RESULTADOS
39
Tabela 4 – Função muscular do assoalho pélvico dividida em duas categorias,
avaliada ao final do tratamento, nos grupos GI e GC.
Grupo
Oxford Inicial
1e2
Grupo GI
19 (90%)
3,4 e 5
2 (10%)
Oxford final
1e2
3,4 e 5
2 (10%)
19 (90%)
(n = 21)
Grupo GC
Sig p*
p < 0,001
12 (75%)
4 (25%)
12 (75%)
4 (25%)
(n = 16)
* Teste de Qui-quadrado
Interessou-nos ainda, avaliar a correlação entre o aumento da função
muscular, mensurado pela escala de Oxford, e o aumento da atividade elétrica,
mensurado pela CVM da eletromiografia de superfície. Observou-se que houve
forte correlação comprovada pelo teste de Spearman (p < 0,001) (Gráfico 5).
RESULTADOS
40
Gráfico 5 – Correlação de Spearman entre as variáveis CVM final e Oxford final
para os grupos GI e GC.
Variável
Estatística
Oxford Final
CVM final
Coeficiente de correlação (r)
0,561
Significância (p)
< 0,001*
N
37
* Valores obtidos por meio do Teste do correlação de Spearman
RESULTADOS
41
4.4 – Avaliação do prolapso genital
Por fim, avaliou-se o estádio do prolapso genital antes e após o
procedimento terapêutico nos dois grupos. Observamos diminuição do estádio
do prolapso genital de parede vaginal anterior em 70% das mulheres no grupo
GI e somente 21% das mulheres no grupo GC (Tabela 5).
Tabela 5 – Alterações observadas no POP-Q ao final do tratamento para os
grupos GI e GC.
n [Freq.(%)]
Estádio POP-Q
Grupo GI
Grupo GC
prolapso
prolapso
prolapso
prolapso
anterior
posterior
anterior
posterior
(n = 20)
(n = 7)
(n = 14)
(n = 5)
Sem alterações
6 (30)
3 (43)
11 (78,6)
4 (80)
- 1 estádio
14 (70)
4 (57)
3 (21,4)
1 (20)
* O valor negativo indica melhora ao final do tratamento
5. DISCUSSÃO
DISCUSSÃO
43
Atualmente, observa-se que os pesquisadores têm se preocupado com o
assoalho pélvico inserido no contexto postural, suas conexões com os
músculos adjacentes como os abdominais profundos e pelvitrocanterianos, e
com o limite entre o sinergismo e o antagonismo muscular (Sapsford et al,
2001; Hodges et al, 2007; Smith et al, 2008; Bo et al, 2009; Fozzatti et al, 2010;
Junginger et al, 2010). Por um lado, descrevem que os músculos abdominais
profundos são ativados durante a contração do assoalho pélvico, e muitas
vezes auxiliam a contração, exercendo assim papel de sinergistas (Hodges et
al, 2008; Sapsford et al, 2008; Fozzatti et al, 2010). Por outro, relatam que a
contração dos músculos abdominais não é benéfica, pois aumenta a pressão
abdominal e prejudica o assoalho pélvico, figurando como antagonistas (Bo et
al, 2009a; Bo et al, 2009b).
Fato notório é que poucos são os estudos que avaliaram a mulher com
disfunção do assoalho pélvico. A maioria avaliou mulheres nulíparas e sem
disfunção e já foi observado que há diferenças entre o tempo de ativação
muscular em mulheres com disfunção uroginecológica (Madill et al, 2009).
O ponto em que todos concordam é que se fazem necessários estudos
randomizados e controlados e não somente avaliativos comparativos, visto que
se um grupo muscular é sinergista de outro durante determinada manobra,
esse fato não necessariamente influencia o treinamento muscular ou melhora a
função do assoalho pélvico em longo prazo.
Nesse contexto, este estudo randomizado e controlado demonstrou que
exercícios hipopressivos associados à contração voluntária dos MAP como
opção de tratamento conservador do prolapso genital, apresentam melhores
resultados quando comparados ao grupo controle.
