Teofania 80 Anos: África precisa de políticos e
religiosos comprometidos com a causa do seu povo
Luanda - Nós somos àqueles que a África espera”, a África
precisa de políticos e religiosos comprometidos com a
causa do seu povo, disse Sua Santidade o profeta Simão
Gonçalves Toco, em Catete, Icolo e Bengo, durante o culto
que assinalou os 80 anos de Teofania aos tocoistas, que se
comemora a 17 de Abril.
O Sermão, sob tema "O Tocoísmo e a África 80 Anos
Depois" com a sustenção do texto Bíblico em Êxodo 3:710, segue na integra:
Prefácio: Deus é o princípio e o fim de todas as coisas. Ele
é Pai e criou-nos para sermos a sua própria beleza à sua
própria glória, Provérbios 8:22-31.
Ele está e esteve sempre no controlo das coisas que
por sua livre vontade criou. Quando o homem se
perdeu, Deus nosso Pai não se conteve, veio à sua
procura como um bom pai que se compadece do
seu filho. Ele não se manifesta aos homens como e
quando querem, a teofania é um acontecimento
único e inédito, mas particular.
Os meus sinceros agradecimentos de forma
antecipada a todos que estão connosco hoje, para
celebrarmos estes 80 anos que constituem a razão
da nossa existência.
Introdução: Amadas e amados, muitos se calhar
estarão cogitando dentro de si: O porquê falar de
África, se estamos a celebrar culto apenas a Deus?!
Convido-vos meus queridos a estarem atentos para
que Deus Pai nos faça entender isso. No nosso texto
principal extraído do livro de Êxodo, lemos o
seguinte: Certamente, vi a aflição do meu povo, que
está no Egipto, e ouvi o seu clamor, por causa dos
seus exatores, conheço-lhe o sofrimento, por isso
desci, a fim de livra-lo das mãos dos egípcios e fazelo subir daquela terra, para uma terra ampla, que
mana leite e mel; o lugar do cananeu, do heteu, do
amorreu, do ferizeu, do heveu e do jebuseu (V:7 á
8).
Queridos, Deus Pai explica as razões da sua
aparição naquele monte em Horebe. É aqui onde
filhas e filhos de Deus, encontramos a razão do
nosso tema enquanto comemoramos os 80 anos da
visitação de Deus ao nosso Continente, a África dos
sofredores.
O Tocoísmo e a África 80 Depois, é o Tema que
Deus Pai propôs hoje neste santuário para nossa
reflexão.
O povo de Israel que é a referencia obrigatória de
todos quantos acreditam em Deus verdadeiro e real,
esteve no Egipto cerca de 400 anos, onde foram
submetidos a trabalhos forçados e obrigados a
enjeitar os seus próprios filhos, Êxodo 2:1-5.
Eles choraram durante 400 anos conforme o
Génesis 15:13 na terra estrangeira, como escravos,
serviram a faraó e à seu povo. Ao fim deste período,
Ele os visitou segundo a promessa de Deus feita aos
seus antepassados, Génesis 15:16.
José fez jurar os seus irmãos dizendo: “Certamente
Deus vos visitará, e fareis transportar os meus ossos
daqui” Génesis 50:24-25.
Queridos! ao analisarmos estas palavras que José
por duas vezes pronunciou antes da sua morte,
mostra a todos que, quem crê em Deus nunca e
jamais será confundido. Ao final do tempo préanunciado, Ele os tirou das mãos dos seus
carrascos, os faraós! Mas, aqui importa questionar:
Será que Israel alcançou a paz e tranquilidade
segundo a promessa de Deus? Certamente que não!
Porquê? Porque eles não guardaram as palavras de
Deus pronunciadas no Sinai (Êxodo 19). Eles foram
livres de um inimigo, mas por falta de obediência,
encontraram ainda vários inimigos que os afligiram
na terra prometida, II Crónicas 36:17-27.
É neste dia que nos reunimos como povo e ovelhas
do seu pasto, meus amados, que devemos nos
recordar das coisas de Deus, enquanto vivemos a
transição do sofrimento para uma paz verdadeira,
para que se possível, avaliarmos o nosso presente e
prevenir os desastres futuros. Nunca se comete
graves erros e ofensas contra Deus no tempo da
guerra e do sofrimento. Mas, quando a nossa carne
começa a viver a paz e o nosso ventre começa a
dormir cheio... e as coisas correm bem, é quando os
grandes líderes falham!
