As Universidades e o Open Access
Apresentação para Dirigentes
Universitários
Antevisão da apresentação…
• Open Access /Acesso Livre
▫ O que é?
▫ Porquê?
▫ Como?
• As Universidades e o Open Access
▫ Os repositórios institucionais
▫ As políticas institucionais de auto-arquivo
O que é o Open Access?
Open Access, "Acesso Livre" (ou “Acesso Aberto”) significa a
disponibilização livre na Internet de cópias gratuitas, online, de artigos de
revistas científicas revistos por pares (peer-reviewed), comunicações em
conferências, bem como relatórios técnicos, teses e documentos de
trabalho.
Acesso Livre a quê?
Essencial:
Aos cerca de 2.5 milhões de artigos publicados por ano, a
nível mundial, em cerca de 25,000 revistas com peer-review
em todas as disciplinas académicas e cientificas.
Opcional:
A comunicações, teses e dissertações, relatórios, working
papers, artigos não revistos (preprints); monografias; etc.
Não Aplicável:
O Acesso Livre não se aplica a livros sobre os quais os
autores pretendam obter receitas ou textos não
académicos, como notícias ou ficção.
Acesso Livre porquê?
• Aumentar a visibilidade, o acesso, a utilização e o
impacto dos resultados de investigação.
• Acelerar e tornar mais eficiente o progresso da
ciência.
• Melhorar a monitorização, avaliação e gestão da
actividade científica.
Acesso Limitado = Impacto Limitado
(Traduzido e adaptado de Harnad)
12-18 Meses
O ciclo de impacto inicia-se:
Realiza-se Investigação
Investigadores
escrevem
artigo preprint
Preprint avaliado por
pares especialistas –
Peer-Review
Postprint revisto é aceite,
certificado, publicado
numa revista
Submetem a
revista
Preprint revisto
pelos autores
Novos ciclos de impacto:
Nova investigação a partir
da investigação anterior
Investigadores podem aceder ao
Postprint se a Universidade
assinar a revista
Acesso Limitado = Impacto Limitado
(Traduzido e adaptado de Harnad)
12-18 Meses
O ciclo de impacto inicia-se:
Realiza-se Investigação
Investigadores
escrevem
artigo preprint
Preprint avaliado por
pares especialistas –
Peer-Review
Postprint revisto é aceite,
certificado, publicado
numa revista
Submetem a
revista
Preprint revisto
pelos autores
Este acesso limitado
baseado na
assinatura de
revistas pode ser
complementado pelo
auto-arquivo do
Postprint no
repositório
institucional do autor
Novos ciclos de impacto:
Nova investigação a partir
da investigação anterior
Investigadores podem aceder ao
Postprint se a Universidade
assinar a revista
Impacto e acesso à investigação maximizado pelo
“auto-arquivo”
O ciclo de impacto inicia-se:
Realiza-se Investigação
Investigadores escrevem
artigo - preprint
RI
12-18 Meses
Submetem a
revista
Preprint avaliado por pares
especialistas – Peer-Review
Preprint revisto
pelos autores
Postprint revisto é
aceite, certificado,
publicado numa revista
Investigadores podem aceder ao
Postprint se a Universidade
assinar a revista
Novos ciclos de impacto:
Nova investigação a partir
da investigação anterior
Novos ciclos de impacto:
O impacto da investigação
arquivada é maior e mais
rápido porque o acesso é
maximizado.
Impacto dos resultados de investigação…
Amplitude = 36%-250%
(Dados: Brody&Harnad 2004; Hajjem et al. 2005)
Adaptação de gráfico cedido por:
Alma Swan – Key Perspectives Ltd
Acelerar e aumentar a eficiência do progresso
da ciência
Adaptação de gráfico cedido por:
Alma Swan – Key Perspectives Ltd
Melhorar a monitorização, avaliação
e administração da ciência (algumas hipóteses)
• Avaliação de investigadores, grupos e centros de
investigação baseada na análise de citações de artigos
individuais (e não no factor de impacto das revistas);
• Desenvolvimento de um “CitationRank” semelhante ao
algoritmo “PageRank” do Google;
• Registo e seguimento de downloads, citações e padrões
de uso;
• Avaliação do grau de endogamia/exogamia dos
investigadores e unidades de investigação
• Detecção de autores/trabalho não citados/ignorados e
detecção de plágio por analises semânticas.
Duas vias para o Acesso Livre
• Óptima (dourada): Publicar os artigos em
revistas de acesso livre sempre que existam
revistas
adequadas
para
o
efeito
(presentemente cerca de 3691, ≃ 15% - ver
www.doaj.org)
• Boa (verde): Publicar os restantes artigos nas
revistas comerciais habituais (presentemente
cerca de 21300, ≃85%) e auto-arquivá-los em
repositórios da própria instituição.