DISCUSSÃO
44
Os exercícios hipopressivos foram propostos por Marcel Caufriez na
década de 90, e suas principais indicações são: o tratamento da incontinência
urinária de esforço, o tratamento do prolapso genital, fortalecimento do
assoalho pélvico no pós-parto e melhora da postura, em especial da coluna
lombar, pela contração muscular que melhoraria a estabilização lombo-pélvica
(Caufriez, 1997).
Neste estudo, das 20 pacientes que apresentaram prolapso de parede
vaginal anterior, 14 (70%) melhoraram. No que se refere ao prolapso de parede
vaginal posterior, 4 (57%) das 7 pacientes acometidas incluídas no grupo de
exercícios hipopressivos melhoraram. Foi observada progressão da função
muscular e da atividade elétrica, sugerindo aumento do tônus muscular, que
pode ter influenciado a melhora do prolapso. Conforme descrito anteriormente,
acredita-se que o fortalecimento melhora o tônus muscular, eleva o platô do
músculo levantador do ânus e impede a descida dos órgãos pélvicos (Bo et al,
2006; Bo, Frawley, 2007; Hagen et al, 2009; Braekken et al, 2010).
A função muscular foi mensurada por meio de palpação bidigital, em que
se avaliaram os MAP pela escala de Oxford, amplamente utilizada na literatura
atual (Bo, Fieckenhagen, 2001) e o endurance muscular pelo método
PERFECT (Laycock, Jerwood, 2001; Laycock et al, 2008). Objetivou-se, com a
escala de Oxford, mensurar a capacidade do músculo de produzir potência, ou
seja, força máxima, evidenciando a função das fibras musculares tipo II. São
fibras de explosão, que respondem rapidamente aos aumentos de pressão
abdominal, porém são fatigáveis e, portanto, não conseguem manter essa
resposta por longo tempo (Guyton, 1996). Embora as pacientes de ambos os
grupos tenham iniciado o tratamento com valores semelhantes, ao final, o
DISCUSSÃO
45
grupo de intervenção melhorou a função muscular (p < 0,001).
A manutenção da contração é função das fibras musculares tipo I,
avaliadas nesse estudo por meio do endurance muscular, que foi considerado
como o tempo de manutenção da contração em segundos (Laycock, Jerwood,
2001). Segundo Moreno (2009), os músculos com função adequada devem
manter a contração por, no mínimo, 10 segundos. São fibras que não se
fatigam
facilmente.
As
pacientes
do
grupo
intervenção
aumentaram
significativamente o endurance muscular após três meses de treinamento
(p < 0,001) e, por essa razão, acredita-se que tenham conseguido melhorar o
suporte estrutural aos órgãos pélvicos, confirmado pela melhora do tônus de
repouso mensurado por eletromiografia de superfície (p < 0,001). É importante
salientar que os exercícios hipopressivos priorizam a manutenção da contração
durante o momento de aspiração diafragmática, e a forma de progressão
adotada no protocolo desse estudo foi o aumento do tempo em aspiração
diafragmática, estimulando o condicionamento das fibras tipo I.
Outra forma de avaliação utilizada foi a EMGs. Observou-se que houve
aumento do TB e da CVM, ou seja, da atividade elétrica dos músculos ao
repouso e durante a contração máxima. A EMGs não avalia força muscular,
todavia, de acordo com Vodusek (2002) há boa correlação entre a atividade
elétrica e a força muscular. Essa afirmação está em acordo com os resultados
apresentados por este estudo, em que se observou aumento da função
muscular, da CVM e correlação positiva ao comparar essas variáveis.