Este exemplo nos deixaram aqueles que tanto na
politica, assim como na religião conduziram os povos
na história. É em momentos de Paz, que os líderes
políticos inventam leis e as promulgam para a
desgraça tanto deles, assim como dos seus povos.
É neste período, que se transformam em idólatras, e
Angola está na fase desta tentação.
O Tocoísmo e a África 80 Anos Depois
Este tema que Deus Pai colocou em nós hoje, levanos em primeiro lugar a reflectir sobre a razão do
surgimento do tocoísmo e, a pergunta é: O que é o
tocoísmo? O tocoísmo é o nome dado aos
seguidores de Simão Gonçalves Toco, aquele que
por vontade daquele Deus, que hoje e agora
celebramos culto, recebeu a missão de uma nova
revolução espiritual, para o resgate do povo que se
encontrava em trevas e aos que viveram na região e
sombra da morte resplandeceu à luz. Citação de S.
Mateus 4:16.
O tocoísmo surge, num momento em que a África se
encontrava sob dominação cruel das forças dos
impérios europeus. Numa altura em que muitas
tentativas de autodeterminação eram reduzidas a
nada. Mas, Deus já havia posto algo em seu servo, e
em 1946 no mês de Julho depois de tantas
conferências
realizadas
pelos
missionários
protestantes, elegem o Congo Belga como sede que
iria albergar este importante evento.
É nesta conferência que o mesmo Deus que antes
visitara Simão Gonçalves Toco na sua passagem
para Caconda, tendo feito aqui uma paragem
obrigatória por imperativo de trabalho, falo do
longínquo ano de 1935, usa os missionários a
solicitarem três africanos nativos para que pedissem
a Deus a ajuda em tudo quanto dificultava a vida dos
povos africanos, estou falando da conferência que
teve lugar em Kalina.
É nesta conferência, que Deus realiza à sua
operação. Simão Toko, foi solicitado à suplicar a
Deus pedindo a vinda do Espírito Santo em África,
por indicação do Reverendo Tucker, oração que
levou cerca de três minutos. O porquê da indicação
de Simão Toko para fazer o pedido do Espírito
Santo, enquanto que aos outros foi-lhes dito que
pedissem a civilização,
o desenvolvimento da
situação social económica e aumento da
evangelização em África?
Aí reside o segredo do altíssimo, quando Ele
semeia, Ele próprio encarrega-se de regar e fazer
crescer. Três anos depois recebemos da parte do
nosso Deus a resposta. O Espírito Santo foi também
enviado a nós tal como acontecera em Jerusalém,
Actos 2:1-4.
A partir daí, nos foi dado de volta a igreja de Nosso
Senhor Jesus Cristo no Mundo, que por razões de
vários atropelos havia regressado aos céus nos
anos 312 a 325 depois de Cristo. Os nossos
adversários atribuíram-nos tal igual como em
Antioquia, o nome de Tocoistas para a possível
identificação e desencadearem contra nós a
perseguição, Actos 11:26. O que veio a acontecer a
partir do dia 22 de Outubro de 1949, tendo durado
cerca de 4 décadas, até por volta dos anos 82.
Refiro-me ao nosso sofrimento e mortes.
O tocoísmo que é constituído por homens, mulheres,
jovens e crianças provenientes das igrejas: católica,
protestante, testemunhas de Jeová, adventistas do
sétimo dia e ateus, surge como já me referi atrás,
como uma força espiritual, para o despertar das
consciências africanas, adormecidas na servidão do
pecado e escravatura imposta pelos impérios
ocidentais.
Nós tocamos o sino, e sem qualquer reserva isto
custou-nos muito sangue, mesmo antes do
nascimento de partidos políticos no País. Felizmente
conforme as escrituras, a Palavra de Deus não ficou
nem presa e muito menos destruída, II Coríntios 4:711.
O tocoísmo surge para intervir e dirigir a Igreja de
Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, assim tal
como surgiu o cristianismo, num momento de grande
stresse para com o povo eleito, Israel de Deus,
assim também surgiu o tocoísmo.
O nome de cristãos, lhes tinha sido dado pelos
antiocos na Antioquia. O nome de tocoistas, nos foi
dado pelos belgas e autenticado pelos colonos
português, todos opositores do nosso caminho.
Será que como igreja africana com uma missão bem
definida por Jeová Deus, já estamos satisfeitos com
o que a África vive hoje? Seria eu imprudente e
hipócrita se de tal forma respondesse... será que
ainda continuamos na mesma? Também seria eu
cego demais, se assim concluísse.
