Pró-Reitoria de Graduação
Curso
de Publicidade
e Propaganda
Pró-Reitoria
de Graduação
Publicidade e Propaganda
Projeto Experimental I
CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL
CONCURSO
DE ESTAMPAS
DE CAMISETAS
“YOU”
MULTIMARCAS
O ESTRANHO MUNDO DE JACK: UMA
EXPRESSÃO ARTÍSTICA
Autor: Pedro Paulo da Silva Ximenes
Autora: Paula
AguiarFrederico
da Silveira
Oriede
ntador:
Barboza
Orientador: Frederico Barboza Junior
Brasília – DF
2010
Brasília - DF
2011
PEDRO PAULO DA SILVA XIMENES
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL
“YOU” MULTIMARCAS
Projeto apresentado ao curso de graduação
em Comunicação Social da Universidade
Católica de Brasília como requisito parcial
para a obtenção do título de bacharel em
Publicidade e Propaganda.
Orientador: Frederico Barboza
Brasília – DF
2011
Projeto de autoria de Pedro Paulo da Silva Ximenes, intitulado “CONTRUÇÃO DA
IDENTIDADE VISUAL. “YOU” MULTIMARCAS”, apresentado como requisito
parcial para a obtenção do grau de bacharel em Publicidade e Propaganda da
Universidade Católica de Brasília, em 14 de junho de 2011, defendido e aprovado pela
banca examinadora abaixo assinada:
_________________________________________________________________
Prof. Frederico Barboza
Comunicação Social – UCB
__________________________________________________________________
Prof. Newton Scheufler
Comunicação Social – UCB
_________________________________________________________________
Prof. Ronaldo Carvalho
Comunicação Social – UCB
Brasília
2010
AGRADECIMENTO
Agradeço a todos que acreditaram e abrirão mão da minha presença de alguma forma
por acreditar em mim e em meu projeto. Principalmente ao meus pais por terem
proporcionado a oportunidade de eu estar completando mais um formação em minha
vida profissional. Aos meus amigos por acreditarem e pela força que me deram todas as
vezes em que estive fraco e sem ânimo.
Ao professor Frederico Barboza por me aceitar como orientando e por ter sido o grande
mestre que foi durante todo o curso de graduação. Após ser acompanhado por ele em
diversas disciplinas e fora delas, não poderia deixar de encerrar esta importante fase da
minha vida sem os seus conselhos e acompanhamento.
Ao professor Ronaldo Carvalho, que posso considerar como um pai na publicidade pois
foi quem me ajudou de alguma forma a dar os primeiros passos neste universo. Por ter
sido o amigo que foi e por ter sido o coordenador que foi dentro da Matriz
Comunicação.
Ao professor Newton Scheufler, com quem tive a oportunidade de trabalhar dentro da
primeira disciplina relacionada as representações visuais dentro do curso, certamente a
disciplina de Estética e os conhecimentos que nela adquiri foram de grande importância
para o desenvolvimento deste projeto.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................8
1. O PROJETO ..............................................................................................................10
2. OBEJETIVO ..............................................................................................................11
3. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................12
4. DESIGN ......................................................................................................................13
4.1. A ORIGEM DA ESCRITA ......................................................................................14
4.2. A ORIGEM DO MÉTODO DE IMPRESSÃO ........................................................23
5. IDENTIDADE............................................................................................................25
5.1. IDENTIDADE COOPORATIVA E IDENTIDADE VISUAL COOPORATIVA ..26
5.2. IDENTIDADE VISUAL COOPORATIVA ............................................................26
5.3. MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL .................................................................27
5.4. CRIAÇÃO DA MARCA ..........................................................................................29
5.5. A IMPOTÂNCIA DA MARCA ...............................................................................29
6. A EMPRESA ..............................................................................................................31
6.1. PRODUTO ...............................................................................................................31
6.2 PÚBLICO-ALVO......................................................................................................35
6.3. MERCADO ..............................................................................................................35
6.4. CONCORRÊNCIA...................................................................................................36
6.5. LINGUAGEM ..........................................................................................................37
7 CONSTRUÇÃO DA MARCA...................................................................................39
7.1 SÍMBOLO GRÁFICO...............................................................................................44
7.2 LOGOTIPO ...............................................................................................................45
7.3 A LOGOMARCA .....................................................................................................46
8 CONSTRUÇÃO DO MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL ..............................48
9 METODOLOGIA.......................................................................................................49
9.1 CONCEPÇÃO DA FORMA E DEFINIÇÃO DOS ITENS A SEREM TRATADOS
NO MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL .................................................................49
9.2 ESTUDO DE COR ....................................................................................................49
9.3 FINALIZAÇÃO DA LOGOMARCA .......................................................................49
9.4 FINALIZAÇÃO DO MATERIAL CRIADO ...........................................................50
10 ORÇAMENTO .........................................................................................................52
11 RELATÓRIO CRONOLÓGICO DE ATIVIDADES ...........................................53
CONCLUSÃO................................................................................................................54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................55
ANEXOS ........................................................................................................................56
RESUMO
XIMENES. PEDRO PAULO DA SILVA. Construção de identidade visual “you”
multimarcas. 2010. Projeto Experimental I. Publicidade e Propaganda – Universidade
Católica de Brasília, Brasília, 2010.
Este projeto experimental trata da construção da marca e do manual de identidade visual
para a empresa “you” multimarcas. Para chegar a tal, o autor faz uma breve explanação
a respeito da origem da escrita e da impressão enquanto colaboradores para o
desenvolvimento do design. O projeto também faz passagem pelo conceito de
identidade visual e sobre a importância da marca para uma empresa. Por fim, apresentase o produto deste que consiste em um manual de identidade para a empresa
anteriormente citada.
Palavras-chave: Design. Identidade Visual. Identidade visual corporativa. Manual de
identidade visual.
ABSTRACT
This experimental project is about the building of the brand and its visual identity
manual for the company “you multimarcas”. To reach such thing, the author makes a
brief explanation about the origins of writing and printing as contributors to the
development of design. The project also goes through the concept of visual identity and
about the importance of the brand for a company. Finally, it appears that this product
consists of an identity manual for the above mentioned company.
Keywords: Design. Visual Identity. Corporate Visual Identity. Manual Visual
Identity.
INTRODUÇÃO
Muito se fala sobre a importância e o valor que carrega a marca de uma empresa. Livros
são escritos a respeito do assunto e cada vez mais os empresários entendem a
necessidade de uma marca bem cuidada e bem estruturada. O design está cada vez mais
ganhando notoriedade e isso se confirma uma vez que a área tem ganhando maior
atenção enquanto curso superior e enquanto demanda.
O design tem sua origem ainda na pré-história, quando o homem primitivo criava
símbolos simples com a função de representar atividades cotidianas em um momento
em que ainda não existia um sistema de escrita consolidado. A escrita cuneiforme, dos
mesopotâmicos, foi a responsável pelo primeiro sistema de escrita organizado. Paralelo
a essa evolução, os egípcios mantêm o sistema figurativo conhecido como hieróglifos,
utilizado com a função de representar objetos ou seres que eram combinados com o
intuito de formar idéias concretas.
A escrita continua sua evolução e contribuição para o design e para a representação
visual chegando a criação do alfabeto pela civilização fenícia. A civilização grega
também deixa sua contribuição para o design gráfico, que após adotar os sistema criado
pelos fenícios, aprimora-o dando atenção a geometria e construção dos caracteres e o
dissemina.
Após ser conquista pela civilização grega a civilização romana, que após essa conquista
fica conhecida como civilização Greco-romana7, adota o sistema de representação
visual utilizado por aquela e o adapta as próprias necessidades dando origem ao alfabeto
ocidental contemporâneo que utilizamos hoje. Com uma breve passagem pela origem da
escrita e da impressão gráfica, percebemos o quanto essas civilizações e estes processos
contribuíram para o design e para a humanidade.
Assim, podemos extrair que design está relacionado a criação de artefatos. De interesse
maior para este projeto, será utilizado uma das ramificações existentes dentro do
conceito de design conhecido como design gráfico que para o ramo comercial é de
grande importância. Essa importância se dá, visto que um dos maiores patrimônios de
uma empresa está diretamente relacionado a sua marca.
Dessa forma, discute-se a necessidade e a importância da marca e do manual de
identidade visual para chegarmos ao produto resultante deste projeto, o manual de
identidade visual para a loja, que atuará no ramo de multimarcas de artigos de moda
como vestuário e acessórios, “you multimarcas”.
1. O PROJETO
O projeto a ser desenvolvido, tem o intuito de construir a identidade visual da loja “you
multimarcas”,
empresa
que,
inicialmente,
atuará
no
mercado
brasiliense
comercializando produtos de vestuário e acessórios de moda.