No que se refere ao tratamento, citam-se, como fundamentos dos
exercícios hipopressivos, o trabalho da coordenação, respiração e postura
(Alewjinse et al, 2007; Caufriez, 2007; Seleme et al, 2009). Esses fundamentos
DISCUSSÃO
46
nem sempre são valorizados no treinamento tradicional dos MAP. Porém, de
acordo com Junginger at al (2010), o tratamento conservador das disfunções
do assoalho pélvico requer otimização da função muscular, e, apesar do
trabalho de força, a coordenação precisa ser valorizada para que se consiga
estabilização e elevação dos órgãos pélvicos. Em acordo com essa afirmação
estão os resultados de Fozzatti et al (2010), que trataram mulheres com
incontinência urinária de esforço por meio de reeducação postural global e
treinamento muscular do assoalho pélvico e observaram que algumas
pacientes do grupo de treinamento muscular apresentavam força adequada ao
final de três meses de tratamento, porém ainda apresentavam sintomas de
incontinência urinária. Os autores sugeriram que o aumento de força não
necessariamente se traduziu em melhora função muscular (Fozzatti et al,
2010).
Recentemente, foi realizada revisão sistemática em que se consta não
haver estudos randomizados e controlados que embasassem a utilização dos
músculos abdominais durante o treinamento dos MAP (Bo et al, 2009a). De
fato, dentre as funções dos músculos abdominais, em especial do músculo
transverso abdominal, destacam-se conter as vísceras pélvicas e aumentar a
pressão intra abdominal (Sobotta, 1993).
Todavia, em estudos recentes, foi comprovada a relação sinérgica entre
a ativação dos músculos abdominais profundos e MAP (Hodges et al,2007;
Madill, McLean, 2008; Sapsford et al, 2008; Smith et al, 2008). Junginger et al
(2010) mostraram que a contração leve do músculo transverso abdominal eleva
o colo vesical, e que as contrações leves e moderadas dos MAP elevam o colo
vesical, mas a contração máxima do transverso abdominal e dos MAP aumenta
DISCUSSÃO
47
a pressão intra-abdominal. Esses dados foram mensurados por meio de
ultrassom perineal, eletromiografia dos músculos transverso abdominal e MAP,
e balão retal para monitorar o aumento de pressão abdominal.
Três ensaios clínicos randomizados e controlados foram publicados, em
que pelo menos um dos grupos de intervenção preconizou a utilização dos
músculos abdominais profundos e respiração diafragmática por meio de
diferentes técnicas (Culligan et al, 2010; Fozzatti et al, 2010; Hung et al, 2010).
Os autores argumentaram que, apesar do treinamento dos MAP ser eficaz, a
aderência não é satisfatória em longo prazo, e que terapias com benefícios
adicionais, como posturais e estéticos, poderia aumentar os níveis de
aderência e melhorar as disfunções do assoalho pélvico (Culligan et al, 2010;
Fozzatti et al, 2010).
Os exercícios hipopressivos preconizam a ativação dos músculos
abdominais profundos de forma reflexa, porém os objetivos principais são a
contração dos MAP e a diminuição da pressão intra-abdominal. Destacam-se,
dentre os fatores de risco para o prolapso genital, diversas condições que
levam ao aumento da pressão abdominal: tosse crônica, obesidade,
constipação intestinal (Bump, Norton, 1998).
Supõe-se que esses exercícios, por diminuírem a pressão abdominal
durante a prática, poderiam aliviar a tensão nos tecidos conectivos e,
associado ao fortalecimento dos MAP, ofereceriam melhor suporte aos órgãos
pélvicos a longo prazo, melhorando não somente a força, mas a função
muscular. Junginger et al (2010) propuseram que para a reabilitação dos MAP,
além de entender a relação entre o recrutamento dos MAP e dos músculos
abdominais, é importante conhecer o papel da pressão abdominal, para
DISCUSSÃO
48
planejar um programa de treinamento que promova a elevação dos órgãos
pélvicos (Junginger et al, 2010).
