
competências complementares: pode ser óptimo a vender, mas não faz ideia do que deve fazer para que a
sua empresa possa prestar apoio a mais clientes. Por seu lado, o seu parceiro de tecnologia tem todas as
ferramentas de que precisa para maximizar a eficiência, sem sacrificar a satisfação dos clientes, mas não faz
a mínima ideia de como ir para a “rua” e vender o produto. As vossas competências complementam-se.
Transformar as dores de crescimento em ganhos de crescimento
Não importa quem está no leme, à medida que as empresas crescem enfrentam diferentes desafios a nível da
eficiência. Costumo falar imenso das empresas enquanto "embriões", "plantas jovens" e "imponentes
carvalhos" – começando com alguns amigos com uma ideia até atingir a fase de empresa madura com 30 ou
mais colaboradores. Através da evolução, vai precisar de boas ferramentas de colaboração que lhe permitam
acompanhar o “pipeline” de vendas e o fluxo de caixa, prestando muita atenção a decisões sobre se deve
comprar, realizar a locação financeira ou alugar o equipamento ou até as próprias aplicações informáticas.
No entanto, é nas empresas de maior dimensão onde se assiste frequentemente a uma deterioração da
comunicação interna – as pessoas queixam-se de que ninguém lhes diz nada ou que estão sobrecarregadas
com e-mails. De igual forma, à medida que as empresas angariam mais clientes, é precisamente o serviço
que atraiu estes clientes que pode começar a deteriorar-se. Quando a empresa está no estágio inicial, as
necessidades dos clientes são satisfeitas sempre pela mesma pessoa. Subitamente, com o crescimento da
empresa, o toque pessoal parece perder-se. Os seus processos podem ter a solidez de uma rocha, mas há
um preço a pagar por isso.
Eu aconselho os empresários a resistir à tentação de crescer demasiado depressa e a manter o número de
colaboradores e clientes facilmente gerível (em vez disso, suba os preços para reflectir o valor oferecido ao
cliente). Ou pode recrutar um executivo que em tempos fez parte da direcção de uma grande multinacional e
para quem os grandes negócios são uma brincadeira de criança.
Mas pode também inverter a tendência ou pelo menos mitigar os efeitos, introduzindo soluções inteligentes
como o trabalho no domicílio, números pessoais redireccionáveis e ferramentas na Web para partilhar as
informações. Não estará apenas a colmatar as lacunas de eficiência, como também a poupar dinheiro e a
proporcionar aos colaboradores independência do escritório. Está provado que as pessoas sentem-se mais
satisfeitas e são mais produtivas quando têm estas ferramentas à mão.
Quando presto aconselhamento a empresários, deparo-me quase sempre com pessoas com excelentes
ideias. Mas digo-lhes sempre que não são as ideias que importam, mas sim a capacidade de encontrar a
equipa certa para as concretizar. Quando a empresa se encontra na fase embrionária, tudo aquilo que puder
fazer para manter uma grande equipa coesa, motivada e empenhada em resolver os desafios de crescimento
é positivo. Quem recorrer à tecnologia de comunicação certa terá sem dúvida uma vantagem competitiva.
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