TRIAGEM DE VITIMAS
DO TRAUMA
LACCRO
MARCOS VARJÃO
MILENE STEDILE
TRIAGEM DE VITIMAS DO TRAUMA
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TRAUMA - doença do século
- Cerca de 5 milhões de mortes no ano 2000;
- Mais de 1 milhões em acidentes de trânsito;
- 20 a 50 milhões de lesões significativas;
- 12% das despesas com doenças
- U$ 500 bilhões/ano, só nos EUA
ATLS -8ª Ed 2008

BRASIL:
- 2° causa de morte
- 130.000 mortes/ano ; 15 mortes/hora
SIMÕES et al., 2001
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1976 - Nebraska
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1978 - Curso piloto de ATLS (Sudeste de Nebraska)
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1979 – O Comitê do trauma (ACS): O trauma é uma doença cirúrgica

1980 - curso em nível nacional nos EUA

1986 – Exportado para Rep. Trinidad e Tobago; A. Latina.

1987 – Promulgada permissão para o ATLS em outros países;

Atualmente – 40.000 médicos/ano; 2.600 cursos; 47 países.
ATLS 2008 – 8ª Edição
TRIAGEM DE VITIMAS DO TRAUMA
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Abordagem antiga
- Seguia a mesma rotina de pacientes não diagnosticados
- Histórias extensas
- Antecedentes médicos
- Exame físico céfalo-caudal
- Diagnóstico diferencial
Conceitos fundamentais do programa ATLS
- Tratar primeiro a ameaça maior a vida (hora de ouro)
- A falta do dx não impede a aplicação do tto indicado
- História detalhada não é essencial ao início da avaliação
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
Distribuição trimodal das mortes:
 Descrita em 1982

1º pico => segundos a minutos do
trauma.(ex: apnéia, TCE grave, lesão de
gdes vasos).

2º pico => minutos a várias
horas do trauma. (ex: ruptura de
baço, fígado, fraturas pélvicas, hemat.
subdural, hemopneumotórax).

3º pico => dias a semanas do trauma.
ATLS 2008
TRIAGEM DE VITIMAS DO TRAUMA
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Califórnia: estudos recentes
- 50% dos doentes morrem no local do acidente ou na
primeira hora após a trauma
- 80% das mortes por trauma torácico ocorrem nas
primeiras 6 horas
- 90% das mortes por TCE ocorrem na primeira semana
- Apenas 8% tem morte tardia
ATLS - 2008
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O ATLS ensina: o trauma mata numa cronologia previsível.
ABCDE do Trauma
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A
B
C
D
E
(airway)......Vias aéreas com proteção da coluna cervical
(breathing)..Ventilação e respiração
(circulation).Circulação com controle da hemorragia
(desabilite)..Disfunção neurológico
(exposition)..Exposição e controle do ambiente
ATLS - 2008
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ATLS/SAVT
1.
Preparação
2.
Triagem (ABC)
3.
Avaliação primário (ABCDE)
4.
Reanimação
5.
Medidas auxiliares à avaliação primário e à reanimação
6.
Considerar a necessidade de transferência do doente
7.
Avaliação secundário (da cabeça ao dedo do pé) e história
8.
Medidas auxiliares à avaliação secundária
9.
Reavaliação e monitoração contínua após reanimação
10.
Tratamento definitivo
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Triagem: seleção das vítimas por prioridade na cena de emergência
- É usado quando a demanda de atenção supera a capacidade de
resposta e, portanto, deve direcionar todos os esforços para salvar o
maior número de vítimas possível, escolhendo aquelas que apresentam
maior possibilidade de sobrevivência.
Três princípios básicos: triagem, tratamento e transporte
Para isso deve haver: comando, comunicação e controle
Comandar = Tomar decisões difíceis
Decisões bem tomadas evita:
- ocorrência de novos acidentes e agravos
- tratamento e transporte inadequado à hospitais
- que o caos seja transferido ao hospital mais próximo
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Nº pacientes e gravidade das lesões não excedem a
capacidade de atendimento do hospital → prioridade aos que
apresentam risco de morte eminente e politraumatizados

