CTSA NO ENSINO DE QUÍMICA: UM ESTUDO REALIZADO EM DUAS
UNIVERSIDADES PÚBLICAS DA CAPITAL DO ESTADO DO PARÁ
Fernanda Menezes COSTA1 (UEPA) – E-mail: [email protected]
Johan Carlos Costa SANTIAGO1 (UEPA) – E-mail: [email protected]
Lanalice Rodrigues FERREIRA1 (UEPA) – E-mail: [email protected]
Maria Dulcimar de Brito SILVA1 (UEPA) – E-mail: [email protected]
1. Universidade do Estado do Pará. Grupo de Pesquisa em Ciências e Tecnologias aplicadas a
Educação, Saúde e Meio Ambiente – GPC. Belém, PA, Brasil.
RESUMO: A tendência CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente) no Ensino de Química surge
como uma proposta de se pensar sobre os impactos negativos causados no meio ambiente pelos avanços
científico-tecnológicos e buscar soluções eficazes para minimizar tais impactos. Com base nesse
pressuposto, realizou-se uma pesquisa através de um questionário aplicado com alunos de graduação em
Licenciatura em Química da Universidade do Estado do Pará e Universidade Federal do Pará, objetivando
investigar a concepção desses graduandos a respeito desta tendência (CTSA) e de sua importância para se
alcançar os objetivos de um Ensino de Química voltado para as questões ambientais. Os resultados apontam
que esta tendência já é conhecida pela maioria dos graduandos e que estes pretendem utilizar os parâmetros
da CTSA em suas aulas de Química futuramente.
Palavras-Chave: Ensino de Química. CTSA. Formação inicial.
Área Temática: Ensino de Química (ENQUI).
INTRODUÇÃO
Em meio a uma sociedade onde a modernidade reina por meio de produtos altamente
tecnológicos e em meio a uma ciência que avança constantemente em seus estudos, temos uma
sociedade sendo o alvo de um ‘bombardeamento’ de informações, notícias e inovações. E como
será que estamos lidando com essa nova era? Em termos de educação, lemos, ouvimos e discutimos
novas formas de ensinar, métodos diferenciados, alternativas para melhorar o aprendizado, isto é,
tudo está voltado para um melhor aproveitamento das aulas em suas vidas dentro e fora da escola.
Quando afunilamos um pouco mais o assunto voltando-o para o ensino de Ciências, em especial
ensino de Química, encontraremos muito a se falar, uma vez que essas disciplinas estão mais em
nosso cotidiano do que conseguimos imaginar e repassar para os discentes seja do ensino básico ou
superior.
Ao tentarmos aproximar o ensino um pouco mais das nossas realidades, nos deparamos
com uma nova contemporaneidade. Os avanços científicos e tecnológicos estão sempre se inovando
e crescendo, e a sociedade acompanha esse crescimento, com isso o ensino também tem
necessidade de se atualizar, pois as tecnologias estão, a todo momento, evoluindo bem como os
hábitos diários do homem. Ao falarmos dos jovens, vemos que esses possuem uma interação mais
direta e frequente com as tecnologias e seus hábitos são reflexos diretos da tecnologia atual. Porém,
paradoxalmente, não recebem na escola uma formação para a ciência e a tecnologia que vá além
dá informação e de relações meramente ilustrativas ou motivacionais entre esses campos de
saberes (RICARDO, 2007). Com base nessa conjetura, surgem mais trabalhos focados na
perspectiva CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente). Todavia, se faz necessário um
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aprofundamento acerca do assunto na formação inicial e continuada dos professores para que esses
consigam mesclar a Educação CTSA para o contexto escolar.
Para aprofundarmos nossos conhecimentos sobre o tema CTSA precisamos compreender o
movimento CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) em seu cunho sociológico e sua implantação no
ensino formal. Para um bom aproveitamento do CTSA no ensino básico se faz necessário que os
futuros docentes estejam cientes de sua importância. Quanto aos que já são professores cabe uma
formação continuada e a todos da área da licenciatura procurar se informar, atualizar, analisar,
criticar, estudar e renovar questões afins como a Educação CTSA.