Destaca-se, ainda, que ocorre ativação muscular do assoalho pélvico
durante leve contração dos músculos transversos abdominais, e isso pode ser
útil em mulheres com dificuldade de percepção da contração dos MAP
(Junginger et al, 2010). Essa afirmação está em acordo com uma das
indicações proposta para os exercícios hipopressivos: facilitar a percepção da
musculatura pélvica e auxiliar no entendimento da contração correta (Seleme et
al, 2009).
A contração voluntária dos MAP eleva os órgãos pélvicos, fecha o
assoalho pélvico na direção anteroposterior e transversa e previne a descida
dos órgãos internos (Bo et al, 2009b). Por essa razão, optamos por inserir a
contração voluntária associada aos exercícios hipopressivos.
Optamos por três meses de tratamento porque na literatura é relatado
ser este o tempo mínimo para que se consigam alterações morfológicas no
tecido muscular, como aumento do volume, que pode ser traduzido em
hipertrofia muscular (Kraemer, Fleck, 2009).
Todavia, faltou-nos avaliar o impacto dos exercícios hipopressivos sem a
contração voluntária do assoalho pélvico e seu efeito sobre o aprendizado da
contração correta, também chamado de consciência perineal.
Assim, mais estudos são necessários, incluindo um grupo somente com
exercícios hipopressivos, maior amostra e seguimento mais longo.
6. CONCLUSÕES
CONCLUSÕES
50
Com base nos resultados obtidos, podemos concluir que:
•
Os exercícios hipopressivos associados à contração voluntária dos MAP
promoveram melhora da função muscular do assoalho pélvico.
•
Houve correlação positiva entre a função muscular dos MAP, avaliada
por meio de palpação bidigital e a atividade elétrica, avaliada por meio
de EMGs.
•
Houve diminuição do prolapso genital após três meses de tratamento
nas mulheres que realizaram exercícios hipopressivos associados a
contração voluntária dos MAP.
7. ANEXOS
ANEXOS
52
Anexo 1 – Termo de consentimento livre e esclarecido
TÍTULO DO PROJETO: ESTUDO PROSPECTIVO, RANDOMIZADO E CONTROLADO EM
MULHERES
COM
PROLAPSO
GENITAL
SUBMETIDAS
OU
NÃO
A
GINÁSTICA
HIPOPRESSIVA
Essas informações estão sendo fornecidas para sua participação voluntária nesse
estudo, que visa avaliar os efeitos dos exercícios nos músculos situados na região da vagina
em mulheres com prolapso genital.
Neste estudo as pacientes passarão por avaliação médica e fisioterapêutica.
A avaliação médica será feita por meio de entrevista, exame físico e realização de
exame de ultra-sonografia. O médico responsável por esta pesquisa e pela realização dos
exames de ultra-sonografia será o Dr. Emerson de Oliveira que pode ser encontrado na rua
dos Otonis, 601 – Fone: 5573-9228.
Para submeterem-se ao exame ultra-sonográfico, as pacientes deverão estar em
posição ginecológica, ou seja, ficarão deitadas sobre uma mesa apropriada; ficando suas
coxas afastadas e estendidas, pernas dobradas apoiadas sobre amparos que fazem parte da
mesa de exame; é a mesma posição utilizada para a coleta do exame preventivo de
Papanicolau.
O equipamento de ultra-som dispõe de uma sonda que fica em contato com a paciente.
A sonda é colocada próximo ao canal urinário, onde serão pesquisados os músculos da vagina.
O exame é indolor, no entanto, ocasionalmente, poderá ocorrer leve ardor no canal urinário nos
dois primeiros dias após a realização do exame.
Na avaliação fisioterapêutica será medida a força dos músculos da vagina de três
formas: manual e por meio de aparelho de eletromiografia e perineometria.
Na avaliação manual, a paciente ficará em posição ginecológica e o fisioterapeuta irá
realizar o toque vaginal, solicitando a contração dos músculos da vagina.
Durante a avaliação com aparelho de eletromiografia e perineometria a paciente ficará
na mesma posição. Será colocada uma sonda na vagina, com gel em sua extremidade, além
de dois eletrodos no abdômen. A seguir, será solicitada a contração da musculatura perineal. A
cada utilização da sonda serão feitos os devidos processos de limpeza, desinfecção e
esterilização química.