Na verdade cumpriu-se em África a parábola de
Jesus Cristo em S. Mateus 24:2. A pedra que
reprimia os africanos, foi abalada. Agora estamos
naquele Adágio popular africano que diz: “Mbambi
za ntu wa Nkayi zi lokuanga, meso mu mona,
matu muwa diambo Ngangu zaku zikondele”.
Chifres do Veado que estão a ser tocados, as vistas
estão a ver, os ouvidos estão a ouvir o tocar dos
chifres, só te falta a inteligência.
A África recebeu a Palavra de Deus pelos
missionários que segundo o mandato de Cristo
Jesus inserto em S. Mateus 28:19-20: “Ide”. Mas a
corrupção e as várias ameaças desta vida, não
deixaram os missionários imunes de desvios, em
algumas vezes graves, custando vidas humanas, as
quais Jesus Cristo os mandou salvar com o anúncio
das boas novas.
O evangelho foi contaminado nos vários momentos
do nosso percurso, não é pouco que alguns
missionários se transformaram em agentes da
segurança PIDE DGS para queixar e levar à morte
aqueles que com os olhos abertos negaram o
evangelho da colonização. Quantos dos nossos
antepassados, não pereceram e levados para outros
continentes com o pretexto de: “bem aventurados os
mansos”, S. Mateus 5:5 mal aproveitado por aqueles
que sob capa do evangelho facilitaram a nossa
desgraça.
Mas também, reconheço que tinham razão de o
fazer! Porque perdendo o homem de Deus o Espírito
Santo, nada mais lhe restava, se não, praticar tudo
quanto ofendia a consciência e o coração de Deus.
Eles assim agiram e nós pagamos por isso. Hoje
passados 80 anos, estamos em plenas condições de
pregarmos o evangelho da salvação sem receio de
sermos acusados de rebeldes e gente que não
obedece as ordens dos sacerdotes ocidentais.
Valha-nos Deus e esteja com a sua África e todos
quanto ainda sofrem injustiças no mundo.
Agora minhas queridas e meus queridos, é chegada
a hora de anunciarmos de forma clara, a todos os
homens africanos e não só, que é inglorioso e sem
escrúpulo continuarmos a nos digladiar entre nós.
Nós os verdadeiros africanos políticos ou religiosos,
não devemos esquecer que, aqueles que vieram nos
ensinar a viver pobres e oprimidos, para obtermonos o Reino de Deus, vinham de lá, aqueles que
também hoje têm sido os bons samaritanos e
enviam-nos armas, têm as mesmas origens e os
mesmos países... não nos esqueçamos disso.
Peço a todos políticos e religiosos, a olharem para o
céu e não para outra margem do oceano. Vós que
tendes a politica como a arte de organizar governos
para dirigir e orientar os vossos povos, peço-vos que
não olhem para alem do oceano.
A África precisa hoje de políticos e religiosos
comprometidos com a causa do seu povo, não
precisa de mais mercenários, estes já os tivemos.
Precisamos de homens que entenderam e
interpretaram, que é com eles que as lágrimas do
povo africano precisam de ser limpadas.
O Presidente Neto, que nasceu nesta terra que Deus
Pai havia pisado, na sua poesia disse: “Mãe, eu já
não posso esperar mais, porque eu sou daqueles
de quem esperam”.
Digamos todos: Nós somos àqueles que a África
espera”. O infindável e interminável Simão Toko, o
“Nekakuluki” hoje repete e diz a todos presentes e,
para aqueles que nos assistem através da televisão,
assim como os que nos ouvem através da Rádio
Tocoista “A Voz da Esperança”, que é inútil irem
buscar instruções lá fora para virem matar o vosso
povo, os vossos irmãos.
É inútil, irem buscar religiões, para em nome de
Deus matar os vossos irmãos. Temos sim o sublime
dever de lutar pela grande unidade do povo africano.
É inútil tentar governar para simples beneficio
próprio. Governe para o bem de todos e viverei
seguros, e vossas heranças serão para os vossos
filhos e netos e, Deus o nosso Pai vos dará à vossa
recompensa. O egoísta nunca deixará herança para
os seus, porque os outros a saquearam após ele.
80 anos após a visitação do altíssimo Deus aqui, a
África precisa ser desamarrada e livre da sua
consciência ainda presa. O africano deve aprender a
autovalorizar-se e o espírito de que nós somos
vassalos para sermos empurrados onde os outros
quiserem, deve terminar. Vamos fazer algo para que
os outros venham também aqui, comprar casas
como vós têm feito, para que os filhos dos europeus
também venham estudar e formarem-se cá, como os
vossos têm feito lá.
