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Auro Rozenbaum, Bradesco:
Bom dia a todos. Márcio, seguindo o raciocínio de sucesso que você tem nos
mostrado dessa trajetória desde outubro, os grandes triggers, os grandes gatilhos de
valorização da Empresa devem ser as descobertas que se iniciam agora, nos
próximos meses, e os relatórios, que devem dar essa nova releitura que você tão
claramente indicou nessa sua apresentação.
O que eu queria de você era uma ajuda com relação à avaliação e monitoramento dos
riscos que temos dentro dessa perspectiva, como, por exemplo, a questão de clima,
que atrasa ou atrapalha a atividade dos helicópteros; eventualmente, alguma questão
técnica com sondas; questão ambiental, questão de segurança, questão comercial
dentro dessa linha de descobertas. Eu queria que vocês pusessem um pouco em
perspectiva quais são os principais riscos que você enxerga, e de que forma podemos
monitorar isso. Obrigado.
Márcio Rocha Mello:
Bom dia, Auro. Me dá um prazer muito grande que você seja o primeiro. Porque você,
como uma pessoa que nos acompanhou desde o início, você foi inclusive um grande
incentivador, teve uma grande visão dessa evolução da HRT. E suas perguntas
mostram realmente essa sintonia e esse conhecimento até de detalhes da HRT.
Perguntas muito bem colocadas.
O clima não é um grande problema para a HRT com relação à execução, perfuração
dos poços. As chuvas realmente estão muito fortes. Você viu que o Mato Grosso e o
Pantanal estão inundados como nunca estiveram. Choveu muito, demasiado, nas
últimas três semanas, e isso realmente impediu que tivéssemos que diminuir nossa
frequência de voos em torno de 50 por helicóptero por dia para em torno de 23. Então,
toda hora que a chuva para um pouco, subimos com a carga. Já transportamos 60%
da carga.
É importante dizer que poderíamos voar com essa chuva, mas segurança para a HRT
é mortal. Em hora nenhuma nós colocamos nada acima da segurança. Mas estamos
muito tranquilos, Auro, porque teremos duas ou três semanas de atraso no início da
perfuração, mas se você se lembra, colocamos 90 dias para a perfuração do porto, e
faremos em 60. Estamos extremamente seguros com nossa programação de poço, de
que vamos encerrar as perfurações dentro do tempo.
E nós estamos tão seguros com isso que não colocamos isso em nenhuma das
nossas preocupações hoje. É importantíssimo dizer a você que as coisas, as
operações da Amazônia estão caminhando tão bem que não nos permitem dizer que
segurança, chuva, clima, ou mesmo a sonda terá qualquer problema. Primeiro porque
essas sondas foram montadas e testadas no local.
Se você se lembra nós atrasamos o embarque dessas sondas, tanto dos Estados
Unidos quanto da China, porque nós montamos a sonda. Então, montando a sonda lá
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e testando, nós testamos o BOP. Depois, é a mesma coisa que você comprar um
carro novo na agência e ligá-lo, ele sai andando.
O nosso pessoal está tendo o suporte da Tuscany. Nós estamos com três turmas de
montagem. As pessoas mais experientes de toda a Tuscany vão começar operando
essas sondas, como também da Queiroz Galvão. O time inteiro da Queiroz Galvão
treinou, operou essas sondas na China. Então, não vemos nenhum risco nesse ponto.
A boa notícia que eu posso dizer, e se você nos visitar, estamos com um controle há
mais de 40 anos de toda pluviosidade na área, e todo dia estamos levantando
imagens de satélite, a parte de dados nos rios, e as chuvas já começaram a ceder. A
grande parte de chuva já começou a ceder. Os rios já não estão subindo naquela fase
em que estavam subindo, o que nos mostra, na nossa prevenção, que daqui para
frente será o que eu chamo de „mamão com açúcar‟. O que não nos permite nos
colocar nesse ponto qualquer risco.
