TEMA ANUAL: VIVENDO EM SANTIDADE
PASTOR FLÁVIO EZALEDO
MINISTÉRIO DE PÚLPITO 29/05/2011
TÃO GRANDE SALVAÇÃO
I TIMÓTEO 3: 16
INTRODUÇÃO
A. Temos visto nestes dois últimos domingos duas das principais doutrinas bíblicas:
Antropologia (Doutrina do Homem) e Hamartiologia (Doutrina do Pecado).
B. Pudemos perceber a importância de estarmos bem cientes dos significados destas
duas doutrinas quanto à criação perfeita do homem por Deus e como a
desobediência do homem levou toda a criação ao caos cósmico.
C. Hoje veremos que Deus na Sua Soberania resolveu o problema do homem ao
conceder-lhe o Plano Maravilhoso da Salvação.
D. Você compreende a Grandeza da Salvação? Para que possamos compreender a
magnitude da nossa Salvação vamos formularemos três perguntas:
I.
O QUE É SALVAÇÃO NO SENTIDO TEOLÓGICO?
A. Soteriologia, este termo vem do grego Sotérios e Soteria, e trata especificamente da
salvação conforme efetuada por Jesus Cristo, então Soteriologia significa Doutrina da
Salvação.
1. No Antigo Testamento, o Hebraico usa a palavra Yasha no sentido literal isto é, o
ato de tirar e livrar do perigo ou ruína (natural, política ou espiritual). Ex 14: 13;
Is 46: 13. Is 52: 10 – 11; Dt 20: 4; Sl 106: 10; Jz 3: 31 e outros.
2. No Novo Testamento, o Grego usa as palavras Sotérios (5 vezes) e Soteria (45
vezes) com o sentido de: “O ato ou efeito de salvar, saldar, remir ou preservar,
especialmente do poder e dos efeitos do pecado”; relacionada com Sóter,
“Salvador” e Sozo, “Salvar”.
B. Definição Teológica: Salvação é a obra graciosa de Deus que liberta o homem do
poder e das consequências do pecado, apropriada pelo pecador através da fé no
Senhor Jesus Cristo e proporcionando um relacionamento certo e vivo com Deus
II.
POR QUE FOI NECESSÁRIA A SALVAÇÃO.
A. Quando o pecado é compreendido em toda sua extensão histórica e teológica, e o
homem é corretamente definido como carente e impossibilitado a necessidade de
um meio de salvação torna-se imprescindível.
B. Apesar das constantes tentativas religiosas e filosóficas de negar a necessidade de
salvação, a Bíblia declara fortemente (conforme já vimos anteriormente) tanto a
incapacidade humana de prover sua própria salvação quanto à iniciativa e eficácia
de Deus em proporcionar tal benefício.
C. Então pode-se dizer que a necessidade de salvação está baseada em:
1. Pecado Imputado: A culpa que o homem carrega pela participação no pecado de
Adão. Estado do homem.
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PASTOR FLÁVIO EZALEDO
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2. Natureza Pecaminosa: Condição em que se encontram todas as faculdades do
homem, tornando-o incapaz de agradar a Deus.
3. Pecado Pessoal: Atos e atitudes individuais que contrariam o caráter santo de
Deus.
D. Desta forma afirmamos como Paulo: “Todos pecaram e todos estão destituídos (ou
carecem) da Glória de Deus” (Rm 3: 23).
III.
QUAIS SÃO AS REALIZAÇÕES DE CRISTO NA CRUZ.
A. Substituição: Cristo morreu no lugar dos pecadores. O sistema de sacrifícios do
Antigo Testamento estabelece a base do sistema de substituição particular, pela
identificação do pecador com o animal sacrificado (Lv 1: 2 – 5, 3: 2). A Páscoa exigia o
sangue do cordeiro (Ex 12: 3 – 12 e outros). Jesus é identificado como “O Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1: 29). No Novo Testamento há o uso de duas
preposições significativas:
1. Anti, “No lugar de” – Mt 20: 28, Mc 10: 45, I Tm 2: 6.
2. Huper, “cujo significado mais comum, dentro e fora do Novo Testamento é “No
lugar de” ou “em troca de” – 2 Coríntios 5: 15, 21; 1 Pedro 2: 21 – 24, 1 Pedro 3:
18; Romanos 5: 6 – 8.
