BOLETIM
INFORMATIVO
Boletim Informativo
.
Programa
Gênero e Geração
DO COOPERATIVISMO SOLIDÁRIO
Boletim Informativo do Cooperativismo Solidário do Paraná • Edição Março 2013 • Ano II
08 de março: Dia Internacional da Mulher:
lutas e histórias por direitos sociais
Por Setor Gênero
Unicafes PR
A origem desta data está nas
manifestações das mulheres Russas
por melhores condições de vida e
trabalho. Igualmente nesta luta, em
1857, as trabalhadoras de uma
fábrica de tecidos nos Estado Unidos
em Nova Iorque, fizeram greve em
prol de melhores condições de
trabalho, redução de carga horária
para 10 (das 16 trabalhadas) e
salários iguais aos dos homens, já
que as mulheres recebiam apenas
um terço de salário de homens para
fazer os mesmos trabalhos. A
repressão às essas lutas foram a
morte de muitas mulheres
carbonizadas, num incêndio dentro
da fábrica.
Desde essas lutas, 08 de março é
um dia histórico no mundo, não apenas
para comemorações e celebrações, mas
para a continuação de reivindicações,
resistências e outras lutas. No Sudoeste do
Paraná, por exemplo, as mulheres
participaram na luta armada escondendo
os maridos das violências dos jagunços que
expulsavam famílias das terras; e lutando
de igual para igual, na praça da matriz, nos
dias de confronto armado para mandar
embora as companhias exploradoras em
vista da grilagem de terras.
Até os dias de hoje as mulheres do
campo estão em cooperativas, em
organizações sociais e nas unidades familiares,
lutando pela valorização do seu trabalho, na
participação e na produção de alimentos,
na agroindustrialização artesanal, para
gerar renda e qualidade de vida nas
famílias. Nos sindicatos de
trabalhadores/as entre outros espaços e
outros movimentos, elas são líderes e
permanecem na luta por ampliação de
direitos sociais.
Neste 8 de março vamos dizer
não a violência e sim a igualdade de
direitos, ao reconhecimento das nossas
capacidades, à valorização das nossas
identidades! Mulheres afrodescendentes,
indígenas descendentes de imigrantes e
tantas outras etnias! Mulheres
trabalhadoras, da cidade e do campo!
Vamos comemorar e reforçar a nossa
luta!
Alguns eventos comemorativos no Paraná
Em Laranjeiras do Sul, participaram 490
associados na AGO da Cresol. Deste total,
mais de 250 são mulheres. Houve
premiação para as mulheres presentes e
sorteio de duas motos. As ganhadoras
das motos foram Marlene Abraão dos
Santos e Nelci Flores.
Na Assembleia Geral da Cresol
Laranjeiras do Sul, no dia 08 de março,
no Centro Comunitário 08 de Junho, foi
realizada uma homenagem ao Dia
Internacional da Mulher, ocasião do
lançamento de uma campanha de
incentivo à associação de mulheres na
cooperativa. No evento foram
distribuídos vários brindes.
No município de Ampére, a data
foi comemorada junto com a Assembleia
da Cresol. Foram distribuídos brindes às
mulheres participantes.
No dia 10, aconteceu em Realeza,
encontro com o Tema: “Mulher e seu valor
na sociedade e na sua família”, realizado
em parceria com a Prefeitura Municipal,
Cresol, Coopafi, Claf e Sindicatos.
Os demais municípios de Pérola do
Oeste, Santa Isabel do Oeste, Santo
Antônio do Sudoeste, Bela Vista da Caroba,
Pranchita e Capanema foram parceiras em
eventos de comemoração ao Dia
Internacional da Mulher, realizados
juntos com as prefeituras municipais.
Em Medianeira, no dia 13 de
março, aconteceu o XIV Encontro
Municipal e II Encontro Regional de
Mulheres da Bacia do Rio Paraná,
realizado em parceria com Itaipu
Binacional, FETAEP e STR.
Destaques regionais
REGIÃO OESTE:
Como originou a ideia da cooperativa
ter sua própria indústria
Agricultora , tesoureira da Cooplaf e diretora financeira da Unicafes Paraná, Maria
Matilde Meurer relata um pouco a história da Cooplaf Cascavel para se tornar uma
agroindústria.
Cooplaf Cascavel em números:
Fundação da Cooplaf: 06/07/2005
N. de associados: 30 sócios
Produção de leite: média de 65.000 l/mês
Captação de leite: média de 65.000 l/mês
Movimentação: aproximadamente R$140 mil por mês
UP: Conte um pouco da história da
Cooplaf Cascavel.