Na parte ambiental, tudo dentro do controle. Eu não sei vocês sabem, a HRT pediu
permissão ao Governador que trouxe e convidou o presidente do IPAAM para ser
presidente da HRT em Manaus.
Nós colocamos a maior autoridade de meio-ambiente do Estado do Amazonas, de
confiança direta do Governador, para gerir toda a nossa parte no Amazonas. Nós
contratamos o Sr. Eduardo de Freitas, que foi durante muito tempo, dentro da
Petrobras, o chefe de toda a parte ambiental da BG e chefe de toda a parte ambiental
da El Paso para ser o nosso Gerente de Projeto no Solimões.
Então, a parte ambiental está andando como o esperado. Nós estamos inclusive
licenciando coisas que nós só vamos fazer no final de 2011. Estamos em um processo
de entendimento corpo a corpo, participação de pessoas. E mais importante, estamos
transferindo, toda a parte de SMS da HRT está sendo transferida para Manaus. Isso
vai nos dar a certeza de cumprir todas essas metas.
Auro Rozenbaum:
Perfeito, Márcio. Obrigado.
Fernando Vale, Citibank:
Bom dia. Estou perguntando em nome do Pedro. Queria fazer uma pergunta quanto
aos gastos de G&A para o 4T. Queria saber quanto disso será recorrente.
E uma segunda pergunta, Márcio: no relatório de 4T você diz que ainda restam R$92
milhões dos R$125 milhões de carrego para Petra, mas o gasto exploratório que você
mostrou na apresentação para Solimões foi R$59 milhões. Então, eu queria entender
um pouco mais quanto foi o gasto do 4T10 no Solimões. Obrigado.
Márcio Rocha Mello:
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Fernando, obrigado pela pergunta. Vou começar com a sua pergunta com relação à
Petra. Na hora que colocamos o 4T e colocamos esses números, é importante dizer o
seguinte: dentro do nosso JOUA existe todo um processo no qual os gastos são
executados, são comprovados, levantados e enviados à Petra, para que ela os confira,
os cheque, os aceite e mande de volta para a HRT.
O que estamos colocando agora é o que já voltou da Petra e foi aceito por ela. Dentro
desses R$59 milhões que colocamos para você, existem gastos relativos àqueles
R$125 milhões, mas que até que sejam chancelados pela Petra, não são
contabilizados por nós.
Fernando Vale:
OK. Mas você pode dar um número para o seu gasto exploratório para o 4T? Só para
termos em mente quanto foi, mais ou menos? R$59 milhões, então, é o certo?
Márcio Rocha Mello:
É o certo, foi isso que gastamos até o momento.
Fernando Vale:
Perfeito.
Márcio Rocha Mello:
Mas dentro desses R$59 milhões, temos uma parte, quase 63%, que são gastos
relativos aos R$125 milhões da Petra, mas que têm que ser chancelados. Tem hora
que esses gastos são chancelados, tem hora que esses gastos são discutidos, em
uma situação normal dentro do JOUA.
Fernando Vale:
Correto. Perfeito.
Gustavo Gattass, BTG Pactual:
Bom dia. Eu tenho algumas perguntas. Deixe-me só começar com uma mais aqui de
foco. Você não chegou a fazer nenhuma menção agora na apresentação sobre o poço
892 e a descoberta da Petrobras no Solimões 1. Você poderia nos dar um pouco de
conceito? Como isso impacta a cabeça de vocês para o planejamento de Solimões e
para o que vocês acham que está lá? Muda alguma coisa?
Márcio Rocha Mello:
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Gustavo, primeiro quero lhe falar bom dia, porque você também, como o Auro, é um
sócio-proprietário da HRT. Gosto mais das suas análises, dos seus pontos de vista;
sempre um crítico positivo e nos ajudando bastante.
Essa descoberta da Petrobras, se você souber a localização dela no mapa, ela está na
parte Sudoeste da província de Urucu. Ela se chama 1BRFA892 Amazonas na ANP, e
eles colocaram o número 7 nessa descoberta, e chamaram o 7RUC83HAN E
interessante, ele atingiu 4.074 metros.
