FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
CURSO DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA
GLAUCIANE CALDAS MENDES
RAILSON CRUZ SALOMÂO
ROBSON OLIVEIRA DOS SANTOS
A UTILIZAÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÔSTICO DO
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO (AVCI)
BELÉM
2013
GLAUCIANE CALDAS MENDES
RAILSON CRUZ SALOMÂO
ROBSON OLIVEIRA DOS SANTOS
A UTILIZAÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÔSTICO DO
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO (AVCI)
Trabalho de conclusão de curso apresentado às
Faculdades Integradas Ipiranga como requisito
obrigatório para obtenção de grau em Radiologia,
na tipologia monografia.
Orientador: Prof. Esp. Stanley Soares Xavier
BELÉM
2013
GLAUCIANE CALDAS MENDES
RAILSON CRUZ SALOMÂO
ROBSON OLIVEIRA DOS SANTOS
A UTILIZAÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÔSTICO DO
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO (AVCI)
Trabalho de conclusão de curso, apresentado às
Faculdades Integradas Ipiranga como requisito
obrigatório para obtenção de grau em Radiologia,
na tipologia monografia.
Orientador: Prof. Esp. Stanley Soares Xavier
Data: / /
Glauciane Caldas Mendes
Railson Cruz Salomão
Robson Oliveira dos Santos
Banca examinadora:
__________________________________________________
Orientador: Esp. Stanley Soares Xavier
__________________________________________________
Prof. Anderly Pantoja
__________________________________________________
Prof.Dirceu Santos
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus, a minha
família que sempre esteve ao meu lado
me apoiando e me incentivando enfrentar
todos os obstáculos que surgiam nesta
árdua caminhada, e também aos
professores que colaboram para a minha
formação acadêmica.
(Glauciane Caldas Mendes)
DEDICATÓRIA
Aos meus pais.
(Railson Cruz Salomão)
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente ao
meu Deus que sempre segurou em
minhas mãos, e a Vocês que acreditaram
em mim, ajudando-me a superar todos os
momentos
difíceis
aconselhando
e
que
passei
incentivando-me
me
a
continuar, um muito obrigado a minha
Família e a minha namorada. (Robson
Oliveira dos Santos)
AGRADECIMENTOS
Á Deus, por ter me dado a vida e por estar comigo ao longo desta árdua
caminhada, me ajudando a superar os obstáculos e dando força para seguir em
frente.
Aos meus pais, João e Jandira, por estarem ao meu lado me apoiando e me
mostrando o caminho a seguir. Obrigada pelo carinho e compreensão e por sempre
me incentivarem a dar valor aos estudos e por não terem medido esforços para que
eu chegasse até esta etapa de minha vida. Agradeço também ao meu irmão e a
toda a minha família. Obrigada por acreditarem em mim.
Agradeço a todos os amigos que direto ou indiretamente estiveram ao meu
lado me apoiando, obrigada por entenderem minha ausência ao longo destes três
anos, mais isso foi necessário para minha formação acadêmica. Obrigada a todos
pelo incentivo e pelo apoio constante, agradeço por acreditarem no meu potencial,
nas minhas idéias, principalmente quando nem eu mais acreditava.
Agradeço ao orientador Esp. Stanley Xavier pela orientação deste trabalho,
muito obrigada por tudo. Agradeço também a todos os amados professores que
contribuíram para o nosso aprendizado, assim como também o coordenador do
curso. Obrigada a todos pelo convívio, apoio, compreensão e pela amizade.
Agradeço também o Esp. Anderly Pantoja, que esteve ao nosso lado nos ajudando
para o desenvolvimento deste trabalho, obrigada pelas explicações e pela paciência.
E por último, e não menos importante, obrigada aos meus amigos de projeto,
Railson Cruz e Robson Oliveira, sem vocês nada disso seria possível. (Glauciane
Caldas Mendes)
AGRADECIMENTOS
À Deus, pela dádiva da vida e por ter ajudado a manter a fé nos momentos
mais difíceis.
Aos meus pais que com muita dedicação e incentivo me deram forças par que
eu continuasse meu curso, que sempre foram amigos, companheiros e confidentes,
que hoje sorriem orgulhosos ou choram emocionados, que na tentativa de acertar,
cometeram falhas, mas que inúmeras vezes foram vitoriosos e se doaram por inteiro
ao renunciar seus sonhos, para que, muitas vezes, eu pudesse realizar meu sonho.
A vocês que compartilharam os meus ideais e os alimentaram, incentivando a
prosseguir na jornada, mostrando que o nosso caminho deveria ser seguido sem
medo, fosse quais fossem os obstáculos. Minha gratidão vai além de meus
sentimentos, pois a vocês foi cumprido o dom divino. O dom de ser Pai, o dom de
ser Mãe.
Aos professores Dr. Claudio Teixeira, Esp. Anderly Pantoja, Esp. Staley
Chavies que dedicaram seu tempo e compartilharam suas experiências para que
minha formação fosse também um aprendizado de vida, meu carinho e meu
agradecimento. O olhar crítico e construtivo de vocês me ajudou a superar os
desafios desta monografia, serei eternamente grato.
Aos professores Dr. Anderson Raiol e Dr. Antônio Castro do Laboratório de
Neurologia Tropical- UFPA, que contribuíram no conhecimento adquirido e a
oportunidade dada.
Aos meus irmãos, namorada e amigos, que ouviram os meus desabafos, que
presenciaram e respeitaram meu silêncio; que compartilharam este longo passar de
anos, de páginas, de livros e cadernos; que tantas vezes machucamos; que fez um
mundo melhor; que me acompanharam, choraram, riram, sentiram, participaram,
aconselharam, dividiram as suas companhias, os seu sorrisos, as suas palavras e
mesmo as ausências foram expressões de amor profundo. As alegrias de hoje
também são suas, pois seus amores, estímulos e carinhos foram armas para essa
minha vitoria. (Railson Cruz Salomão)
AGRADECIMENTOS
A ti Deus muito obrigado, por esta oportunidade de estar terminando mais
essa etapa na vida que o Senhor me concedeu.
Aos meus pais que sempre acreditaram em mim, me incentivando a continuar
lutando e a nunca desistir dos meus sonhos, ensinaram- me que para ser um
homem e preciso ter caráter, humildade e honestidade, e que estes três valores iam
me ajudar em toda minha trajetória. Muito obrigado Rui Alves e Elenice de Oliveira e
a ti Rodolfo Oliveira meu irmão, por esta oportunidade de fazer parte desta família
que eu tanto amo e admiro.
Um muito obrigado a todos os professores que no decorrer destes 3 anos,
compartilharam suas experiências para o aprimoramento da minha formação, em
especial o Prof. Esp. Anderly Pantoja, que não mediu esforços no auxilio deste
trabalho.