DE CTS A CTSA: AMBOS LIGADOS AO ENSINO
Em termos históricos, o movimento CTS surge por volta dos anos 1970 como forma de
rever, entender, propor e, principalmente, tomar decisões em relação às consequências decorrentes
do impacto da ciência e da tecnologia na sociedade contemporânea (PINHEIRO, 2005, p. 31). O
movimento ganha ênfase no contexto pós-guerra, entre as décadas de 60 e 70, quando o poder
armamentista já é rico em tecnociência tornando a Ciência e a Tecnologia alvo de olhares mais
críticos. A partir de então inicia-se um período de um novo rumo com novos olhares para a
problemática ambiental surgida com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia que deixava a
desejar uma boa integração na relação de bem estar Social. Neste mesmo período já existia uma
preocupação no âmbito educacional para a formação de cientistas e com isso desponta tanto na
Europa quanto na América do Norte estudos sobre a perspectiva CTS.
O movimento CTS refere-se a uma conjunção de opiniões com algumas características
comuns e que correspondam a mudanças que ocorrem na sociedade, que passam a questionar as
relações entre as instituições que a sigla designa (RICARDO, 2007). O estudo dessas inter-relações
abre portas para a investigação para aproximar a sociedade desse contexto permitindo assim que a
mesma participe democraticamente das decisões envolvidas em seu meio científico-tecnológico.
Segundo Pinheiro (2005), no campo da educação o movimento CTS considera as reflexões
sobre as ideias de Ciência e Tecnologia como construções sociais que têm estimulado ao
surgimento de programas curriculares voltados para o debate CTS em nível básico e superior.
Na década de 60 o Ensino de Ciências brasileiro não se preocupava em transmitir
conhecimentos voltados para a reflexão do envolvimento do contexto social, da política, da
economia, dos impactos causados no planeta. Percebemos que com o movimento CTS ocorrem
mudanças na estrutura curricular dos conteúdos, pois se percebe que:
Dessa forma, a importância de se discutir com os alunos os avanços da ciência e da
tecnologia, suas causa, consequências, interesses econômicos e políticos, de forma
contextualizada, está no fato de que devemos conceber a ciência como fruto da
criação humana. Por isso, ela está intimamente ligada à evolução do ser humano,
desenvolvendo-se permeada pela ação reflexiva de quem sofre/age as diversas
crises inerentes a esse processo de desenvolvimento. (PINHEIRO, 2005, pag. 41)
Nessa perspectiva, o ensino se torna mais amplo e proveitoso e abre um leque de
oportunidades para se trabalhar uma alfabetização científica mais abrangente e ainda possibilita que
consigamos trabalhar de acordo com o currículo nacional e instigar que este apenas sofra mudanças
de acordo com cada época.
Com a preocupação do impacto da Ciência e da Tecnologia na sociedade envolve-se o
movimento CTS na educação formal. Porém com o passar das décadas, mais precisamente na
década de noventa, começa a se dar ênfase as questões ambientais e o que nela implica a Ciência a
Tecnologia e a Sociedade, e assim o surgimento do movimento CTSA (Ciência, Tecnologia,
Sociedade e Ambiente).
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Desse modo, uma forma pedagógica que poderia ser bem aplicada ao ensino de conceitos
científicos seria a utilização da contextualização (MARCONDES, 2009, p. 284). Os professores
teriam o desafio de inserir os conteúdos didáticos concomitante com a educação CTSA orientando e
estimulando os alunos a estudarem e gostarem de Ciências, cada um com suas perspectivas, em
destaque para a Química taxada por muitos alunos como uma ciência fora da realidade.