Eu não vou falar mais nada porque essas informações não foram colocadas de uma
maneira clara ainda, de domínio público, mas é muito interessante para nós, porque
ele está aumentando o campo de Urucu para os blocos de Nordeste, na direção dos
nossos blocos SOL-T-172 e SOL-T-149. Então, não resta a menor dúvida de que isso,
lógico, se confirmado que eles foram a horizontes do devoniano, e eu não posso
afirmar isso, mas será mais um dado extremamente importante para a HRT.
O mais importante para nós é que você vê que a Petrobras está saindo do seu ring
fence e está estendendo, tanto para o Norte como também para o Nordeste essas
descobertas.
Gustavo Gattass:
Está ótimo. Deixe-me fazer uma segunda pergunta, que tem um pouco a ver com a
sonda e o tempo de mobilização, e um pouco a ver com aquela nossa discussão mais
antiga de prazo exploratório, Márcio. Eu estava olhando aqui e pensando, se você tiver
um prazo maior de mobilização e desmobilização, como fica a cabeça de vocês para o
prazo exploratório? Você ainda acha que teremos mais algum adiamento, mais
alguma extensão? Já dá para ficar um pouco preocupado com o tempo para perfurar
todos os prospectos, ou vocês ainda estão tranquilos?
Márcio Rocha Mello:
Estou muito tranquilo com isso. Está tudo dentro do previsto. Nós estamos furando
esses poços; tem todo um plano estratégico de perfuração no qual estamos muito
tranquilos com os oito poços, oito blocos iniciais.
Vou informar que nós comunicamos à ANP agora, no início de março, confirmamos a
passagem do segundo estágio de exploração para os 13 blocos que faltavam.
Colocamos todo um plano de perfuração já nesses blocos. Temos tudo sob controle, e
já executamos, é muito importante dizer, e a ANP está extremamente satisfeita com
isso.
Nosso relacionamento com a ANP não poderia ser melhor. Já executamos mais de 2x
o comprometimento mínimo com a ANP. A ANP está vendo essa nossa colocação de
perfurar esses poços todos indo a embasamento, coisa que nunca foi feita, para
checar a existência de todo esse devoniano.
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Nos blocos do Sul, o commitment com todos esses 4.000 km de sísmica 2D ainda este
ano. Então, existe toda uma boa relação, e nós estamos dentro do tempo, estamos
confortáveis, e sem nenhuma preocupação no momento para correr atrás de qualquer
extensão, embora tenha sido colocada a possibilidade disso. Foi colocada a
possibilidade disso com relação à avaliação de todo esse projeto do shale gas, que
você necessita dados mais importantes. Mas não achamos necessário.
Poderíamos ter pedido a extensão devido a todos os fatores climáticos e de secas que
ocorreram no bloco do Sul, e nós decidimos que não valeria a pena pedir extensão
agora. Nós aprovamos, e é muito importante você saber, na semana passada a
compra de três sondas: uma sonda de workover e duas de perfuração. Nós
pretendemos chegar em outubro com sete sondas na bacia de Solimões. Então,
estamos confortáveis quanto a isso.
Gustavo Gattass:
OK. Eu tinha visto no press release que vocês iam fazer, mas depois eu vejo com
vocês, custo e todas essas coisas.
Se você me permitir usar mais dois segundos aqui, duas perguntas extremamente
rápidas. O Fernando tinha perguntado sobre a recorrência dos custos do 4T. Eu acho
que talvez tenha se perdido na outra resposta, mas vimos um aumento no custo de
despesa de pessoal para algo como R$85 milhões no trimestre. Vocês acham que é
nisso que vocês vão incorrer de agora para frente?