A vocês meus amigos que me apoiaram e me incentivaram a continuar
estudando, em especial aos meus amigos de curso Glauciane Mendes, Jessica
Gomes, Miriam Lins e Railson Cruz, obrigado pela oportunidade de conhecer vocês
e poder chamar cada um de amigo.
Não poderia esquecer da mulher que me incentivou a fazer este curso,
Fernanda Cordeiro, muito obrigado. Se você não tivesse insistido, hoje eu não
estaria terminando este curso muito obrigado minha “Braboleta”.(Robson Oliveira
dos Santos)
Obrigado por tudo!
“Não confunda derrotas com fracasso
nem vitórias com sucesso. Na vida de um
campeão
sempre
haverá
algumas
derrotas, assim como na vida de um
perdedor sempre haverá vitórias. A
diferença é que, enquanto os campeões
crescem nas derrotas, os perdedores se
acomodam nas vitórias.”
Roberto Shinyashiki
RESUMO
A Ressonância Magnética (RM) é um método de diagnóstico por imagem com a
capacidade de diferenciar tecidos, aspectos anatômicos e funcionais do corpo
humano. O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) é a principal causa de
sequelas com incapacidade psicomotora, decorrente de uma obstrução do fluxo
sanguíneo em uma determinada região do cérebro. O objetivo deste trabalho foi
avaliar e caracterizar o acidente vascular cerebral isquêmico pelo método de
diagnóstico por ressonância magnética. Esta pesquisa foi realizada nos bancos de
dados de diversas revistas nacionais e internacionais, indexadas nas bases:
SCIELO, PUB MED, LILACS, SCIRUS e BIREME. Foram selecionados dois artigos,
três teses de doutorado, dois relatos de caso e um protocolo de diagnóstico por
imagem. Cinco destes estudos demonstraram que a RM, quando realizada pelo
método da difusão, pode avaliar e delimitar a área lesionada pela doença, permitindo
uma melhor caracterização do AVCI.
Palavras-chave: Ressonância Magnética; Acidente Vascular Cerebral Isquêmico;
Difusão.
ABSTRACT
Magnetic Resonance Imaging (MRI) is a method of imaging diagnostic with the ability
to differentiate tissues, anatomical, and functional aspects of the human body.
Ischemic Stroke (IS) is the leading cause of disability with psychomotor sequels,
which occurs due an obstruction of blood flow in a particular brain region. The aim of
this work was to evaluate and characterize the ischemic stroke by magnetic
resonance imaging. This survey was conducted in databases from various national
and international journals indexed on: SCIELO, PUBMED, LILACS, Scirus, and
BIREME. We selected two papers, three PhD theses, two case reports, and a
protocol of imaging diagnosis. Five of these studies have demonstrated that the MRI,
when performed via the diffusion method, permits the evaluation and delimitation of
the area damaged by the disease, allowing a better IR characterization.
Keywords: Magnetic Resonance Imaging; Ischemic Stroke; Diffusion.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13
2. OBJETIVOS ...................................................................................................... 15
2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 15
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 15
3. METODOLOGIA................................................................................................ 16
4. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 17
4.1 DEFINIÇÃO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) ........................ 17
4.2 EPIDEMIOLOGIA DO (AVCI) ......................................................................... 18
4.3 FISIOPATOLOGIA DO AVCI........................................................................... 18
4.4 FATORES DE RISCOS ................................................................................... 20
4.5 CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
ISQUÊMICO “AVC’i ........................................................................................ 22
4.6 SÍNDROMES VASCULARES .......................................................................... 24
4.1 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ........................................................................ 26
4.1.1 HISTÓRICO ................................................................................................. 26
4.1.2 INTRODUÇÃO À RESSONÂNCIA ............................................................... 26
4.1.3 PRINCIPIO FÍSICO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ............................... 27
4.1.4 PROTOCOLOS UTILIZADOS NA ROTINA DE CRÂNIO ............................. 30
4.1.5 CARACTERÍSTICA DA DIFUSÃO ............................................................... 31
5. RESULTADOS .................................................................................................. 33
6. DISCUSSÃO ..................................................................................................... 35
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 36
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 37
ANEXOS ............................................................................................................... 41
13
1. INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i) é a principal causa de
sequelas com incapacidade psicomotora, isso ocorre devido uma obstrução do fluxo
sanguíneo em uma determinada região do cérebro, dependendo do tempo de
obstrução do fluxo sanguíneo a área afetada pode ou não ter sua atividade funcional
restaurada, no caso do paciente não ter sua atividade normalizada, ele terá sequelas
que poderão ser irreversíveis mesmo se o paciente realizar o tratamento
fisioterápico regularmente após o AVC’i (LIMA, 2009).
A incidência do AVC’i no mundo dobra-se com o passar do tempo, pois a taxa
da expectativa de vida populacional sofreu um aumento considerável nos últimos
tempos, sabendo-se que cada década após os 55 anos é considerada um fator de
predisposição ao surgimento do AVC’i tendo prevalência de 0,5% a 0,7% (PEREIRA,
et al., 2009).
Em decorrência do índice de pessoas que sofreram AVC’i ter aumentado
consideravelmente na taxa populacional, é imprescindível um diagnóstico preciso
para evitar as sequelas irreversíveis. Em razão disso, um dos melhores exames
radiológicos para se determinar o AVC’i é a Ressonância Magnética (CASTRO et al.,
2007)
A Ressonância Magnética (RM) é um importante instrumento na avaliação do
AVCI, sendo hoje um diagnóstico por imagem em crescente desenvolvimento,
devido a sua alta capacidade de diferenciar tecidos, aspectos anatômicos e
funcionais do corpo humano. Esta técnica permite explorar os setores funcionais do
cérebro que são responsáveis pela memória, linguagem e controle da motricidade
(MAZZOLA, 2009).
A Ressonância Magnética (RM) possui inúmeras aplicações além da física,
como na química, biologia e medicina. Embora a RM tenha sido descrita em 1946,
as primeiras imagens do corpo humano só foram possíveis 30 anos depois, devido a
complexidade deste método na formação da imagem, a qual ocorre pela interação
do forte campo magnético produzido pelo aparelho de RM com os prótons de
hidrogênio do corpo humano (MAZZOLA, 2009).
A RM é um dos melhores métodos de diagnóstico do AVC’i, visto que
possibilita a geração de imagens neuronais e dos aspectos funcionais do cérebro
14
com alta qualidade de visualização, dessa forma o médico poderá visualizar qual foi
à área afetada e determinar as complicações que poderão surgir com o passar do
tempo, além de poder estabelecer de maneira mais precisa a melhor forma de
tratamento a ser seguido pelo paciente (MAZZOLA, 2009).