De acordo com a Síntese dos Parâmetros Curriculares Nacionais:
O Ensino de Ciências Naturais é espaço privilegiado em que as diferentes
explicações sobre o mundo, os fenômenos da natureza e as transformações
produzidas pelo homem podem ser expostos e comparados. É espaço de expressão
das explicações espontâneas dos alunos e daquelas oriundas de vários sistemas
explicativos. Contrapor e avaliar diferentes explicações favorece o
desenvolvimento de postura reflexiva, crítica, questionadora e investigativa, de
não-aceitação a priori de ideias e informações. Possibilita a percepção dos limites
de cada modelo explicativo, inclusive dos modelos científicos, colaborando para a
construção da autonomia de pensamento e ação (SÍNTESE DOS PCNs, 1997,p.
30).
Nessa linha de pensamento é de extrema importância que os professores e futuros
professores se sintam aptos a seguir essa linha de raciocínio já que se acredita que o ensinoaprendizagem trata-se de construção de conhecimento e não apenas uma passagem de conhecimento
pronto, mas que se pode usando o cotidiano do aluno estimular o mesmo a refletir, investigar,
questionar, criticar e tomar atitudes diante das situações que afligem e trazem malefícios a
sociedade a qual faz parte.
Esses futuros docentes precisam ser preparados para enfrentar situações cotidianas que
requer orientações especiais. Precisam possuir experiências e saberes práticos para lidar com
diversos contextos.
No entanto, quando apenas falamos da integração do ensino com a perspectiva CTSA tudo
se aparenta simples, porém o que ocorre são muitas dificuldades nessa implantação, uma vez que há
resistência de estudantes e professores que já estão acostumados com práticas de ensinos
tradicionais (SILVA, 2009). Ao falarmos dos que já estão na ativa de sala de aula, a saída seriam
formações continuadas. Quanto aos que ainda estão cursando Licenciatura em Química, os quais
estão em formação inicial se aplica uma visão futura de docência que poderá ser diferenciada e
melhor que as dos dias atuais. Ao se ter o ensino voltado para a temática CTSA sendo bem aplicada
no ensino básico os resultados só tendem a ser benéficos para a sociedade e para que assim seja, a
formação inicial dos futuros docentes precisa também ter um bom enfoque para que esses
acadêmicos se sintam a vontade para um ensino diferenciado.
Brito et al. (2008) cita Barzano (2002) que mostra que os alunos de Licenciatura em
Ciências Biológicas mostram que pouco há de resistência ao currículo a vigor e acabam por
aceitarem o currículo tradicional. Nessa mesma linha de pensamento Nunes (2010) em sua
dissertação pretende preencher uma lacuna no Curso de Licenciatura em Química da Universidade
do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) na preparação de um material didático para trabalhar o
enfoque de CTSA. O mesmo justifica essa sua ação por afirmar ter sentido falta da ênfase dos
assuntos que a que se designa a sigla CTSA tanto em seu ensino médio quanto no superior. Quantos
aos casos citados acima acreditamos que não são defasados e nem diferentes do que ocorre pelo
resto do país seja no ensino superior ou básico.
É importante ressaltar que esses docentes e futuros docentes se possuam um compromisso
em fazer a mudança de fato ocorrer e que seja de uma forma benéfica para todos. A busca por
conhecimento é fundamental nesse aspecto. Dizer que não existe a aplicação de CTSA no ensino
por falta de informação não pode se tornar uma justificativa. Instigar esse graduando a buscar,
averiguar, criticar as formas de ensino que lhe cabem e incentivá-los a mudanças é essencial pra um
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ensino de mais qualidade. Com as mudanças que ocorrem a cada dia o ensino não poderá ser
sempre o mesmo uma vez que é apenas através deste que se hão mudanças no mundo. O professor é
um estimulador de socialização e construção do conhecimento por isso há uma necessidade
diferenciada de conhecimento, mas não apenas de si próprio, mas do conjunto de outros
profissionais da área da educação que também estão envolvidos nas problemáticas que envolvem o
ensino.