Matilde: A Cooplaf Cascavel é uma
cooperativa de leite de agricultores
familiares criada em 2005 e implantada
na cidade de Cascavel. A Cooplaf fornece
leite e iogurte industrializado para
projetos estaduais e municipais com a
marca CLAF. Atualmente a Cooplaf
terceiriza o serviço de industrialização,
no entanto o projeto da indústria está em
execução. Hoje a Cooperativa está em
uma situação financeira estável e os
cooperados satisfeitos com a Cooplaf.
UP: Como se originou a idéia da
cooperativa ter sua própria indústria?
Matilde: O projeto da indústria está em
execução graças aos recursos que partiram
do Ministério do Desenvolvimento Agrário e
a disposição da direção de aproveitar a
oportunidade para possibilitar à própria
Cooperativa o processamento do leite dos
associados.
UP: Como está o processo atual da
indústria?
Matilde: Está sendo construído na
Fundetec, em parceria com o município
de Cascavel. Está em fase final de
construção e falta algumas aquisições de
equipamentos.
02
UP: Que produtos a indústria vai
produzir?
Matilde: Inicialmente com a produção de
leite pasteurizado e iogurte, produtos que
a cooperativa, já negocia com projetos
governamentais.
UP: Qual será o volume de produção
inicial e quais as expectativas futuras?
Matilde: Inicialmente o volume de
produção será de acordo com a demanda
dos projetos, com aproximadamente 12
mil litros de iogurte e 17 mil litros de leite
mensalmente. Futuramente tem‐se o
objetivo de ampliar a saída desses
É uma conquista que
vai agregar valor aos
produtos da Cooplaf, dando
maior autonomia em todo o
processo produtivo.
produtos no mercado e
assim processar toda a produção de seus
cooperados.
UP: Que benefícios a indústria vai
trazer para os produtores de leite?
Matilde: É uma conquista que vai
agregar valor aos produtos e valorizar
os produtos da Cooplaf, dando maior
autonomia em todo o processo
produtivo. Isso vai se reverter em um
melhor repasse de mais agregação de
valor para os agricultores sócios da
Cooplaf.
UP: O que mudou para os agricultores
familiares depois da constituição da
cooperativa?
Matilde: Agregou valor á produção de
l e i te , p o i s m e s m o p e q u e n o s
produtores recebem preços que se
igualam aos demais produtores da
região, além de facilitar na aquisição
de produtos, devidos aos preços e
variedades que a loja da Cooperativa
oferta.
UP: Atualmente, quanto a
cooperativa entrega para a merenda
escolar?
Matilde: Para o município 30 mil litros
de Iogurte e 40 mil litros de leite para
o ano de 2013.
A nível de Estado são 39.159 litros de
Iogurte e 120.190 litros de leite para o
ano de 2013.
REGIÃO FRONTEIRA:
FRONTEIRA
Possibilidade de novos grupos
Por Janete Rottava
Coordenadora Regional do Programa
A região da Fronteira iniciou o
ano de 2013 com boas perspectivas para
o trabalho de gênero e geração. Graças
ao apoio e articulação local dos ramos do
Cooperativismo Solidário:
 O grupo AMAF, de Pérola do Oeste,
realizou no dia 26 de fevereiro um curso
de bordado de fita;
 O grupo de Santo Antônio do Sudoeste
promoverá o dia de campo na
propriedade da multiplicadora Ione;
 Tem a previsão de organizar mais
quatro grupos na região da Fronteira
(Pérola do Oeste, Pranchita, Santa
Izabel do Oeste e Pinhal de São
Bento).
Continuamos com o apoio de
todos os ramos!
Controle
Controle de
de resíduos
resíduos
Por Andrea Nesi, Bianca Rebonato, Carina Chaves, Magali Biondo e Maristela Pereira
O controle de resíduos é
realizado a fim de garantir a qualidade
em todas as etapas de produção.
Resíduos sólidos: plásticos, vidro,
papelão, metal, isopor, resto de
matéria prima. Estes devem ser
alocados nos pontos de coleta dentro
de um saco plástico.
Resíduos líquidos: resíduos
como óleo não podem ser descartados
na natureza, deve ser colocado em
recipiente fechado e identificado fora
do local de manipulação de alimentos,
até o momento da coleta.
Fossas sépticas: É uma
espécie de tanque que retém a parte
solida dos dejetos de esgoto. Deve
ficar no mínimo 4 m das casas e longe
de fontes e poços artesianos.
Sumidouros: O sumidouro é
um poço sem laje de fundo que
permite a penetração do efluente da
fossa séptica no solo. Não deve ter
menos de 1m de diâmetro e mais de
3m de profundidade.