O princípio básico para a utilização da RM é aumentar a janela terapêutica do
paciente que sofreu um AVC’i, através da visualização do estado tecidual que se
encontra a área afetada. Dois protocolos são utilizados na RM para detectar se o
paciente sofreu ou não um AVC’i, produzindo imagens fidedignas de todo o cérebro
onde poderá ser visualizada a região afetada pelo AVC’i. Um deles a é difusão, pois
auxilia na detecção do core isquêmico, o outro é a perfusão que atua no
mapeamento da área de penumbra (VEDOLIN et al., 2009).
As técnicas de difusão e perfusão utilizadas em RM revolucionaram o papel
da neuroimagem na avaliação do diagnóstico de pessoas com AVC’i, tendo em vista
que a análise conjunta destas duas técnicas permite a visualização com clareza da
área afetada, tornado assim a RM um método de diagnóstico preciso na detecção do
AVC’i (VEDOLIN et al., 2009).
15
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar e caracterizar o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i) pelo
método de diagnóstico da Ressonância Magnética (RM).
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Demonstrar as principais características do Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC’i) pelo método de diagnóstico da Ressonância Magnética
(RM);
 Avaliar a utilização da Ressonância Magnética no diagnóstico do Acidente
Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i);
 Demonstrar o melhor método utilizado na Ressonância Magnética (RM) para
a detecção do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i);
16
3. METODOLOGIA
A proposta metodológica utilizada para a construção desta pesquisa é
embasada no pressuposto da revisão de literatura, que teve início em meados do
segundo semestre de 2012 prosseguindo durante o primeiro semestre de 2013.
Foi pesquisado no bando de dados de diversas revistas nacionais e
internacionais publicado, indexados em sites como: SCIELO, PUB MED, LILACS,
SCIRUS e na BIREME.
Foram estudados diversos livros disponíveis na Biblioteca da Universidade
Federal do Estado do Pará – UFPA, entre os livros estudados destacam-se Bogliolo,
Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Unifesp-Epm, Neter, Princípio Físico
e Aplicação em RM, Encéfalo: Os 100 Principais Diagnósticos, Merritt, Tratado de
Neurologia e o de Doenças Vasculares Periféricas.
Utilizou-se 36 trabalhos dos quais sete foram selecionados, dentre eles três
teses, um relato de caso e três artigos, que foram resumidos quanto ao autor,
descrição do estudo, tipo e resultados/conclusões. Posteriormente esses resultados
foram discutidos e comparados com outras literaturas, com a meta de descrever o
papel da ressonância magnético no apoio ao diagnóstico do Acidente Vascular
Periférico Isquêmico.
17
4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 DEFINIÇÃO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)
O Acidente vascular cerebral (AVC) é definido como déficit neurológico súbito
que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema
nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação sanguínea motivado
por isquemia (falta de sangue suficiente para uma parte do corpo, devido à
obstrução ou constrição de um vaso sanguíneo) ou hemorragia (extravasamento de
sangue em uma parte do corpo, devido à ruptura de um vaso sanguíneo) no que
resulta no comprometimento da função cerebral (CANCELA, 2008).
De acordo com Silva (2007) “O AVC corresponde à lesão cerebral resultante
da interrupção aguda do fluxo sanguíneo arterial que pode surgir por uma obstrução
do vaso provocada por um êmbolo/trombo (coágulo), pela pressão de perfusão
cerebral insuficiente ou pela ruptura da parede da artéria”.
A presença de danos nas funções neurológicas ocasionada pelo AVC
depende da área e da extensão da lesão, estes danos originam déficit no nível das
funções motoras, sensoriais, comportamentais e da linguagem. Os déficits motores
são os mais perceptíveis, caracterizados por paralisias completas (hemiplegia) ou
parciais/ incompletas (hemiparesia) no hemicorpo oposto ao local da lesão
(CANCELA, 2008).
O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i) equivale a uma redução do
fluxo sanguíneo localizado em uma área restrita do cérebro, causada por uma
obstrução parcial ou total de uma artéria. A consequência desta interrupção
sanguínea interfere nas funções neurológicas dependendo da região afetada. No
entanto, se esta diminuição do fluxo sanguíneo na região cerebral for de curta
duração, isto é, inferior a 24 horas, a disfunção é considerada reversível e as
funções neurológicas afetadas podem voltar a funcionar normalmente, neste caso
falamos do Acidente Isquêmico Transitório (AIT) (SOUZA, 2009).
Segundo Phipps (2003) “O AIT é um episódio, breve, de déficit que faz
remissão sem deixar efeitos residuais”, sendo este um fator de risco extremamente
importante, visto que cerca de 1/3 dos indivíduos que são acometidos de AIT
poderão sofrer um AVC dentro de cinco anos (MARTINS, 2006). Quando a isquemia
18
persiste por mais de 24horas, o tecido cerebral entra em necrose, podendo instalarse lesões definitivas e irreversíveis na região do cérebro afetada (HABIB, 2000).
4.2 EPIDEMIOLOGIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO (AVCI)
O AVC é uma das maiores causas de morte e sequela neurológica no mundo
industrializado. Estima-se que aproximadamente 730.000 americanos apresentam
um AVC ou recorrência do mesmo a cada ano, existindo uma variação regional da
mortalidade relacionada ao AVC no mundo. Nos países em desenvolvimento, 85%
das mortes são ocasionadas por AVC e 30% dos AVC’s ocorrem na parcela
economicamente ativa da população (SÍRIO-LIBANÊS, 2011).
No Brasil, o AVC foi responsável por 10% dos óbitos (90.006 mortes) e 10%
das internações hospitalares públicas em 2005, a taxa de incidência do AVC varia
entre 137 e 168 por 100.000 habitantes, e os coeficientes de mortalidade por
100.000 habitantes variam de 60 a 105 por ano. Sendo que o AVCI é responsável
por 85% dos casos de AVC’s, tendo uma taxa de mortalidade de 10% após 30 dias
do mesmo (SÍRIO-LIBANÊS, 2011).
O AVC’i é a primeira causa de morbidade e incapacidade prolongada
principalmente em pessoas maiores de 65 anos e pessoas com sedentarismo.
(EUSI, 2003).
Entre os pacientes que sofreram um AVC’i, a maioria apresenta déficit
neurológico e necessita de tratamento de reabilitação. Contudo, estima-se que 70%
destes pacientes que sofreram um AVC’i e apresentam alguma sequela não
retornarão ao seu trabalho mesmo realizando a reabilitação, e 30% dos pacientes
com sequela necessitarão de auxilio para caminhar e outras atividades motoras,
mesmo após o tratamento de reabilitação. (SÍRIO-LIBANÊS, 2011).