Esse produto irá proporcionar um grande crescimento para o autor enquanto profissional
que atua na área de direção de arte e design, além de trazer a ele a possibilidade de
incrementar o portfólio e proporcionar a outros alunos do curso que tenham interesse
pela área o contato com o processo de criação de uma marca e do processo de criação de
identidade visual.
2. OBJETIVO
Este projeto tem como objetivo primário a construção da marca e da identidade visual
para a empresa “you multimarca”. Empresa essa, que atuará no ramo de comércio de
varejo com foco em artigos de vestuário e acessórios de moda. Comprovando assim, os
conceitos adquiridos durante o curso de comunicação social , com habilitação em
publicidade e propaganda, relacionados ao design e construção de marca e identidade
visual.
3. JUSTIFICATIVA
O projeto em que questão se justifica baseado em três pilares. O curso de comunicação
social, o interesse por moda e a carreira do autor.
Durante o curso de comunicação social com habilitação em publicidade e propaganda,
certamente as matérias que mais chamaram atenção do autor foram as relacionadas ao
design e as artes visuais. Sendo assim, nada mais óbvio que o projeto do mesmo fosse
relacionado a tais áreas.
Dessa forma, o manual de identidade e a construção da marca se encaixam
perfeitamente uma vez que, agora, o autor pretende abrir a empresa tomada como mote
para este projeto.
O interesse por moda o fez tomar a decisão de que a empresa atuaria neste ramo. Assim
se faz útil o projeto de conclusão de curso em favor do futuro empreendimento de forma
a colocar em prática os conhecimentos adquiridos e proporcionando a outros alunos
com interesse no assunto a possibilidade de ter contato com o processo de construção da
marca.
4. DESIGN
Podemos encontrar e considerar o design em tudo que utilizamos em nosso dia-a-dia,
desde a escova de dentes que utilizamos pela manhã, na roupa e o carro que utilizamos
para ir trabalhar e na revista que lemos para se distrair.
Em inglês, a palavra design pode ser utilizada como substantivo ou verbo. Enquanto
substantivo, a palavra pode significar propósito, plano, intenção, meta, forma, estruturas
básicas, entre outros significados. Enquanto verbo, to design, a palavra pode significar
projetar, esquematizar, proceder de modo estratégico, configurar, entre outros.
Entende-se por design os processos criativos que estejam relacionados a criação de um
artefato com o intuito de passar um conceito através da forma e da funcionalidade. De
forma sucinta, pode-se dizer que o trabalho do designer, é tornar algo funcional através
de sua forma.
Ao longo do tempo, o design pode ser reconhecido através de 3 bases práticas e de
conhecimento segundo Lucy Niemeyer (2007, p.24) quando diz que
(...) No primeiro momento, o design é visto como atividade artística,
em que é valorizado no profissional o seu compromisso como artífice,
com a estética, com a concepção formal, com a fruição do uso. No
segundo entende-se o design como um invento, como um
planejamento, em que o designer tem o compromisso prioritário com a
produtividade do processo de fabricação e com a atualização
tecnológica. Finalmente, no terceiro aparece o design como
coordenação, onde o designer tem a função de integrar os aportes de
diferentes especialistas, desde a especificação de matéria-prima,
passando pela produção à utilização e ao destino final do produto.
Tomando como base esse conceito de design, consideramos ainda algumas
especializações dentro da área como o design estratégico, design de produto, design de
moda acompanhadas por outras especializações. Para o desenvolvimento desse projeto,
será utilizado uma das especializações do design conhecida como Design gráfico que
para este projeto, será tratado apenas com design.
O design deve ser tratado como a forma de comunicar visualmente uma ideia ou
conceito através de técnicas utilizadas com o intuito de formalizar. Pode-se dizer que ele
é um meio de dar forma a comunicação impressa através do relacionamento
texto/imagem.
4.1. A ORIGEM DA ESCRITA
A origem da escrita certamente se construiu em cima da necessidade de desenvolver o
simbolismos da representação gráfica uma vez que a linguagem falada tem um
simbolismo com maior impacto a qualquer representação gráfica. Certamente a
consolidação da escrita não se deu de uma só vez. Longas etapas marcam o
desenvolvimento deste método para que se completasse e continuasse em constante
evolução como vemos ainda hoje.
O design tem o início de sua história marcada ainda na pré-história. A mais precoce
forma de forma de comunicação desenvolvida pela espécie humana é a emissão de sons
acompanhada por símbolos simples, como a marca de uma mão em uma pedra ou a
representação figurativa das caçadas, representados nas pinturas rupestres como citado
por MEGGS (2009, p.19)
O desenvolvimento da escrita e da linguagem visual teve suas origens
mais remotas em simples figuras, pois existe uma ligação estreita
entre o desenho delas e o traçado da escrita. Ambos são formas
naturais de comunicar ideias e os primeiros seres humanos utilizavam
as figuras como um modo elementar de registrar e transmitir
informações.
As pinturas rupestres recebem o nome de pictografia por se tratar de figuras ou esboços
que representavam algo. Certamente, nessa época não se chegou a desenvolver nenhum
sistema regular de linguagem.
Figura 1 – Pintura rupestre encontrada na parede da caverna de Lascaux (França)
Fonte: http://www.cursinhometamorfose.com.br/portal/node/156
Os primeiros indícios de uma linguagem escrita pouco mais desenvolvida, é encontrada
na mesopotâmia pelos arqueólogos. Esses pictogramas eram representados em tabuletas
de argila que eram dispostas a partir do canto direito, organizados em colunas. Com o
passar do tempo essa escrita passa por uma evolução e começa a ser representada da
esquerda para a direita de cima para baixo como utilizamos hoje. O desenvolvimento de
símbolos gráficos que tivessem a capacidade de representar objetos e idéias abstratas
surge com a criação da escrita cuneiforme. A exemplo disso, Philip Meggs cita que o
símbolo para sol passa a representar ideias como “dia” e “luz”. A escrita cuneiforme
recebe esta nomenclatura baseada em seus caracteres que se apresentavam em forma de
cunha devido ao material utilizado para entalhar a argila fresca.
Figura 2 – Tabuleta Cuneiforme
Fonte: http://universodahistoria.blogspot.com/2010/07/escrita-cuneiforme.html
Enquanto a escrita pictográfica evoluía para o abstrato processo cuneiforme, os egípcios
mantêm o seu sistema figurativo conhecido como hieroglífico. O estudioso linguístico
Jean-François que foi professor de história, é responsável pela percepção de que
determinados sinais, dentro da escrita hieroglífica, eram representações alfabéticas,
alguns silábicos e outros determinavam como interpretar os glifos. Essa forma de
representação visual, contou ainda com a criação dos rébus que eram figuras
representativas de sons para alcançar a significação de algumas palavras. Como
definição, podemos dizer que os hieróglifos eram considerados pictogramas que
retratavam objetos ou seres, combinados para formar ideias concretas, com fonogramas
representativos aos sons e determinativos identificando as categorias. Os egípcios foram
os primeiros a inserir figuras em meio a escrita para representação de mensagens.
Nessas ilustrações, homens recebiam cor diferente das mulheres e a importância da
pessoa representada era explicitada pelo tamanho. O antigo Egito representa e marca o
início da sociedade ocidental em que vivemos hoje. O uso de símbolos visuais, como a
pomba branca representando a paz, vem dos egípcios.
Figura 3 – Vinheta do papiro de Ani. Escrita hieroglífica.
Fonte: http://www.templodelsol.com/Articulos/Libro%20de%20los%20Muertos/LibroIntro.htm
Contamos ainda, com a contribuição dos chineses no desenvolvimento dos sistemas de
linguagem visual. Os logramas, um único símbolo que representa uma palavra inteira,
representavam o sistema de linguagem visual chinês e eram representados dentro de um
quadrado imaginário. Com a unificação do povo chinês, o primeiro ministro fica
encarregado pela concepção de uma escrita, também unificada, denominada estilo
“pequeno-sinete”. Nesse momento, as linhas são traçadas com maior espessura e maior
uniformidade com mais curvas e círculos. Esse sistema é mais abstrato se comparado ao
que havia sido feito até então pelos chineses. Cada símbolo era dotado de grande
equilíbrio e preenchia seu quadrado imaginário.
A etapa final da evolução desse
sistema de representação visual é o estilo “regular” em uso permanente há quase 2 mil
anos.
Figura 4 – Osso com incrições antigas – Escrita chinesa.