3. Substituição significa, portanto, que Cristo morreu em lugar do pecador,
removendo o castigo do pecado e permitindo a imputação da Sua Justiça sobre
tal pecador.
B. Redenção: É o ato de se pagar um preço ou resgate para libertar algo ou alguém.
Cristo mesmo pagou o preço para libertar pecadores do poder e das consequências
do pecado. Exemplos do Antigo Testamento Boaz e Rute (Rt 3 e 4), Oséias e Gômer
(Os 3: 1 – 5), Deus e Israel (Is 43: 3; 10 – 14, 1 Pe 1: 18 – 19; Rm 3: 24; 1 Co 6: 19 – 20
e Ap 5: 9).
C. Propiciação: É a satisfação da justa ira de Deus contra os pecados. No Antigo
Testamento a ira de Deus contra o pecado é mencionada 585 vezes; no Novo
Testamento é um tema essencial, confira João 3: 36, Romanos 1: 18 e seguintes.
Propiciação vem grego hilastérion, significa satisfação da ira divina pelo sangue (isto
é, a morte) de Cristo (Rm 5: 3: 25 – 26, 1 Jo 2: 2; Hb 2: 17). Ao concentrar em Cristo a
Sua ira, Deus a desvia ao pecador.
D. Reconciliação: Devido o estado de inimizade entre o homem e Deus, a morte de
Cristo teve o mérito de proporcionar a restauração da paz entre ambos; ao desviar
sobre Cristo Sua ira, Deus colocou o homem em um estado em que pode receber a
amizade de Deus (Rm 5: 1, 10 – 11; 2 Co 5: 18 – 21; Ef 1: 10; 2: 16; Cl 1: 20 – 22). Em
todas as outras religiões, o homem reconcilia-se com Deus. Mas no cristianismo é
Deus quem se reconcilia com o homem.
E. Justificação: Do grego diakaióo, “justificar, vindicar, tratar como justo”, dikaiós,
“justo, honrado, reto”. Teologicamente e juridicamente, justificação significa “O ato
de declarar justo”; mais do que um condição de neutralidade, a justiça de Cristo nos
é imputada (Rm 5: 1, 3: 19 – 26; 2 Co 5: 21, Ef 1: 4, Jd 24).
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F. Base Para Perdão dos Pecados Anteriores à Cruz: A cruz, simbolizada e tipificada no
sistema de sacrifícios ao AT, permite a Deus perdoar pecadores, uma vez que Sua
santa ira foi satisfeita (Rm 3: 25, Hb 9: 15, Jd 24).
G. Fim da Lei Mosaica: Jesus é tanto o cumprimento como o fim da lei mosaica (Rm 10:
4; 8: 2 – 4; Fp 3: 9; Cl 2: 14). A Lei não apenas condenava, como não podia justificar o
pecador, ao mostrar a necessidade de justificação, aponta para uma solução fora de
si mesma, isto é Cristo (Gl 3: 22). Apesar de eventuais paralelismos ou aplicabilidade
da Lei na presente dispensação, ela foi substituída pela “Nova Aliança” estabelecida
no sangue de Cristo.
H. Base Para a Adoção dos Filhos de Deus: Uma doutrina distintamente paulina (Gl 4: 1
– 7; Rm 8: 14 – 17). A idéia da adoção é a de herdeiro maduro, conforme a adoção
nas famílias romanas, uma espécie de maioridade. Através da obra consumada por
Jesus, o homem torna-se um filho provado e digno de Deus.
I.
