PROGRAMA “ O SOM DO LIVRO”
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REFERÊNCIA: Rute 4
Data de Gravação:08.07.04hora13.25h
PRODUTOR: Paulo Chaveiro
Locução: Paulo Chaveiro
OLÁ! CARO AMIGO/ EU SOU PAULO CHAVEIRO E ESTE É O PROGRAMA “ O
SOM DO LIVRO” QUE TRÁS ATÉ SI O LIVRO MAIS LIDO EM TODO O
MUNDO. / O MEU DESEJO É QUE O SOM DESTE LIVRO CONTINUE A FALAR
CONSIGO/ MESMO DEPOIS DE DESLIGAR O SEU RÁDIO. /
Prezado amigo, em nosso último programa falavamos do encontro
de Rute com Boaz na eira, onde Boaz prometeu casar-se com Rute.
Então, quando chegou em casa ela contou tudo como ocorreu a
Noemi, de forma que Rute estava muito contente diante de
andamento das coisas. Ela havia reclamado de Boaz o direito que
ele tinha de remi-la, visto que era um dos parentes chegados do
seu marido que morreu, tudo de acordo com a lei de Moisés. Mas,
Boaz explicou-lhe que havia um outro resgatador que era parente
mais chegado. Boaz tinha-lhe explicado tudo lá na eira, quando
se encontraram naquela noite de festa das colhidas. E agora
restava a Rute aguardar somente os acontecimentos, porque Boaz
tomou tudo em suas mãos. Ele prometeu casar-se com ela, e agora
tudo depende do acerto que vai ter com esse resgatador parente
mais chegado do marido dela. Quando Rute chega em casa para
trazer as notícias desse encontro que teve com Boaz, Noemi dizlhe o seguinte, conforme lemos em Rt.3:18
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Noemi disse-lhe: “Tem pois
paciência até vermos o que acontece, pois Boaz não é homem para descansar enquanto não
tiver levado a bom termo o seu intento. Vais ver que hoje mesmo tratará de tudo.”
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É interessante este versículo aqui. Noemi diz a Rute que pode
ficar tranquila. Agora dependo da acção de Boaz nos acertos
finais. Aquele homem não descansará, enquanto não se resolver
este caso ainda hoje, disse ela a Rute. E estas palavras nos
lembram a pessoa de Jesus, que também não descansava enquanto o
seu trabalho não estava completo Ele disse: "Meu Pai trabalha
até agora, e eu trabalho também. Trabalhai enquanto é dia,
porque a noite vem quando ninguém pode trabalhar." E Deus
trabalhou na cruz, principalmente durante três horas, quando
Cristo tomou sobre si os nossos pecados. Ele se ofereceu como
oferta pelo nosso pecado.
Agora vamos para o capítulo 4. Vamos ver a acção de Boaz.
Notemos como ele procura se desembaraçar dos problemas e
consegue total direito de casar-se com Rute. Vamos ler Rt.4:1
Com efeito Boaz foi até à praça junto às portas da cidade e lá encontrou o tal parente que
mencionara. “Olha, chega-te aqui”, chamou-o ele. “Quero falar-te num assunto.” E sentaramse os dois.
Bem, temos aqui alguns pontos importantes que queremos
considerar. Vemos que Boaz foi à porta da cidade e ali se
sentou. O que quer dizer isto? Bem, ouvinte, à porta de Belém,
era na época um lugar muito importante onde eram tratados os
assuntos mais importantes das pessoas. Era um lugar de muita
actividade. Era o lugar onde se tratava dos assuntos que hoje
nós resolvemos em cartório, podemos dizer assim. Os assuntos lá
tratados eram importantes, porém todos resolvidos ao modo da
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época. Bem, a outra razão porque Boaz foi para à porta da
cidade, foi porque era ali o lugar certo para se encontrar com
o seu parente, com quem tinha de tratar do assunto do direito
de resgatar a Rute. Mais cedo ou mais tarde ele teria de passar
por ali, porque uma cidade murada, todos têm que entrar e sair
pela mesma porta. Boaz sabia que seu parente deveria estar no
campo e que ele ou entraria ou sairia da cidade durante aquele
dia. Assim Boaz resolveu ir sentar-se à porta e esperá-lo ali.
Então, Boaz foi para o lugar certo, onde tanto poderia
encontrar-se com o seu parente, como também poderia resolver o
seu problema legal. O nome desse parente mais próximo não
aparece aqui. Isto não quer dizer que Boaz não soubesse o nome
do seu parente. Por alguma razão o nome dele não aparece aqui
no texto. Aqui no texto diz que quando o resgatador ia passando
Boaz então chamou-o e pediu para se sentar. O tio deve ter
ficado pensando muito logo de início, sobre a razão porque Boaz
se ancorava ali. Era tempo de colheita e todos estavam muito
ocupados com o assunto do campo. O parente de Boaz deve ter
ficado assustado ao vê-lo ali, assentado junto à porta. Que
estava acontecendo com Boaz? Bem, sentou-se e esperou a
informação ou o pedido de Boaz. Vejamos o que diz Rt.4:2 Boaz
entretanto chamou dez dos anciãos responsáveis da cidade, pedindo-lhes para ali se sentarem
também como testemunhas.