Os exames de eletromiografia e perineometria são indolores e não implicam em riscos
para as pacientes, no entanto, ocasionalmente, poderá ocorrer leve ardor no canal urinário nos
dois primeiros dias após a realização dos exames.
ANEXOS
53
As participantes deste estudo serão sorteadas e poderão pertencer a um de dois
grupos, a saber:
- Grupo I, no qual será feita avaliação fisioterapêutica da força muscular da região da
vagina de forma manual e por meio de aparelho de eletromiografia e perineometria;
- Grupo II no qual além da avaliação fisioterapêutica serão orientadas a realizar
exercícios de ginástica hipopressiva em grupo sob supervisão direta das profissionais da área
de fisioterapia.
As pacientes do grupo II iniciarão as sessões realizando exercícios respiratórios e de
aquecimento muscular. Em seguida, realizarão exercícios repetidos. O protocolo de exercícios
será feito através de duas sessões semanais de 45 minutos, por um mínimo de três meses. Os
exercícios serão feitos em 10 repetições solicitando-se para que realize uma inspiração normal,
expandindo o abdômen, em seguida, uma expiração máxima pela boca. Em seguida, será feita
uma parada da respiração de 8 a 15 segundos, com contração simultânea dos músculos da
vagina e abdômen, conforme a capacidade das pacientes. Esses exercícios sãos indolores e
também não implicam em riscos para as pacientes.
Todos os grupos responderão aos questionários: qualidade de vida, prolapso genital e
atividade sexual, na avaliação fisioterapêutica e no 3°, 6° mês e um ano da data de avaliação.
Além disso, submeter-se-ão ao exame de ultra-sonografia por ocasião da aplicação dos
questionários.
Em qualquer etapa do estudo, você poderá ter acesso aos profissionais responsáveis
pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. A principal investigadora será a
fisioterapeuta Ana Paula Magalhães Resende, que poderá ser encontrada no ambulatório de
Uroginecologia e Cirurgia Vaginal situado à rua dos Otonis, 601 – Vila Clementino, ou pelo
telefone (11)5539-5158.
Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em
contato com o Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) – Rua Botucatu, 572 – 1° andar – cj 14,
telefone 5571-1062, FAX: 5539-7162 – E-mail: [email protected].
A participação no estudo é voluntária, e você terá plena liberdade de retirar-se do
estudo, sem qualquer justificativa e sem prejuízo à continuidade do seu tratamento na
Instituição.
As informações obtidas serão analisadas em sigilo, não sendo divulgada identificação
de nenhuma paciente.
Não há despesas para a paciente em qualquer fase do estudo (consulta, exames,
cirurgia). Também não há compensação financeira relacionada a sua participação.
Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos procedimentos ou tratamentos
propostos nesse estudo, o participante terá direito a tratamento médico nessa Instituição, bem
como às indenizações legalmente estabelecidas.
ANEXOS
54
A pesquisadora e sua equipe se comprometem a utilizar os dados coletados, somente
para esta pesquisa.
Acredito ter compreendido suficientemente as informações que li ou que foram lidas
para
mim,
descrevendo
o
estudo:
“ESTUDO
PROSPECTIVO,
RANDOMIZADO
E
CONTROLADO EM MULHERES COM PROLAPSO GENITAL SUBMETIDAS OU NÃO A
GINÁSTICA HIPOPRESSIVA”
Eu discuti com a Fisioterapeuta Ana Paula Magalhães Resende sobre a minha decisão
em participar deste estudo. Ficaram claros pra mim quais são os propósitos do estudo, os
procedimentos
a
serem
realizados,
seus
desconfortos
e
riscos,
as
garantias
de
confidenciabilidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha
participação é isenta de despesas e que tenho a garantia do acesso a tratamento hospitalar
quando necessário. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o
meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou
prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento
nesse serviço.