Filhas e filhos de Deus, o nosso viver como pobres,
não deve ser reduzido simplesmente na pobreza
material, mas sim, no fugir do mal e fazer o bem ao
nosso próximo e ao nosso Deus. Pobres no realizar
o mal, na fuga ao egoísmo, da corrupção, mas ricos
na adoração a Deus, na busca de soluções capazes
de trazer a Paz e tranquilidade, a robustez
económica social e espiritual.
A África continuará na mesma se os líderes
africanos, não se autodescobrirem para fazerem
prosperar a ciência e a investigação científica no
continente. A educação e o ensino, deve ser o
baluarte de todos que são verdadeiros actores
políticos das sociedades
Sobre Angola
Amadas e amados, Angola está a caminhar para o
progresso social, 13 anos depois, o sucesso embora
tímido e atrofiado por várias forças do mal, mesmo
assim, ele está sendo alcançado. Agora importa que
todos unamos esforços em torno deste objectivo
comum, de ver Angola dos sonhos dos nossos
antepassados, a herança que queremos deixar para
as gerações vindouras.
Angola nosso País, cuja terra Deus pisou, necessita
de uma igreja firme e forte, isto é, precisa-se cada
vez mais de um cristianismo mais unido, mais
entendido e que saiba defender os interesses da
nossa nação. Assim como Israel nunca se separou
da sua terra e do seu povo, vamos nós amar e
colocarmos à nossa Pátria em primeiro lugar, acima
de qualquer interesse particular ou de grupos. Desta
forma seremos capazes de sermos bons árbitros,
quando apitarmos em circunstancias complexas. Os
políticos obedeceram e nunca mais levarão este
povo a carnificina.
Amados políticos, caros angolanos, queridos
religiosos! O tocoísmo vai continuar a crescer e
multiplicar-se, porque Mayamona o “Nekakuluki” é
imortal, ele vive e, em mim faz e fará as suas obras,
cumprindo sempre o nosso papel de uma igreja de
intervenção, enquanto formos peregrinos neste
deserto.
Haja entendimento entre vós, respeitando-se
mutuamente, quem governa, deve ser respeitado e
deve respeitar aqueles que esperam governar. Uns
após outros podereis todos governar, fazendo
pactos entre vós, firmando compromissos que
garantam a continuidade para o caminho da paz e
da reconciliação nacional.
A crise que assola hoje o Pais passará, buscai
apenas a sabedoria corrigindo os erros cometidos,
como é normal para o ser humano.
Para a juventude espero que, nem a falta de
emprego, nem as dificuldades do aceder ao ensino
superior, nem mesmo a falta de casa própria, vos tire
do sério e vos tirem a esperança de viver dias
melhores. Sedes íntegros e sóbrios não adiram
propostas que a princípio parecem deliciosas e
aliciantes, mas, que no fim morderão como o veneno
da serpente. Sejais como Jesus Cristo vosso irmão,
que depois do sofrimento Deus o exaltou, dando-lhe
um nome que está sobre todos os nomes, Filipenses
2:5-10.
As mulheres, sedes mais responsáveis como
verdadeiras adjutoras idóneas, cuidando bem dos
vossos lares, não desperdiçando o dom que
recebestes de cuidar e criar os filhos. Amamentem
as vossas crianças com amor fraternal àquele que
de Deus receberam, de ser vós a mãe do salvador.
80 anos depois, queremos desejar ao nosso
continente e em especial a Angola, mais anos de
muita prosperidade, de desenvolvimento e de
aniquilamento total da pobreza. Peço que todo
homem, seja sujeito as autoridades, porque este é
um dos grandes mandamentos de Deus.
Os nossos agradecimentos ao governo de Luanda, a
administração do Icolo e Bengo, a Policia Nacional,
ao Corpo de Protecção Civil e bombeiros, ao INEMA,
a todos médicos e paramédicos, ao protocolo e
fiscalização de todas as igrejas provinciais, as tribos
e em especial aos tabernáculos que não param de
orar.
Ebenezer, até aqui o SENHOR nos ajudou.
Deus Pai abençoe a todos, se até aqui vos ajudou,
Ele vos ajudará e vos abençoará ainda mais a todos
que fazem o bem. Bom regresso
Ide em Paz.
A Bem da Igreja
O Dirigente
Mayamona
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