Tudo isto parecia estranho para o parente de Boaz. O que é
mesmo que Boaz deseja? O que está acontecendo no mundo? Aqueles
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dez homens que sentaram representavam a justiça. Eles vão
participar de uma decisão. Então Boaz traz o assunto ao seu
parente nos seguintes termos 3/4 Boaz disse ao seu parente: “Como sabes bem
Noemi regressou de Moabe para a nossa terra. Ela pretende vender a propriedade do nosso
familiar Elimeleque. Achei por bem falar-te acerca disto, para que possas ser tu a comprá-la,
no caso de assim pretenderes, na presença destas testemunhas. Se a quiseres, diz-mo já, pois
se não, quero eu. No entanto cabe-te a ti primeiramente o direito de a comprar, e logo a seguir
sou eu.” Este é o assunto que é posto um discussão. Tratava-se de
uma propriedade que Elimeleque, marido de Noemi, havia deixado,
pois havia morrido. Eles perderam essa propriedade e precisa
ser resgatada. Boaz, ou o seu tio, poderia resgatá-la, de
acordo com a lei. Como vemos, Boaz apresentou o caso da
propriedade primeiro. Esta foi a primeira consideração. Tudo
indica que até aquele momento, nenhum desses dois homens tinha
feito qualquer coisa no sentido de resgatar essa propriedade de
Noemi. Eu creio que Noemi não chamou nenhum dos dois para
conversar sobre este assunto. Por algum sentimento, ele deixa
de chamá-lo. Porém, quando Nomei vê que Boaz está amando a
Rute, então pede a Rute que reclame aquele direito de Boaz.
Boaz está interessado em Rute, mas ele deseja também resgatar a
propriedade. Mas, como tinha outra pessoa que tinha o direito,
a prioridade, então pergunta logo se estaria disposto a
resgatar a propriedade. Então, o parente mais próximo disse que
sim. Estaria disposto a comprar a propriedade. O coração de
Boaz deve ter sido acelerado. As batidas entraram num ritmo
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mais apressado ou violento. Ele esperava que o tio disse que
não interessava o negócio, e que Boaz poderia adquirir a
propriedade. Agora Boaz passa a apresentar o outro aspecto do
caso. Ele espera que o seu tio recuse aceitar o negócio. E diz
Boaz o seguinte no versículo 5: 5 “Mas repara que o facto de a comprares”,
acrescentou Boaz, “implica que cases com Rute, para que possa ter filhos que dêem
continuidade ao nome da família do marido e venham a herdar a terra.”
Na conversa toda Boaz deve ter dado muito ênfase ao caso dessa
Rute, a moabita. O seu tio não conhecia essa moça, certamente.
E quando Boaz menciona o nome dela aqui, acrescido de a moça
moabita, seu parente logo tomaria isto como sendo uma
complicaçãozinha no negócio. Para Boaz que estava mais
interessado na moabita do que na propriedade, o assunto era
diferente. Mas, para o outro parente, o assunto agora era
outro, e não estava em nada interessado no negócio. Então, para
comprar a propriedade, o tio de Boaz teria que tomar como
esposa, Rute, a moabita, de acordo com a lei em Deuteronômio
23:3 Eis o que lemos no versículo 6: 6 “Sendo assim já não posso fazê-lo”,
replicou o homem. “Pois um filho dela viria a ser também herdeiro da minha propriedade.
Compra-a tu, então.”
Bem, prezado amigo, estamos vendo aqui a impotência da lei.
Esse parente chegado de Boaz, confessou que não pode resgatar a
propriedade, nem a Rute. É a confissão da lei. É como diz o
apóstolo Paulo que a lei não pode nos resgatar. Ninguém é
justificado pelas obras da lei, diz o apóstolo Paulo, mas pela
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fé em Jesus Cristo. Vamos repetir: "O homem não é justificado
pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo. A lei não pode
nos salvar, porque aí ela tinha que descer o seu padrão. Ela
teria de descer para nos alcançar em nosso nível e ela não
pode. Nós é que deveríamos subir para alcançar o nível, o
padrão da lei, mas nós não podemos. Não existe nada errado na
lei. O erro, a falha, a fraqueza, está em nós. Esse resgatador,
parente de Boaz, disse: Não poderei. Ele tinha família, tinha
filhos, e os filhos não ririam aceitar esse casamento com uma
mulher moabita. Era isto o que esse resgatador queria dizer,
com estas palavras: "Não a poderei resgatar, para que não
prejudique a minha família." Agora, era exactamente isto que
Boaz gostaria de ouvir. Seu coração deve ter ficado muito
alegre quando ouviu estas palavras. Agora notemos o versículo
Este era outrora o costume em Israel para este tipo de
situações: o que queria confirmar qualquer negócio, tirava o
calçado e o dava ao seu parceiro; assim se confirmava negócio
em Israel." Aqui vemos a lei deixando o homem descalçado. Isto
é bem significativo. Dissemos no início que não aparece o nome
desse tio de Boaz. Mas, agora ele pode ser chamado de homem do
pé descalço.
