6R. AH,Rio X9.0.TA1.1/5^p- 1
^
»
*
VIGILÂNCIA
X"i' 2. -
Introdução
Emprego de vigilância
3» 4» -
Tipos de vigilância
Vigilância a pé
5* 6» 7i' 8. 9« 10. -
Defesa contra a vigilância
Vigilância em veículo
Defesa contra a vigilância
Vigilância estática
Defesa contra a vigilância
Relatórios de vigilância.
a pé
era veículo
estática
..
;^
BR AM,R>0 X3-O.TAl.i/5^ p-2-
- VIGILÂNCIA 17 INTRODUÇÃO. A vigilância é a observação contínua de alguém
sem o seu conhecimento. A vigilância tem aspecto ofensivo,
isto é, a forma do seu desempenho, o aspecto defensivo, isto é, o sater vigiar-se a si mesmo. Queira estudar
ambos
os aspectos, porque, apesar de sua missão raras vezes exi gir que V. observe alguém secretamente, V> é sempre um magnífico^ alvo de vigilância do inimigo E V, precisa de saber
do que é capaz para se defender dela.
2W' EI-IPREGO DA VIGILÂITCIA. Emprega-se a vigilância como
melo
de obter uma informação. Usou-a a Polícia e os Serviços in
formativos durante séculos como um meio primário de investi
gar as actividades de um indivíduo. Em certas áreas a vigi
lância de novos residentes é uma questão de rotina. NSo co
meta o erro de pensar que ela deixou de ser usada ou não po
de ser usada contra V« Ela é ainda o meio essencial
pelo
qual .uma força de segurança conduz as investigações. Se as
diligencias que fez resultaram inúteis é porque num dado m£
mento essas mesmas diligencias foram vigiadas com que T« o
soubesse.
^,3. SISTEMAS DE VIGILÂNCIA. Os vários sistemas de vigilância po^
dem classificar-se pela natureza do serviço vigilante.pelos
meios empregados, e pelo grau de vigilância.
a. - NATUREZA DO SERVIÇO« O serviço que orienta a vigilância pode ser do tipo polícia (segurança ou criminal)ou
do tipo informação»
(1) - Tipo polícia - É uma espécie de vigilância que
pode ser dirigida contra V. pela f>rça de seguran
ça local na sua área« Este tipo'de vigilância '\ .
dispõe de excelentes recursos. Pode utilizar vá
rias dúzias de vigilantes treinados, observandodis iraulados um único indivíduo, se necessário .
NoJ^malmente é útil a ajuda da população local,p£
dendo utilizar veículos, T.S.P. rábulas técnicas
especiais. Contudo, este esforço "total" realiza-se muito raramente por ser dispendioso e algu
ma numerosos empreendimentos. : .
(2) - Tipo informação - É a forma de vigilância que V.
pode dirigir e que pode ser dirigida contra V. à
custa de um serviço de protecçao em profundidade
que opera na sua área. A vigilância é dissimula
da. Empregar-se-à número limitado de pessoas (u
r
6R AWjRlO xg.O.TAUl/S^ p.3
-2-
(usualraente três no máximo). Convém ao*uda técnica nula ou pequena. Deve agir sem despertar a m^
nima atenção»
!)• - MEIOS EMPREGADOS. A vigilância pode exercer-se a pé, de
carro, com a utilização de estratagemas auditivos.
ou
pela combinação dos citados meios.
(1) - Vigilância a pé - Emprega-se esta forma de vigi lância com serviços de grande cobertura como
os
organismos policiais. É o tipo empregado como ma
ior freqüência e é o que lhe acarreta maior risco.
V, deve familiarizar-se com os métodos e técnicas
requeridas.
-• •.
,:r ;
(2) - Vigilância de carro - Sempre que os serviços de cobertura exercerem a vigilância de carro, obtém
normalmente menor rendimento. Os organismos
de
polícia e de segurança podem empregar grupos
de
carros num único objectivo.
(3) - Vigilância estética - íí a vigilância de instala ção fixa e pode exercer-se por períodos que variara de algumas horas a várias semanas. A vigilância estática exige muito pessoal o que raramente,
está dentro das disponibilidades do serviço de co^
bertura. .;.;'
„•,-.•:.,.•.,;,;,.:•...•.:;:•;- ^: N; .•-, . ••;-•'•.
{A)
- Vigilância técnica - Este sistema de vigilância emprega estratagemas de registadores electronicos
ocultos, máquinas fotográficas, espelhos duplos ,
correio e derivações telefônicas, etc. Os orga nismos policiais estão peados nesta forma de acti_
vidade apenas no que respeita ao tempo e esforço,
requerido pela instalação e manuseabilidade do equipamento. Os organismos clandestinos raramente
: estão aptos a utilizar este sistema excepto
nas
localidades ou instalações que possam controlar •
(5) - Combinação de mejos - As boas técnicas de vigilân
cia combinam todos os meios. Todavia, como
se
diz acima, só os organismos de polícia ou de segu
rança local dispõem dos recursos e do necessário,
controle da área para dirigir a vigilância total
do tipo policial.
Ci* - GRAU DE VIGIL.ANCIÁ» A vigilância pode ser cerrada
ou
exercer-se numa base discreta, o que depende do grau de
vigilância a exercer.
6 R A»4, RJO X3.0.TA,1.1 ISj p. H
-3-
(1) - Vigilânoia cerrada» Esta é dirigida de tal mane^
ra que o indivíduo nao tem oportunidade de se e£
capar ou de "libertar-se" da equipa de vigilância.
Ha que prestar pouca atenção para evitar que
o
indivíduo saiba que é vigiado ("rabo pelado")
A vigilância cerrada é raramente empregada por
ou contra um organismo de cobertura, a vigilân cia cerrada pode ser'exercida como provocação. •
(Explicar).
: *
/' '•
(2) - Vigilância discreta» Nesta, fazem-se todos
os
•
'
esforços para subtrair o indivíduo às suas "arti^
; ^ .
manhas". É a vigilância mais difícil de manter" '
e é a que mais utiliza o organismo de cobertura.
4« VIQILÂITOIA A Pé« Esta é geralmente a base de todo o traba Iho de investigação. V: estudará e virá a ser exímio
nos
métodos, Taessoal e técnicos utilizados neste tipo de trabalho, de forma a bem desempenhar a vigilância»
;> a. - Métodos. A vigilância pode ser desempenhada por gru pos de dois, três ou mais, em regime de substituição ou
•••-:\
por um único vigilante.
(1) - Método ABC» O método de vigilância mais eficien
te emprega três agentes simultaneamente» é este
o método ABC. Consiste em isolar o indivíduo de
* '
dois lados. "A" segue atras do sujeito; "B" segue o "A"; "C" caminha pela rua zeguezagueando a_
trás do sujeito. Todos os três agentes mudam de
posições freqüentemente para que não se "quei mem". (Explicar os pormenores do métodos ABC).Os
sinais a empregar devem ser simples e impercept^
veis. Se houver suplentes capazes, que sigam atrás do "B" ou "C".