__________________________________
Assinatura do paciente/representante legal
Data___/___/___
__________________________________
Assinatura da testemunha
Data ___/___/___
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e
Esclarecido deste participante ou representante legal para a participação neste estudo.
______________________________
Assinatura do responsável pelo estudo
Data ___/___/___
ANEXOS
Anexo 2 – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa UNIFESP
55
ANEXOS
56
ANEXOS
57
Anexo 3 – Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q). Classificação do Prolapso Genital
segundo a Sociedade Internacional de Continência (ICS) (Bump et al, 1996)
Estádio 0
Não há prolapso. Todos os pontos estão em seus níveis mais elevados
possíveis acima do hímen.
Estádio I
O ponto maior de prolapso está localizado a um centímetro acima do hímen
(<-1cm).
Estádio II
A porção mais distal do prolapso está entre um centímetro acima e um abaixo
do hímen (-1cm a +1cm).
Estádio III
A porção mais distal do prolapso está mais do que um centímetro abaixo do
hímen (>+1cm) e menor que o comprimento total da vagina menos dois
centímetros.
Estádio IV
Eversão completa. A porção mais distal do prolapso desloca-se, no mínimo, o
comprimento total da vagina menos dois centímetros.
ANEXOS
58
Anexo 4 – Escala de Oxford para avaliação da função dos MAP (Bo, Fickenhagen, 2001)
Grau
Comportamento do Assoalho Pélvico
0
Ausência de contração dos músculos perineais
1
Esboço de contração muscular não-sustentada
2
Presença de contração de pequena intensidade que se sustenta
3
Contração sentida com aumento da pressão vaginal que comprime os dedos
do examinador com pequena elevação da parede vaginal posterior
4
contração satisfatória que aperta os dedos do examinador em direção à
sínfise púbica
5
contração forte compressão firme dos dedos do examinador com movimento
positivo em direção à sínfise púbica
ANEXOS
59
Anexo 5 – Cartilha de exercícios hipopressivos
Nome:_________________________________________ Data:___/___/____
Exercícios hipopressivos
1) Mantenha abertura das pernas na mesma largura dos
quadris,joelhos flexionados(dobrados). As mãos devem
estar apoiadas na cintura (ossinhos). Relaxe o abdômen.
Inspire (puxe o ar), jogando o ar para as costelas,
estufando o abdome.
2) Solte todo o ar devagar pela boca, contraindo o
abdômen, como se quisesse encostá-lo nas costas e
afinando a cintura.
3) Prenda a respiração e faça força para puxar o ar sem
deixar ele entrar e contraia o assoalho pélvico (segurar
o xixi) mantenha por 3 segundos. Perceba um vácuo
que puxa todo o seu abdômen, sentindo também a sua
região inferior para dentro. Relaxe e respire.
1) Em pé apoiada na parede
mantenha os pés paralelos, com
a mesma abertura da largura dos
quadris,joelhos semiflexionados.
As mãos devem estar apoiadas
na cintura (ossinhos). Relaxe o
abdômen. Inspire (puxe o ar),
jogando o ar para as costelas,
estufando o abdome.
2) Solte todo o ar devagar
pela boca, contraindo o
abdômen, como se quisesse
encostá-lo nas costas e
afinando a cintura.
3) Prenda a respiração e faça força para
puxar o ar sem deixar ele entrar e contraia o
assoalho pélvico (segurar o xixi). Perceba um
vácuo que puxa todo o seu abdômen,
sentindo também a sua região inferior para
dentro. Relaxe e respire.
Orientações gerais:
Fazer os exercícios 2 vezes por dia, todos os dias.
Manter por pelo menos 3 segundos.
Repetir 5 vezes o exercício deitada;
Descansar 10 minutos;
Repetir 5 vezes o exercício em pé apóia da na parede.