Controle de pragas
Fonte: CAESB
Controle de pragas são medidas preventivas, afim de evitar a proliferação de insetos e roedores, pois os mesmos são
veiculadores de doenças que causam risco a saúde do homem e danos aos alimentos. Para efetuar o controle de pragas,
proteja com telas as portas e janelas, utilize proteção nos rodapés das portas impedindo a entrada de insetos, tampe
buracos, frestas e ralos, mantenha a higiene e organização do local, boa ventilação e iluminação, os depósitos devem estar
livres de caixas evitando a proliferação de insetos e roedores, as lixeiras devem ter tampas de acionamento com pedal,
mantenha a vegetação aparada e o pátio livre de mato e entulhos, não permitir o trânsito de animais próximo a área da
fabrica, realize controle periódico observando sinais de insetos e roedores, havendo necessidade de desinsetização
contrate uma empresa especializada que tenha licença da vigilância sanitária.
03
Mudas e sementes
Por Setor Comercialização
Unicafes PR
A propagação de hortaliças pode se dar de duas formas:
Vegetativo: batata doce, couve‐folha
Via semente: semeadura direta: pepino, rúcula, cenoura, rabanete;
 Com transplante: tomate, repolho, couve‐flor, alface....
Quando a hortaliça demanda mais cuidados, a mesma deve ser semeada
canteiros, caixas, copos, bandejas.
A produção de mudas é a fase mais importante, pois o sucesso da produção
depende da qualidade da muda.
A semeadura pode ser em pequenos canteiros bem preparados e
adubados, ou em bandejas de isopor próprias para produção de mudas.
As bandejas devem ficar suspensas sobre um estrado de arame, madeira ou
bambu com o mínimo de 50 cm de altura do solo. E completadas com subextrato de
boa qualidade, conforme indicações abaixo:
•
1 parte de húmus ou terra de mata
•
1 parte de casca de arroz carbonizada,
•
1 parte de terra pura.
•
•
VOCÊ
sabia que:
Além das Secretarias de
Mulheres estaduais da Bahia,
Paraná e demais 9 estados,
existe a Secretaria das
Mulheres Nacional (pela
Unicafes Nacional)?
 Graças as Secretaria das
Mulheres Nacional e Estaduais
em 2012, foi aprovado
importantes parcerias para
continuar o trabalho de
Gênero: como projeto junto ao
MDA e o Instituto Consulado da
Mulher.

INTERCÂMBIO NA BAHIA
Por Gisele Obara ‐ Trias Brasil
Para 2013
Diretoras das Secretaria de Mulheres da Bahia e Paraná (Clair e Patrícia) e grupo de mulheres de
Feira de Santana, Bahia.
Entre os dia 11 a 14 de Outubro
de 2012, a Secretarias das Mulheres e as
assessorias em gênero da Unicafes Bahia
e Paraná puderam fortalecer contato e
conhecer um pouco mais das
semelhanças e diferenças entre os
Estados.
Mesmo diante de muitas
dificuldades de infraestrutura e naturais
(seca principalmente), as agricultoras
bahianas do Cooperativismo Solidário
nos relembraram que é possível viver
com o sustento advindo da Agricultura
Familiar. No caso dos grupos organizados
de mulheres, muitas se especializaram
em processamento de frutas, produtos
de panificação, por meio de buffets de
pratos típicos da culinária nordestina,
04
artesanato, dentre outros.
Dentre as principais entidades,
destaca‐se a cooperativa que as
agricultoras mesmo criaram: a “Rede
Produtora de Mulheres”, composta por 50
grupos de mulheres (cada qual com média
de 10 mulheres).
Desde o início a rede o contou com
o apoio de importantes entidades como:
Unicafes Bahia, Secretaria das Mulheres
Nacional, MOC (Movimento de
Organização Comunitária), Arco Sertão
(Cooperativa de Comercialização). Hoje
contam também com outros importantes
parceiros, não só do Cooperativismo
Solidário, como do governo do estado e
parceiros do setor privado.
Espera‐se enriquecer ainda mais a
interação entre os estados da
Bahia e Paraná (através da
realização de novos intercâmbios
e compartilhar histórias de vidas
de nossas agricultoras) e buscar
novos projetos e/ou parcerias que
possam fortalecer ainda mais o
Programa de Gênero e Geração do
Cooperativismo Solidário do
Paraná.
Expediente
Distribuição dirigida e gratuita
Tiragem: 2.000 exemplares
Diagramação: Lilian Lazaretti
Revisão: Giseli Obara
Jornalista responsável: Lilian Lazaretti
Organização: Gisele Obara (Trias Brasil)
Realização:
FEDERAÇÃO
UNICAFES PR
Federação de Cooperativas da Agricultura Familiar e
Economia Solidária do Estado do Paraná
Apoio:
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Março 2013