(2) - Método de dois vigilantes» Se se dispuzer ape •'
nas de dois agentes, normalmente um segue atrás
:' :': /.
do sujeito e o segundo actua do outro lado
da
rua.
Se houver apenas um vigilante, este age de
:
;..
ambos os lados, mas em caso de necessidade segu^
V
rá atrás do indivíduo a maior parte do tempo. '
\ -;
(3) - Faixa ou vigilância interrompida» Se o modo de
agir do indivíduo é conhecido e este segue dia riamente o mesmo trajecto, pode vigiar-se apenas
uma parcela do trajecto de cada vez. (Explicar)»
6R M^m
T). - PESSOAL *
X5.o.TA(.i/5, p-5
Os homens ou mulheres m a i s aptos para o tra
' "balho de vigilância serão de mediana estatura ou ligei^
ramente ataixo d e l a .
Não devem exibir sinais físicos-
e devem ser tanto quanto possível incaracterísticos de
aparência,
. .
D e v e m possuir conhecimento detalhado da área de operações »
c» - COMO EXERCER A V I G I L Â N C I A .
N o caso de V . ser incumbido
de uma vigilância esta se discute quanto aos preparati
vos a fazer, condução da vigilância e técnica de v i g i lância a empregar....,:;
(l) Preparativos de vigilância»
Uma "boa vigilância r e
quer preparação cuidada para o efeito.
m o s o seguinte:
>..•;:•:'
Considere-
: ,^.^ ::.•->.•. ^"-• ,
(a) Saber exactamente em que consiste a sua miss^âo.
De-terminar se a vigilância deve ser cerrada ou
discreta, a que horas se efectua, quais os l o cais de reunião, se h á pontos de controle a u tilizar, etc.
•.:: .•.'•••;;: • \-'•'•::::- -^-y/- ••:^s;-:'[-^;---^:''''^'^
. (b) Pixar o método de determinar a identificação £
xacta do indivíduo»
Tentar a forma discreta -
de a obter frente a frente. ;-\-: •.Í:4--^y^^':''-;:<¥
:^'í:,y[ ••
(c) Coteje todas as informações úteis sobre o indi
víduo. Descreva-o (especialmente como aparece
visto de costas), moradas, deslocações habituais, costumes, manias, preferências, etc. Tudo
isto o ajuda a antecipar as operações de caçaou recuperá-lo, se perdido»
(d) Vestir coforme os usos locais. Usar
roupas
vulgares ou escuras. Antecipar as mudas de e£
tação,usar sapatos silenciosos e confortáveis.
(e) Fazer-se acompanhar de coisas para ler ( para
ocultação) do tipo algibeira, alimento e tabaco para caso de necessidade, papel e lápis, e
dinheiro (trocos).
(f) Não seja portdor de ob.jectos que dem nas vis TAS a menos que V. pense desfazer-se deles para ultrapassar a "caça"»
(g) Planeje a sua (ocultação >eral e álibis). Estes serão flexíveis tanto quanto os puder ada£
tar às circunstâncias especiais.
(h) Se tracalhar com um colega, combine os sinais
6R. At4,Ri<3 X3.C.TAi.1/5^ P"6
-5-
sinais visuais que julgar necessários. Que se
Õam poucos, simples e imperceptíveis.
(i) vá ao lavabo antes de começar a sua funççao.
(2)-ConduQão da vigilância» No desempenho de uma vigilância, -lantenha uma posição que evite contacto d^
recto com o indivíduo, de forma a que o tenha permanentemente sob observação. Evite qué ocorram as
seguintes situações:
i, - "perda" do indivíduo
ii« - ser "descolDerto" pelo individuo.
guie-se pelas seguintes regras gerais:
(a) Altere a sua distância da "caça" de acordo com
as circunstâncias. Em locais muito freqüentados aproxime-se mais do que nas outras áreas.
("b) J^oxime-se da "caça" de diferentes direcçÔes •.
Não actue sempre por detrás.
(o) Utilize sempre ocultaçáo útil (paragens de autocarros, montras, atanda novos, tabuletas, au
toMÓveis novos, mulher vistosa, cartazes de ci^
nema, e t c ) .
Agir com à vontade»
(d) Tente ocultar-se da "caça" quando em movimentq
interpelando guma coisa ou glguém entre si e a
"caça". Confunda-se com outras pessoas. Passeie
ao lado delas. Atravesse a rua acompanhado.
(e) Oqulte-se enquanto espera, permanecendo de péatrás dos postes telefônicos, caixas de correio, aproveitando os autocarros ou as filas de
carros na rua, e t c .
(f) Nunca fixe a "caça" directamente nos olhos* Aproveite tanto quanto possível os refleKos das
janelas..
(g) Tente antecipar os movimentos da "caça". Col£
que-se à distancia de um salto a sua frente.
(h) Sejérder a"caça", procure-a. Pesquize fora do
local usando disfarce apropriado. Pode muito
bem acontecer que reapareça em poucos minutos.
(i) Tome notas do que observar, o que pode servirlhe mais tarde para o relatório. Escreva
no
bolso de dentro em cartões 3x5 ou num problema
de palavras cruzadas, charada, e t c , utilizando a cobertura de trabalho. Não tome notas en
quanto retornar possível a observação do indi-
6 £ AM,K>0 X9.0,TAl. V 5 y P - í
-6-
indivíduo. Espero que fique definitivamente
fora do seu alcance visual.
(3) Tente evitar o pressentimento de que "foide£
poberto" pelo indivíduo quando houver poucaou nenhuma razão para isso. Esta é a tendência
comum dos principiantes.
- ^^
(3) - Técnicas para ciscunstâncias especiais» Recoraen
dam-se na seguintes técnicas nas circunstâncias,
indicadas:
-•:^-',v-:;-' ••;.•„-,;•'•: ••;.'-: Í,; . ;•.
(^) Nos edifícios. Quando o indivíduo entra num
' ^
edifício complexo com mais, de uma saída, um
vigilante deve seguir o indivíduo enquanto os •,
restantes componentes da equipa vigiara todas
as saídas. Onde não houver vigilantes em nú
mero suficiente ou no caso de estar só,' tome
uma decisão baseada na natureza da missão e t
do e d i f í c i o , como se s e g u e m :
"'':'•-:••'.-•"••.'•'••-•i'-[
!• - Permaneça do lado de fora. Pondere o
local mais vantajoso, de onde possa o^
servar o maior número de saídas
onde
se possa ocultar para esperar. Tenterecuperar o indivíduo logo que saia» ;
li, - Siga o indivíduo no interior do edifí-c
i
o
.