Márcio Mello:
Não. Não é nisso que vamos incorrer. Se você olhar, nós pulamos hoje para quase
260 pessoas. Mas estamos hoje com um time extremamente completo. Essas
despesas administrativas, eu posso lhe mandar todo esse detalhe. Mas é importante,
só para você ter uma ideia, no ano as despesas não são recorrentes. Nós temos, em
salário, para que você tenha uma ideia, R$39,5 milhões, e o que ocorreu que não será
recorrente foi todo o problema com a gratificação que demos para os nossos
funcionários com relação ao IPO que ocorreu. Não são recorrentes aí.
Com todas essas 250 pessoas, se você olhar o tamanho da nossa Companhia e o tipo
de Grupo que temos, estamos com uma relação que você mesmo pode considerar
pequena.
Eduardo:
Gustavo, a resposta é não, não é recorrente. Na verdade, o que podemos admitir
como potencialmente recorrente é o pagamento de salários, encargos sociais stricto
sensu, mas esse número diz respeito apenas a salários e despesas com pessoal.
Portanto, ele incluirá aí, e é episódico, gratificações que o Conselho de Administração
decidiu conceder aos funcionários da Empresa por conta do sucesso do processo de
IPO, e isso é once and for all.
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Por outro lado, houve o stock options plan, e disso, como você há de se lembrar, foi
feito o disclosure no formulário de referência. Nós temos, como toda empresa, um
plano de atração e retenção de funcionários. Pela legislação em vigor, nós temos que
apurar a diferença entre o valor do exercício que um funcionário em questão tem o
direito de exercer sua opção de compra de ações, e o valor avaliado da Empresa.
Por isso...
Gustavo Gattass:
Mas no 4T isso foi R$26 milhões. Ainda ficam quase R$60 milhões.
Eduardo:
No 4T, só o pagamento do IPO é superior a isso.
Gustavo Gattass:
Então, o ponto maior ali é um pagamento de IPO que foi feito caixa?
Eduardo:
Bônus de IPO, e esse problema do stock option, na medida em que o exercem (...) vai
se dando, você terá apropriações, eu suponho, trimestrais, mas cada vez menores.
Então a resposta é não, não é recorrente. A despesa administrativa em termos de
salários e encargos é absolutamente, na avaliação da Administração, compatível com
o tamanho que nós temos, e principalmente a qualidade da mão-de-obra em questão a
que o Márcio se referiu quando da sua exposição inicial.
Gustavo Gattass:
OK. Desculpem tomar tanto tempo.
Eduardo:
Ao contrário, esse ponto é muito importante porque, infelizmente, por classificação
contábil, às vezes mascara mais do que revela. A oportunidade que você nos dá é de
revelar um pouco mais. Obrigado a você.
Gustavo Gattass:
Obrigado.
João Lopes:
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Bom dia, Márcio. Na verdade, eu queria fazer uma pergunta em relação à Petra. Você
tem uma opção de comprar o stake da Petra ao preço implícito do IPO, que é mais ou
menos R$1,2 bilhão pelo stake deles. Hoje, nitidamente você vê que o mercado atribui
pouco valor à Namíbia, então a maior parte do enterprise value hoje é alocada no
Solimões, então você tem uma opção relativamente valiosa na mão.
Eu queria entender um pouco os prazos, o prazo do final de abril para você exercer
essa opção, e se existe a possibilidade de estendê-la.
Márcio Rocha Mello:
Obrigado pela pergunta, João. Eu acho que a cada momento o valor do nosso asset
da Namíbia cresce. Eu não acho hoje, com relação ao nosso valor e ao valor Petra
Namíbia seja muito diferente um do outro.
Acho que o mercado, a cada dia que passa, está entendendo mais o valor da Namíbia.
Você vê empresas como a Chariot se valorizarem bastante na Namíbia. Então, não
resta a menor dúvida de que existe uma expectativa de uma valoração do asset do
Solimões com relação à Petra.
Mas se você olhar a própria valoração que a D&M deu para a Namíbia e deu para o
Solimões inicialmente em nossas certificações, as coisas são equilibradas.
Nossa opção de exercer essa opção de compra dos 45 da Petra, por documento,
conforme você mesmo mencionou, não termina em abril, porque a finalização do IPO
foi somente depois que concluímos, se você se lembra...
