A Criação
Aula 9
O pecado original
Aulas previstas:
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8.
9.
No princípio (9 slides)
Leitura cristã da Criação (6 slides)
O Amor de Deus (11 slides)
Criação e Ciência (12 slides)
Providência de Deus (10 slides)
O Mal (8 slides)
Os anjos (11 slides)
O Homem (16 slides)
O pecado original (10 slides)
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Gn 3, 4: «Então a serpente disse
à mulher: ‘Não, não morrereis.
Mas Deus sabe que, no dia em
que comerdes o fruto, os vossos
olhos abrir-se-ão e tornar-vos-eis
como deuses, conhecedores do
bem e do mal’».
 Deus havia recordado a Adão
e Eva o perigo da desobediência (“se comerdes do fruto, morrereis”), não porque
quisesse o castigo dos homens, mas para os prevenir do caminho que se abre
fora da união com Deus.
 O tentador oferece-lhes uma divinização falsa, porque não tem em conta a Lei e
o Amor de Deus para com eles. É “pai da mentira” (Jo 8, 44).
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O homem tem, na sua liberdade, o destino dos seus passos, e pode decidir, em
cada instante, se se dirige para a meta querida por Deus, ou se prefere voltar-Lhe
as costas. É o “mysterium iniquitatis”. (2 Ts 2, 7)
 São Josemaría, em Cristo que passa, 6: “Os olhos
da alma embotam-se; a razão crê-se auto-suficiente
para entender tudo, prescindindo de Deus. É uma
tentação subtil, que se apoia na dignidade da
inteligência, que o nosso Pai Deus deu ao homem
para que O conheça e O ame livremente. Arrastada
por essa tentação, a inteligência humana considera-se
o centro do universo, entusiasma-se de novo com o
‘sereis como deuses’ e, enchendo-se de amor por si
mesma, volta as costas ao amor de Deus”.
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 Gn 3, 7-8: “Então abriram-se os olhos aos dois, e eles
perceberam que estavam nus. Entrelaçaram folhas de
figueira e fizeram cintas para si. Em seguida, eles ouviram
o Senhor Deus que passeava no jardim à brisa do dia.
Então o homem e a mulher esconderam-se da presença
do Senhor Deus, entre as árvores do jardim”.
 Começaram a ver (visão, inteligência e vontade) com
a perspectiva da malícia, do amor próprio desordenado.
Aos seus corpos que, até àquele momento, estavam
perfeitamente sujeitos à alma, começam a exigir um
papel que ultrapassa a capacidade de domínio de que o
seu coração é capaz. Não só estão alteradas as relações
entre eles, como também as relações com os seres criados e com Deus, que não
os deixou abandonados.
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CIC 404 responde à pergunta: “Como é que o pecado de Adão se tornou o pecado de
todos os seus descendentes?”.
 “Todo o género humano é, em Adão, ‘como um só corpo
de um único homem’ (São Tomás, De malo 4, 1, c). Em
virtude desta ‘unidade do género humano’, todos os
homens estão implicados no pecado de Adão, do mesmo
modo que todos estão implicados na justificação de Cristo”.
 “Todavia, a transmissão do pecado original é um mistério
que nós não podemos compreender plenamente. Mas
sabemos, pela Revelação, que Adão tinha recebido a
santidade e a justiça originais, não só para si, mas para
toda a natureza humana; consentindo na tentação, Adão e Eva cometeram um
pecado pessoal, mas este pecado afeta a natureza humana que eles vão transmitir num estado decaído”.
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CIC 404 continua:
 “É um pecado que vai ser transmitido
a toda a humanidade por propagação,
quer dizer, pela transmissão de uma
natureza humana privada da santidade
e justiça originais”.
 “O pecado original chama-se ‘pecado’ por analogia:
é um pecado ‘contraído’ e ‘não cometido’; um
estado, não um ato”.
O pecado original
 “Embora próprio de cada um, o pecado original não tem, em qualquer
descendente de Adão, caráter de falta pessoal. É a privação da santidade
e justiça originais, mas a natureza humana não se encontra totalmente
corrompida” (CIC 405).
 A natureza humana ficou
ferida pelo pecado original.
Concretamente, estão feridas
a inteligência (ignorância), a
vontade (malícia), o apetite
irascível (debilidade) e o apetite concupiscível (concupiscência).
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 “O Batismo, ao conferir a vida da graça
de Cristo, apaga o pecado original
e reorienta o homem para Deus, mas
as conseqüências para a natureza,
enfraquecida e inclinada para o mal,
persistem no homem e convidam-no
ao combate espiritual”. (CIC 405)
 O influxo do mal, que começa com o pecado original, não se reduz à esfera pessoal
do indivíduo. Depois do pecado, o mundo
“está sob o poder do Maligno” (1 Jo 5, 19).
Esta situação dramática “transforma a vida
do homem num combate” (CIC 409).
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 “De fato, trava-se, ao longo de toda a
história humana, uma árdua batalha
contra os poderes das trevas, a qual,
começada nas origens do mundo, durará, como diz o Senhor, até ao último dia.
Embrenhado nesta luta, o homem deve
combater continuamente para aderir
ao bem; só à custa de grandes esforços,
com o auxílio da graça de Deus, é capaz
de realizar a sua unidade interior”
(Gaudium et spes 37).
O pecado original
 São Josemaría, Cristo que passa, 73:
“Cristo, que é a nossa paz, é também
o Caminho. Se queremos a paz, temos
de seguir os seus passos. A paz é
consequência da guerra, da luta, dessa
luta ascética, íntima, que cada cristão
deve sustentar contra tudo o que, na
sua vida, não é de Deus: contra a
soberba, o egoísmo, a superficialidade,
a estreiteza do coração”.
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Ficha técnica
 Bibliografia
 Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação
Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)
 Slides
 Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com
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