Nº pacientes e gravidade das lesões excedem a capacidade de
atendimento do hospital → prioridade aos pacientes com maiores
possibilidades de sobrevida
ATLS 2008
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
Tática de triagem adotada pelo SIATE
Técnica denominado START
- baseia-se na avaliação da respiração, circulação e nível de consciência
- divide as vítimas em quatro prioridades
- utiliza etiquetas ou lonas coloridas (vermelho, amarelo, verde e preto).
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A doutrina dos AMUV:
Empregar todos os esforços para o maior número de vítimas;
 melhor atendimento para o maior número de vítimas;
 avaliação rápida das condições clinicas das vítimas;
 máximo de 60 a 90 segundos por vítima;
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Técnica START

Respiração
- Avaliar a frequência e a qualidade da respiração,
- vítima não respira: inspecionar VAS; remover dentaduras ou
dentes soltos; alinhar a cabeça com controle da coluna cervical.
Após isso: - Respira: cartão vermelho
- Não respira: cartão preto
Obs: - Respiração > 30 irpm => cartão vermelho
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A – Airway: vias aéreas

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Tração da mandíbula (jaw thrust)
Elevação do mento (chin lift)
B – Breathing:
Respiração / ventilação
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Perfusão
- enchimento capilar é o melhor método;
- Pressione o leito ungueal ou os lábios e solte;
- A cor deve retornar dentro de 2 segundos;
- > 2 segundos: perfusão inadequada => c. vermelho
- ≤ 2 segundos: avaliar nível de consciência
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Nível de Consciência
- apenas vítimas com respiração e perfusão adequadas;
- solicita comandos simples: abra os olhos, aperte minha
mão, ponha a língua para fora.
- não obedece: cartão vermelho
- obedece: cartão amarelo

Obs: O cartão VERDE é usado para os pacientes que
estejam andando, ou que não se enquadre em numa das
situações anteriores.
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
Áreas de destinação dos pacientes

Cartão vermelho – vítimas de:
- Choque, amputações, lesões arteriais graves, lesões por
inalação, queimaduras em face, lesão de face e olhos, lesões
intra-abdominais, insuf. Respiratória, pneumotórax hipertensivo,
lesões extensas de partes moles, Q. 2º grau 20% a 40% SCQ
ou 3º grau 10% a 30% SCQ
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Cartão amarelo
- Fraturas;
- TCE leve a moderado;
- Queimaduras menores;
- Traumatismos abdominais a torácicos;
- Ferimentos com sangramento que necessitam sutura
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Cartão verde
- Contusões
- Hematomas
- Escoriações
- Pequenos ferimentos
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Cartão preto
- Em óbito
- Múltiplos traumas graves, sem chance de sobreviver
- Queimaduras de 2º e 3º graus extensas
Obs: nas situações em que há um desequilíbrio entre os
recursos médicos e o número de vítimas.
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A triagem é contínua
- Deve ser repetida em cada nível ou local;
- identifica alterações fisiológicas circunstanciais ou da
disponibilidade de recursos;
- a evolução do doente traumatizado não é constante nem
previsível;
- alguns doentes deterioram inesperadamente
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LEMBRE-SE: FAÇA O MELHOR PARA O MAIOR NÚMERO
DE PESSOAS USANDO OS RECURSOS DISPONÍVEIS.
TOME A DECISÃO: O TEMPO É ESSENCIAL
CONHEÇA OS RECURSOS DISPONÍVEIS
PLANEJAMENTO E TREINAMENTO
A TRIAGEM OCORRE EM MÚLTIPLOS NÍVEIS
A TRIAGEM É CONTÍNUA
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OBRIGADO!
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Referências
Advanced Trauma Life Suport. Student Course Manual. 8ª
Ed 2008.
MANUAL do Atendimento Pré-Hospitalar - SIATE/CBPR.
Disponível em:
<http://www.defesacivil.pr.gov.br/arquivos/File/primeiros
_socorros_2/cap_28_amuvi.pdf>. Acesso em: 13 mar.
2012.
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