Fonte: http://china-antiga.blogspot.com/2007/07/perodo-shang.html
Temos assim, um breve histórico de três civilizações que contribuíram para o início da
história do design com sistemas de linguagem visual. Percebe-se a jornada ao qual os
sistemas de representação visual faziam para que chegassem a sua função natural que é
a interpretar a língua falada.
O alfabeto, uma criação subsequente aos sistemas de linguagem visual pictográficos,
proporcionou uma grande evolução para a comunicação humana. Não se sabe ao certo a
origem do alfabeto como afirma Philip Meggs (2009, p.35) quando diz que
Muitas teorias, frequentemente conflitantes, têm sido propostas sobre
as origens do alfabeto; entre as fontes sugeridas estão a escrita
cuneiforme, os hieróglifos, os signos geométricos pré-historicos e as
primeiras pictografias cretenses.
O alfabeto, é a representação da língua falada em forma de um conjunto de símbolos ou
caracteres visuais. A ligação e combinação desses símbolos tem a função de representar
visualmente os sons, sílabas e palavras proferidas. Um dos grandes benefícios advindos
da criação do alfabeto, foi a redução de caracteres exigidos pela escrita cuneiforme e
hieroglífica a vinte ou trinta signos de fácil aprendizagem.
Apesar da semelhança entre os primeiros caracteres alfabéticos e as pictografias
cretenses, os paleógrafos questionam se foram a origem do alfabeto como cita Philip
Meggs1. Porém, Símbolos pictográficos cretenses já estavam em uso em 2800 aC, em
2000 aC utilizavam breves inscrições pictográficas figurativas e, por volta de 1700 aC, a
escrita pictográfico dá lugar à possível antecedente do alfabeto grego, escrita linear.
Figura 5 – O disco de festos – Escrita cretense.
Fonte: http://tejiendoelmundo.wordpress.com/2009/01/26/el-enigmatico-disco-de-festos/
Existe ainda, a possibilidade de o alfabeto ter sido criado no noroeste da região
mediterrânea. Os primeiros escritos dessa região, recebem o nome de alfabeto fenício
pelo fato de terem sido encontrados na região da antiga Fenícia. A mais antiga cidadeEstado fenícia, desenvolveu uma escrita com sinais pictográficos destituídos de
significado figurativo. O sistema alfabético criado pelos fenícios era constituído por 22
caracteres, representados da direita para a esquerda.
1
História do design gráfico. 2009, p.27
Figura 6 – Escrita fenicia.
Fonte: http://www.jornallivre.com.br/11406/a-civilizacao-fenicia-o-alfabeto-fenicio.html
A civilização Grega deixou de herança para o mundo ocidental a base para grandes
realizações na área científica, filosófica, política, artística entre outras áreas. Para o
design gráfico, deixam o alfabeto grego. Após adotarem o alfabeto fenício, aprimoram
e o disseminam por todas as cidades-Estado. Esta civilização aplica ao sistema de
representação visual adotado uma estrutura geométrica aos caracteres. As letras
construídas por um sistema de traços horizontais, verticais, curvos e diagonais eram
dotadas de ordem e equilíbrio visual traçados em uma linha de referência com repetição
de forma e espaço.
Figura 7 – Inscrição Grega.
Fonte: http://www.caligrafias.org/2010/03/teste.html
O alfabeto constituído por 24 caracteres foi estabilizado no período clássico e é ainda
hoje utilizado na Grécia. As inscrições gregas dotadas da estrutura geométrica citada
anteriormente, se baseava para a construção de vários caracteres em formas
geométricas. A exemplo disso, Philip Meggs2 cita que letras como o E e o M eram
baseadas em um quadrado, o A em um triangulo equilátero e o desenho do O um círculo
quase perfeito.
2
História do design gráfico. 2009, p.42
Outro fator importante a ser dado atenção, é direção da escrita. Em um primeiro
momento, os gregos adotam o estilo utilizado pelos fenícios, da direita para a esquerda.
Em um segundo momento, os gregos desenvolvem um estilo próprio em que a linha
subsequente, deveria ser lida sempre na direção oposta a anterior, ou seja, se começasse
a ler esta linha da esquerda para a direita, a próxima deveria ser lida da direita para a
esquerda. Por fim, adotam o sistema utilizado hoje na sociedade ocidental, da esquerda
para a direita e de cima para baixo.
Roma também contribuiu grandiosamente para o desenvolvimento dos sistemas de
representação visual. Apos ser conquistada pela Grécia a civilização, que ficou
conhecida historicamente como greco-romana, captura a cultura e religião da Grécia e a
modificam para que se encaixasse nas condições sociais da sociedade romana. Durante
a adaptação do alfabeto, a letra Z (zeta) foi substituída pelo desenho da letra G pois
aquela tinha pouco valor para os romanos. Neste momento o alfabeto latino era
composto por 21 caracteres e mais adiante agregaria 2 outros caracteres , o Y e o Z.
Durante a idade media acrescenta-se mais três caracteres, o J, o V e o W, para chegar ao
alfabeto inglês contemporâneo3 que conhecemos hoje. Roma orgulhava-se de seus feitos
e desenhavam suas inscrições com detalhes incríveis. A escrita capitular, criada pela
civilização grego-romana, eram inscrições feitas com traços espessos e finos e, assim
como no alfabeto grego, baseado em formas geométricas como o quadrado, o triângulo
e o circulo. Uma característica notável da escrita greco-romana são as serifas4 usadas
como acabamento dos caracteres. A utilização das serifas tem a função de estabelecer e
reforçar uma linha de leitura visual que provavelmente se enfraqueceria opticamente se
mantido o traçado primitivo de outros alfabetos.
Dentro deste estilo, nota-se duas importantes ramificações. A versal quadrada e a versal
rústica.
A versal quadrada é composta por caracteres de traçado mais delgado eram inscritas
entre duas linhas horizontais imaginárias como referência e os caracteres F e L se
estendiam pouco acima dessa linha.
3
A, B, C, D, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.
sf (ingl serif) Tip Pequeno traço ou espessamento que remata, de um ou ambos os lados, os terminais
das letras não lineares de caixa-alta e caixa-baixa; remate. Fonte: http://www.dicio.com.br/serifa/
4
Figura 8 – Versal quadrada.
Fonte: http://www.hausarbeiten.de/faecher/vorschau/94748.html
Outra ramificação dentro do estilo das capitulares, foram as capitulares rústicas,
caracteres com forma arredondada que permitiam maior velocidade na escrita uma vez
que diminuía o número de traços. Essas inscrições proporcionavam ainda, economia de
espaço como cita Philip Meggs (2009, p.46) “Essas letras estreitas eram escritas
rapidamente e poupavam espaço. O pergaminho e o papiro eram caros e o estilo
permitia ao autor incluir cinquenta por cento mais letras do que era possível com as
versais quadradas.”
Figura 9 – Versal rústica.
Fonte: http://www.historian.net/images/rustica.gif
Estas duas civilizações, que contribuíram de forma significativa para o desenvolvimento
das representações visuais, na antiguidade clássica, desenhavam e ilustravam
manuscritos com detalhes dispostos ao longo do texto. A mais antiga obra encontrada é
um manuscrito que representava um poema de um dos maiores poetas de Roma como
cita Phillip Meggs5 quando diz que:
O mais antigo manuscrito manuscrito ilustrado da Alta Antiguidade e início
da era cristã é o Virgilius Vaticanus. Criado no final do século IV ou início
do século V da era cristã, esse volume contem duas obras importantes do
maior poeta de Roma, Públio Virgílio Maro (70-19 aC): suas Geórgicas,
poemas sobre a vida agrícola e rural; e a Eneida, narrativa épica sobre
Eneias, que abandonou as ruínas de tróia em chamas e partiu para fundar uma
nova cidade no oeste.
5
A história do design gráfico. 2009, p.65
Esta era uma peça totalmente romana e nela é empregada uma técnica em que o texto é
escrito com maiúsculas rústicas e as ilustrações emolduradas com cores vivas. Está
combinação representa bem o que foi o estilo clássico.
Figura 10 – Virgilius Vaticanus.
Fonte: http://www.philologia.ch/Bulletin/images/laokoon.jpg
A evolução dos caracteres era baseada na busca por um método de construção dos
caracteres mais simples, rápidos e fáceis de escrever. Duas técnicas se destacaram nesta
época. As unciais arredondadas possibilitavam uma escrita mais rápida do que as
quadradas ou as rústicas. Outro acontecimento importante a ser citado, é o
desenvolvimento das minúsculas que ficaram conhecidas como semiuncial ou meiauncial. Neste estilo, permitia-se que os caracteres se ressaltassem, para cima ou para
baixo, em relação as duas linhas a que se respeitava como limite para escrita.