• ' ' ' • • ' • • • • / • ' / ' ' • •
• / ^ ' ' • '
:
. ' • - - : : ' • • • : • . ' : . ' - ^ < : ,
Exercite a sua imaginação ràpidamentee construtivamente para inventar dis farce para prosseguir.
(b) N Q S cafés, "bares e restaurantes» Se.prefe rir entrar num café, "bar ou restaurante, atrásr do indivíduo, tente escolher a posiçaode onde possa o"bserva~lo sem que ele o veja.
Aguarde até que ele seja atendido pelo criado e depois peça quq^l^uer coisa que possa ser
servida e tomada rapidamente. Tenha prontas
gorgeta e trocos para pagar de forma a sair
depressa, se for necessário. É aconselhável
sair antes do indivíduo. (Explicar).
(c) Carros pu"blicos. Nos autocarros, carros, m£
tropolitano, etc. sente-se o mais próximo da
porta que puder. Paça por ouvir o ponto de
destino da "caça", de forma a que possa comprar Jbilhete para o mesmo destino. Apoie-se
-7-
Apeie-se com ou depois da "caça" mas nunca antes.
Em certos casos, será aconselhável sutir ou desça*
numa paragem diferente. (Explicar). Se se encontrarem frente a frente, olhe para os sapatos
do
indivíduo. (Explicar).
(d) Taxis. Na maior parte das cidades, se o indiví duo tomar um táxi (trad. de cab por ext.), poderá
o vigilante aluza outro táxi e mandar o motorista
"nao perder de vista aquele". Será necessário dj^
ser-lhe alguma coisa sobre a ocultação da diligên
cia, mas em qualquer caso o dito motorista obadece
rá sem discussão e presume que o seu serviço
é
prestado a uãia força de segurança local.
(e) Elevadores. Faça por evitar a entrada no mesmo ^
levador utilizado pelo indivíduo. Se tal diligetíCn
cia for necessária, procure ficar atrás do indiv^
duo. Evite fitá-lo a todo o custo.
(f) Cabines telefônicas. Se o indivíduo entra numa c^
bine telefônica, procuro entrar na próxima. Simu
le uma chamada e faça por ouvir a converda.
(g) Corrida. Se perder de vista a "caça", V. pode re
cuperar, correndo, a distância perdida se exibir^
qualquer pretexto. (Olhe para o relógio e corra
um pouco. Corra para apanhar um autocarro ou um
electrico).
(h) Mudanças de aparência. Uma ligeira e oportuna mu
dança na sua aparência pode evitar que o indiví duo o reconheça ou se lembre de si. As mudanças
podem fazer-se por meio de alteração da forma do
chapéu ou da maneira de o usar, levantando ou bai^
xando as abas do casaco, o capús, etc.
(i) Casos emerp:entes. Se o "tipo" pára repentinamen- .
te ou muda de direcçao, aja com decisão. Entre nu
ma loja, escritório ou apatamento, e t c , como se
fosse para dar um recado. Invente uma história ou pergunte por uma hipotética pessoa, se necessá
rio.
(ô) Ponto de controle. É prática corrente de quem d^
rige quatro ou cinco homens de uma brigada de vigilância arranjar um ponto de controle telefônico.
(Explicar para que serve e como utilizar o ponto
de controle^.
Í,R AN,ft»0 ;^3.0.TA\,^/5^ p.<1
-8-
(4) - Conclusão. A chave de todas as "boas vigilâncias é
a conservação do à vontade» Não dê nas vistas. Pa
ça todas as coisas como é comum fay.er-se»
5» DEFESA CONTRA A VIGILÂNCIA A PÉ» A defesa contra todas
as
formas de vigilância "baseia-se na prática de uma "boa se^uran
pessoal» M a i s , quanto mais sagas V. for n a o'bseri?ação e h â
descrição, melhor voce se defenderá» Há certas precauções e
técnicas que lhe podem ser úteis na defesa, n a s nunca se e s queça do adágio: A "boa defesa exige alerta constante»
>.- .
(a) Precauções de rotina» H á certas precauções que V»ad0£
tara como rotina do dia a dia. ••
^^'^
•
; ;•
•
!• - Procure saber quem sao os seus vizinhos de visu e
;-.•;• •::'-~^-; • pelos há"bitos. ./.-'A '^:'-;:^ ;V.-:;: .
2'» - Tenha cuidado com as notícias dadas a estranhos _o
ciosos sô'bre a sua casa ou. repartição.
'
3« - Informe-se da atmosfera ha"bitual acerca das suas
premissas. Cautela com algumas indicações de a normalidade.
\
4*'- Não siga directamente ao seu destino a pé ou
de
carro. Faça uma visita ingênua pelo caminho.
5»' - Se tomar um transporte pu^blico, seja, o último a
fazê-lo. Nunca tome um transporte pútlico directó
mente para uma "casa de apoio" ou ponto de reunião. Complete a viagem a p é .
6» - Conheça toda a sua área. Se vier de sítio "melin
droso", visite ou atravesse finalmente por um l o cal movimentado que esteja no seu trajecto n o r m a L
7» - Não se detenha em locais onde possa ser facilmente identificado»
8* - Tire partido das montras dos estabelecimentos
e
dos espelhos que por onde puder observar. M a s s£
ja cauteloso. Esteja perfeitamente à vontade
e
sem dar nas vistas. Tal forma de agir pode desin
teressar um profissional que lhe venha no encalça
("b) Revelador de vigilância»
Se despertar suspeitas, certifique-se de que está a ser vigiado e que tais suspei
tas não resultam de tensão nervosa. Adie a sua missão
imediata. Procure deter a vigilância nas não dê conta
das suas suspeitas. Podem empregar-se com êxito as s£
guintes técnicas com constante alerta e conhecimento detalhado do local»
-9-
1^3? - Acçáo U - Usar disfarce conveniente (compra de jor
nal, e t c ) , de duplo efeito. O vigilante procurará voltar-se, esquivar-se, ou mostrar-se-á suspreendido por outro lado e vai-se embora.
2. - Transporte público. - Subir ou apear de um
carro
antes que ele parta. Observar as reações do vigilante suspeito. Aja com à vontade. Não se dê coa '
ta do facto.
3. - angulo de rua - Paça uma volta hábil contornando a
esquina e pare, quando disfarce conveniente. RePa
re se alguém se apressa em volta da mesma esquina.
4* - Isolajiento - Isolar a vigilante das zonas movimentadas. Usar disfarce adequado, passeie rua abaixo
ao longo de uma artéria semi-directa. O vigilante
será obrigado a segui-lo e a denunciar-se.
5« - Sinais luminosos de trâsito - N Q S cruzamentos de
uma rua movimentada, procure atravessá-la segundos
antes do sinal mudar para encarnado e pare logo a
seguir àcurva. O vigilante ver-se-á obrigado a S£
, * guí-lo cora o sinal fechado, e assim se denuncia.
