14 Encontro de Energia - FIESP GÁS NATURAL A PREÇO JUSTO: UMA ANÁLISE PELO LADO DA DEMANDA Prof. Edmar de Almeida Instituto de Economia - UFRJ São Paulo 5 de Agosto de 2013 PLANO DA APRESENTAÇÃO • O que é um preço justo pelo gás natural? • Cenários de competitividade dos setores • Faturamento • Comércio exterior • Investimento • Estimativa da demanda de gás natural • Modelo baseado na matriz de energia útil • Modelo de estimativa da penetração do gás na cogeração • Cenários de penetração do gás na matriz O QUE É UM PREÇO JUSTO PELO GÁS NATURAL? • Do ponto de vista da oferta: aquele que cobre os custos de produção e permite uma remuneração aceitável do capital • Do ponto de vista da demanda: aquele que permite a competitividade sustentável PROJEÇÃO DA BALANÇA COMERCIAL DAS INDÚSTRIAS QUÍMICA, SIDERÚRGICA, ALUMÍNIO, VIDRO, CERÂMICA E PAPEL NO ATUAL CENÁRIO DE COMPETITIVIDADE -5 Premissas: -10 •Pib: 4,5% aa •Manutenção das taxas de importação e exportação -17 -18 -19 -20 -21 -22 -23 -24 -25 -27 -28 -30 -31 -33 Fonte: Elaboração Própria INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DO GÁS NATURAL • Competitividade da substituição energética: • Comparação direta dos preços internos das diversas fontes energéticas • Competitividade na substituição de importações: • Comparação tem que levar em conta custo adicional do importador com: • Transporte • Tarifa de importação • Risco do importador • Competitividade na promoção de exportações: • Comparação direta entre dos preços no Brasil e no exterior CENÁRIOS DE COMPETITIVIDADE DO GÁS NATURAL • Avaliação da competitividade do gás natural em cada setor para 4 níveis de preços: • 7 dólares por MMbtu • 10 dólares por MMbtu • 14 dólares por MMbtu • 17 dólares por MMbtu o eç Pr Fonte: MME e CEPEA co vo m pe tit i at N C ce n. al 2) ív om bu st al ( ur ge t çã o ra Ve co ge to 1) ur el al (C G as en .3 N at ) ur al C en .4 G ) LP in du st ria l ás G o ce n. st am en vã o ar a N at C al ( re flo pa r re le Ó as G gá s de do ) a na tiv um id ad e a Im po rta ur N at o 20 % Le nh lú rg ic as G et a a do Le nh M ac o (C av vã o C ar as sa om Bi US$/MMbtu PREÇO RELATIVO DOS ENERGÉTICOS NO BRASIL 2012 $20,00 $18,00 $16,00 $14,00 $12,00 $10,00 $8,00 $6,00 $4,00 $2,00 $0,00 INDICADOR DE COMPETITIVIDADE DO GÁS NATURAL 2012 25 15 Risco do importador Proteção tarifária Adicional do custo de transporte Preço para grandes consumidores industriais 10 5 en ad t os ina U ni do C s Br hi M as na é il (g - C xico as en m an ario uf 1 Br at as ur ad il -C o) en ar io C 2 ol om R b ei no i a U ni do Tu rq ui a Eu Br ro as pa il Br ( m as ed il -C ia ) en ar io Al em 3 an ha C or ei a Es t Ar g us si a 0 R US$/MMBtu 20 Elaboração própria US$ Bilhões ESTIMATIVA EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO NOS SETORES ANALISADOS CONSIDERANDO (APENAS) A COMPETITIVIDADE DO GÁS 700 INDÚSTRIAS QUÍMICA, SIDERÚRGICA, ALUMÍNIO, VIDRO, CERÂMICA E PAPEL E CELULOSE 600 500 US$7 /MMbtu 400 US$10/MMbtu US$14/MMbtu US$17 /MMbtu 300 200 100 Elaboração própria US$ Bilhões ESTIMATIVA EVOLUÇÃO DA BALANÇA COMERCIAL NOS SETORES ANALISADOS CONSIDERANDO (APENAS) A COMPETITIVIDADE DO GÁS 60 INDÚSTRIAS QUÍMICA, SIDERÚRGICA, ALUMÍNIO, VIDRO, CERÂMICA E PAPEL E CELULOSE 40 20 0 -20 US$7 /Mmbtu -40 US$ 10/ MMbtu US$14/MMbtu US$ 17/MMbtu -60 -80 -100 -120 -140 Elaboração própria US$ Bilhões ESTIMATIVA EVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS NOS SETORES ANALISADOS CONSIDERANDO (APENAS) A COMPETITIVIDADE DO GÁS 100 