Vamos ler agora os versículos 7 a 10: 7/8 Naqueles dias era costume em
Israel, quando um homem transferia para outro um seu direito de compra, descalçar o sapato e
entregá-lo à outra parte; isto como que validava publicamente a transferência. Por isso,
quando o outro disse a Boaz para ser ele a comprar a propriedade, descalçou o sapato e deu6
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lho. 9/10 Boaz disse para as testemunhas e para a gente que se tinha juntado em volta: “Estão
todos a ver que hoje comprei a propriedade de Elimeleque, e também de Quiliom e de Malom,
a Noemi, e que, em consequência dessa transação, fico com Rute a moabita, viúva de Malom,
como minha mulher, para que ela possa ter um filho que continue o nome da família do seu
defunto marido.”
Então, ouvinte, vemos aqui o tio de Boaz tirando o sapato,
dizendo que não poderá resgatar nem a propriedade nem Rute e
entregando o direito de resgatador a Boaz, o qual aceita com
muito bom grado. É Boaz agora o novo resgatador. O remidor. O
outro parente de Boaz representa a lei, e representa todos os
outros sistemas religiosos ou obras humanas que tenham o
propósito de resgatar o homem, de justificar o pecador diante
de Deus. São todos esses sistemas completamente incapazes e
deficientes, por uma razão ou por outra. Estão todos eles
descalços, e falidos. Se Rute dependesse desse resgatador
parente de Boaz, ficaria desprotegida. O homem, o pecador, que
depende da lei, ou das obras, ou dos méritos pessoais, ou das
religiões para se salvar, está desprotegido perdido.
Vamos agora ler os versículos 11 a 12:
11/12
Todas as pessoas em redor,
assim como as testemunhas, responderam: “Somos testemunhas. Que o Senhor torne essa
mulher que agora entra no teu lar tão fertil como Raquel e como Leia, de quem toda a nação
de Israel descende! Que possas ser um homem próspero e prestigiado em Belém, que os
descendentes que o Senhor te der, por essa jovem mulher, possam ser tão numerosos e tão
dignos
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como o foram os do nosso antepassado Perez, filho de Tamar e de Judá.”
Vemos que todos se congratularam com Boaz, por assumir aquela
missão de resgatador e todos olham para ele com admiração.
Vamos ler os versículos 13 e 14:
13/15
E assim Boaz casou com Rute. Ela
concebeu e teve um filho. As mulheres da cidade disseram a Noemi: “Bendito seja o Senhor
que te deu este netinho; que ele possa vir a ser famoso em Israel. Que venha a dar-te
novamente a juventude da alma e seja o teu apoio na velhice; pois é filho da tua nora que tanto
te ama e que foi para ti mais afectuosa do que sete filhos!”
Aqui como a situação de Noemi e de Rute mudou. Chegaram de
Moabe completamente pobres, necessitadas e tristes, pois os
seus maridos morreram e não tinham ninguém que olhasse por
elas. Até mesmo aqueles parentes que poderiam talvez ajudar,
não apareceram. Talvez os parentes de Noemi fossem pobres e
nada pudessem fazer por ela. Porém, agora as condições estão
completamente diferentes. As senhoras de Belém estão agora
procurando Noemi para se alegrar com ela, pelas grandes
alegrias que estava a ter. Deus não desampara as viúvas. Rute e
Noemi eram duas mulheres que tinham muita confiança em Deus.
Eram mulheres de oração e de fé. O resgatador apareceu para
elas.
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Noemi criou ela própria o menino, e as vizinhas diziam: “Noemi é como se
tivesse sido novamente mãe!” E deram ao bebé o nome de Obede. Foi ele o pai de Jessé e o
avô do rei David.
Prezado amigo, estamos vendo aqui o que Deus fez a estas duas
viúvas. A Noemi, que chegou de Moabe, dizendo que não a
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chamassem, mais Noemi, que quer dizer amável mas que a
chamassem, Mara, que quer dizer, amargura. Agora ela está
feliz, pois Deus se lembrou dela. Rute, a moabita, casada com
Boaz, tem um filho, que foi chamado Obede, que foi pai de
Jessé, que por sua vez foi o pai de David, o rei de Israel, que
foi um dos progenitores de Cristo, o Messias. E nós vemos assim
como Rute entra na genealogia de Cristo. Alguém que teria
poucas hipóteses de fazer algo de significativo na sua vida,
porque foi fiel no pouco Deus lhe concedeu ser parte da
genealogia de Cristo, em que áreas da sua vida você necessita
ser fiel, é necessário que comesse pelo pouco, e só assim Deus
o usará no muito. No próximo programa estaremos a analisar um
livro do Novo Testamento será o livro dos Actos dos apóstolos.
ATÉ LÁ FIQUE SEMPRE NA NOSSA COMPANHIA E QUE DEUS O
ACOMPANHE E GUARDE! E QUE O SOM DO LIVRO CONTINUE A FALAR
CONSIGO MESMO DEPOIS DE DESLIGAR O SEU RÁDIO.
terminou.14.02h
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REFERÊNCIA: Rute 4 Data de Gravação: hora h