Base para o Ministério Pró-Salvífico do Espírito Santo: Ao invés de uma operação
jurídica e penalizadora, o Deus Espírito Santo opera graciosamente na vida dos
pecadores. Esse ministério é possibilitado de alguma maneira pela cruz:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
J.
A Supressão do Pecado no Mundo (Gn 6: 3; Rm 8: 2 – 16).
O Convencimento do Pecador (Jo 18: 8 – 11).
A Regeneração (Jo 3: 1 – 7; Tt 3: 5).
O Batismo do (no) Espírito Santo (1 Co 12: 13; Rm 6: 1 – 11).
O Selo do Espírito Santo (Ef 1: 13 ss; 4: 30).
A Habitação do Espírito (1 Co 6: 19).
Base para a Santificação: Por causa da cruz, o Espírito Santo está livre para atuar na
vida do crente, separando-o do mundo e aperfeiçoando-o à imagem de Cristo. Três
aspectos da santificação:
1. Posicional – O Estado do crente (1 Co 6: 11; Hb 10: 10 – 14).
2. Progressiva – O procedimento do crente (1 Pe 1: 15 – 16; 1 Ts 4: 3).
3. Futura – A perfeição final no céu (1 Jo 3: 1 – 2; 1 Co 15: 12 ss).
K. Juízo da Natureza Pecaminosa: O poder controlador do pecado é quebrado; sua
força, outrora absoluta, pode ser dominada pela submissão e obediência ao Espírito
Santo e à Sua Palavra (Rm 6: 7, 11; Gl 5: 13 – 25). Posicionalmente o crente já
“morreu com Cristo” apesar da “velha natureza” ainda atuante (cf. p. ex., Rm 6: 12) o
poder maior de Cristo possibilita que o crente não seja obrigado a pecar.
L. Base para o Perdão dos Pecados Durante a Vida Cristã: O Relacionamento do crente
com Deus é proporcionado pela cruz que fornece também base para um
arrependimento e confissão eficazes que restaure o relacionamento em caso de
pecados cometidos (1 Jo 1: 9; Rm 8: 1; Hb 10: 14, 18 – 19).
M. Derrota do Pecado, da Morte e de Satanás: A cruz é a base do juízo de Satanás
(incluindo todos os anjos maus) da morte e dos que se mantiverem incrédulos (Jo 12:
31- 33; 1 Co 15: 55 – 57; Cl 2: 15; Hb 2: 14 – 15; Jo 3: 36; 2 Ts 1: 6 – 11; Ap 20: 11 –
15).
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N. Base da Redenção Cósmica: A Desorganização e desarmonia que reinam desde a
queda, e que afetam todo o universo criado, poderão ser desfeitas, dando lugar à
perfeição recriada (Ap 21: 1 ss; Rm 8: 18 – 22; Is 65: 17 – 25).
O. Base Para a Ressurreição e Glorificação: Jesus é o primogênito do processo de
morte, ressurreição e glorificação prometido aos crentes (1 Co 15: 20 – 22; Cl 1: 18).
P. Purificação das Coisas do Céu: (Hb 9: 22 – 24).
CONCLUSÃO
A. A obra de Cristo foi a maior realização já realizada desde a criação do mundo e Deus
ficou plenamente satisfeito com essa realização.
B. Uma vez que você se declara salvo, qual o valor que você tem dado para obra da
salvação em sua vida?
C. Você dá evidência desta salvação em sua vida?
D. Enumere cinco sinais da nova vida na sua vida diária:
1. _________________________________________________________________
2. _________________________________________________________________
3. ________________________________________________________________
4. ________________________________________________________________
5. ________________________________________________________________
BIBLIOGRAFIA:
Teologia Básica – Charles Caldwell Ryrie.
Bíblia Anotada Ryrie.
Bíblia Hebraica Stuttgartensia
Bíblia Grega Nestle Aland 26ª Edição – Sociedade Bíblica Unidas.
Material Não Publicado – Apostilas de Estudos Seminário Bíblico Palavra da Vida.
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notas - Igreja Batista da Fé