Eduardo:
Tecnicamente, a sinalização juridicamente do IPO só se dá quando da declaração do
exercício do green shoe, o que foi em 25 de novembro.
Márcio Rocha Mello:
25 de novembro. Então, João, você considera seis meses a partir de 25 de novembro.
Nosso prazo é estendido com relação a esse deadline de abril, estamos indo para o
final de maio.
Estamos, sem sombra de dúvida, e já comunicamos à Petra, conversando com
interlocutores. O que será decidido ou não será colocado de maneira muito
transparente e muito clara para a comunidade. Estamos atentos a isso e sabemos que
existe uma condição única para aquisição dentro daquele preço especificado, e
estamos dando extrema atenção a isso.
João Lopes:
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OK, Márcio. Obrigado. Só para tirar uma última dúvida, vocês têm 50% do que passar
do strike price? Ou seja, se vocês exercerem a opção a R$1,2 bilhão e trouxerem um
terceiro que pague R$1,6 bilhão, vocês ficam com metade desse top up?
Márcio Rocha Mello:
Muito correto e bem colocado. Obrigado pela colocação.
Elisa Soares, Jornal do Commercio:
Bom dia. Eu queria saber se vocês já sabem onde vão refinar o petróleo que vocês
começaram a explorar agora, já que há uma cota de importação aqui no Brasil e sobra
no exterior. Eu queria saber se vocês estão planejando refinar no exterior, se já tem
algum plano.
Márcio Rocha Mello:
Elisa, obrigado pelo pergunta. É a primeira pessoa que me faz essa pergunta, então é
uma oportunidade única para abordar isso.
Nós já colocamos R$24 milhões na compra de todo um sistema de produção para
esse nosso primeiro poço, que entendemos que irá terminar no final de maio ou início
de junho. Todo o planejamento está sendo para carregar balsas de 600.000 toneladas
que nós vamos colocar no rio, do mesmo jeito que a Petrobras fez isso no passado.
Esse é o melhor óleo do Brasil. É um óleo de excelente qualidade, com API muito alto,
41 a 47. Como você sabe, o Brasil importa cerca de 98% desse óleo para misturar
com o óleo que chamamos de pesado, das nossas bacias de Campos, do Espírito
Santo e outras bacias brasileiras.
Como você sabe, até hoje a Petrobras comprou todos os petróleos produzidos no
Brasil. Ela importa petróleos desse tipo lá do Kuwait e da Arábia Saudita, que
chamamos de árabe leve. Então, não resta a menor dúvida, e também é do nosso
interesse, que chega adquirido pela Petrobras. Então, vamos colocar nas nossas
balsas e entregar no terminal da Transpetro, no rio Solimões. Esse é o objetivo
principal.
O que a Petrobras faz com esse óleo é o seguinte: ela mistura esse óleo ao óleo
pesado, e aí fica um blend adequado para qualquer refinaria brasileira. Atualmente, ela
refina parte desse petróleo do Urucu lá mesmo, na refinaria de Manaus. E como você
sabe, ela anunciou um plano de revitalização daquela refinaria com investimento de
R$1,8 bilhão. Isso foi anunciado no ano passado, e ela está passando por toda essa
modernização.
Importante dizer que a HRT é uma Companhia que chegou ao Estado do Amazonas
com uma parceria com o Governo do Amazonas, com o Governo Federal e com a
Petrobras. Nossa intenção é sermos parceiros. Somos uma empresa brasileira. Já
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temos mais de 1.000 pessoas direta e indiretamente lá trabalhando para nós. Estamos
procurando um entendimento total com a Petrobras para juntos, como duas empresas
brasileiras, trazer o desenvolvimento para aquele povo sofrido. Trazer emprego, trazer
qualidade de vida. E pretendemos que tudo que a HRT faça seja monetizado no
Estado do Amazonas. Isso é um compromisso meu com o Governador Omar.
Elias Soares:
OK, Márcio. Obrigada. Eu poderia fazer mais uma pergunta?