Figuras 11 e 12 – Escrita uncial e semi-uncial. Respectivamente.
Fonte: http://www.finetanks.com/referencia/image/uncial.gif
Durante o império de Carlos Magno (742-814), rei dos francos e principal monarca da
Europa Central, foi quando criou-se a padronização dos leiautes de paginas e se obteve
sucesso na reforma do alfabeto. O resultado foram letras manuscritas uniformes e
ordenadas que acabaram sendo conhecidas como minúsculas carolíngias. Neste estilo,
os caracteres possuíam uma estrutura prática e fácil de representar e era pesada a
legibilidade. Devido aos cuidados na construção e ao sucesso deste estilo, ele acaba
sendo adotado em toda a Europa. Não durou muito tempo pois o desenvolvimento da
escrita acaba rumando a características regionais.
No período românico (c. 1000-1150) a Europa vive um momento de grande
religiosidade. Cruzadas foram lançadas e a vida monástica alcança seu ápice
acompanhado pela produção de vários livros litúrgicos. Neste período os leiautes das
páginas ganham ênfase em desenhos lineares e sem a preocupação com a profundidade.
A evolução do período românico para o gótico acontece durante a metade do século XII.
Ainda neste período as universidades entram e ascensão o que acabou criando um
incrível mercado para os livros. Características que marcaram uma das principais obras
da época, Douce Apocalypse (Doce Apocalipse), foram as páginas ilustrações acima de
duas colunas de texto muito bem garfadas onde o escriba utilizou de um estilo onde os
caracteres obedeciam a repetição de traços verticais coroadas por serifas pontiagudas. A
Textura, que foi como ficou conhecido este estilo, era de grande funcionalidade, pois
todos os traços verticais eram feitos antes sendo que as serifas só eram adicionadas mais
tardiamente. Os traços redondos quase não era utilizado e o espaço entre os caracteres e
os próprios caracteres acabam sendo estreitados com o intuito de poupar espaço nos
pergaminhos.
Assim, temos um histórico das civilizações que mais contribuíram para a origem da
escrita e dos principais estilos de representação visual.
4.2. A ORIGEM DO MÉTODO DE IMPRESSÃO
Mais uma contribuição por parte da civilização chinesa para a história do design é a
descoberta da impressão. A primeira forma de impressão foi o método similar ao
carimbo. Fazia-se em volta de uma imagem um entalhe, aplica-se tinta na região em
alto-relevo e pressiona-se uma folha de papel para transferir a imagem. Mais adiante,
passou-se a usar o chops6 chinês. Para esse método, pressiona-se o chops sobre uma
trinta vermelha e depois pressiona-se sobre a superfície a ser impressa.
6
Sinetes feitos mediante entalhe de caracteres caligráficos numa superfície plana de jade, prata, ouro ou
marfim.
Figura 13 – Sistema de impressão chinês. Chops.
Fonte: http://kemasa.com/forsale/fs040716_078.jpg
Outra possibilidade para a origem da impressão na china se baseia no hábito chinês de
fazer inscrições entalhadas em pedra. A desvantagem desse processo é peso dessas
inscrições e espaço que essas ocupavam, motivo pelo qual foi substituído pelo processo
de decalques tinta. Philip Meggs7 cita que “não se sabe ao certo se a impressão em
relevo evolui dos chops, dos decalques das inscrições em pedra ou de uma síntese dos
dois.”
A cultura chinesa é exportada para o Japão onde se encontra a mais antiga impressão
datada. A imperatriz japonesa (Shotoku) decreta que 1 milhão de copias dos mantras
budistas fossem feitas e colocadas em pequenos pagodes8 de madeira. O valor sagrado
que possuía este artefato enquanto inscrição e enquanto objeto foi o que possivelmente
possibilitou que várias cópias perdurassem até hoje.
Enquanto manuscrito, o mais antigo encontrado é o sutra do diamante. Sete folhas de
papel coladas para formar um pergaminho com 4,9 metros de comprimento e 30,5
centimetros de largura. Mais uma vez, o valor sagrado deste artefato, possivelmente foi
o responsável por ele manter-se imune ao desaparecimento. Na última página deste
objeto, percebe-se a complexidade alcançada neste tipo de impressão.
7
História do design gráfico. 2009, p. 57
Pagode é termo geral dado às torres aparentemente sobrepostas com múltiplas beiradas, comuns na
China, no Japão, nas Coréias, no Nepal , e em outras partes da Ásia. Muitos pagodes formas construídos
para fins religiosos, geralmente budistas, por isso localizam-se dentro ou próximo a templos. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagode_%28templo%29
8
Figura 14 – Sutra do diamante.
Fonte: http://tecnologiaraquel.wikispaces.com/
Dar-se assim, um breve histórico sobre a origem da escrita e da origem da impressão,
dois procedimento de grande importância para o design e para a humanidade uma vez
que tornou-se possível a conservação de dados históricos que tornam viáveis a
compreensão de vários acontecimentos históricos.
5. IDENTIDADE
Identidade, segundo o dicionário1, significa: 1. Qualidade de idêntico. 2. Conjunto de
caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa: nome, idade, estado, profissão, sexo,
defeitos físicos, impressões digitais, etc. 3. O aspecto coletivo de um conjunto de
características pelas quais algo é definitivamente reconhecido. 4. Cédula de identidade.
5. Elemento identidade. 6. Qualidade do que é o mesmo. 7. Relação de igualdade para
todos os valores das variáveis envolvidas.
Dentre os conceitos dispostos, o que mais se identifica com o termo no âmbito
deste projeto, é o terceiro que apresenta como significado o conjunto de características
pelas quais algo é reconhecido.
5.1. IDENTIDADE CORPORATIVA E IDENTIDADE VISUAL CORPORATIVA
Aceita-se como conceito de identidade corporativa, o conjunto de características que
tornam possível a identificação de uma organização e a diferencia das demais. Pode-se
considerar também como elementos da identidade corporativa, os produtos que a
companhia produz ou comercializa, o ambiente em que ela atua, ou qualquer outro
elemento que possa caracterizar a personalidade da companhia. Em resumo, é a imagem
1
Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3ª edição.
que a empresa possui perante seu público (clientes, concorrentes e fornecedores).
Olins (apud Vieira, p.21) cita como exemplo deste conceito, classes de aula. Quando um
professor diz que uma classe é mais desordeira que outra, provavelmente não está
dizendo que todos da classe comportam-se mal, mas o nível de desordem é pior. Esta
situação pode ser criada por um ou dois alunos, desde que suas personalidades sejam
fortes o suficiente para afetar a todos.
Dentro dos variados elementos que são determinantes a identidade corporativa de uma
organização, destaca-se com grande importância, a parte visual.
A identidade visual corporativa é a responsável por mostrar ao mundo quem é a
organização. É ela quem vai representar o grupo de pessoas que constituem tal empresa
e qual função tem a mesma. A exemplo deste conceito, Vieira cita que “quando uma
determinada gangue proclama pirataria, está relembrando a seus integrantes os maus
comportamentos que deles são esperados”. Em termos de identidade visual, a bandeira
pirata é um bom exemplo de identificação.
5.2. IDENTIDADE VISUAL CORPORATIVA
O homem, diferente de outros animais, tem a capacidade de enxergar cores ao invés de
enxergar durante a noite. Outra necessidade que acompanhou essa evolução, foi a de
identificação visual. As pinturas corporais eram responsáveis por identificar e
diferenciar cada indivíduo. E mais tarde, a padronização de tecidos, de roupas e
adereços , os brasões, as bandeiras passam a ser itens de identificação evoluídos da
pinturas corporais primitivas.
Dando continuidade a evolução das necessidades do homem, com a socialização e o
início dos processos de produção, ele passa a identificar seus produtos e pertences. A
necessidade surge com a intenção de agregar maior valor aos produtos uma vez que se
identificava a origem e qualidade do mesmo.
Foram grandes os avanços tecnológicos durante a segunda guerra mundial. A
capacidade produtiva nesse momento encontra-se voltada para os bens de consumo e
muitos acreditavam ser interminável a expansão e prosperidade econômica. Nessa
época, o design gráfico passa a ter maior importância para os empresários mais
perspicazes que compreendiam a necessidade do desenvolvimento da identidade visual
para sua organização2.
Explicando um pouco melhor o que exatamente é identidade visual, pode-se dizer que
são elementos estudados e bem fundamentados que representam visualmente uma
pessoa, produto, serviço e no caso que será abordado nesse projeto, uma empresa.
5.3. MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL
O manual de identidade visual comumente tem como base três elementos:
1.