O que são Repositórios Institucionais?
• São sistemas de informação que armazenam, preservam,
divulgam e dão acesso à produção intelectual de
comunidades universitárias. Ao fazê-lo intervêm em duas
questões estratégicas:
▫ contribuir para o aumento da visibilidade e “valor” público das
instituições, servindo como indicador tangível da sua qualidade;
▫ contribuir para a reforma do sistema de comunicação científica,
expandindo o acesso aos resultados da investigação e
reassumindo o controlo académico sobre a publicação científica.
Os Repositórios no mundo…
Via verde para o auto-arquivo!
O copyright já não é um obstáculo importante ao desenvolvimento
dos Repositórios Institucionais.
Mais de 95% das revistas já permitem alguma forma de auto–
arquivo/depósito em repositórios.
http://romeo.eprints.org/stats.php
Repositórios para quê?
• Para produzir o corpus de literatura científica em acesso livre,
que constitui o objectivo final, e que proporcionará:
▫
▫
▫
Progresso científico mais rápido e mais eficiente
Text-mining e data-mining
Corpus para avaliação da ciência
• Para ajudar a instituição a cumprir a sua missão de
disseminação dos resultados científicos
• Para dotar a instituição das ferramentas para analisar e gerir
a sua produção científica
• Para ajudar a instituição aumentar a sua visibilidade e
impacto
Se todas as instituições possuíssem dados
semelhantes nos seus repositórios…
• Análises comparativas:
▫ “Em que medida o nosso impacto se compara com o
de outros?”
▫ “O nosso departamento de engenharia está a registar
mais impacto?”
▫ “Que resultados estamos a obter com o dinheiro que
investimos no nosso departamento de física?”
▫ “Os nossos melhores departamentos de investigação
estão a atrair o número ideal de estudantes?”
Os repositórios aumentam a visibilidade dos resultados da
actividade científica
Os repositórios usam tecnologias e protocolos
que expõem os seus conteúdos na Internet.
O Google integrou recentemente no
Isto significa que os conteúdos dos repositórios
seu de
motor de busca genérico
estão acessíveis a partir de inúmeras bases
e funcionalidades até
dados e motores de pesquisa, incluindocaracterísticas
o
Google…
agora apenas presentes no Google
Scholar como:
• O nome do (primeiro) autor
Mas criar repositórios institucionais
é apenas
• Links
para os artigos que o citam
uma condição necessária, não é uma
condição
• Links
para artigos relacionados
suficiente…
• Links para outras versões
Apenas cerca de 11% da produção científica institucional
mundial é auto-arquivada espontaneamente hoje em dia
em repositórios e páginas web.
Os repositórios são necessários, mas não são
suficientes…
• Estratégias de divulgação, promoção e formação são factores críticos
para o sucesso na implementação de um repositório.
• A criação de serviços de valor acrescentado para os autores, que
compensem o esforço de auto-arquivo, é também um aspecto
importante.
• Mas o factor determinante
é a implementação de políticas e
mandatos de auto-arquivo que encorajem ou tornem obrigatório o
depósito da produção científica dos membros das instituições nos
seus repositórios.
Atitude dos autores face a um mandato de
auto-arquivo
(Dados: International Survey - “Would you comply with OA mandate?”)
Vantagem Competitiva
Quanto mais cedo uma universidade implementar um mandato de auto-arquivo Open Access,
mais cedo (e maior) será a sua vantagem competitiva face às suas congéneres.
Vantagem Competitiva
A Univ. Southampton School of Electronics and Computer Science foi a primeira adoptar um
mandato de auto-arquivo OA a nível mundial. (A vantagem competitiva desvanece com OA a
100%).
Vantagem Competitiva
As universidades portuguesas no Ranking Web of World Universities (Julho 2008)
http://www.webometrics.info/rank_by_country.asp?country=pt
Mundialmente, um total de 56 mandatos de autoarquivo já foram implementados e mais 10 estão
registados sob a forma de proposta.
ROARMAP (Registry of OA Repository Mandates):
http://www.eprints.org/openaccess/policysignup/
Em 2008…
Janeiro 2008
• 11 de Janeiro de 2008
A política de auto-arquivo do NIH (EUA), até à altura
voluntária,
passa aQua.
obrigatória.
Seg.
Ter.
Qui. Sex. Sáb. Dom.
2 G, Title 3
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6
In accordance 1
with Division
II, Section 4
218 of PL 110-161
(Consolidated Appropriations Act, 2008 ), the NIH voluntary Public Access
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Policy (NOT-OD-05-022) is now mandatory. The law states:
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The Director of the National Institutes of Health shall require that all
investigators funded by the NIH submit or have submitted for them to the
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National Library of Medicine PubMed Central an electronic version of their
final,
peer-reviewed
manuscripts
upon
acceptance for publication, to be
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made publicly available no later than 12 months after the official date of
publication: Provided, That the NIH shall implement the public access policy in
a manner consistent with copyright law.