ANEXOS
60
Anexo 6 – Diário de Exercícios
Nome:____________________________________________Data:__________
Retorno:_______________
Data
Manhã
Tarde
Orientações:
Faça a série de exercícios duas vezes por dia
Preencha com um “ok” cada vez que repetir a série de exercícios
Marque somente as séries que você realmente fizer, não minta para si mesma!
ANEXOS
61
Anexo 7 – Fluxograma demonstrando as etapas da pesquisa.
Consulta ginecológica de
rotina Ambulatório de
Uroginecologia e Cirurgia
Vaginal
Triagem das fichas de 1ª consulta por
ginecologista responsável pela pesquisa
Avaliação POP-Q
Pacientes com POP-Q estadio II
Avaliação fisioterapêutica
Pesquisador principal
Dados
demográficos
Pacientes que obedeciam aos
critérios de inclusão: apresentação
da pesquisa e consentimento
Avaliação
bidigital
Avaliação
eletromiográfica
Randomização
Pesquisador Associado
Grupo I
Exercícios hipopressivos
Grupo II
Controle
Três meses de tratamento
Reavaliação cega da
função muscular:
Pesquisador principal
Reavaliação cega do
prolapso genital:
Ginecologista responsável
ANEXOS
62
Anexo 8 – Valores individuais das avaliações do prolapso genital, mensurado
por meio do POP-Q
N°
POP-Q Grupo GI
POP-Q Grupo GC
Inicial
Final
Inicial
Final
1
IIBa
IBa
IIBa
IIBa
2
II Ba
IIBa
IIBp
IIBp
3
II Ba
IBa
IIBa
IBa
4
IIBa IIBp
IIBa IIBp
IIBa
IIBa
5
IIBa IIBp
IBa IIBp
IIBa
IBa
6
IIBp
IBp
IIBa
IIBa
7
IIBa
IBa
IIBa
IIBa
8
IIBa
IBa
IIBa IIBp
IIBa IBp
9
IIBa IBp
IBa IBp
IIBa
IIBa
10
IIBa
IIBa
IIBa
IIBa
11
IIBa IIBp
IBa IBp
IIBa
IBa
12
IIBa
IIBa
IIBa
IIBa
13
IIBa
IBa
IIBa IIBp
IIBa IIBp
14
IIBa
IBa
IIBa
IIBa
15
IIBa
IBa
IIBp
IIBp
16
IIBa
IBa
IIBa IIBp
17
IIBa
IBa
-
IIBa IIBp
-
18
IIBa IIBp
IIBa IBp
-
-
19
IIBa
IBa
-
-
20
IIBa IIBp
IIBa IIBp
-
-
21
IIBa
IBa
-
-
ANEXOS
63
Anexo 9 – Valores individuais das avaliações de função muscular (Oxford e
endurance) no início e ao final do tratamento para grupo intervenção (GI) e o
grupo controle (GC)
N°
Oxford GI
Endurance GI
Oxford GC
Endurance GC
Inicial
Final
Inicial
Final
Inicial
Final
Inicial
Final
1
4
5
5
10
3
4
4
5
2
2
4
2
3
1
2
3
4
3
3
3
7
10
2
2
4
6
4
2
3
3
6
1
2
3
2
5
2
5
3
10
2
2
4
3
6
2
4
2
8
1
1
1
1
7
2
3
2
8
1
1
5
4
8
2
4
4
8
2
2
2
2
9
4
4
4
8
2
2
2
1
10
3
4
7
8
2
1
4
5
11
3
4
5
6
4
3
3
3
12
2
2
1
4
3
3
3
3
13
2
4
2
8
3
2
1
2
14
2
3
4
7
2
2
3
3
15
2
3
2
10
2
2
3
3
16
2
4
1
7
2
3
17
2
4
3
7
-
-
2
-
2
-
18
3
4
3
7
-
-
-
19
1
3
2
7
-
-
-
-
20
4
4
2
7
-
-
-
-
21
2
3
3
7
-
-
-
-
Média
2,4
3,6
3,1
7,4
2
2,1
2,9
3
DP
0,7
0,8
1,1
1,4
0,8
0,8
1,1
1,4
DP = Desvio padrão
ANEXOS
64
Anexo 10 – Valores individuais atribuídos à atividade elétrica (TB e CVM) no
início e ao final do tratamento, para os grupos intervenção (GI) e controle (GC)
N°
TB GI
CVM GI (µv)
TB GC (µv)
CVM GC (µv)
Inicial
Final
Inicial
Final
Inicial
Final
Inicial
Final
1
6,3
5,3