Logotipo: é como o nome da marca será representado graficamente pela
escolha de uma família tipográfica ou pela criação de uma específica.
É a representação da parte pronunciável da marca.
No mundo das marcas, a tipografia tem uma grande importância. A
imensa maioria das fontes foi criada a partir de letras do alfabeto
como forma de representar a empresa, sua atividade, seu país ou
religião e seus proprietários. A tipografia também é fundamental para
o design de logotipos ou logomarcas. (PETIT, 2006, p.197)
2.
Símbolo gráfico: como o próprio nome diz, é o símbolo criado para
representar graficamente quem - pessoa, produto, serviço ou empresa adota uma logomarca. O símbolo pode ser um desenho que consiga
transmitir valores de quem adotou tal logomarca, mas em alguns casos
utiliza-se como símbolo uma tipografia específica sendo ela
modificada ou não.
3.
Conjunto de cores: quando em fase de criação, uma logomarca necessita
de cores para ter seu processo concluído. Mas não para por aí a seleção
do conjunto de cores. Muitas vezes, o designer ou criador de uma
marca designa como cores institucionais as usadas na logomarca, em
alguns casos isso não acontece. Independente disso, uma empresa com
manual de identidade consolidado define também as cores
institucionais a serem usadas em uma empresa.
Esses três elementos são os que irão dar base para todos os outros itens de um manual
de identidade visual. Em um manual de identidade visual, deve-se especificar os
elementos que compõem o símbolo gráfico e suas diversas representações, a exemplo
2
Forma pela qual um Estado, uma administração, um serviço estão constituídos. Denominação de certas
instituições. Fonte: http://www.dicio.com.br/organizacao/
disso pode-se citar que uma marca colorida deve ser apresentada no manual de
identidade também em formato preto e branco e em escala de cinza.
Devem também ser especificadas as variações de assinatura da marca, padrão de
assinatura vertical e horizontal, variações de representação com e sem slogan no caso de
existir um para quem está sendo representado através da logomarca — embora o
posicionamento do slogn possa ser previsto no manual, ou que seja recomendado um
manual incremental para as campanhas específicas.
Deve-se deixar claras as especificações dos aspectos técnicos da marca, bem como
padrão de cor (pantone, CMYK, RGB, hexadecimal), fontes, dimensões mínimas e
máximas de representação da marca e a regularização de utilização da marca em fundo
colorido, preto e branco e monocromático.
Além das especificações técnicas da marca, algumas empresas necessitam em seu
manual, elementos como uniformes, embalagens, materiais de correspondência, etc.
Cada empresa vai apresentar necessidades que talvez em outras não existam.
Em resumo, manual de identidade visual é uma espécie de documento que vai
especificar todas as regras para o uso de uma marca dentro de uma empresa. É o
conjunto de elementos gráfico-visuais capazes de tornar identificável uma empresa.
5.4. CRIAÇÃO DA MARCA
Para a criação de uma marca forte e bem estruturada, é necessária uma grande sintonia
entre o dono da empresa e o designer. Como citado por PETIT (2006, p.20):
“Criar uma marca é como criar um filho, é preciso um pai e uma mãe. O pai é
o dono da empresa, que deseja um filho bonito, forte, valente, inteligente, que
será o melhor na universidade e ganhará todos os prêmios. Será o orgulho de
sua vida. Coisa difícil de acontecer quando se cria um filho de verdade. Mas
isso já é mais fácil quando o filho é uma marca. A mãe é muito importante,
pois dará a luz a idéia do pai. A mãe é o artista, é o designer, que tratará de
trazer ao mundo uma marca com a cara do pai. Isso é muito importante, um
pai tem de ter orgulho do seu filho, tem de ver nele a sua própria identidade.”
5.5. A IMPORTÂNCIA DA MARCA
Partindo especificamente para o lado empresarial, a marca certamente é um dos bens
mais preciosos de uma empresa. Ela é quem vai diferenciar uma empresa de outra, um
produto do seu concorrente ou o serviço prestado por uma empresa ou por outra. Uma
situação que pode exemplificar bem este conceito é citado por Quim Larrea na
introdução do livro “Faça você uma marca” de Francesco Petit, onde em uma de suas
palestras ele propõe o seguinte raciocínio:
vamos supor que Daimler Benz decida aceitar uma oferta multimilionária de
uma companhia automobilística de Detroit e venda a ela os direitos da estrela
da marca Mercedes-Benz. Não o nome, apenas a estrela de três pontas. Nesse
momento, podia-se facilmente contar o número de proprietários de Mercedes
que havia dentro da sala. Seus olhos arregalaram-se e, de cenho franzido,
demonstravam uma atenção extraordinária. Então eu perguntava: “Qual
vocês acham que seria o resultado das vendas da companhia Alemã?”.
(PETIT, 2006, p.08)
É claro que uma boa marca, sozinha, não fará com que uma empresa seja bem sucedida.
É necessário, antes de mais nada, qualidade no que se oferece ao consumidor. Esse,
quando teve uma experiência negativa com um produto de certa marca, tende a não
mais consumir produtos que sejam relacionados àquela empresa.
6. A EMPRESA
A futura empresa que será o sujeito do produto final deste projeto, o manual de
identidade visual, tem a pretensão de atuar em um nicho de mercado conhecido como
loja multimarca, que comercializa artigos de moda como roupas, sapatos e acessórios. A
empresa se apresentará por U multimarcas.
Este tipo de empresa é especializado em comercializar produtos de outras marcas. Lojas
que atuam neste ramo trazem a facilidade de o cliente final encontrar opções de peças
de várias marcas em um único lugar. Com o intuito de exemplificar este conceito, cito
uma matéria encontrada no site da revista “Pequenas empresas & grandes negócios”1.
A empresa funcionará em local físico. Ainda não se sabe ao certo onde, porém a
intenção é de que ela seja em algum dos shoppings centers de Brasília.
O futuro empresário que representará a empresa é um jovem que hoje é estudante do
curso de comunicação social com habilitação em publicidade e propaganda e atua como
diretor de arte em uma agência de publicidade com sede em Brasília. O que incitou a
vontade de se tornar empresário neste mercado foi o interesse que sempre teve em
moda.
6.1. PRODUTO
Hoje existem inúmeras marcas de roupas, nacionais e internacionais, capazes de
encantar os jovens brasileiros, ávidos consumidores.
Para atender os clientes, a U tem a intenção de disponibilizar peças de grifes como
Cavalera, Dona Florinda, King 55 e outras marcas a serem ainda estudadas.
1
Ver anexo 1. Fonte: http://pegntv.globo.com/Pegn/0,6993,LIR269851-5027,00.html . Acessado em 3 de
outubro de 2010.
Existe ainda a pretensão de tornar a “you” uma grife. Isso aconteceria com a produção
de produtos próprios da marca. Todos os produtos seriam direcionados para o público
da empresa. Quando se fala em produção de produtos próprios da marca, trata-se de
peças como camisetas, vestidos, acessórios e etc. Esse assunto aqui será tratado de
forma hipotética e superficial pois é uma visão para futuro uma vez que neste momento
não existe um planejamento para ser posto em prática.
6.2. PÚBLICO-ALVO
A empresa tem o intuito de focar no público jovem, de 16 a 30 anos, do sexo masculino
e feminino, das classes A B C2.
A grande parcela dessas pessoas passam consideráveis horas do dia conectado à internet
atrás de informações, notícias e acompanhando as redes sociais. Apesar desse público
ter uma vida social fisicamente ativa em festas e eventos sociais, ele passa mais horas
do dia conectado à amigos e familiares através do meio virtual.
6.3. MERCADO
A empresa inicialmente atuará no mercado de Brasília. É dito que atuará inicialmente,
pois a depender de como será o resultado da mesma neste mercado, pode-se estudar a
possibilidade de levá-la as outras cidades satélites onde o público, jovens de classe A B
C, esteja presente.
6.4. CONCORRÊNCIA
No mercado em que atuará, a empresa possui um número relativamente pequeno de
concorrentes diretos. Neste caso, quando citado que são poucos concorrentes diretos,
não se tem o intuito de dizer que Brasília tem poucas lojas multimarcas, mas sim que
2
De acordo com o IBGE, compreende-se por classe A famílias com renda acima de 30 salário mínimos
(R$15.300,00), por classe B famílias com renda de 15 a 30 salários mínimos (R$7.650,00 a R$15.300,00)
e por classe C, famílias com renda de 6 a 15 salários mínimos (R$3.060,00 a R$7.650,00).
são poucas lojas que trabalham com as mesmas marcas. Existem hoje 3 lojas que
trabalham com as marcas que a loja tem a pretensão de comercializar.