6v - Situações inesperadas.- Com disfarce adequado,actue
enquanto estiver moiaentaneamente fora das vistas db
vigilante cora o que este não conta. Repare como reage. (Volte a esquina e pare imediatamente num
escritório, tabacaria, sala de ewtar de ura hotel ,
* etc. Observe o vigilante como contorna a esquinae tente fixá-lo).
T» - Aproximação do suspeito - Sirva-se de um pretextoque possa parecer natural, volte-se e aproxime- se
do suspeito. (Peça um fósforo, pergunte as horas,
• peça esclarecimentos, etc. Se este for apanhado desprevenido, fará tudo o que puder para o evitar
e assim se denunciará.
8» - Emprego da escolta - É ura dos melhores métodos. Pa
ça cora que um colega o siga e troque sinais visuais. A escolta deve estar afastada da sua retaguar
da, e do lado oposto da rua, de forma a ficar aliás
dos vigilantes. Não de^we haver relação aparente entre V* e a escolta,
9» - Lançamento de papéis - Lançar ou desfazer-se de pequeno
bocados de papel, uma carta, um jornal em que
T,
6R AH,R»0 X3.0,TA|,i/5^p-11
-10-
V. tenha feito sinais insignificantes. Otserve
se o suspeito tenta ou náo panhá-los ou exami nar aquilo de que V. se desfez.
lO^i' - Combinação de métodos - Usar técnicas várias. A
primeira vez que V. fixar o suspeito V. pode e£
tar errado e ele pode estar inocente. Após um
dos citdos "teste", V, pode continuar em erro pode acontecer que tenha havido coincidência. A
partir do segundo "test" talvez V. tenha razão-'
V. está a ser realmente seguido.
(c) Se as suas suspeitas se confirmam» Esteja à vontade,
Procuro descrever os seus ohservadores. V. tem duas• alternantes ao seu dispor.
i« - Protele a diligência secreta e continue a
vigilância. Paça-se "anjinho". De mos - .
trás (contactos inocentes) susceptíveis de
convencer os seus seguidores da sua inocen
cia,
.,:•':•'
•
lii? - Desembarace-se dos seus vigilantes se for
impossível protelar a acçào. . .^ .
^,
(d) Desembaraçar da vigilância. O desemtaraçar-se de
um
vigilante deve fazer-se com naturalidade. Deve fazer
se de tal forma que o vigilante acredite que o perdeu ,
devido a circunstâncias alheias ao seu "controle" - e
não que foi sacudido. Ha duas regras basilares
que
convém recordar no caso vertente.
lí* - Regra 1 - Mover-se rapidamente - Conserve o seu •
passo aparentemente normal, mas mova-se em ritmo
acelerado,
2*" "" Regra 2 - Conserve o movimento. Não permaneça no local. Se andar a vaguerar será apanhado por
um vigilante mesmo depois de ter sido bem sucedei
do em ver-se livre dele.
(e) Técnica para irradiar o vigilante. As técnicas ae» critas a seguir podem servir-lhe de alguma coisa
ao
irradiar um vigilante» Serão as melhores de todas quando combinadas. Se quiser ver-se livre de uma vigilância, lembre-se que pode haver mais de um vigilan
te atrás de si. Uma boa série de técnicos quando com
binadas, eliminarão um de cada vez. Combinações
em
série aliminãrâo provavelmente um grupo inteiro. Lem-
BR AW,R\0 X9.0.TA».1/5; p- 12
-11-
Lembre-se de que a '*caQa"leva vantajE^em" (Explicar),
!• - Arranjar contactos - Contactar com a geate simples
da rua ou visitar estabelecimentos. Para a conver
sa com um peão. Se houver mais de um vigilante, provavelmente um deles se desagregará do grupo
e
vigia o inocente.
2. - Transportes -públicos - Tome um carro inesperadamen
te (um autocarro era anda;lento ou o metro), Nãoper
ca o à vontade» Tal facto irradia normalmente um
vigilante senão o grupo completo.
3« - Edifício complexo - Passeie apressadamente através
do edifício com saídas múltiplas e saia duma direção oposta.
4« - Mudança de aparência - Quando acidentalmente fora
de vista, tire o chapéu, capuz, etc. A mudança de
. ritmo de marcha transforma-lhe-á também a silhueta.
5« - Multidões - Misture-se nas multidões. Tente fixar
um inocente que tenha silhueta geral semelhante a
sua e caminhe lado a lado durante curta distância.
Siga pelo passeio, mais junto de alinhamento de èdifícios do que do lado da rua (mas não se agarreàs paredes).
6v - Locais de confusão ~ Freqüente ajuntamentos típi COS ou áreas comerciais, estabelecimentos muito m£
vimentados sem balcões altos e colunas espelhadas,
teatro ou estadium muito freqüentados.
?• - Sinais luminosos de trânsito - Escolta uma rua de
muito trânsito com sinal luminoso de paragem e seja o último a atravessá-la.
8« - Interrupção de"fila" - Combine com um colega que o
espere próximo de uma esquina num parque, automo vel com o motor em ponto morto. Logo que volte a
esquina entre no carro e "'cave".
9» - Combinações - Combine as suas técnicas. Em seguida, aproxime-se de um local movimentado, meça a du
ração do sinal de trânsito (sinal luminoso), acel£
re o passo, entre num prédio "complicado, tire
o
chapéu e passeie rapidamente através do edifício ,
salta para um autocarro logo que saia do edifício,
etc.
6f^ AfJ,RAC x9,O.TA\.^/5^ p.í3
-12- .
(f) Conclusão. A contra-vigilância exige alerta contínuo,
sólido aéreo comum e conhecimentoporraenorizado do local, Torae as precauções de rotina hatituais. Se se lhe despertarem suspeitas, procure concretizá-las. V,
nunca pode ter a certeza de que está a ser vigiado,mas
pode colher indícios. De uma maneira geral, haja com
à vontade, como quem está inocente, se se der conta da
vigilância. Se houver de a irradiar, use técnicas cora
binadas, ande depressa e não para. Acima de tudo, aja
com naturalidade. Ainda que consiga "sacudir" o vigi:;y lante, se o seu disfarce for bom, certamente ele
não
pensara que V» é "rábula", mas que teve pouca so^te.In
•
forme o seu superior na primeira oportunidade sempre que V. preasentir que foi vigiado.
6, VIGILÂNCIA DE CARRO» Muitos dos princípios aplicados
na
vigilância apé aplicam-se à vigilância de carro. É muito
mais difícil executa uma vigilância de carro, a menos • que
se utilizem numerosos (três ou mais) carros equipados com
rádioy Além disso, a vigilância de carro raras vezes
se
conforma com um bom serviço de disfarce, excepto em pequenas missões.