METODOLOGIA
A técnica utilizada nessa pesquisa se deu por meio de um questionário contendo cinco
perguntas com múltiplas escolhas. Esses questionários foram respondidos por 30 alunos do 2º, 3º e
4º anos de Licenciatura em Química da Universidade Federal do Pará, campus Belém, e por 30
alunos do 3º ano do curso de Licenciatura Plena em Ciências Naturais com Habilitação em Química
da Universidade do Estado do Pará, campus Belém. Desta forma, totalizando 60 alunos consultados
por meio dos questionários.
Em seguida, os dados obtidos foram analisados e interpretados visando a compreensão de
como o tema CTSA vem sendo abordado nas Universidades públicas e de que forma os alunos do
Ensino Superior enxergam a importância dessa abordagem, tendo em vista que estes serão futuros
profissionais de Química.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De todos os graduandos questionados, a pesquisa mostra que apenas 5 não sabem do que se
trata o movimento e apenas dois não lembram de já ter ouvido falar. Quanto a isso, a pesquisa
mostra opiniões divergentes, uma vez que os entrevistados eram sempre colegas de turma. Isto pode
ser considerado um indício de talvez o tema não tenha a devida importância para esses alunos ou
talvez o tema não tenha sido abordado de forma apropriada.
Nessa linha de raciocínio espera-se que os formadores de professores atentem para o
estímulo à pesquisa e, dentro de suas disciplinas instiguem os licenciandos a aplicarem seus
conhecimentos, ainda dentro da graduação, com alunos do ensino básico para que esses futuros
docentes vejam a importância do tema ou, se o mesmo é aceito tanto por si quanto pelos discentes.
Aproximar os futuros docentes da prática escolar é fundamental para que eles se sintam preparados
e que os possíveis reflexos na prática docente sejam benéficos à sociedade como um todo.
Na primeira pergunta (Gráfico 1), foi observado que de 60 graduandos questionados, 53
responderam que conhecem o tema, ou seja, o tema CTSA é atual e já está sendo bastante abordado
nos cursos de graduação de licenciatura em Química. Dentre os alunos que conhecem o tema, 40
gostam, indicando que o conteúdo tem uma boa aceitação pelos graduandos e por serem cursos de
licenciatura, possivelmente será abordado no ensino básico pelos futuros docentes.
279
Gráfico 1: Dados referentes à pergunta 1 do questionário.
Você já ouviu falar em CTSA?
3%
9%
Sim
Não
Não recordam
88%
Na terceira pergunta (Gráfico 2), foi constatado que das 53 pessoas que conhecem o tema,
33 concordam que no seu ensino superior, o conteúdo foi bem abordado. Porém 21 pessoas acham
que o assunto deveria ter sido mais enfatizado no curso de graduação. Com isso constata-se que o
assunto já foi abordado com os mesmos, porém percebe-se que o número de pessoas que dizem ter
tido uma visão de CTSA outro 21 acham que poderiam ter se aprofundado um pouco mais no
assunto, totalizando uma diferença de apenas 12 pessoas. É importante frisar que, a formação inicial
dos professores é de extrema importância para que no futuro tenha um satisfatório desempenho de
sua profissão. Nessa questão, não se pode dizer a real forma como foi abordado o assunto em sala
de aula, porém não se pode deixar passar a importância do papel da universidade e dos licenciandos
para que o mesmo seja bem proveitoso visando o bem estar de todos. O valor da pesquisa acerca do
assunto é indispensável assim como a aplicação do que se aprende na universidade no ensino
básico, que se confirma quando Silveira e Oliveira (2009) afirmam que é na formação inicial que se
adquire as competências básicas na construção de novos saberes para que a futura prática docente
seja apropriada.
Gráfico 2: Dados referentes à pergunta 3 do questionário.
O tema CTSA foi abordado em sala de
aula no seu Ensino Superior?
2%
Bem abordado
38%
Precisava mais ênfase
60%
Não
280
Para que se tivesse uma visão mais certa desses licenciandos da aplicação de CTSA no
ensino da química foram fundamentadas a última pergunta (Gráfico 3), observou-se que 47 pessoas
consideram o tema CTSA de extrema importância para o ensino básico. Sendo que 14 desses
estudantes conseguiriam abordar o tema sem dificuldades em suas aulas com seus futuros alunos,
31 reconhecem que deveriam estudar um pouco mais sobre o assunto para conseguir abordar com
qualidade em suas aulas e, somente 2 entrevistados responderam que não possuem opinião formada
sobre o tema.
