AVALIAÇÃO DA QUALIDADE POSICIONAL EM IMAGENS ORBITAIS MAROTTA 1, Giuliano S.; VIEIRA 2, Carlos A. O. PALAVRAS CHAVES: Imagens Orbitais, Precisão, Qualidade Posicional. RESUMO Devido à necessidade de se entender e monitorar os fenômenos que ocorrem na superfície da terra, o sensoriamento remoto passou a ser uma das principais ferramentas para tal finalidade. As imagens orbitais nas mais variadas escalas, vêm servindo como fonte de dados para os mais diversos estudos e levantamentos, devido a sua rapidez, eficiência e periodicidade. Consequentemente, devido à facilidade de sua aquisição, as imagens orbitais passaram a ser de grande importância quando se pensa em atualização de mapeamentos em geral. Como se sabe, no Brasil, grande parte dos mapas e cartas que cobrem extensas áreas, ou seja, em pequenas escalas, foram confeccionados há muitos anos atrás, através do uso de fotografias aéreas, decorrente de um processo dispendioso. Hoje em dia, a confecção e atualização de mapas e cartas contam com imagens orbitais como ferramenta, passando a ser um processo rápido e viável. Porém, a qualidade posicional dos produtos cartográficos originados de imagens orbitais surge como problema, pois imagens orbitais são passíveis de distorções ocasionadas pela instabilidade das plataformas orbitais e precisam ser corrigidas e avaliadas antes de serem utilizadas para fins de confecção e/ou atualização de cartas. O objetivo deste trabalho é apresentar a metodologia de avaliação da qualidade posicional das imagens orbitais, utilizando como objeto de estudos duas imagens provenientes do sensor ASTER (para as datas de 02/06/2002 e 29/03/2001), com resolução espacial de 15 metros, referentes aos respectivos municípios de Itabirito e Viçosa localizado no estado de Minas Gerais - Brasil, onde foi aplicado o PEC (Padrão de Exatidão Cartográfica) seguindo padrões vigentes na legislação brasileira, que trata da classificação de uma carta quanto à sua exatidão relativa e absoluta. A metodologia utilizada, inicialmente realiza correções geométricas das imagens orbitais através de pontos de controle coletados de forma precisa, e os respectivos pontos identificados nas referidas imagens orbitais. Posteriormente foram coletados pontos de controle tanto em documento cartográfico com precisões compatíveis quanto nas imagens geometricamente corrigidas para a aplicação do PEC. Na determinação do PEC foi tomada como base à metodologia que define que a análise estatística da exatidão planimétrica é composta pela análise de tendências e a análise de precisão, onde que, a partir da aplicação dos testes estatísticos, procede-se a classificação da imagem que varia entre Classe A e Classe C para uma dada escala. A análise de tendência foi realizada utilizando o Teste t de Student com o objetivo de se averiguar a presença de erros sistemáticos, onde a partir das discrepâncias das médias amostrais e de certo nível de significância, admite-se a não existência de tendência nas direções cartesianas. A análise de precisão foi realizada utilizando-se o Teste Qui-quadrado, onde se comparou a variância das discrepâncias amostrais obedecendo aos valores do Erro Padrão (EP) pré-estabelecido em lei. Devido à dificuldade de se identificar pontos isolados na imagem orbital, foram utilizadas alternativamente feições lineares espaciais para a aplicação do PEC, através do método conhecido como Ponto Gerado. Neste método admite-se que os pontos iniciais em cada uma das feições são homólogos, e a partir dos quais foram gerados pontos eqüidistantes em cada uma das feições em estudo. Posteriormente compararam-se as distâncias entre os pontos gerados e aplicou-se o PEC. Analisando as imagens para a escala de 1:50.000 temos que a imagem referente ao município de Itabirito, utilizando uma carta topográfica na escala de 1:25.000 na extração de pontos de referência, obteve como resultado o padrão de exatidão cartográfica classe B, enquanto que utilizando o Método do Ponto Gerado obteve classe C; já para a imagem referente ao município de Viçosa, neste caso utilizando receptores GPS para obtenção de coordenadas com maior precisão, também obteve o padrão de exatidão cartográfica classe B, enquanto que utilizando o método do Ponto Gerado obteve classe A. A variação entre os resultados pode ser dada pela diferença das características do relevo das áreas em estudo; às diferentes condições atmosféricas que podem influenciar diretamente na resposta espectral das feições presentes nas áreas em estudo; e na diferença das precisões das coordenadas utilizadas como referência em cada área em estudo. Universidade Federal de Viçosa - UFV Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas – DEC Pós Graduação – Informações Espaciais Setor de Engenharia de Agrimensura – Viçosa – MG – 36570-000 - BRASIL [email protected]