(a) Tipo de carro» O carro utilizado deve ser incaracteiís
tico ou rapidamente identificável. As placas de matrícula não devem ser identificáveis. (Utiliza-se um Udrive-it" alugado pelo caminho ou qualquer outro carro
incaracterístico)•
(b) Numero de pessoas. São necessários pelo menos dois v^
gilantes em cada carro de vigilância. Um conduz enqum
•
to o outro observa, toma notas, apoia-se e continua a
vigilância a pé se for necessário»
(c) Condução da vigilância»
Quando se utilizam 3 carros(o mínimo desejado), um segue o indivíduo enquanto os
outros dois seguem na mesma direcçáo era ruas paralelas^
um de cada lado. Este tipo de vigilância criou emissor e receptor rádio entre todos os carros e controle.
Se a rua principal for de molde a que não se possa fazer a vigilância em paralelo, os vigilantes seguem era
fila indiana mudando frequenteraente e posição para que
não sejam identificados.
(d) Técnicas da vigilância de carro» As técnicas da vigilância a pé tem aplicação geral na vigilância de carra
Serão úteis as seguintes sugestões:
1» - Preparar e equipar o carro para qualquer eventualidadey Levar gasolina de reserva para encher o
6R AM.RW X3.0.TAj,4/5; f<H
-13-
encher o depósito quando o "indivíduo" parar para
se reabastecer.
2« - Vigie do lado direoto da rua para evitar observação directa pelo retrovisor do "indivíduo".
3» - Mude o aspecto do carro de vigilância de vem
em
quando, por meio de remoção ou disfarce dos posti
gos mudando os lugares dos ocupantes, tirando cha
péus, etc.
4» - Se for necessário para, estacione num parque, em
lugar que nao se note - na faixa de rodagem, num
Ângulo, etc. - complete com a vigilância a pé se
o carro estiver em posição de onde não se veja o
"sujeito".
5# - e o destino do indivíduo for conhecido, o carro
de vigilacia, pode preceder o indivíduo em parte
do caminho, observando-o pelo retrovisor,
?• DEFESA CONTRA O CARRO DE VIGILÂNCIA'. A defesa contra o car
ro de vigilância é relativamente fácil porque o seu retrovi
sor habilita-o a ver para trás de si sem se fazer notar. C^
mo nos outros casos de contra-vigilancia, recomenda-se o alerta contínuo. A sua primeira defesa é uma boa segurançapessoal.
(a) - CaPtagão do carro de vigilância.
Exige-se naturalidade absoluta de forma a não se perceber a "Rábula" .
Hão procure ajustar o seu retrovisor enquanto estiver
diante de um suspeito. Isa»pode ser um fracasso. Se
rão de aproveitar as seguintes sugestões:
1. - Conduza a grande velocidade até pomaomentâneamen
te fora do alcance da vista do vigilante (no cume de uma coluna, numa curva, e t c ) . Reduza
a
velocidade e observe como ^o carro do suspeito se
aproxima a uma velocidade tal, capaz de se "co lar" a si,
2, - Use disfarce apropriado, faça uma volta em è
siga em direcção oposta. Se o suspeito e o vig_i
lante, ele fará também uma volta em V. ou desis~
te da vigilância.
3« - Com o suspeito numa rua estreita, simule o "en garrafamento" logo que a luz verde apareça e observe a sua reação.
4-* - Tome atitude que exija reação visivel da partedo suspeito e observe-o. /estacione em local -
6R AM,R\o X3.0.TA1.1/5, P-'I5
-14local próprio, desça e limpe o paralarisas, volte
para o carro e prossiga, etc.)»:
(b) Se a vigilância do carro for notada. Se tal acontecer, siga com naturalidade para local insuspeito. Adie a sua actividade secreta. Relate superiomenteos factos e de-lhe a descrição completa do carro ou
carros e dos seus ocupantes, tanto quanto possível.
(c) Irradiação do carro vigilante. Em geral, não é de
r desejar a irradiação de um carro de vigilância. Con
V tudo, se o plano secreto da actividade não puder ser,
adiado, poderá justificar-se a irradiação. Para £s-•
te efeito, é preciso o conhecimento perfeito da área.
Das técnicas de detecção da vigilância a pé, váriasdas já citadas podem aplicar-se à irradiação do car\ ro vigilante. Em aditamento, oferecem-se as seguintes sugestões:
!• - Infrinja os regulamentos de trânsito só em lílt^
' •'• '
ma instância, Pie-se mais no conhecimento
do
local e na técnica do que na velocidade.
2» - Lembre-se de que poderá haver outros carros nos
., flancos. Se V. "carede" de vigilante. ,conserv£
•
-y • " se fora dos alinhamentos paralelos.
', .
'•.'•• 3v - Calcule o tempo de duração dos sinais luminosos
meta-se no trânsito intenso e volte a sair dele
,;'* adaptando na generalidade na técnica da vigilân
••••-. cia a pe.
••-/•,•;>.:,-;-,
8* VIGILÂNCIA ESTÁTICA. A vigilância de uma instalação
fixa
é vulgarmente uma diligência difícil para um serviço de
grande simulação, mas vai "bem como sejrviço de segurança. É
uma fase importante do tratalho de investigação. A vigilân
cia estática pode efectivar-se nuraa posição fixa, em "estátua", ou combinando os dois sistemas.. •:.::•;;:.
(a) Posição fixa. Uma vigilância fixa utiliza quartos de apartamento ou casa como ponto fixo de partida de
observações da instalação alvo.
(b) "Estátua" - Quando não são praticáveis as diligências
num ponto fixo, grupos de vigilante» bem dissimula dos e familiarizados na vizinhança (trabalhadores ,
vendedores, etc.) permanecem na vizinhança e obser vam o alvo. Este tipo de vigilância é de difícil disfarce na execução devido ao grande numero de funcionários treinados que se exige.
(o) Combinação» Sempre que possível, a vigilância estática deve ser mantida por meio de vigilância fixa -
bK
-15-
fixa combinada com vigilantes em estátua. A posição fixa serve de base primária da observação enq[uanto a estátua serve de disfarce de comunicações e sinais e está pronta para vigilância a pé sobre pessoas q.ue abandonam a
instalação alvo.
(d) Condução de vigilância estática. A vigilância estática deve ser planeada em detalhe e exige grande número de pe£
soai treinado. Ser-lhe-ão úteis as seguintes sugestões:
1» - Cerque cuidadosamente a área vigiada de alvo e esc£
lha o lugar mais vantajoso para a posição fixa.
2i - Faça da posição fixa uma segunda da "casa de apoio".
Assegure-se de que as pessoas atividades e acessóri^
os da casa satisfazem o disfarce e o ambiente.
3»* - Instrua cada um dos vigilantes em seus deveres esp£
cíficos com indicações alternadas que se adaptem as
mudanças bruscas de situação.
A» - Utilize vigilantes a pe como estáticos para observa^
ção complementar de ponto fixo.