Forbiden
Em contato com a empresa, os funcionários não souberam dizer ao certo a quanto tempo
a loja esta de “portas abertas”, porém suspeitam ser mais ou menos 8 anos. Desde de o
início funciona em uma loja no Taguatinga Shopping.
A empresa comercializa grifes como Melissa, Cavalera, BudaQuiRi, Is, Coca-Cola,
Converse, AMP (a mulher do padre), entre outras. Recentemente passou por uma
reforma para melhor atender os clientes.
Relacionado a identidade visual, a empresa não tem nada muito bem estabelecido.
Possuem uma logomarca que está impressa na fachada da loja e cartão de visitas. Não
possuem nenhuma padronização da marca e nunca fizeram nenhum tipo de publicidade.
Em todo lançamento de coleção, eles oferecem um coquetel aos seus clientes já
fidelizados no interior da loja, justamente para que eles conheçam as novas peças. Ou
seja, a Forbiden não faz nenhum tipo de publicidade ou ação para promover a marca
para possíveis novos compradores.
A loja.com
Durante a visita a loja, o gerente citou que a empresa era do mesmo dono da empresa
citada no tópico anterior e que o mesmo possui também uma franquia da Colcci no
Taguatinga Shopping.
A loja comercializa os mesmo produtos encontrados na Forbiden, porém funciona no
Brasília Shopping. E ambas as empresas, nunca fizeram uso de publicidade, porém
também oferece o coquetel para lançamento de coleção.
A loja comercializa os mesmos produtos encontrados na Forbiden, porém funciona no
Brasília Shopping e na SQS 307. Ambas as lojas oferecem o coquetel de inicio de
coleção aos seus clientes já fidelizados e não possuem um foco muito forte voltado à
publicidade. Porém, a Loja.com apóia diversos eventos culturais e também funciona
como ponto de venda de inúmeras festas, todas destinadas ao seu público-alvo, o que
pode ser considerado um tipo de ação publicitária.
Body Island
A empresa possui duas lojas em funcionamento. Uma situada no Shopping Píer 21 e
outra no alameda Shopping. A loja disponibiliza produtos de Grifes como Melissa,
Cavalera, Is, entre outras e disponibiliza também produtos esportivos.
Ao tentar contato com o gerente da loja situado no Píer 21, o gerente disse não poder
dar informações sobre a loja.
Além das três empresas citadas, não podemos desconsiderar outras multimarcas e as
demais lojas especializadas em comercializar produtos de vestuário e acessórios em
Brasília como concorrentes apesar das mesmas não comercializarem produtos das grifes
que intencionalmente serão comercializados na U.
6.5. LINGUAGEM
A linguagem gráfica a ser empregada na empresa deve ser jovial e descontraída visto o
público a ser atingido.
A) Comunicação
O público a ser atingido é antenado3 em novidades e em grande maioria na internet
também. As redes sociais surgiram para criar grupos que se comunicam e interagem
através de interesses em comum.
A linguagem criada por essas pessoas é baseada fortemente em abreviações como “vc”
representando a palavra “você”, e “tb” representando a palavra “também”. As
informações são rápidas e o que essas pessoas procuram é simplificar o dia-a-dia.
Para alcançar o público e fazer com que ele tenha identificação com a empresa, nada
mais inteligente do que fazer uso dessa linguagem.
Na procura por um termo que pudesse identificar as pessoas e ser simplificado ao
máximo, chegou-se a palavra you que em inglês significa “você”. Dentro da linguagem
criada por jovens internautas, essa palavra é abreviada a uma única letra e passa a ser
representada por “u” que será utilizado como nome da empresa.
B) O conceito da empresa
Como o nome, a empresa tem a intenção de simplificar a vida de seu cliente no sentido
de reunir em um só lugar marcas importantes, evitado assim, que seu público tenha que
ir em três lugares ou mais para encontrar o produto que procura. Dito isso, fica claro que
o conceito da empresa é a simplificação do dia-a-dia.
3
Gíria
popular
jovem
que
significa
atento,
esperto,
http://www.dicionarioinformal.com.br/buscar.php?palavra=antenado&x=0&y=0
ligado.
Fonte:
7. CONSTRUÇÃO DA MARCA
O processo de construção da marca se dividiu em algumas etapas. Em primeiro
momento, se definiu o nome e o conceito que a organização gostaria de adotar.
Seguindo por este caminho começou-se o processo de procura da forma gráfica que
seria utilizada para representar esta empresa.
Como em todo o processo de brainstorm, a única coisa que não se pode deixar para trás,
são os principais conceitos pré-estabelecidos. No caso da “you” multimarcas, não se
poderia em momento algum deixar para trás o conceito da simplificação, trabalhando
sempre de forma clara e simples, trabalhando assim, a linguagem virtual.
Em um primeiro momento, menos maduro, chegou-se a primeira forma que o autor
acreditava ser o ideal, apresenta-se este a seguir.
Porém, como mencionado acima, no processo de brainstorm a única coisa que não pode
ser deixada para trás, é o conceito principal da marca. Ao concluir esta etapa do projeto,
que foi apresentada em Projeto experimental I, notou-se que a forma alcançada era
dotada de uma simplicidade em excesso e que merecia ser melhor trabalhado, sendo
assim, este foi o desenho de marca apresentado na etapa I do projeto, porém não a forma
final.
Com o intuito de evitar contratempos como o citado acima, aproveitou-se deste
momento, para fazer um estudo de outras marcas que sigam o padrão tomado como o
objeto de estudo deste projeto. A seguir, apresenta-se um pequeno apanhado de marcas
que sigam os mesmos princípios estabelecidos para a criação da “you” multimarcas, ou
seja, baseadas na abreviação da palavra you ou que simplesmente utilize o caractere U
como foco em sua construção.
As marcas dispostas não seguiram nenhum outro critério de seleção que não fosse a
utilização do caractere U como foco ou parte do símbolo gráfico. Assim, apresenta-se
marcas de diferentes ramos.
Dando continuidade ao processo de criação da marca e ao brainstorm, chega-se a um
segundo desenho para a empresa em questão, que é apresentado a seguir.
Ainda no processo de encontrar uma forma adequada para a construção da marca,
percebe-se outro problema no desenho da forma, por ser construída em um modulo
baseado em quatro colunas para a construção da perna do U, a marca perderia muito de
sua visibilidade ao ser reduzida.
Com o intuito de resolver essa deficiência do desenho da marca, foi feita uma
reconstrução do desenho de forma que ao invés de um módulo com quatro colunas,
fosse utilizado um módulo de três colunas, diminuindo a quantidade de elementos e
otimizando a redução deste desenho. Apresenta-se a seguir, a forma alcançada.
Dando continuidade ao processo, percebeu-se outra deficiência do desenho. A
proporção entre símbolo e logotipo também não favorecia a leitura do nome da empresa,
“you” multimarcas, uma vez que este ficava ilegível quando a logomarca não estava em
um tamanho suficientemente grande. Para resolver esta segunda deficiência da marca,
chega-se a forma a seguir.
Neste momento, acredita-se ter alcançado a forma ideal para o desenho da marca. Aqui
temos uma proporção adequada entre símbolo gráfico e logotipo de forma que nenhum
dos dois seria prejudicado pela redução da logomarca ou por qualquer outra adversidade
de aplicação da logomarca.
Durante o processo de construção deste desenho, atribui-se mais alguns conceitos a
marca, como por exemplo a utilização de triângulos apontados para cima. Este foi feito
com o intuito de dar mais dinamismo e movimento ao desenho de forma a se identificar
cada vez mais com o público-alvo que, neste caso, é jovem e cheio de energia.
A partir daqui, o necessário era o estudo de cores adequados a marca para que enfim
chegássemos ao principal objeto de trabalho deste projeto experimental, o manual de
identidade visual para a “you” multimarcas. Assim, durante essa parte do estudo,
procurou-se cores que combinassem com o os mais novos conceitos da marca,
dinamismo e movimentação. Por esse motivo, este estudo foi feito em cima de cores
vibrantes e que, de preferência, fossem cítricas. Ao longo do processo, optou-se pela cor
verde e algumas variações deste tom. Adiante, o autor apresenta a palheta utilizada para
este processo.
Assim, chega-se ao objeto central de estudo deste projeto, a logomarca da “you”
multimarcas, abaixo apresentada e dotada de símbolo gráfico, logotipo e palheta de
cores.
Com este ponto alcançado, dar continuidade ao projeto trata-se de construir as regras de
utilização e versões de aplicação da marca como será melhor explanado adiante.
