Boletim nº 531
04.09.2011
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O caminho estreito envolve o ouvir e o fazer. Na parábola dos dois construtores, a
diferença não está no ouvir ambos ouviram. A diferença está no fazer. Existem duas
opções: ouvir as palavras de Jesus e não praticá-las ou ouvi-las e praticá-las. A casa que
cai é comporta por crentes que consideram as palavras de Jesus bonitas para se ouvir,
boas para se falar e ensinar, mas irreais para serem praticadas. Como diz C. S. Lewis em
O Grande Abismo:
Não basta dizer, é preciso fazer
“Só há duas espécies de pessoas no final: as que dizem a Deus:
seja feita a tua vontade, e aqueles a quem Deus diz: a tua vontade
seja feita. Todos os que estão no inferno foi porque o
escolheram. Sem essa autoescolha não haveria inferno. Alma
alguma que desejar sincera e constantemente a alegria irá
perdê-la. Os que buscam encontram. Para aqueles que batem, a
porta é aberta”.
Muitos gostariam que o Sermão do Monte terminasse com a conhecida “lei áurea” -“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles;
porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7.12). E o mais famoso sermão de Jesus
terminaria com um bom resumo de tudo o que ele havia acabado de ensinar.
Porém, Mateus não termina assim. Ele segue com uma recomendação e conclui com
uma pequena parábola, na qual Jesus deixa claro o que ele espera dos seus ouvintes. Uma
forma de entender a conclusão desse sermão são os pronomes: “nem todo o que “me”
diz”, “aquele que faz a vontade do “meu” Pai”, “hão de dizer-'me'”, “apartai-vos de
'mim'”, “ouve as 'minhas' palavras”. Eles nos levam a considerar quem ensina, e não
apenas o que se ensina. São essas palavras que formarão o texto que definirá o
julgamento, que terá como fundamento o que as pessoas fizeram com suas palavras.
Jesus começa sua recomendação dizendo: “Entrai pela porta estreita” (v.13). Não é
simplesmente um convite, mas um imperativo. No final do sermão, Jesus afirma que
existem duas portas e dois caminhos. Um deles leva à morte; o outro, à vida. Jesus
reconhece, com tristeza, que são poucos os que entram pelo caminho
estreito (v. 14).
O caminho estreito é o herdado. É o caminho da criação,
da redenção, o caminho de Jesus. Não é algo imposto a
nós, é o caminho que Jesus trilhou e que agora nos
convida a trilhar. O caminho largo é o imposto. Chega
a nós pela imposição da maioria, da propaganda,
daqueles que não suportam seguir sozinhos pelo
caminho da perdição e da destruição. O caminho largo não é
congruente com aquilo que fomos criados para ser.
O caminho estreito é o do reino preparado para nós antes da
fundação do mundo. Jesus não diz que quem não andar pelo
caminho estreito será punido. É o próprio caminho largo que nos
conduz à morte. Seguir pelo caminho largo ou procurar entrar pelo
estreito é uma escolha que fazemos.
DOMINGO (18h): Culto - CAVERNA
QUARTA (19:30h): Culto - CAVERNA
PROJETO RECONSTRUIR: 3373-4557
GRUPOS DE CRESCIMENTO:
DOMINGO (17h): Reu. Oração -Magno - 8758.9060
SÁBADO (17h): Caverna - Lívio e Fred - 3486-7969
Jesus afirma na conclusão do sermão que “nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”
(v.21). Existe uma diferença entre os sinais de que pertencemos a ele. Deus pode
expulsar demônios usando qualquer pessoa. Os milagres são sinais do poder de Deus,
não de que pertencemos a ele. Os sinais de nosso pertencimento são os frutos da
obediência, do praticar aquilo que Jesus ensinou. São estes os frutos que Jesus espera
encontrar naqueles que dizem: Senhor, Senhor! Fé em Jesus não é fé real enquanto não
fazemos o que ele nos manda fazer.
Nosso problema com o Sermão do Monte é mais com aquele que ensina do que com o
ensino em si. Confiamos neste Senhor? Cremos que ele é bom? Estamos seguros de
que ele realmente sabe o que necessitamos? Se não confiamos nele, vamos achar suas
palavras bonitas de se ouvir e boas para se falar mas não reais para se viver. O
julgamento para aqueles crentes que ouvem, mas não praticam, será a ausência da
comunhão divina:“Nunca vos conheci”.
Ricardo Barbosa e Souza
É pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília.
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“Há aquilo que é mais contrário ao cristianismo, e à natureza do cristianismo do que qualquer heresia,
qualquer sectarismo, mais contrário do que todas as heresias e sectarismos juntos: brincar de
cristianismo.”
Kierkegaard
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