5. - Estabeleça comunic^Ôes rápidas entre a estátua e a
base flLxa. Se necessário, empregue o controle de li_
gação de comunicações.
DEFESA CONTRA A VIGILÂIICIA ESTÍCTICA. Como todas as contra vigilâncias exige-se o alerta contínuo. De novo, a sua melhor defesa provem de bom pessoal de segurança. A maior par
te das precauções abaixo mencionadas, já foram discutidas
consigo.
,
:-,
(a) Precauções.
1» - Nunca permita que uma vigilância referenciada por si
o acompanhe até uma instalação melindrosa (casa deapoio), lugar de treino, esconderijo, etô). Se vi giado, vá para sítio insuspeito ou para locais
já
conhecidos de oposição (escritório cora registro comercial, sua casa, e t c ) .
2. - Conheça a vizinhança e as pessoas componentes. Estude o seu comportamento moral e esteja alerta às mudanças.
3** - Entabole conversações amigáveis com os porteiros ,
recepção, e t c , e procure obter inforxaações com re£
peito a novos domiciliados na sua vizinhança.
4-» - Estude o local, de forma a determinar os locais mais apropriados onde pode fixar-se a vigilância est£
-16-
estática nas suas instalações. Seja em especial ojb
servador destes lugares.
5» -Esteja atento aos vendedores com carros, camione ,
etc. que lhe aparecem para sem admitidos nas suas instalações em regra por excessivos períodos.
("b) Se as suas suspeitas sáo despertadas.
Procure determinar se a vigilância é simplesmente o compasso de esperade uma vigilância a pé, que pode ser de ordem rotineira,
ou, se a vigilância é estática e ligada a uma instalação
fixa. Se concluir que é uma rotineira Tigilância a pé,nao corre perigo especial se agir coerentemente. Toda yd^, a vigilância estática exige normalmente pesado em cargo para lhe despertar interesse especial como assunto
de investigação. No último caso, guie-se pelo seguinte:
1. - Ir^forme o seu superior imediatamente, por meio de
um canal adequado. Nao tenha contactos pessoais^ ^'«^
2» - Mostre-se com a â vontade e incaracterístico.
Não abandone a disfarcei '
3. - No caso de cafirmar totalmente a vigilância estáti
ca, aguarde instruções do seu superior ou adopte a
titude inesperada, se preplaneada.
10. RELATÓRIOS DE VIGILÂNGIA. O relatório é feito no fim de ca
da vigilância. O relatório é um registro completo de todas
as pessoas referenciadas e actividades observadas. É o pro_
duto final de todas as operações de vigilância. Deve
se9
objectivo» correcto e completo, ou todo o esforço de vigi lância, tem de ser considerado não apenas uma perda de tempo e de esforço, mas um risco desnecessário» O relatório -é
normalinente feito por ordem cronológica.
(a) Enunciado do relatório. Posto que nao gaja uma formula
específica para um relatório de vigilância, esse deverá
contar um enunciado em que se mencione o tempo e o lu gar de vigilância, os participantes ( os indivíduos
e
os vigilantes), e as circunstâncias da vigilância.
(b) Conteúdo do relatório. Relate todos os detalhes dos íh
divíduos e suas actividades que possam ter interesse nas diligencias. Seja o mais objectivo que puder. De
a hora exacta dos acontecimentos relatados, endereços respectivos, descrições completas, modo como cada um execute os actos narrados, matrículas de automóvel, nomes de lojas e ezcritórios, etc.
BR AM.RIO X9.0.TAI.V5; p-^ld
-17-
!• - Contactos - Relate era porraenor todos os contaotos
feitos pelos indivíduos,» Inclua descrições físi_
cas completas.
2» - Oii^tros disfarces comuns - Esteja sempre de sotre^
viso q^uanto a todas as outras formas de comunicações a que o indivíduo pode J^ecorrer (telefones ,
carteiros e receptáculos clandestinos, e t c ) . De£
creva tudo isto o mais promenorizadamente possí vel.
3^ — Trajecto percorrido - O trajecto percorrido pelo
indivíduo (a) tem sempre importância operacional»
Relate-a detaliiadaraente.
4-» - Tempo perdido - Informe os períodos, se os houver
em que "perdeu" o indivíduo. .'
(c) Elementos subsidiários.
Torne os seus relatórios de
leitura simples e inteligíveis, adicionanddo-lhe elema
tos subsidiários; Junte esboços, mapas, fotografias ,
plantas, etc. Faça com que estes elementos instruam tanto quanto possível o relatório, de que devem necessàriaMente fazer parte.
(d) ^ecer» O seu parecer em relação ao indivíduo (s)
e
suas actividades tem grande importância e por isso tam
bem deve figurar no relatório, mas indique-o como tal.
Ponha um parágrafo separado com a rubrica "Pai"ecer"(ou
"Opinião") ou diga simplesmente "Era minha opinião"•••»
e t c , etc»)
(e) Disposição do relatório. Entregue o relatório ao seu
superior logo que esteja feito. Lembre-se de que
se
trata de um documento incriminativo. NSo consinta que
os seus agentes guardem cópias do relatório, nem tire
cópias para si, a não ser que esteja autorizado pelos
seus superiores e faze-lo.
BR AM, Rio X3.0,TAK l / 6 ^ p. i
PRATICAS DE CONTRAVIGILÀNCIA
NOS SERVIÇOS DE INPORIÍAÇ.TO SOVIÉTICOS
ÍNDICE;
Pag»
•. -
SERVIÇO DE CONTRA-YIGIL^CIA
1
B, -
CONTRA-VIGILÂNCIA NO LOCAL DE ENCONTRO
2
C. -
PROTECÇaO DE UM ENCONTRO POR TERCEIRA PESSOA
2
D* -
PUGA DA VIGIL-^ÍNCIA
3
E. -
PRECAUÇÕES CONTRA A VIGILÂNCIA TÉCNICA
4
P. -
CONCLUSÃO
4
6 R AN,R\0 Xa.O.TAI.I/éy P-^
PRATICAS DE CONTRAVIGILÂITGIA NOS SERVIÇOS DE INFCRMACSO
SOVIÉTICOS
Em várias dilige^^cias, os funcionários da informação soviética, demonstraram apreciável capacidade na descoberta e fuga da vigi lância. Vários relatórios de diversos agentes demonstram que o treino dos princípios de vigilância para parte da preparação normal
dos
funcionários que dirigem os seus trabalhos no estrangeiro parece corroborar este ponto de vista. O grau de precaução adoptada, parece ,
contudo, variar grandemente de caso para caso, o que depende da impúr
tancia relativa da missáo, circunstancias concretas do caso, e da cau
tela pessoal dotfuncionáriodirigente.