7.1. SÍMBOLO
Para a criação do símbolo gráfico, utiliza-se do principal conceito da empresa: a
simplificação. Como mencionado anteriormente, na linguagem utilizada na internet, a
palavra you e representada pela abreviação U. Desta forma, apresenta-se como símbolo
gráfico da logomarca da “you” multimarcas um conjunto de elementos que juntos
formam a abreviação da palavra you.
7.2. LOGOTIPO
Para a parte tipográfica da marca, o autor optou pela fonte Avant Garde. Esta fonte foi
criada pelo tipografo Herb Lubalin em 1967 para a Avant Garde Magazine e
redesenhada em 1970 por Herb Lubalin e Tom Carnase para que houvesse a inclusão de
caracteres em caixa-baixa.
A escolha da fonte se baseia em sua estrutura de construção. Esta traz a elegância das
fontes comumente utilizadas quando o foco é moda, uma fonte bastão. O que traz o
diferencial para que esta tenha sido escolhida é que, apesar de elegante, a fonte não traz
as serifas, adereços que tornam as fontes pouco mais sérias e rebuscadas. Isto a torna
ideal para construir esta marca uma vez que estamos trabalhando com o conceito de
simplificação e que o público que irá consumir está marca é um público jovem.
Outro detalhe que merece ser citado a nível de curiosidade, é a geometrização
tipográfica na qual se constrói essa fonte. Percebe-se em sua estrutura, o uso de
primitivas geométricas, em especial o círculo, como utilizado no principio do alfabeto
grego.
7.3. A LOGOMARCA
E assim, chegamos ao estágio onde temos a união do símbolo gráfico e o logotipo
formando a logomarca criada para a “you” multimarcas.
Uma vez que já foram explicados o símbolo gráfico e a escolha do logotipo, só nos resta
tornar claro a explicação para a logomarca.
A maior intenção da empresa, é atingir o público-alvo, tornando-o objeto central. Aqui,
o que o autor traz o caractere U representando o cliente, não só isso, mas representando
o cliente de modo simplificado. Assim trabalhamos o principal conceito da empresa e
traz a linguagem virtual utilizada para a logomarca desenvolvida.
Não podemos esquecer que a logomarca precisa agradar a todos, o cliente, o dono da
empresa e a equipe que estará sendo representada através deste símbolo. Assim,
utilizamos os conceitos auxiliares utilizados para a construção da marca. A justificativa
para a aleatoriedade de cores e de disposição dos elementos utilizados para formar o
símbolo gráfico, os triângulos, se baseia na intenção de passar a ideia de pluralidade,
tanto para representar todas as pessoas envolvidas no processo como o gerente de
compras que escolheu as peças a serem comercializadas, o gerente comercial que toma
os devidos cuidados para que o cliente saia satisfeito, o vendedor que auxilia na escolha
da compra e até mesmo dos funcionários que cuidam da limpeza da loja para mantê-la
sempre agradável para o cliente. Ainda justificando a utilização da diversidade de tons,
estes são utilizados com o intuito de traduzir a diversidade de marcas comercializadas
na empresa, ou seja, utiliza-se várias cores para traduzir a pluralidade de marcas e
produtos que o cliente vai encontrar ao entrar na loja.
Ainda tratando os conceitos utilizados para a construção da marca, é interessante
chamar atenção para os dois triângulos que estão dispostos de forma a passar a sensação
de estar saindo da marca. A justificativa se valia, enquanto design, no apontamento e
direcionamento que esses sugerem e conotativamente no interesse existente em o cliente
sair da loja satisfeito com a compra que fez e nos esforços por parte da equipe de
colaboradores de sair da zona de conforto para procurar por aquilo que os clientes
precisam e trazer sempre novidades.
Sendo assim, temos em mão o principal elemento para a construção do manual de
identidade visual que é o objetivo deste projeto, a logomarca.
8. CONSTRUÇÃO MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL
Para se dar início ao processo de construção da manual de identidade visual, o autor
definiu os objetos que seriam tratados no mesmo. Assim, chegou-se a lista abaixo
apresentada.
Símbolo ............................................ Descrição
Diagrama de construção
Variação de aplicação (cores)
Logotipo ........................................... Descrição
Variação de aplicação
Logomarca ....................................... Descrição
Diagrama de construção
Área de não interferência
Versões monocromáticas
Aplicação em cores institucionais
Versão monocromática positiva e negativa
Limite máximo de redução
Aplicação em cores não institucionais
Alfabeto padrão
Cores
Impressos de correspondência
e representação ............................... Timbrado
Envelope ofício
Envelope saco
Cartão de visita
Pasta
Materiais promocionais.................. Mouse pad
Adesivos
9. METODOLOGIA
9.1. A CONCEPÇÃO DA FORMA E DEFINIÇÃO DOS ITENS A SEREM
TRATADOS NO MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL
Em primeiro estágio, se deu a construção da forma da marca com a devida leitura do
significado e explicação do símbolo gráfico. Neste momento, o que comanda o processo
é o papel, o lápis, a borracha e muita criatividade para o estudo da forma.
Neste momento, definiu-se também os itens que serão tratados no manual de identidade
visual bem como aplicações e regras para tais itens que serão tratadas no manual.
9.2. ESTUDO DE COR
Em um segundo momento, a definição das cores adequadas a marca, ao público e a
empresa que irá adotar a logomarca.
9.3. FINALIZAÇÃO DA LOGOMARCA
Uma vez definido o símbolo gráfico e o padrão de cores a serem utilizados na
logomarca, entramos no processo de finalização da mesma. É esse o momento em que
se fez visível o primeiro indício do que seria a base do manual de identidade visual da
“you” multimarcas.
9.4. FINALIZAÇÃO DO MATERIAL CRIADO
Após o cumprimento de todas as etapas anteriores, temos o manual de identidade criado
para a “you” multimarcas. A partir daqui foi revisar o trabalho feito, verificar “se está
tudo no lugar” para, assim, concluir o trabalho.
10. ORÇAMENTO
O orçamento deste projeto consiste basicamente na impressão do manual de identidade
visual uma vez que todo o resto do processo é de cunho intelectual e não material.
Sendo assim, apresenta-se a seguir o orçamento realizado em uma gráfica no Distrito
Federal.
LIVRO
Unidade
Quantidade
Descrição
R$ 89,30
4
Impressao em 4 cores para todas as páginas, papel
total
R$ 357,20
couché 230g, 180 x 180 mm, 26 páginas e duas
capas. Capa dura com impressão colorida e
plastificação.
Com o intuito de tornar pouco mais completo o trabalho, apresento também o
orçamento referente aos itens passíveis de orçamento dentro do manual de identidade
visual.
PAPELARIA
Produto
Timbrado
Envelope
ofício
Preço unit.
Quantidade
FLS
3.000
Descrição
Impressos em 4/0 cores, papel AP 75g,
tamanho A4.
Total
R$ 292,00
R$
Envelope Saco, formato aberto 46,0 x
Envelope
saco
52,0 e formato fechado 24,0 x 34,0 cm
R$ 3,000
300
em papel Couché Fosco 150 g , 4x0
R$ 900,00
cores.prova digital, corte / vinco, faca
de corte especial, refilado, colado.
Carão de Visita sendo 14 nomes 200 de
Cartão de
visita
cada , formato 8,0 x 5,0 cm em papel
R$ 0,380
2.800
Couché Fosco 250 g , 3x3 cores
R$ 1064,00
pantone,prova digital, laminado bopp
fosco frente / verso, refilado
Pasta
R$ 4,700
300
formato aberto 46,0 x 48,0 e formato
fechado 22,0 x 32,0 cm em papel
Cartão Supremo 250 g , 4x0 cores.
prova digital, faca de corte especial,
corte / vinco, laminado bopp fosco
frente, verniz uv
brilho localizado, refilado,
R$ 900,00
11 RELATÓRIO CRONOLÓGICO DE ATIVIDADES
RELATÓRIO CRONOLÓGICO DE ATIVIDADES
NOV
Criação do símbolo
gráfico e Definição
dos itens a serem
tratados no manual de
identidade
Estudo de cores
Finalização da
logomarca
Criação do manual de
identidade visual
Finalização do
material
Finalização do
memorial
Apresentação para a
Banca II
DEZ
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
CONCLUSÃO
A partir deste projeto experimental foi possível perceber e entender pouco mais a
respeito da construção da marca e da identidade visual, o que junto aos conhecimentos
adquiridos durante o curso de comunicação social torna possível a produção deste
projeto. É com enorme prazer que se tornou palpável o primeiro passo para a
inauguração da futura empresa, “you” multimarcas.