4.3 FISIOPATOLOGIA DO AVC’i
A redução do fluxo sanguíneo causa grande diminuição da quantidade de
energia obtida de cada molécula de glicose, no entanto, as células necessitam de
energia para manter a normalidade de suas funções. E com a diminuição do fluxo
sanguíneo nos vasos cerebrais ocorre perda em energia, recorrendo-se ao uso do
19
metabolismo anaeróbico dentro da região afetada pela isquemia. (BOGLIOLO,
2007).
Devido ao uso deste metabolismo são produzidos trifosfato de adenosina
(ATP) em menor quantidade e há formação do subproduto ácido láctico que afeta o
equilíbrio ácido-base do cérebro (BRUNNER, 2012).
As células iniciam um processo de disfunção quando há diminuição dos níveis
de ATP abaixo do necessário para manter suas funções básicas inalteradas. Sendo
que durante a isquemia a quantidade de ATP reduz gradativamente e em razão
disso as células perdem suas atividades ou passam a realizar atividades anormais,
como por exemplo, no cérebro que ocorre parada da atividade neuronal
(BOGLIOLO, 2007).
Com a falta de oxigênio, a produção de energia (ATP) necessária à
sobrevivência das células neuronais falha, ocasionando uma cadeia de eventos que
estão inter-relacionados, e que resultarão na lesão ou morte celular. Sendo que o
glutamato (neurotransmissor excitatório), produzido no decorrer do processo
isquêmico é uma das principais causas de lesão neuronal, tendo em vista que na
ausência de oxigênio os neurônios pré-sinápticos liberam grandes quantidades de
glutamato que se liga aos neurônios pós-sinápticos estimulando-os a produzir óxido
nítrico (NO) em excesso, um radical livre que se expande e danifica as células
próximas (SNELL et al, 2006).
Além disso, atua sobre os receptores das células nervosas, pois a
concentração elevada de glutamato no meio extracelular produz um fluxo de cálcio
que ativará enzimas atuantes na digestão das proteínas das células. Este fluxo de
cálcio também pode levar ao mau funcionamento das mitocôndrias que produzirão
enzimas digestivas responsáveis pela morte celular por apoptose (SNELL et al,
2006).
Com a perfusão menor que 10 a 12 ml/100g/min do fluxo sanguíneo devido a
ocorrência do AVC’i, a oxigenação e a despolarização da membrana da célula
neuronal diminuem, favorecendo falha na homeostase da célula, a qual é
caracterizada pela alteração da bomba de NA+ e k+ que aumentará o seu fluxo de
NA+ para o meio intracelular, acompanhado de H2O. Se este fluxo errôneo não
passar do limite de reversibilidade da célula neuronal ela poderá voltar a ter sua
atividade de funcionamento normalizada, entretanto, se este limite for rompido, a
20
célula neuronal será levada a morte, por conter uma quantidade excessiva de H2O
no seu meio intracelular ocasionando sua lise (SZEJNFELD et al., 2008).
4.4 FATORES DE RISCOS
O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i) depende de diversos fatores
para ocorrer, existindo parâmetros que os classificam em fatores de riscos
modificáveis e não modificáveis (Tabela 1).
Os fatores modificáveis são todos aqueles que o homem pode alterar, tanto
com substâncias químicas ou físicas, como Hipertensão Arterial, Etilismo e outros.
Já os fatores de risco não modificáveis, são todos os fatores que a pessoa adquire
no decorrer de sua vida e são impossíveis de sofrerem alterações por medicamentos
ou outros métodos de intervenção, dentre eles, a Idade, Sexo e outros (PADILHA,
2001).
TABELA 1: Fatores de riscos para (AVC’i).
MODIFICÁVEIS
NÃO MODIFICÁVEIS
Hipertensão Arterial Sistêmica
Idosos
Tabagismo
Sexo
Diabetes Mellitus
Raça
Dislipidemia
Histórico familiar de AVC’i
Sedentarismo
Fibrilação Auricular
Obesidade
Genético
Contraceptivo oral
Alcoolismo
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013.
Os fatores citado nesta tabela, são os principais motivos para a ocorrência do
AVC’i, tendo em vista que os mesmos contribuem de formas diferenciadas uns dos
outros, como:
 Hipertensão Arterial: é quando a pressão do sangue no lúmen do vaso tornase desregulada, aumentando a pressão na corrente sanguínea, podendo
ocasionar o rompimento de um vaso no cérebro e provocar o acidente
vascular cerebral hemorrágico (AVC’h) (ANDRE, 2006).
21
 Diabetes Mellitus: Com a elevação do nível de glicose no sangue o risco de
AVC’i (ANDRE, 2006).
 Dislipidemia, sedentarismo e obesidade: Esses fatores estão diretamente
relacionados à predisposição de sofrer um AVC’i, podendo havendo uma
ligação entre estes fatores. (ANDRE, 2006).
 Contraceptivo Oral: Estudos realizados mostram que mulheres usuárias de
anticoncepcionais, apresentam alto risco para AVC’i. Relacionando-se
também com outros fatores como: tabagismo, hipertenção arterial. (FERRO,
2000).
 Tabagismo: O tabaco é uma das substâncias que aumentam o risco de
acidente vascular cerebral isquêmico em seus usuários. E mesmo para um
ex-tabagista o risco de AVC’i permanece alto (FERRO, 2000).
 Alcoolismo: O álcool também é um fator de propensão à incidência do AVC’i,
por favorecer alterações no organismo do ser humano, elevando o índice de
ocorrência AVC’i (FERRO, 2000).
Os fatores não modificáveis são todos que estão relacionados aos
genéticos, os quais são:
 Idade: A predisposição para o AVC’i aumenta com o avanço da idade, e com
o passar dos anos de cada pessoa o risco pode sofrer alterações (PHIPPS,
2003).
 Sexo: Em relação à mulher, o homem tem uma predisposição maior ao AVC’i
por diversas características, como a alimentação, métodos de prevenção de
doenças cardíacas e outros (PHIPPS, 2003).
 Raça: As pessoas da raça negra em relação às pessoas da raça branca, tem
uma propensão maior de desenvolver processos trombolíticos e serem
acometidas por AVC’i (PHIPPS, 2003).
 Histórico Familiar de AVC’i: o histórico é importante para que haja um cuidado
maior, tendo em vista a carga genética de diversas características que
predispõe o AVC’i, como hipertensão, diabetes e outros (RUBATTU,1999).
22
 Fibrilação Auricular: a fibrilação aumenta com o passar dos anos,
acentuando-se em indivíduos com mais de 50 anos, sendo o aumento da
fibrilação uma predisposição para o AVC’i. (KENNEL,1998)
 Genético: Estudos mostram que há uma predisposição elevada ao AVC’i
quando os pais apresentam fatores do AVC’i, não podendo ser modificado e
sendo repassados de geração em geração, ocorrendo aumento de uma
geração para a outra (ANDRE, 2006).