A. - SERVIÇO DE CONTRA VIGILÂNCIi\
Na maior parte dos casos observados, os funcionários soviéticos mostram-se inteiramente conscientes do perigo da vigilância, e,de
várias formas, empregam disfarces para a sua descoberta. Alguns destes ardis são modelos aceitáveis, como o de curvar-se para apertar o
sapato, parar em frente de uma montra, utilizando-a como espelho
ou
tomar ura carro até que as demais pessoas saiam do carro excepto o "in
divíduo" eo seu agente vigilante.
Dissimulação notável é a de entrar num cine-teatro, e depois mudar de posições várias vezes de forma a descobrir e frustar qual quer vigilância. Outro disfarce, de certo modo semelhante em princípio, é o de entrar num grande armazém e andar de lado para lado, pa rando em cada reconhecimento furtivo para fanilirização de caras.
Prática comum aceitável, aparentemente empregada por agenteslegais e não-legais da informação soviética na participação de um encontro ou no seu apartamento, é a reunião ser assistida por outro durante certo tempo para averiguar se aquele está a ser seguido»
Isto
deve fagsr-se a distância de metade do "bloco" ou "bloco e meio", vários exemplos citam-nos que foram observadas duas e algumas vezes
três pessoas na pista do agente em diligencia. Este tipo de vigilância protectora é relatada ao vivo no "MGB trainig"»
Gomo variante desta técnica, especialmente admissível no caso
de ruas pouco movimentadas num bairro residências, é o do agente so viético e o "mobil" caminharem à distância um do outro de vários "blo_
cos"', algumas veges dos lados apostos da rua, e, sem qualquer paragem
durante o encontro, andar raaisalguns "blocos" para diante. Depois,ca
da um procurará ver se atrás de si existe qualquer vigilância. Se algum dos agentes por este sistema notar qualquer vigilância, nao se cumprimentam. A vigilância deve ser discreta, ura agente volta-se
e
6R AN,R»o XS.o.TAl.Vé^ P-3
-2-
volta-se e segue o outro para o"apanhar" seguidamente numa rua larga.
Bv
- CONTRA-VIGILANCIA NO LOCAL DE ENCONTRO
do "tendez-vous" chega ao local com uma hora ou mais de antecedência,
de forma a vigiar os indicios de qualquer vigilância que esteja rnont^
da. Para avisar os comparticipantes do perigo que correm adoptam- se
vários sinais. O sinal pode ser simplesmente o de ignorar a aproxima
çao do cúmplice, tamhém se usa um sinal previamente combinado, como o
de acender um cigarro, meter a mão esquerda no "bolso das calças,ou um
dito chiatoso durante a conversa.
É vulgar, embora sem variantes, a prática dos funcionários s_o
vieticos de arranjar um contacto visual com uja informador de preferen
cia ao "rendez-vous", de forma a assegurar (num exemplo conhecido,com
a assistência de um grupo de contra-vigilancia) que o informador está
ainda indemne e nào sob vigilância. Em tal reunião, o informador ap^
receria apenas rapidamente em dado moEiento o lugar, de forma a ser r£
conhecido. Não feaverá conversa entre o funcionário e o informador ,
nem mostras de reconhecimento.
Como precaução contra a vigilância, a escolha do sítio para o
encontro entre o funcionário soviético e para o seu contacto é quase
invariavelmente controlado pelo funcionário. Vulgarmente, sao preferidos os sítios que oferecem a oportunidade de fixar a vigilância, C£
mo um campo descoberto ou parque, um pequeno barco num lago, estação
terminal do metro, ou rua pouco freqüentada. Temos conhecimento
de
ter sido usado ura restaurante de paredes espelhadas.
Em regra, os locais de encontro mudam freqüentemente» Era mu^
tos casos, todavia, os funcionários soviéticos parecem dar certa preferência a locais de reunião de tipo especial (como por exemplo: parques públicos ou restaurantes). As vezes um sítio particular é favorito e usado repetidamente.
C.
- PitOTEGClO ÜE UI-I ENCONTRO POR T5RCBIHA PESSOA
Em alguns casos, em especial quando se trata de documentos, a
informação soviética toma medidas especiais para proteger a área
do
"rendez-vous" contra a vigilância. Esta protecção pode começar no mo
mento preciso em que o funcionário sai da instalação soviética para retomar o seu contacto quando os seus movimentos são controlados porterceira pessoa da janela ou do cimo das escadas dessa instalação. A
contravigilância pode ser controlada por um observador que vá atrás dele. Se tiver de ir para o encontro do automóvel faz-â* normalmente
acompanhar por um motorista, que fica de atalaia. Em várias contin -
6fÇ A^J,R10 )^3.0.TAKl/éy f-4
-3contingencias, sate-se que o motorista do carro protegeu a reunião, cer
cando o bloco em que ela se realizou, ou abandonando o carro e escolhen
do posição de onde possa vigiar a vizinhança. Num caso, quando o fun cionário soviético rondou o seu agente num parque automóvel, o motorista apeou-se é cercou continuamente o parque como um vigia e guarda. Em
várias ocasiões, sabeée que o motorista permanece no automóvel durantea dita reunião.
Sabe-se que a protecção por terceira pessoa toma a forma de gru
po de pessoal nao soviético, o que se entende útil no exame do local de
reunião contra eventual vigilância.
D.
PUGA DA VIGILÂNCIA
As táctivas de fuga são algumas vezes empregadas durante horas
em vez do contacto informativo, e o uso de tais táctivas pelo funcionário soviético ou o seu contacto indica em geral, que a reunião informativa está em perspectiva. Na maior parte dos casos observados, o fun cionário soviético avisou o seu informador do perigo de ser vigiado
e
deu-lhe instruções elementares, que consistem em métodos para esquivarse da vigilância. Num dos casos referidos, um agente de ligação
foi
instruído pelo seu superior soviético no sentido de escolher com antec£
dencia várias posições para senem usadas como esquivas de vigilância ta_
is como cine-teatros ou estabelecimentos muito freqüentados com mais de
uma saída. Foi depois instruído no sentido de nunca revelar pela sua ^
titude que sabia ser vigiado,
Um método freqüentemente empregado para revelar a vigilância -é
a mudança rápida de carros, como táxis, autocarros ou comboios metropol^
tanos. Leva-se muitas vezes a extremos a técnica de subir e descer dos
carros. Uma vez, um funcionário soviético quando ia para uma reunião teria parado junto de uma paragem de autocarro, deixou passar dois ou treS carros de forma a certificar-se de qualquer vigilância eventual *
Quando finalmente se decidiu a tomar um carro, deixou-se estar ociosa mente até que aquele se puzesse de novo em movimento e só então se lançou para a entrada no carro, o que fez no último momento possível. Depois de subir, debruçou-se na janela do autocarro para ver sw alguém vinha atrás dele. Quando se apeou do autocarro, procedeu de igual for
ma; saltou no último momento, quando o carro já estava em movimento.