Gráfico 3: Dados referentes à pergunta 5 do questionário.
Você conseguiria aplicar em suas aulas
assuntos relacionados à CTSA?
5%
5%
30%
Sem dificuldades
Precisam estudar mais
Não
Não opinaram
60%
O número de pessoas que se dizem aptas a abordar o tema em sala de aula, porém acham
que deveriam estudar mais sobre o assunto, foi uma quantidade considerável de 33 entrevistados.
Com isso, surge a incógnita de onde está a falha. Nos alunos do ensino superior ou no formador
desse futuro professor? Nessa ótica constata-se a importância das pesquisas para o ensino de
química, em especial a aplicação do CTSA, e da prática no decorrer da graduação. Aproximar esses
alunos da realidade da vivência docente só tem a contribuir para que posteriormente saibam lhe dar
com inúmeras situações com contextos muito diferentes. Todavia não se pode excluir a
possibilidade de que esses licenciandos possuem o pensamento de que quando trata-se de ensino, a
atualização dos estudos por parte dos profissionais são essenciais para refletir positivamente em sua
carreira profissional. Nessa perspectiva relata-se a importância da pesquisa na formação inicial.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como apontado por diversos autores, a formação inicial de professores, seja de química ou
de outras disciplinas, continua apresentando diversos problemas enquanto alguns cursos de
licenciatura ainda possuem um formato semelhante a um bacharelado enquanto outros exageram
nos conteúdos e discussões pedagógicas. O mais indicado seria abordar de forma igualitária, pois os
futuros docentes precisam conhecer detalhes não só da química e de suas influências como precisam
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ter o domínio para levar esse conhecimento adiante, da melhor maneira, para facilitar o aprendizado
de seus alunos. Ser um construtor de conhecimento e não apenas um transportador do mesmo.
Quanto ao movimento CTSA percebeu-se que a grande maioria dos entrevistados conhece
muito bem ou ao menos já se ouviu falar e sua aceitação é bem considerável para a aplicação no
ensino básico. Para tal acontecimento ter tido uma boa formação inicial, se faz essencial. Se
comprometer com um ensino de qualidade não pode partir apenas dos representantes
governamentais e sim de cada professor comprometido com a mudança, engajado em seu trabalho e
acreditando que pode fazer diferente e ter resultados benéficos para a sociedade. O incentivo à
pesquisa, à atualização, a estudar, a instigar novos olhares tem que estar sempre presente na vida de
um docente seja do ensino básico ou do superior para que existam professores que se preocupam,
reflitam, analisam, criticam, buscam soluções e reflexos positivos acerca da influência direta que a
Ciência tem com a Tecnologia e o que elas implicam na Sociedade e no Ambiente. Desse modo,
aproximando o ensino do cotidiano vivido por esses alunos e de modo positivo influenciar em
mudanças de olhares e hábitos para que a sociedade tenha cidadãos que, de fato entendem, criticam
e respondem por si no âmbito que envolve o movimento CTSA.
Conclui-se, portanto, que a pesquisa realizada foi de grande importância para que o assunto
tenha estado em pauta, pois ainda há diversas lacunas a serem preenchidas no que diz respeito à
perspectiva de CTSA no ensino superior para fazer com que sua aplicação no ensino básico seja,
verdadeiramente, bem aplicada e benéfica à sociedade. Assim, as pesquisas não podem parar e
acredita-se que o presente trabalho pode resgatar em muitos o desejo de buscar conhecer e
aprofundar seus conhecimentos sobre o movimento CTSA voltado para a educação, pois a mesma
pode estar diretamente ligada a uma formação pensante e crítica no ensino de ciência e em especial
no ensino da Química.
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CTSA NO ENSINO DE QUÍMICA - 14º Encontro de Profissionais da