LIVRO DE RESUMOS DO XXIII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPA - 2012: ISSN 2176-1213.
A UTILIZAÇÃO DE FONTES ESTRANGEIRAS NA CONSTRUÇÃO DA NOTÍCIA: UM
ESTUDO DO DISCURSO DO JORNAL O ESTADO DE S. PAULO NA COBERTURA
SOBRE O TEMA AQUECIMENTO GLOBAL EM 2009.
Karina Menezes CUNHA (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected]
Curso de Jornalismo, Faculdade de Comunicação, Instituto de Letras e Comunicação.
Prof. Dra. Luciana Miranda COSTA (Orientadora) - [email protected]
PPGCOM, Faculdade de Comunicação, Instituto de Letras e Comunicação.
Esta pesquisa teve como objetivo principal analisar o discurso do jornal O Estado de S. Paulo
em 2009, ano de realização da 15ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU)
sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague. A metodologia utilizada baseou-se na coleta,
sistematização e análise de matérias jornalísticas (reportagens, entrevistas, artigos de opinião
e editoriais) referentes ao tema Aquecimento Global, com ênfase na verificação das fontes
de informação que a publicação selecionou. Foram analisadas 945 matérias jornalísticas,
selecionadas no banco online do jornal a partir das palavras-chave: aquecimento global,
Protocolo de Kyoto, mudanças climáticas e IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas). A Análise do Discurso, que surge na França na década de 60 e que busca
identificar as condições de produção do discurso, foi escolhida como principal instrumental
teórico de análise. Como resultados, constatou-se que o jornal O Estado de S. Paulo
reproduziu, predominantemente, textos de agências de notícias nacionais e estrangeiras. Das
866 reportagens coletadas, 295 foram oriundas das redações de agências como BBC Brasil
e Efe, e 173 foram assinadas por jornalistas da Reuters, números que, somados,
correspondem a mais da metade do número total de reportagens. Percebeu-se também a
priorização de abordagens de cunho político e econômico ao se tratar da temática do
Aquecimento Global, representadas pela seleção de fontes de informação como a
Organização das Nações Unidas, Casa Branca e União Europeia. As abordagens ambiental e
científica sobre a temática foram feitas de forma secundária, a partir da seleção de fontes de
informação como a Organização Não-Governamental Greenpeace e publicações científicas,
tais como as revistas Science e Nature. O Estado de S. Paulo abordou com mais frequência
subtemáticas como as políticas climáticas e metas de emissão de gases poluentes adotadas
pelos países em 2009, a 15ª Conferência Climática da ONU e as consequências do
aquecimento global, estas últimas, tratadas de forma alarmista pelo jornal. Os objetivos
propostos pela pesquisa foram alcançados e os resultados obtidos puderam ser comparados
aos de outro subprojeto que analisou o discurso jornalístico do jornal A Folha de S. Paulo no
mesmo período, bem como aos resultados dos subprojetos anteriores, que analisaram os
discursos da revista Veja e Carta Capital sobre o aquecimento global em 2009.
Palavras-chave: Comunicação e Meio Ambiente, Análise de Discurso, Aquecimento
Global, Jornal o Estado de S. Paulo, COP15.
Titulo do projeto do orientador: O AQUECIMENTO GLOBAL NA PAUTA DA MÍDIA
IMPRESSA BRASILEIRA: INFORMAÇÃO E DESINFORMAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A AMAZÔNIA.
Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq:
Grande-área: Ciências Sociais Aplicadas I
Área: Comunicação Social
Sub-área: Jornalismo
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a utilização de fontes estrangeiras na construção da notícia