A maior parte dos métodos soviéticos neste aspecto, surge como
disfarce corrente dos serviços secretos. Um indivíduo pode atravessar
e tornar •-. xua, ou atravessá-la num cruzamento precisamente no momento
em que o sinal muda para o vermelho. Quando o suspeito julga ser se guido por um automóvel, pode passear contra a mao ao longo de uma rua.
BR. AM,R\0 W.O.TAl. 1/6,
p-5
Um ardil, conliecido como tendo sido usado por agentes de infor
raaçao soviética militar durante a segunda guerra mundial, é o de fazer
sair um automóvel com cinco ou seis pessoas incluindo o funcionário.Os
ocupantes vão ficando pelo caminho, um de cada-«z, espalhados, de forma a dificultar a vigilância dos contrários.
Numa área, os funcionários soviéticos ensáaram a reunião de tjo
das as manobras possíveis de automóvel para contrariar a vigilância, e
para esse efeito, soute-se que tiveram de mudar as placas de matrícula
dos seus carros.
E.
- PRECAUCCÍES CONTRA A VIGILÂNCIA TSCNICA
Comparativamente pouco se sabe a respeito das precauções sovÍ£
ticas contra a vigilância técnica embora, como é óbvio, os agentes deinformaçáo soviética sejam sabedores destes riscos. Em várias ocasi òes notou-se que os funcionários soviéticos, nas conversas de caracter
comprometedor, usaram deliberadamente o rádio ou o fonógrafo. Como ae_
gra os representantes da informação soviética preferem as reuniões ao
ar livre para os seus contactos, e que lhes empresta alguma protecçãocontra os disfarces técnicos. Embora os automóveis sejam ocasionalmen
te usados em tais reuniões, há indicações recentes de que os sAviéti «os têm estado atentos à possibilidade de registadores disfarçados ou
secretos nos seus veículos, e por isso tomam cuidado com as suas con versas.
Conta-e que o agente soviético, ao jeito de extrema amizade ,
passando a mão pelos ombros e pelas contas do seu subordinado, sugerelhe que este gesto pode servir para verificar a ocultaçao de armas ou
equipamento técnico.
Os funcionários de informação soviética sabem da necessidade da segurança telefônica, e assim, so em casos raros usam o telefone para conversas sobre contactos informativos. Contudo, observaram- se
alguns casos em que se recorreu a expressões previamente codificadas ,
ou houve autorização para o seu emprego nas reuniões de emergência.
P,
- CONCLUS![0
Embora os métodos citados sejam todos baseados em casos da actual informação soviética, deve notar-se que o grau de contravigilân cia, tanto quanto o seu método, parece variar consideravelmente de caso para caso e de local para local. Como é óbvio, a aplicação soviétá^
ca dos princípios de contravigilância é feita segundo as oportunida des do local e engenho do funcionário soviético, e aí está porque nos
parece impossível enumerar todos os ardis possíveis. Por outro lado }.
alguns dos "truques" de contravigilância referidos, tal como o costurae
5R AW,R\0 X3.0.TAl.V6;p-é'
-5costume soviético do disfarce ou do contacto visual com a reunião com
o único propósito, de estabelecer um terceito agente de contravigilan
cia para ocultar o contacto não soviético, parece susceptível de dar
uma idéia do desdobramento de diligências.
B R AN.stO X3,0.-tAl.•^/éJ p > f
RELATÓRIOS DE VIGILÂNCIA
Eá. duas formas de relatórios de vigilância. Um, o relatório primário (genérico) da vigilância, deve ser cronológico e, se possível
descrição integral (ou reprodução completa) de todas as actividades o^
servadas sem a menor referencia à equipa de vigilância ou pessoa nela
envolvida. Todavia, é normalmente impraticável esperar a mesma
soma
de detalhes em relação a todos os acontecimentos que ocorram num perÍ2
do de várias horas. Numa vigilância prolongada, em boa verdade, é deexigir desde logo:
1) Descrições promenorizada ; dos contactos;
2) Períodos de interrupção do movimento, e
3) Comportamento exemplar.
No decorrer das operações de vigilância, seria possível orientar os componentes da equipa de vigilância no sentido de convergir toda a sua atenção para a descrição minuciosa e parcelada das actividades
observadas. A narrativa da informação adquirida por meio de vigilân ciatécnica também é em muitos casos um exteao processo de longa dura ção.
Ainda neste caso, a protecção inicial deve ser sensivelmente ampla, vigorosamente situada na protecção detalhada de:
1) Identificações de quem se fala;
2) Números dos telefones utilizados;
3) Todas as cripto conversas; e
4) Todas as conversas que se mostrem incongraentes, sem
nexo ou de retorquir ilqgico.
X medida que se desenrola o plano de vigilância, suígem fórmulas e reconhecem-se novas incongruências, inconsistências e modelos.
É especialmente importante no relatório de vigilância que
os
respectivos componentes de equipa estejam inteirados de que se fizerem
por seu turno a diligência normal, nada há que censurar no relatório de um Gontacto perdido. Ha vários tipos de relatórios, mais susceptíveis de floreado ou de fabrico categórico do que os de vigilância,e em
muitos casos é preferível não fazer relatório de -feigilância a ter
ura
relatório fabricado ou torcido»
O segundo tipo de relatório de vigilância é aquele que é feito
pelos funcionários de controle ou pelo de verificação responsável pela
orientação e exploração do trabalho de vigilância. Enquanto os relat£
rios primários podem convergir indefinidaraente para o exame minucioso-
6R AN,RW X3.C.TA|.^/^^ p . fe
-2•
^
^
•^
minucioso de desenrolar de determinado "caso", importa que se Êça
a
versão "digestiva" de cada relatório de vigilância, contendo apenas a
informação considerada de interesse operacional provável. Como e oli
vio, a preparação do tal relatório "digestivo" exige que o relatórioprimário de onde foi extraido, seja previamente examinado no plano ge_
ral do "caso", que se verifiquem os nomes, endereços e registos e que
os resultados de todas estas verificações sejam indicados. Este esmiuçar dos relatórios de vigilância é o produto da função do serviço de
contra-espionagem, do qual assumirá a responsabilidade um funcionácio
de "campo". Novamente repetimos que tal relatório nSo substitui o r£
latório primário (ou original). Servirá contudo, como documento
do
trabalho inicial e como tal, significa a identificação do respectivorelatório original (ou primário), se o desenvolvimento do "caso" indi^
car que é necessário consultar posteriormente o dito relatório.
Em especial, no trabalho de contra-espionagem, os problemas de linguagem que sempre aparecem na vigilância técnica devem ser re solvidos no "campo". Muitos das vanguardas operacionais, desenvolvidas atrsrés de tais vigilâncias técnicas de contra-espionagem são alta
mente precárias e muito, senão todo o valor da dita vigilância pode perder-se se for imvossível obter imediatamente em última análise uma
versão "grosso modo" da essência da conversa referenciada.
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5* - Defesa contra a vigilância a pé 6»