Para uma melhor distribuição das características dos fatores de risco foi
criada uma nova classificação: o fator de risco potencialmente modificável, que está
contida no fator de risco modificável, como exemplo: alcoolismo e tabagismo.
4.5 CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO
“AVC’i”
O AVC’i pode acometer o desempenho funcional e apresentar diversas
consequências, como nas relações pessoais, familiares, sociais e qualidade de vida
(TERRONI et al., 2008), sendo que 50% das pessoas que sofreram um AVC’i
adquiriram deficiências permanentes (PANTANO et al., 2008). Neste sentido, o
AVC’i é considerado uma das principais causas de incapacidade entre os adultos
(CAROD-ARTAL et al., 2000).
As funções dos membros superiores são os mais comprometidos em
pacientes que sofreram um AVC’i, limitando a atividade diária do paciente
(NAKAYAMA et al, 1994). O AVC’i causa sequelas graves, que incluem vários graus
de paresias, hemiplegia, problemas de fala, alteração na visão e perturbações de
memória, entre outros (OLIVEIRA et al., 2003). Do cérebro são enviados sinais de
estímulos para todo corpo como, por exemplo, sinais para que ocorra o movimento
muscular das pernas, braços, face e outros. Ao acontecer um AVC’i a irrigação que
nutre o cérebro torna-se insuficiente e ineficaz, isto ocasionará uma lesão que
dependendo da artéria do círculo de Willis que for afetada, causará uma sequela no
lado oposto do corpo: a hemiplegia, considerada como paralisação de um lado do
corpo, caracterizada como perda do tónus muscular, devido a lesões nos neurônios
motores e a afasia, evidenciada pela perda da capacidade da linguagem. (LIMA,
2009).
23
As consequências da doença podem apresentar três fenômenos de natureza
diferente: a deficiência, a incapacidade e a desvantagem também chamada de
handicap. (MARTINS, 2002).
O AVC’i pode causar deficiências de vários níveis no individuo, as quais
“significam perturbações, temporárias ou permanentes no nível de um órgão ou
função (fisiológica, anatômica ou psicológica) que mudam o corpo, a aparência
física” (MARTINS, 2002, p. 55).
A incapacidade abrange os comportamentos e as atividades no cotidiano da
vida: locomoção, destreza, restrição da atividade, comportamento geral, postura
corporal, comunicação e cuidado pessoal (MARTINS, 2002).
A desvantagem é definida como um impedimento sofrido, resultado de uma
deficiência ou de uma incapacidade, que impede o individuo, de exercer uma
atividade considerada normal (LIMA, 2009)
As
deficiências
podem
ser
neuropsicológicas
(percepção,
atenção,
intelectuais, concentração, memória, linguagem, humor, etc.), músculo esqueléticas,
sensitivas ou motoras. As deficiências motoras na face são as mais frequentes,
originando paralisias e perturbações da expressão facial e da postura, devido à
espasticidade (MARTINS, 2002).
A oclusão de diferentes artérias cerebrais pode gerar síndromes vasculares
dependendo da artéria cerebral envolvida (Figura 1):
24
Figura 1. Principais artérias cerebrais formando o Círculo de Willis.
FONTE: Netter, 2011
4.6 SÍNDROMES VASCULARES
O sangue chega ao cérebro através das artérias vertebrais e das artérias
carótidas internas que se comunicam através do Polígono de Willis. Este é uma
anastomose arterial que fornece o fluxo sanguíneo para os hemisférios cerebrais,
sendo formado pelas artérias cerebrais anteriores e posteriores, artéria comunicante
anterior e posterior e pela carótida interna. Estas artérias possuem paredes muito
tênues, o que as torna vulneráveis a hemorragias. A artéria cerebral mais
comumente acometida por AVC é a artéria cerebral média (HABIB, 2000).
A oclusão de diferentes artérias cerebrais origina síndromes vasculares (com
os seus sinais clínicos) específicos e características, de cada artéria cerebral
envolvida (Tabela 2).
25
Tabela 2. Principais artérias cerebrais e suas complicações recorrentes de suas
oclusões.
Artérias
Síndromes Clínicas
.Hemiparesia contralateral, mais acentuada no membro inferior;
Artéria Cerebral
Anterior
.Perda sensorialcontralateral;
.Alterações do funcionamento esfincteriano anal e vesical;
.Manifestações mentais, que são mais nítidas e estáveis se o AVC for
bilateral;
.Alterações do comportamento, se o AVC do lobo frontal for intenso.
.Afasia (quando o hemisfério dominante é lesado);
Artéria Cerebral
Média
.Hemiplegia e/ou hemiparesia contralateral, mais acentuada na face e
membro superior;
.Hemianopsia homônima;
.Hemihipostesia;
.Apraxia;
.Alexia.
.Síndromes sensoriais talâmicos;
Artéria Cerebral
Posterior
.Alterações de memória (lesão bilateral);
.Hemianopsia homônima;
.Síndrome de Anton;
.Cegueira cortical, provocada por lesão bilateral dos lobos occipitais
associadas àgnósia;
.Dislexia sem agrafia;
.Hemiplegia fugaz;
.Ataxia.
Artéria Carótida
Interna
.Hemiplegia contralateral com hemipostesia e afasia (quando o
hemisfério cerebral dominante é lesado);
.Isquemia retiniana com obnubilação ou perda da visão do olho
homolateral;
.Inconsciência no momento da oclusão;
Nota: 40% dos doentes com oclusão da artéria têm, antes do AVC
definitivo, ataques isquêmicos transitórios.
.Hemiplegia contralateral ou tetraplegia;
Artéria Basilar
.Paralisia facial;
.Disartria e disfagia;
.Síndrome de Hormes homolateral;
.Perda de consciência e presença de vertigem.
Artéria
Vertebrobasilar
.Sinais de lesão de nervos cranianos e de conexões cerebelosas
homolaterais com sinais sensitivos e motores contralaterais;
.Síndrome de Weber (lesão localizada nos pedúnculos cerebrais);
.Paralisia homolateral de nervo óculo-motor comum;
.Hemiplegia contralateral.