Márcio Rocha Mello:
Lógico.
Elisa Soares:
Vocês falaram que há perspectiva de a produção aumentar, de a produção de barris
aumentar a partir desses novos estudos sísmicos. Eu queria saber para quanto vai
passar, se vocês têm alguma expectativa, e também quando os outros seis blocos
começaram a ser explorados com alguma previsão.
Márcio Rocha Mello:
Elisa, o problema é que a nossa perspectiva está aumentando todos os dias. Seria
leviano da minha parte colocar um patamar para vocês, mas eu poderia dizer que você
se lembra de que nós tínhamos dito que net para nós, ao final de 2014, seria em torno
de 40.000 barris. Eu diria que dentro das perspectivas atuais, eu dobraria o que foi
colocado por nós em nosso prospecto. Eu iria para um total de net para nós de cerca
de 100.000 barris no final de 2014.
Com relação à perfuração nos blocos do sul, se você notar, estamos fazendo a
sísmica, e começaremos a sísmica da maioria deles agora. Mas tem alguns blocos, se
você considerar o T-218, o Sol 196 e o Sol 195, pretendemos ainda este ano fazer
uma perfuração em um desses blocos do sul.
Elisa Soares:
OK. Obrigada.
Denise Luna, Thomson:
Bom dia. Eu queria esclarecer um pouco sobre isso de exercer a opção em Petra. Pelo
que eu entendi, você vai exercer em maio?
Márcio Rocha Mello:
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Denise, eu tenho a opção de exercer, mas isso é uma coisa que está sendo estudada.
Não quer dizer que eu vá exercer, ou que uma terceira parte não venha a exercer.
O que eu posso dizer muito claramente é o seguinte: Solimões é muito grande. O
potencial é inimaginável. Então, seria importante ter tanto, se for de escolha da HRT,
uma grande companhia, com tecnologia, com músculos, que viesse junto com a HRT
e, é lógico, em uma posição de negócio. Como eu disse, qualquer coisa acima do
preço do IPO, tanto a parte da Petra será beneficiada, como a HRT em termos de
business. Mas nenhum comentário com relação à afirmação feita por você.
Denise Luna:
Ou seja: é bem-vindo um sócio para participar com a Petra e a HRT da situação do
Solimões?
Márcio Rocha Mello:
Excelente.
Denise Luna:
Obrigada.
Roberto Carlos da Silva, Brasil Energia:
Dr. Márcio Mello, bom dia. Temos uma informação aqui de que a HRT estava
buscando mais duas sondas no mercado para perfuração do Solimões. Como está
esse processo? Vocês já conseguiram? Como está o andamento disso, e para onde
seriam direcionadas essas sondas? Quais blocos?
Márcio Rocha Mello:
Boa pergunta, Roberto. E não são duas, são três. São duas sondas de perfuração e
uma de workover. A licitação deve sair na imprensa dentro de uma semana. Nós
temos pressa.
Todos os requisitos, todas as especificações já foram feitas, levantadas. Está tudo
pronto. Nós só estamos terminando uma parte legal, e essa licitação, o anúncio desse
bid será feito antes do final deste mês. E como sempre, vocês sabem que vocês são
parceiros nossos, vocês terão essa informação nas mãos o mais breve possível.
A ideia de usar essas sondas, Roberto, nesses blocos do sul, nós estamos trazendo
essas sondas para cumprir esse cronograma dos blocos do sul, e a sonda de
workover, que nós temos para aquelas 11 acumulações, tem algumas acumulações
que são extremamente produtivas. São poços que estão prontos. Eu posso abrir um
poço desses em duas semanas e colocar em produção. Então, estamos trazendo uma
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sonda de workover para atacar três desses poços, daquelas 11 descobertas, e
começar a tirar óleo e gás de lá.
Roberto Carlos dos Santos:
OK. Obrigado.
“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e
completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da
qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos
ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta
transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o
conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela
MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais
condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição.”
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