INDÚSTRIAS QUÍMICA, SIDERÚRGICA, ALUMÍNIO, VIDRO, CERÂMICA E PAPEL E CELULOSE 90 80 70 60 US$ 7/MMBTU 50 US$ 10/MMBTU US$ 14/MMBTU 40 US$ 17/MMBTU 30 20 10 0 Elaboração própria PROJEÇÃO DA DEMANDA DE GÁS NATURAL POR CENÁRIO DE COMPETITIVIDADE DO GÁS NATURAL METODOLOGIA DA PROJEÇÃO DA DEMANDA DE GÁS NATURAL – 1 • Utilização do modelo GEE-MATRIZ que permite elaborar cenários da evolução da matriz energética setorial. • Característica do modelo: • Matriz de energia útil - MEU do MME • Rendimento energético por tipo de uso das fontes de energia são considerados • Estabelecimento de coeficientes de substituibilidade das fontes energéticas • Projeção da MEU para 2025 pela demanda de energia total METODOLOGIA DA PROJEÇÃO DA DEMANDA DE GÁS NATURAL - 2 • GEE-Matriz permite projeção do consumo : • Por segmento industrial • Por tipo de aplicação (calor de processo e queima direta) • Por tipo de fonte • Projeção da matriz para 2025: • Estimativa da demanda total de energia pelas elasticidade do consumo de energia em relação a variação da produção de cada segmento CENÁRIOS DE SUBSTITUIÇÃO INTER-ENERGÉTICA EM CADA CENÁRIO DE COMPETITIVIDADE DO GÁS (2025) Siderurgia Vidro Alumínio Química Papel e Celulose Cerâmica US$ 7/MMBTU 50% Carvão metalúrgico (finos) 80% Óleo Comb. 80% GLP 100% Óleo Comb. 50% Óleo Comb 50% GLP 25% Coque Pet 80% carvão 80% Óleo Comb 80% GLP 50% Coque Pet 80% carvão 25% lenha 50% Óleo Comb 50% GLP 50% Lenha 50% Óleo Comb 25% Coque Pet US$ 10/MMBTU 80% Óleo Comb. 80% GLP 100% Óleo Comb. 25% Óleo Comb 25% GLP 12,5% Coque P 80% Óleo Comb 80% GLP 25% Coque Pet 12,5% lenha 50% Óleo Comb 50% GLP 25% Lenha 50% Óleo Comb 12,5% Coque Pet US$ 14/MMBTU 80% Óleo Comb. 80% GLP 100% Óleo Comb. 80% Óleo Comb 80% GLP 50% Óleo Comb 50% GLP 25% Óleo Comb US$ 17/MMBTU - - - - - Tendo em vista o crescimento dos setores, a substituição quase sempre se dá na expansão. Elaboração própria - - milhões m³/dia PROJEÇÃO DA DEMANDA TOTAL DE GÁS POR CENÁRIO DE COMPETITIVIDADE (SEM COGERAÇÃO) 100 90 80 70 60 US$ 7/MMBTU US$ 10/MMBTU US$ 14/MMBTU US$ 17/MMBTU 50 40 30 20 10 0 Elaboração própria CENÁRIOS PARA SUBSTITUIÇÃO DA ELETRICIDADE ATRAVÉS COGERAÇÃO • Premissas de Viabilidade Econômica • Taxa de retorno do capital próprio 12% • Cogeração em ciclo simples • Preço da eletricidade R$150/MWh • Eficiência energética • 30% energia elétrica • 50% energia térmica • 20% Perdas • Só é viável no cenário de preço US$ 7/MMBTU PREMISSA TÉCNICAS PARA ESTIMATIVA DA COGERAÇÃO • 50% do calor de processo pode ser utilizado para cogeração a gás natural • Cogeração para atender demanda elétrica na base • Sem venda de excedente de eletricidade • Cerâmica: utilização de 50% do Aquecimento direto • Eficiência: 72% calor, 18% eletricidade; 10% perda milhões de m3/dia PROJEÇÃO DO POTENCIAL DE COGERAÇÃO NO CENÁRIO MELHOR DE COMPETITIVIDADE (7 US$/MMBTU) 25 20 15 CERÂMICA PAPEL E CELULOSE QUÍMICA ALUMÍNIO 10 PELOTIZAÇÃO SIDERURGIA 5 0 Elaboração própria milhões m3/dia PROJEÇÃO DA DEMANDA TOTAL DE GÁS POR CENÁRIO DE COMPETITIVIDADE INCLUINDO A COGERAÇÃO 120 100 80 US$ 7/MMBTU 60 US$ 10/MMBTU US$ 14/MMBTU US$ 17/MMBTU 40 20 0 Elaboração própria CONCLUSÕES • Do ponto de vista da demanda, não existe um preço justo. Mas preços que são adequados a diferentes níveis da demanda. • A demanda potencial de gás no Brasil vai depender da competitividade do gás frente as outras fontes energéticas • No caso das indústrias gás intensivas a competitividade deve levar em conta a concorrência internacional 21