18,1
19,1
1,7
2,3
26
20,1
2
2
1
5,7
8,6
1,2
3,7
11,8
10,6
3
4,3
2,7
17,2
7,2
2,4
5,2
13,7
13,6
4
3
3,3
13,2
14,5
2,7
4,5
3,0
2,8
5
2,9
2,4
9,5
12,6
1,6
4,2
13,2
13,6
6
3,1
2,9
8,5
7,6
3,2
1,8
9,5
10,4
7
3,2
3,6
7,4
13,4
3,8
3,8
8,5
13,9
8
2
2,3
9,9
17,2
3,2
4,5
7,4
10,3
9
2,8
10,3
15,6
2,4
2,9
9,9
8,2
10
3,1
1,8
8,2
16,1
2,5
3,1
10,3
13,3
11
1,6
3,8
13,3
19,2
4,1
3,2
8,2
3,0
12
3,2
4,2
9,2
17,2
2,4
2
13,3
15,1
13
3,2
3,4
10,1
17,7
1,8
2,8
8,7
9,5
14
3,2
2,1
10,5
19,6
3,6
2,9
10,7
14,3
15
2,4
2,6
8,6
17,1
2,8
3,1
7,8
8,1
16
2,5
2,8
8,2
18,3
2,9
2,2
17
4,1
4,4
11,6
22,1
-
-
9,2
-
9,9
-
18
2,4
3,6
11,4
19,3
-
-
-
19
1,8
3
6
9,6
-
-
-
-
20
1,9
3,1
8,9
16,9
-
-
-
-
21
3,2
3,8
9,8
14,2
-
-
-
-
Média
2,9
3,1
10,4
15,3
2,6
3,2
10,7
10,9
DP
1,1
1,5
2
4
0,8
0,9
4,6
4,4
2,9
DP = Desvio padrão
8. REFERÊNCIAS
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Abstract
Aim: To evaluate the effects of hypopressive exercises associated with pelvic
floor muscles voluntary contraction in pereineal muscles of women with pelvic
organ prolapse. Methods: In randomized controlled trial were compared two
groups: intervention group (GI) and control group (GC). The groups were
evaluated regarding to pelvic floor muscle function and pelvic organ prolapse
stage. To evaluate the function, were used bidigital palpation, trough Oxford
scale and the muscular endurance, time of contraction maintain in seconds. The
surface electromyography was also used. It evaluates the pelvic floor muscle
electrical activity. The pelvic organ prolapse stage was classified according to
the Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q), by a gynecologist. The
patients of GI Group underwent three individual sessions for learning the
exercises, followed by three months of home exercises, with monthly
appointments and fortnightly phone calls. The GC Group underwent to only one
session, when received orientation to perform home exercises, without following
a defined protocol. Both groups were revaluated after three months. Results:
Were included 21 patients in GI group and 16 patients in GC group. The GI
Group presented improvement of muscle function, measured by Oxford (p <
0,001), endurance (p < 0,001)
and maximum voluntary contraction (MVC),
evaluated trough surface electromyography (p=0,001). When compared both
groups, GI group presented superior muscle function. With regard to pelvic
organ prolapse, 70% of women in GI group decreased on stage of prolapse.
This fact occurs in only 21% of women in GC group.
hypopressive
exercises
associated
with
voluntary
pelvic
Conclusion:
floor muscle
contraction improved muscle function and decreased pelvic organ prolapse.
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Tabela 4 – Função muscular do assoalho pélvico dividida em duas