II SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Local: Centro Universitário São Camilo
Data:
24 de maio de 2014
USO DE PLANTAS MEDICINAIS O TRATAMENTO DA ACIDEZ GÁSTRICA
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Thi Ng, Nathália ; Mazzeo, Lucas ; Previtale, Barbara ; Silva, Alexsandro M.
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Discentes do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo. Avenida Nazaré, 1051 –
Ipiranga – São Paulo – SP. CEP: 04263-200.
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Docente do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo.
e-mail: [email protected]
Palavras-chave: MAYTENUS ILICIFOLIA. ANGELICA OFFICINALIS. SUS.
INTRODUÇÃO
Plantas medicinais são todas aquelas que possuem princípios ativos que ajudam no
tratamento das doenças, podendo levar até mesmo a sua cura. Elas são utilizadas sob a forma de
chás ou infusões que devem ser ingeridos diariamente, enquanto durar o tratamento, mas é preciso
ter cuidado ao consumi-las pois algumas são tóxicas. O uso de plantas para tratar doenças é tão
antigo quanto a história da humanidade, mas saber conservar e usar cada tipo é fundamental para
garantir que o remédio funcione.
A acidez gástrica consiste numa inflamação da parede do estômago, chamada de mucosa
gástrica, e acontece quando a acidez local aumenta, agredindo assim o órgão Essa inflamação
desenvolve-se como uma resposta normal do organismo quando ocorre uma agressão à sua
integridade. Esse distúrbio pode ser tratado com plantas medicinais, como a Espinheira-Santa:
utilizada nos casos de gastrite e acidez gástrica, pois acomete um efeito protetor à mucosa gástrica,
podendo ser utilizada em forma de chá. E a Erva-de-Espírito-Santo: que possui atividade fortificante
ao estômago, combatendo a má digestão e a dor abdominal, e também pode ser utilizada na forma
de chá.
OBJETIVOS
Identificar as plantas medicinais que possam aliviar ou curar doenças relacionadas à acidez
gástrica.
METODOLOGIA
Realizou-se um levantamento retrospectivo a 2013 sobre plantas medicinais empregadas no
tratamento de acidez gástrica em referências bibliográficas disponíveis na Biblioteca do Centro
Univervistário São Camilo, bem como na base de dados Scielo, com os descritores plantas
medicinais, acidez gástrica, SUS. A escolha das plantas medicinais baseou-se na facilidade de cultivo
em um horto do SUS, baixo custo de plantio e colheita mais de uma vez ao ano.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A espinheira santa (Maytenus ilicifolia) é uma Planta arbórea de caule lenhoso e esgalhado,
folhas lanceoladas e dentadas de frutos capsulares e achatados originária da América do Sul, seu
cultivo dá bons resultados em regiões de clima ameno, preferindo altas altitudes, solos argilosos bem
drenados com alto teor de matéria orgânica sua coleta é feita apenas uma vez ao ano deve ser
realizada somente após dois anos do plantio. Seu princípio ativo são taninos e óleos essenciais. Pode
ser preparada através de infusão (chá) normalmente utiliza-se 20g de folhas de Espinheira-Santa
para 1 litro de água. Toma-se uma xícara de chá desta preparação antes das principais refeições.
Esta forma de uso pode ser alterada pelo médico ou farmacêutico dependendo de cada caso ou
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ainda pode-se usar o fitoterápico através de tinturas preconiza-se ingerir 2,5 ml (de um copo medidor
que geralmente acompanha o frasco) diluídos em meio copo de água, duas vezes ao dia, antes das
principais refeições ou a critério do médico ou farmacêutico que analisando o caso definirá possíveis
alterações (SOARES et al., 2004).
Foi constatado que a ação farmacológica ocorre por via sistêmica, visto que os estudos em
ratos demonstraram que tanto a administração oral, quanto a administração intraperitoneal, produziu
o mesmo efeito protetor à mucosa gástrica. Apresenta interações medicamentosas com potencial
hepatotóxico com cetoconazol, metotrexato e amiodarona, além de não ser recomendada ingestão
com bebidas alcoólicas. Ensaios realizados em ratos mostraram perda embrionária antes do período
de implantação; portanto, essa planta não é recomendada em casos de gravidez (MONTANARI;
BIVILACQUA, 2002).
A erva de espirito santo (Angelica Officinalis) é uma herbácea, seu caule oco no interior, suas
folhas são compostas com bordos dentados e opostas suas flores são pequenas com uma cor
amarelo esverdeado, pode ser cultivada qualquer época do ano em terrenos com boa drenagem e
incidência de sol, originária no norte da Europa e Ásia. Seus princípios ativos são óleos essenciais,
angelicina e ácidos orgânicos. Pode ser utilizada como chá, tomada até 3 vezes ao dia com intervalos
menores que 1 ou 2 horas, apresentam atividade antimicrobiana e espasmolitica além de estimularem
as secreções gastrointestinais. Altas doses de seus óleos essenciais podem causar um efeito
paralisante sobre o sistema nervoso central,a angelicina exerce efeito sedativo assim como também
vasodilatador coronário e antitrombótico não é recomendado o uso durante a gravidez e lactação.
Deve ser feito o segmento correto para esses pacientes que sofrem com acidez já que ela
está muito relacionada a erros alimentares como comer demais, sobrecarregar o estômago, não
mastigar direito os alimentos, ficar muitas horas com o estômago vazio ou ingerir alimentos que
irritem a mucosa do estomago, ou ainda com a rotina estressante, o nervosismo e a ansiedade que
fazem com que seja liberado mais suco gástrico no estomago. Para que se tenha um
acompanhamento correto de um paciente que sofre com acidez gástrica é necessário o
desenvolvimento de um segmento que detalhe sua rotina e seus hábitos alimentares durante o dia.
CONCLUSÃO
Há uma grande variedade de plantas medicinais usadas em benefício da população, e para
isso, é necessário um estudo aprofundado sobre os efeitos provocados por essas plantas, e também
a segurança do uso das mesmas como fins terapêuticos. Portanto, é de extrema importância informar
a população por meios descritivos (folder, banner, etc) e também oralmente sobre o uso de plantas
medicinais. A utilização de plantas vem sendo usada em programas de saúde (SUS - Sistema Único
de Saúde), com objetivo de melhorar a qualidade de vida da população, por meio de uma maior
acessibilidade dos recursos das plantas medicinais disponíveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação:
apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002.
CORRÊA, A. D.; BATISTA, R. S.; QUINTAS, L. E. M. Plantas medicinais: do Cultivo à terapêutica.
Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 1998.
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GEOCZE, S; VILELA, M. P; CHAVES, B. D. R; FERRARI, A. P; ARLINI, E. A. Tratamento de
pacientes portadores de dispepsia alta ou de úlcera peptica com preparaçöes de Espinheira-santa
(Maytenus
ilicifolia).
Disponivel
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http://bases.bireme.br/cgiRealização
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(Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek) e de duas espécies adulterantes. Revista Saúde e
Desenvolvimento, vol. 1, n. 1, Jan – Jun, 2012.
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