FONTE: CANCELA 2009
26
4.1 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
4.1.1 Histórico
As pesquisas iniciais em imagem por Ressonância Magnética (RM) foram
feitas pelo Dr. Raymond Damadian. Lauterbur e Mansfield apenas aperfeiçoaram as
técnicas. A imagem por RM permite o exame não invasivo do corpo humano, sem o
uso de radiação ionizante. O fenômeno físico envolvido no processo – a emissão de
sinais de radiofrequência quando átomos sofrem a ação de um campo magnético
fortíssimo – foi descoberto na década de 1930. Pela descoberta, Felix Bloch e
Edward M. Purcell ganharam o Prêmio Nobel de Física de 1952. Na década de
1940, descobriu-se que o tempo de resposta dos átomos excitados pelo campo
magnético varia bastante dependendo do material que estiver sendo examinado. Em
1970, Damadian descobriu que a RM poderia ser usada como instrumento
diagnóstico através de estudos com tecidos cancerosos em ratos, que exibem sinais
mais longos do que os de tecidos sadios. Concluiu-se que as diversas patologias
afetam a duração dos sinais de maneiras diferentes (TUOTO, 2006).
Em 1971, o químico Lauterbur aperfeiçoou a descoberta de Damadian,
criando a técnica dos gradientes que está em uso até hoje. Mais tarde, o outro
Laureado, o físico Mansfield mostrou como os sinais da RM poderiam ser
processados matematicamente usando a transformada de Forrier para a geração de
uma imagem tridimensional. Em 1973, Lauterbur apresentou ao mundo a primeira
imagem por RM de um organismo vivo – um molusco coletado por sua filha nas
praias de Nova York. Damadian foi o primeiro a reconhecer a aplicabilidade da RM
no diagnóstico médico, enquanto Lauterbur e Mansfield foram os responsáveis pela
implementação funcional da RM. Pois vários profissionais como Químicos, Físicos,
Matemáticos e entre outros, que criaram e desenvolveram técnicas para o
aprimoramento em Ressonância Magnética (TUOTO, 2006)
4.1.2 Introdução à Ressonância
A ressonância magnética (RM) é um método diagnóstico multiplanar, não
invasivo que se utiliza das propriedades dos núcleos de hidrogênio presente nos
tecidos do corpo humano, e que serão associados a pulsos de radiofrequência,
formando assim imagens milimétricas do corpo. Hoje a RM é considerada um
27
método diagnostico que está em constante desenvolvimento devido a sua grande
capacidade de diferenciar tecidos, tanto partes moles como partes ósseas, e
também auxiliar no diagnóstico de todo tipo de patologia (MAZZOLA, 2009).
4.1.3 Principio Físico da Ressonância Magnética
A formação da imagem por ressonância magnética (IRM) ocorre através da
interação do campo magnético gerado pelo equipamento juntamente com os prótons
de hidrogênio presente nos tecidos humanos, onde normalmente estará em rotação
(spin). Essa interação cria uma condição para que seja enviado um pulso de
radiofrequência (RF), o qual será modificado através de uma bobina gerando um
sinal que será processado e convertido em uma imagem (MADUREIRA et al., 2010).
No cérebro, é possível diferenciar os sinais emitidos pela substância branca e
cinzenta, essa diferenciação permite detectar alterações anatomopatológicas. No
corpo humano todos os núcleos atômicos possuem um campo magnético fazendo
com que eles se comportem como pequenos imãs, que irão interagir com o campo
magnético principal do aparelho de RM (MADUREIRA et al., 2010).
O tecido humano é composto por diversos átomos como: hidrogênio,
oxigênio, carbono, fósforo, cálcio, flúor, potássio, nitrogênio, entre outros. Com
exceção do hidrogênio os átomos acima possuem em seu núcleo prótons e neutros.
Embora eles apresentem propriedades para que seja usado na RM, o núcleo de
hidrogênio é o escolhido para as avaliações das IRM, devido ser o mais abundante
no corpo humano, por possuir uma maior resposta a um campo magnético aplicado,
e por apresentar um maior momento magnetico (MAZZOLA, 2009).
O átomo de hidrogênio, assim como os outros átomos, é uma partícula
carregada positivamente que possui uma propriedade chamada spin, que é o
movimento de giro em torno do seu próprio eixo. Além de outra propriedade
chamada de momento magnético, fazendo com que ele se comporte como um
pequeno imã. Toda partícula carregada em movimento gera um campo magnético
(MAZZOLA, 2009) (Figura 2).
28
Figura 2. Movimento do átomo de hidrogênio. (MAZZOLA, 2009)
Ao posicionarmos um paciente no interior do magneto ele ficará sobre a ação
de um campo magnético onde as partículas de hidrogênio presente no seu corpo
serão alinhadas de acordo com o campo magnético principal (B0), os prótons de
hidrogênio sobre a ação deste campo irão sofrer um alinhamento onde a minoria dos
prótons de baixa energia (spin up) se alinha na mesma direção do Bo e a maioria
aponta antiparalelamente ao campo Bo (down) (MAZZOLA, 2009) como mostra a
Figura 3.
Figura 3. Prótons de hidrogênio sob ação do campo magnético externo aplicado.
(MAZZOLA, 2009)
Sob a influência do campo magnético principal o vetor de magnetização
efetiva (VME) apresenta uma rotação adicional em torno do seu eixo, essa rotação
secundaria chamamos de precessão. Este movimento pode ser comparado ao
movimento de um pião. O número de movimentos de precessão na unidade de
29
tempo é denominada de frequência de precessão e a unidade da frequência de
precessão é o megahertz (MHz). Um Mhz equivale a um milhão de ciclos por
segundo. . Na figura 4 podemos observar os eixos das coordenadas (x, y e z) e o
vetor que representa o momento magnético do próton de hidrogênio realizando o
processo de precessão em torno do eixo z (MAZZOLA, 2009).
Figura 4: Eixos de coordenadas usados em IRM e vetor momento magnético (µ)
associado ao próton de hidrogênio. (MAZZOLA, 2009).
O valor dessas freqüência de precessão é calculado pela equação de Lamour.
fp = ωο= Bοxγ
Onde: Bο= Potência do campo magnético
γ= Razão giromagnética constante
γH = 42,57 Mhz/T
Depois que o objeto é exposto a uma perturbação oscilatória que tem uma
frequência próxima ou igual a sua frequência natural de oscilação ocorre o
fenômeno da ressonância. Contudo, para atingir a ressonância é necessário que
ocorra uma doação de energia igual a sua freqüência de precessão (MAZZOLA,
2009).
Ao ocorrer a ressonância o vme se afasta do alinhamento em relação ao Bo
formando um ângulo geralmente de 90°, o ângulo formado entre o VME e o plano
30
transverso chamamos de flip angle, a magnetização desse ângulo depende da
amplitude e duração de radiofrequência. O sinal da ressonância magnética é
produzido quando uma magnetização em fase passa pela bobina, essa bobina ao
ser colocada em um campo magnético em movimento induzirá uma voltagem,
produzindo o sinal da RM (MAZZOLA, 2009).