Ainda com base nos estudos feitos percebe-se também a importância da marca, podendo
esta ser considerada o maior patrimônio de qualquer empresa já que é a responsável por
apresentar em primeiro momento a empresa ao público além de ser também a
responsável pela diferenciação de uma empresa e seus serviços em relação as outras.
Ao executar todas as fases propostas na metodologia cumpre-se o objetivo deste projeto
que é a construção da marca da “you” multimarcas dotada de símbolo gráfico e logotipo
para que juntos formem a logomarca. Ainda visando o cumprimento dos objetivos
deste, também será construído o manual de identidade visual onde serão encontradas as
regras de aplicação e utilização da marca criada.
Torna-se também concluída, outra parte do proposto no projeto que é tornar possível o
contato de outros alunos que se interessem pelo tema. Com todo o processo de
construção da uma marca, outras pessoas poderão ter uma visualização mais clara de
métodos e técnicas que tornam possíveis a construção da identidade visual de uma
empresa que também se aplica a identidade visual relacionada a serviços e pessoas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, Emanuel. A construção do livro: princípios da técnica de editoração. São
Paulo: Lexikon, 2008.
LUPTON, Ellen. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e
estudantes. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
MEGGS, Philip. História do design gráfico. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
NIEMEYER, Lucy. Design no Brasil: origens e instalação. Rio de Janeiro: 2AB,
1997.
PETIT, Francesc. Faça você uma marca. São Paulo: Futura, 2006.
VIEIRA, César Bastos de Mattos. A significação da identidade visual corporativa na
contemporaneidade. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002.
ANEXOS
ANEXO I
SUCESSO DE QUEM APOSTA NA LOJA MULTIMARCA1
A loja de Márcia Mais é especializada em artigos femininos e trabalha com mais
de 50 fornecedores. A empresária oferece vários produtos para atender mulheres de
todas as idades, entre eles, sapatos, bolsas, calças, blusas, conjuntos e vestidos. No total,
70% das peças são nacionais. O restante é importado.
“Desde o início, sempre procurei mostrar um leque de opções para minhas
clientes. O jeans, por exemplo, trabalho com dez marcas. O esporte também, sempre
com variedade. E estou sempre acrescentando”, revela Márcia.
Os vestidos de festa são os mais procurados e representam 60% das vendas. A
empresária sempre ajuda as clientes na escolha das peças. Priscila Amaral se
surpreendeu com a variedade de produtos.
“Realmente, não encontrei isso em lugar algum. O atendimento é nota dez”,
elogia.
De acordo com o consultor de empresa, Eduardo Sylvestre, para uma loja
multimarca ter sucesso, o empresário deve se preparar e fazer alguns estudos.
“Como todo negócio, ele deve tomar cuidados básicos. A região na qual atua e o
público precisam estar adequados com o produto que será oferecido”, ensina.
A empresária Márcia Maia fez com cuidado a lição de casa. O fundamental foi
definir o seu público: mulheres que gostam de exclusividade e de muito brilho.
“Se tenho uma festa, um evento, um coquetel, encontro todo tipo de roupa aqui,
além dos acessórios. Por isso acho demais e, hoje, todo o meu guarda-roupa é daqui”,
confessa Rejane Braga.
As clientes pagam preços bem salgados. Os jeans vão de R$ 100 a R$ 800. Os
conjuntos custam em média R$ 500 e os vestidos de festa variam de R$ 200 a R$ 1,5
mil.
“Eu compro o que acho que vai bem no perfil da minha cliente e que está de
acordo com o perfil da minha loja. Às vezes, tem 500 modelos e escolho dez. Mas,
invisto nestes modelos, pois sei que eles vão ser bem aceitos e vendidos na minha loja”,
afirma a empresária.
Já a loja multimarcas de Carlos Aziz surpreende pela localização. Ela fica no
bairro do Brás, conhecido pelo comércio popular na cidade de São Paulo. Mas, dentro
1
Fonte: http://pegntv.globo.com/Pegn/0,6993,LIR269851-5027,00.html . Acessado em 3 de outubro de
2010.
da loja, nada é popular. A empresa só vende roupas e acessórios masculinos de marcas
famosas. O ambiente é bem definido. De um lado fica a moda social e do outro as peças
mais esportivas.
“Apesar de ser no Brás, a loja é diferente das outras, mais confortável, arejada e
com variedade”, opina o cliente Edson Paixão.
No mesmo lugar onde hoje está a loja, durante 22 anos, o empresário tocou uma
fábrica de roupas sociais. Como o negócio não ia muito bem, em 1990, ele decidiu
mudar de ramo e investiu no segmento de multimarcas.
“Com a multimarca, a gente já recebe a marca com uma coleção prédeterminada e fica muito mais fácil do que desenvolver a nossa própria marca”, justifica
Carlos.
O empresário trabalha com dez marcas famosas nacionais e internacionais. Para
atender o público, que é bastante exigente, a cada lançamento Carlos compra a coleção
inteira dessas marcas e também mantém um grande estoque delas. Para se ter uma idéia,
os ternos, que são o carro-chefe da loja, têm uma grade de numeração, que vai de 42 até
72.
“Aqui, cada marca tem de ser uma loja, com estoque, numeração de ponta a
ponta - desde o número menor até o maior - cores, sortimentos, calças sociais, esporte,
trabalhando sério para cada marca”, garante o empresário.
Hoje, a empresa cresce 23% ao ano e já tem seis mil clientes cadastrados. E para
fidelizar este público, o atendimento é personalizado. Carlos mantém de plantão um
consultor de moda para os clientes indecisos.
"A gente procura fazer com que ele se sinta seguro, confortável e bem vestido”,
comenta Marco Antônio Silva, consultor de moda.
O serviço é um diferencial para os clientes.
“Sempre que preciso de alguma coisa venho aqui. Eles oferecem um serviço
muito bom e especializado. E o preço é mais convincente”, opina Renato Soler.
ANEXO II
ANÁLISE DAS REDES SOCIAIS NO BRASIL1
Figura 1 – Imagens extraídas do vídeo “Análise das redes sociais no Brasil.”
Você sabia que em cada três brasileiros já está conectado à internet? Nada mais
nada menos que 70 milhões de pessoas. Números que só vêm aumentando. Pesquisas
mostram que, só em 2008, 12 milhões de PC’s foram vendidos. Você está entendendo?
12 milhões? Isso é exatamente toda toda a população da megalópole Tóquio.
O brasileiro gasta, em média, 23 horas e 12 minutos por mês conectado à
internet. Engraçado, é o tempo exato da nossa viagem de volta de Tóquio para São
Paulo. Entre esses brasileiros, 79% fazem parte de redes sociais. E esses mesmos
brasileiros gastam, em média, 6 horas por mês em baladas. Dá pra acreditar que eles
gastam 20 minutos a mais em redes sociais? Tudo isso acontece em um contexto onde
as redes sociais agregam mais de 55 milhões de usuários. Só para não passar
despercebido, vou repetir: as redes sociais agregam mais de 55 milhões de usuários.
Se o Orkut fosse um estado brasileiro, ele teria a maior população do país.
Melhor do que isso, teria um número de habitantes muito maior do que a Argentina
inteira. Paralelo ao Orkut, a audiência do Facebook no Brasil cresceu 40% de maio a
junho de 2009. Números que não param de crescer.
A cada ano 492.750 horas de conteúdo são publicados no Youtube. Se
compararmos com a realidades das TV’s abertas, a Rede Globo produz no mesmo
período, produz apenas 4.500 horinhas de conteúdo. E os brasileiros já são a segunda
maior audiência no Youtube. 36% dos nossos internautas sobem vídeos e fotos todo
santo dia.
E nessa corrida por audiência na web, o Brasil já é o quarto país onde mais se lê
blogs. 2.600.000 brasileiros atualizam diariamente seus blogs. Um volume de conteúdo
infinitamente superior aos 123 autores que tem seus livros publicados todos os dias no
país.
1
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=vCHFAcf_mfY acessado em 21/10/2010
É, as redes sociais tem crescido. Muito. O Twitter por exemplo cresceu... 100%?
Não. Uns 200%? Ah sei lá... uns 1000% vai? “Tá” bom. O Twitter cresceu 1382%.
1382%! É. Detalhe: isso só em 2008. E São Paulo é a 4ª cidade do mundo que mais usa
o Twitter. Uma audiência jovem e qualificada.
Pesquisas apontam que 52% dos usuários de redes sociais já interagiram com
marcas nestes ambientes. E que 80% das pessoas confiam em recomendações de
compras feitas por amigos. Prova mais do que concreta do poder das redes sociais. E aí,
vai me adicionar?
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Pedro Paulo da Silva Ximenes - Universidade Católica de Brasília