Em 2008…
Fevereiro 2008
• 12 de Fevereiro de 2008
A Faculdade de Artes Ciências da Universidade de Harvard estabelece
uma política sobre as publicações científicas dos seus membros, que
Seg. paraTer.
Sex.
Sáb. do
Dom.
requer,
além do Qua.
depósito Qui.
dos artigos,
a transferência
copyright
para a Universidade.
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3
Each Faculty member grants to the President and Fellows of Harvard College permission to make
available his or her scholarly articles and to exercise the copyright in those articles. In legal terms, the
permission granted by each Faculty member is a nonexclusive, irrevocable, paid-up, worldwide license
to exercise any and all rights under copyright relating to each of his or her scholarly articles (…). The
policy will apply to all scholarly articles written while the person is a member of the Faculty (…).
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de 200820
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25 Law26
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28 política29
A Harvard
School estabelece
uma
sobre as publicações científicas
dos seus membros semelhante à da Faculdade de Artes e Ciências da
Universidade de Harvard.
Em 2008…
Março 2008
• 26 de Março de 2008
O Conselho Geral da European University Association (EUA)
aprovou
as recomendações
Grupo de
Seg. por
Ter.unanimidade
Qua. Qui.
Sex. Sáb.do Dom.
Trabalho sobre Open Access da EUA.
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A. Recommendations for University Leadership
1. (…) develop institutional policies and strategies that foster the availability of (…)
research results (…), maximising their visibility, accessibility and scientific impact.
2. The basic approach for achieving this should be the creation of an institutional
repository or participation in a shared repository. (…)
3. University institutional policies should require that their researchers deposit
(selfarchive) their scientific publications in their institutional repository upon acceptance
for publication. (…).Such policies would be in compliance with evolving policies of
research funding agencies at the national and European level such as the ERC.
4. University policies should include copyright in the institutional intellectual
property rights (IPR) management (…).
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Em 2008…
Junho 2008
• 10 de Junho de 2008
Política de auto-arquivo da Stanford University School of Education
Seg.
Ter.
Qua.
Qui.
Sex.
Sáb.
Dom.
(…)
Faculty members grant to the Stanford University permission to make publicly available
their scholarly articles and to exercise the copyright in those articles. They grant to
Stanford University a nonexclusive, irrevocable, worldwide license to exercise any and all
rights under copyright relating to their scholarly articles, in any medium (…).
The policy will apply to all scholarly articles authored or co-authored while a faculty
member of the School of Education, beginning with articles for which the publisher's
copyright agreement has yet to be signed.
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(…)
No later than the date of publication, faculty members will provide an electronic copy of
the final version of the article at no charge to the appropriate representative of the Dean
of Education's Office, who will make the article available to the public in an open-access
repository operated by Stanford University (…)
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Em 2008…
Agosto 2008
 20 de Agosto de 2008
Projecto piloto de Comissão Europeia para assegurar a
Seg. disseminação
Ter. Qua. e Qui.
Sex. dos
Sáb.resultados
Dom. da
máxima
visibilidade
investigação financiada pelo 7th Framework Programm (50
2 20% do
3 7th FP
biliões de €). O projecto vai abarcar1cerca de
(10 biliões de €) em disciplinas como ciências da saúde,
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6 ciências
7 sociais
8 e 9tecnologias
10 de
energia,
ambiente,
informação
e comunicação.
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17
“Grant
be required
reviewed24
research
18 recipients
19 will 20
21 to deposit
22 peer23
articles or final manuscripts resulting from their FP7 projects in an
online
to ensure
25 repository.
26 They27will have
28to make
29their best
30 effort31
open access to these articles within either six or twelve months after
publication, depending on the research area.”
Síntese da apresentação…
O que podem fazer as universidades?
Implementar as recomendações da EUA!
• Criar/Manter repositórios institucionais
• Definir políticas institucionais

▫ Requerer o auto-arquivo das publicações dos seus membros nos
repositórios
▫ Que publicações? obrigatoriamente a versão final dos artigos com
peer-review (“postprint”), opcionalmente outras publicações e
documentos
▫ Quando arquivar/depositar? Imediatamente após a aceitação para
publicação. Os embargos devem aplicar-se ao acesso e não ao depósito
Obrigado pela atenção!
Nome
[email protected]
Esta apresentação foi desenvolvida pelos Serviços de Documentação da Universidade do Minho, no âmbito do projecto Repositório
Científico da Acesso Aberto, está disponível nos termos da Licença Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Partilha nos
termos da mesma licença (by-nc-sa) 2.5 Portugal, e destina-se a ser usada para promover o desenvolvimento de repositórios e
políticas de Open Access junto de dirigentes universitários,
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As Universidades e o Open Access