O retorno do VME acontece após o desligamento do pulso de radiofrequência
(RF), mas para que isso ocorra o VME precisa perder energia, e essas perdas de
energia chamaram de relaxamento. O relaxamento nada mais é do que a
recuperação do plano longitudinal e o declínio do plano transverso (MAZZOLA,
2009).
4.1.4 Protocolos Utilizados na Rotina de Crânio
Na rotina para estudo do crânio é usado as sequências abaixo, sendo que para a
avaliação do AVC’i é acrescentada a técnica de difusão.
 Survey 3P
 Axi flair
 Sag T1
 Axi T2
 Axi gradiente
 Axi difusão
 Cor T2
 Axial Flair
FLAIR (Fluid Atenuated Acquisition in Inversion Recovery). IR com TI de 2200
ms, é
bastante utilizada em neuro pois anula o líquor evidenciando lesões
hidratadas, edemas citotóxicas e vasogênicos (Anexo, Imagem 1).
 Sag T1
Serve como imagem de planejamento para as demais séries e é muito útil na
avaliação de metástases da calota craniana, e tem a capacidade de demonstrar o
líquor em hiposinal (Anexo, Imagem 2).
31
 Axial T2
Apresenta alta sensibilidade para grande parte das patologias cerebrais, com
capacidade de demonstrar hipersinal dos líquidos (Anexo, Imagem 3).
 Axial gradiente
Utilizado para verificar lesões com presença de calcificações, sangue e seus
derivados, além de evidenciar manipulações cirúrgicas antigas (Anexo, Imagem 4).
 Coronal T2
Tem as mesmas características do Axial T2, e é útil na caracterização das
patologias nesse plano (Anexo, Imagem 5).
 Axial Difusão
Ocorre a capitação da movimentação das moléculas de água, com o objetivo de
observar a difusão extracelular da água (Anexo, Imagem 6).
4.1.5 Característica da Difusão
A difusão descreve o movimento aleatório que as moléculas sofrem devido a
sua energia térmica intrínseca. Ela estuda o movimento molecular da água na escala
celular, o seu coeficiente de difusão é medida mm²/s, relaciona o movimento médio
quadrado com tempo de observação indicando moléculas de água mais móveis. O
coeficiente de difusão aparente (ADC) caracteriza o movimento da água (MAAS et
al., 2005)
Para executar estudo de difusão precisamos primeiro aplicar gradientes em
adição as radiofreqüências e gradientes usados em uma sequência de RM normal.
Durante o tempo de eco (TE), os gradientes vão codificar a difusão, e a intensidade
do sinal vai depender da equação:
S=Soexp (-bADC)
 ADC é o coeficiente de difusão aparente;
 b é o fator de Gradiente;
 Só é a intensidade de sinal obtida quando não são usados gradientes.
Dentro das características da difusão o fator de b (valor de sensibilidade de
difusão ou valor do gradiente de difusão, quando maior o b, mais ponderada em
difusão é a imagem obtida) é uma medida de seu coeficiente que se resume a
32
forma, força, duração e espaçamento temporal dos gradientes de difusão
sensibilizadores, tendo um valor b de 1000 s/mm² (MAAS et al., 2005).
Para calcular o ADC são adquiridas aquisições de imagens ponderadas com
valor de b diferentes e através da formula são calculados os valores de ADC para
cada pixel, obtendo assim o mapa de ADC (NUJO et al., 2010)
Existem dois tipos de difusão, a isotrópica e anisotrópica:
Isotrópica, é quando as estruturas e propriedades da difusão estão em todas
as direções, onde a probabilidade de difusão é a mesma em todas as orientações.
Anisotrópica, na presença de barreiras, as propriedades da difusão são
dependentes da direção em que são medidas (NUJO et al., 2010)
O exame da difusão por RM permite:
 Avaliação quantitativa da zona de isquemia;
 Avaliação precoce do prognóstico;
 Contole evolutivo da área de enfarte;
 Distinção entre lesões isquêmicas agudas e crônicas, como segue no
quadro 1 abaixo:
Quadro 1 – Distinção de Lesões Isquêmicas Agudas e Crônicas.
AVC’i
Hiperagudo
Agudo
Subagudo
Crônico
Difusão
Hiperintenso
Hiperintenso
Iso/hiperintenso
Variável
ADC
Hipointenso
Hipointenso
Iso/hiperintenso
Hiperintenso
FLAIR
Isointenso
Hiperintenso
Hiperintenso
Hiperintenso
FONTE: NUJO et al., 2010
33
5. RESULTADOS
Os estudos selecionados apresentam diferentes características no que diz
respeito a protocolos usados no diagnóstico do AVC’i por ressonância magnética, e
como é evidenciado
na maioria dos estudo o protocolo de difusão e perfusão
predominaram (Quadro 2).
Quadro 2. Resumo dos estudos selecionados para revisão bibliográfica.
Autor/ano
Características Estudos
Chaves et al,
2008
Foi usado o método de
diagnóstico por imagem RM,
com seqüência da difusão e
perfusão para que tivesse o
diagnostico da patologia.
BASTOS et al,
2006
Machado et
al,2011
Mendoça et al
2005
Ciriaco et al,
2008
Mohr et al,
1995
Neste trabalho o método de
diagnostico por Imagem foi RM,
usando o protocolo, Fluid
attenuated
inversion-rec
overy(FLAIR),
difusão
e
perfusão, que foram usados
para o diagnostico do AVCi.
Foi utilizado o método de
diagnostico
por
imagem
ressonância magnética (RM),
com as sequencias de perfusão
e difusão, para a visualização
do AVCi.
Utilizou
a
ressonância
magnética com as devidas
sequências,
perfusão
e
difusão, para estudar á área
afetada pelo AVCi, de uma
mulher negra de 54 anos de
idade após o inicio de
hemiparesia direita e afasia
global.
Esta pesquisa se baseia na
ressonância magnética, com as
sequências, 3D TOF-MOTSA
(time-of-flight
multiple
overlapping
thin-section
acquisition), técnica Spin-eco
com sequência pesada em T1
e
após
a
administração
endovenosa de contrate para
magnético, técnica de turbo
spin-eco pesada em T2 e
técnica de FLAIR.
Usaram
o
método
de
diagnostico de
ressonância
magnética (RM), com as
sequência
de
difusão,
perfusão,
angioressonancia,
gradiente eco e FLAIR.
Tipos
Artigo
Artigo
Protocolo
Relato de
caso
Tese
Tese
Resultados/Conclusões
O método da difusão demonstrou
pequeno infarto na artéria terminal
posterior
direita
e
em
complementação
a
perfusão
diagnostico alterações isquêmicas e
possíveis áreas de risco de AVCi.
Observou-se o comprometimento
por estenose e a oclusão da artéria
cerebral anterior que forma o circulo
de Willis. E com uma melhor
visualização do AVCi.
Permitiu uma avaliação topográfica
do tamanho da lesão isquêmica
aguda e uma visualização de lesões
pequenas e profundas e área
afetada pelo AVCi.
O trabalho demonstra que tem um
melhor diagnostico quando se usa
as sequência de difusão e perfusão
onde tem uma visualização de uma
área com penumbra o culpando a
artéria cerebral media esquerda.
As sequências de difusão e
perfusão demonstraram lesão e
síndrome de terço proximal e
médio, lesão de tálamo e da região
temporal.
Sendo que a sequência com maior
sensibilidade e especificidade foi à
difusão. Que caracterizou os
contornos da lesão causa pelo o
AVCi. E a perfusão permitiu a
visualização da perfusão cerebral
com uma área de penumbra.
34
Oliveira et al,
2012
O trabalho usou dois tipos de
ponderações T1, gradiente
absoluto
em
ressonância
magnética (RM), para que se
tivesse o diagnostico do AVCi.
Junior, et
al,2012
Foi utilizada a ressonância
magnética
(RM),
nas
sequências de difusão e
perfusão e angioressonacia e
com
uso
de
contraste
paramagnético.
Em
um
paciente de quadro anos de
idade com AVCi.
Tese
Relato de
caso
Onde demonstra uma analise
textural na imagem por ressonância
magnética,
e
diagnosticando
alterações no cérebro causado pelo
o AVCi.
A ponderação em difusão e em
perfusão demonstra áreas com
restrição á difusão no centro
semioval, e em complementação a
angioressonancia, mostra estenose
moderada da artéria carótida
interna.
O resultado obtido neste estudo foi que a Ressonância Magnética, demonstrou
efetividade no diagnóstico do AVC’i, pois quando utilizada ponderações com a difusão e
perfusão tem um diagnóstico com detalhamento das estruturas anatômicas com possíveis
lesões do Acidente Vascular Isquêmico.
Entretanto, os métodos utilizados foram descritos na maioria dos trabalhos
selecionados e com uma caracterização da patologia de forma que possa auxiliar em seu
diagnóstico.
A sequência de difusão consegue dentro de minutos após inicio dos sintomas
visualizar a região isquêmica e identificar precocemente o tamanho da lesão e o local. Tem
alta sensibilidade (88 a 100%) e especificidade (95 a 100%) na detecção de eventos
isquêmicos nessa fase precoce do AVC’i, capaz de detectar infartos pequenos cortiças ou
subcorticais, incluindo aqueles em tronco ou cerebelo (MOHR et al, 1995; WARACH et al.,
1992; WARACH et al.,1995; LUTSEP et al, 1997; EVERDINGEN et al, 1998).
A sequência perfusão permite fazer uma analise do fluxo sanguíneo cerebral,
possibilitando desta forma avaliar o fluxo arterial que está comprometido e assim poder
quantifica-la (MOHR et al, 1995).
As ponderações citadas anteriormente demonstram na maioria dos estudos um
detalhamento do AVC’i, descrevendo com detalhes o local e a extensão da lesão. Existem
outras sequências e ponderações que podem auxiliar neste diagnóstico e na visualização de
outras estruturas em processo de alterações morfofisiológicas iniciais.
Segundo Oliveira et al 2012, as ponderações em T1 e gradiente absoluto, realizam
uma análise textual do AVC’i, pois tem como comparar a textura de áreas adjacentes, e
assim apoiar o diagnóstico da patologia.
35
6. DISCUSSÃO
O AVC’i é uma das principais causas de sequelas e incapacidades psicomotoras, no
Brasil e no mundo, ela ocorre devido a oclusão do fluxo sanguíneo em uma determinada
artéria do cérebro, seus principais fatores de risco são citados como, fatores modificáveis e
não Modificáveis.
Dependendo do tempo de obstrução e da artéria obstruída as sequelas podem ser
reversíveis ou não, dentre as quais algumas são mais perceptíveis do que outras como as
sequelas motoras hemiplegia (total ou parcial) e a hemiparesia. Em decorrência disso, a
busca por um método de diagnóstico que demonstre com precisão a região do cérebro onde
ocorreu a obstrução é primordial para avaliar as características e tomar as medidas
necessárias à reabilitação da pessoa que sofreu um AVC’i.
Desse modo, foram analisados vários estudos para ver qual método de diagnóstico e
seu protocolo se sobressai na avaliação do AVC’i. De acordo com os resultados obtidos,
através dos estudos relacionados com o diagnóstico do AVC’i pela RM, foi possível observar
que a RM é um dos melhores métodos de diagnóstico
para avaliar as principais
características decorrentes do AVC’i.
Através dos resultados, obteve-se a conclusão que cinco dos estudos demonstram
que há uma preferência em usar a RM, em especial dois protocolos: a Difusão e a perfusão,
tendo em vista que são citados como essenciais para determinar se uma pessoa sofreu um
AVC’i. Foi possível constatar também que outros protocolos foram utilizados, como
gradiente absoluto, técnica de turbo spin-eco pesada em T2 e técnica FLAIR, 3D TOFMOTSA, sendo que os mesmos obtiveram êxito no diagnóstico do AVC’i, no entanto,
quando comparados a difusão e perfusão, percebeu-se que estes protocolos são menos
citados e utilizados no diagnóstico do AVC’i.
36
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da análise realizada, foi demonstrado que o diagnóstico do AVC’i
pela RM, constitui-se como um método de total eficácia na caracterização do AVC’i,
principalmente, ao utilizar o protocolo de difusão. Sendo que este permite realizar
uma avaliação da quantidade de água intracelular no neurônio, ocasionada pelo
AVC’i.
A difusão é utilizado na RM para confirmação do AVC’i, visto que através dela
é possível realizar uma análise da restrição da molécula de água presente dentro da
célula neuronal, decorrente do AVC’i.
Devido esta análise da RM no diagnóstico do AVC’i, a RM confirmou-se como
um dos melhores exames na confirmação do caso, auxiliando no tratamento das
sequelas e na prevenção de recidivas de AVC’i.
37
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ANEXOS
Imagem 1 Corte Axial Flair
Fonte: IMAIOS
Imagem 2 Corte Sagital T1
Fonte: IMAIOS
42
Imagem 3 Corte Axial T2
Fonte: IMAIOS
Imagem 4 Corte Axial Gradiente
Fonte: IMAIOS
43
Imagem 5 Corte Coronal T2
Fonte: IMAIOS
Imagem 6 Corte Axial em Difusão
Fonte: IMAIOS
44
Mapa ADC
Imagem 7 Corte Axial
Fonte: IMAIOS
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