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AS PERCEPÇÕES DE MÃES E DE PAIS
ACERCA DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL
BEATRIZ DE OLIVEIRA ABUCHAIM,
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
VERA MARIA MOREIRA KUDE
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
RESUMO
A presente pesquisa buscou descrever as percepções que pais e mães possuem acerca das escolas de Educação
Infantil. Para isto, foram entrevistados quatro mães e três pais de crianças, entre dez meses e cinco anos de idade,
matriculadas nestas instituições As entrevistas foram baseadas num questionário semi-estruturado. Neste estudo de
caso, de caráter qualitativo, os dados obtidos foram analisados segundo o método interpretativo proposto por
Erickson (1989). Os resultados indicam que os pais e as mães possuem uma imagem muito positiva da escola de
Educação Infantil, vendo-a como um local onde a criança é estimulada a se desenvolver plenamente. Acreditam que
esta instituição sejaé uma aliada da família, complementando a educação da criança, iniciada no lar. Pensam que, na
maioria das vezes, têm uma boa comunicação com a escola. Acreditam que a formação dos professores, teórica e
afetivamente, deveria ser constantemente aprimorada para garantir um atendimento de qualidade. Gostariam que a
escola oferecesse múltiplas atividades às crianças, que tivesse mais cuidados quanto à alimentação e à higiene e que o
número de crianças sob tutela de uma professora fosse menor.
Palavras-chave: Eeducação infantil. – Ppercepções de pais e mães. – Rrelação família-escola.
Estudos têm mostrado que a faixa etária entre zero e seis anos é fundamental na formação de bases para
competências e habilidades que podem se desenvolver, no curso de toda vida humana. Para poder evoluir
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sadiamente, o bebê necessita ser cuidado de forma adequada. Por isso, a educação na primeira infância tornou-se
um tema bastante debatido na atualidade, não só no que diz respeito à melhor maneira de exercer o cuidado, mas
também, a quem deve assumir esta tarefa. (FONTES, 2003).
Há alguns anos atrás, a educação da criança era assumida quase que totalmente pela família. Naquele
contexto, as mães geralmente não trabalhavam fora de casa e tinham mais tempo para cuidar dos filhos. Atualmente,
esse quadro encontra-se bastante modificado. A maioria das mulheres está inserida no mercado de trabalho, o que as
levou a dedicar muitas horas de seu dia às tarefas profissionais. Assim, a educação das crianças passou a ser
compartilhada com Instituições Educacionais.
As creches e pré-escolas surgiram inicialmente de uma demanda econômica. Estas instituições tomavam
conta da criança enquanto pais e mães trabalhavam. Aos poucos aos cuidados básicos (alimentação, carinho, higiene,
sono) foram acrescidas atividades que buscavam estimular o desenvolvimento de todas as potencialidades da criança,
o que transformou a escola infantil em um lugar de Educação (BUJES, 2001).
Assim, além de serem vistas pelas famílias como um lugar de cuidados, as Escolas de Educação Infantil
passaram a ser percebidas como locais onde a criança recebe uma educação integral. Cada vez mais, pais e mães
têm podido contar com estas instituições como parcerias na missão de educar seus filhos.
Bassedas, Hughet e Solé (1999), afirmam que, embora família e escola sejam responsáveis pela educação
das crianças, os espaços familiar e escolar são diferenciados. Segundo elas, família e escola possuem papéis
diferentes na educação da criança e também concepções diversas a respeito deste processo. Para propiciar um bom
desenvolvimento à criança, pensamos que seja necessário haver coerência entre as atitudes educativas da escola e da
família. Este tipo de acordo só é alcançado através do diálogo, e muitas vezes pode ser precedido de conflitos.
Quando pais e instituição escolar se propõem a estabelecer regras comuns para a Educação da criança,
todos devem ter em mente que as percepções dos dois grupos em questão podem divergir em muitos pontos. É
necessário, antes de tudo, que exista respeito pelas idéias de cada um e uma valorização mútua para que escola e
família possam combinar quais estratégias serão usadas para permitir o desenvolvimento saudável da criança. Para
chegar a tais acordos, os adultos envolvidos devem saber negociar, procurando explicar seus pontos de vista e
escutando os dos outros (BASSEDAS; HUGHET; SOLÉ, 1999).
Em nossas observações em Escolas de Educação Infantil, percebemos que muitas vezes os papéis dessas
duas instituições (família e escola) ficavam misturados, o que comumente gera desentendimentos. Além disso, por
existirem idéias muito diferentes, por parte destas duas entidades , a respeito do desenvolvimento infantil, acabam
acontecendo acusações mútuas, quando surge alguma dificuldade por parte da criança.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998) alerta que muitas das relações
entre pais e escola ainda são conflituosas. Isto porque algumas instituições costumam conceber a família como um
dificultador para o desenvolvimento da criança.
A família e a Instituição de Educação Infantil podem nutrir desconfianças mútuas e cometer injustiças uma
com a outra, como podem, também, manter um relacionamento produtivo e cooperativo, baseado no aprendizado
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coletivo e no diálogo. Acredito que seja fundamental procurar entender como essas relações se estabelecem , através
da análise das percepções de pais e mães a respeito das instituições de Educação Infantil. As visões de pais e mães
sobre a creche podem estar relacionadas com conceitos socialmente instituídos de infância, de educação, de
trabalho, de maternidade, de paternidade, entre outros. Além disso, as expectativas que os pais têm desta instituição
refletem diretamente no relacionamento entre eles e os funcionários da escola, e, conseqüentemente, esta relação tem
repercussão nos comportamentos da criança.
Neste sentido, aMinha proposta deste estudo é foi investigar: Quais as percepções de pais e de mães acerca
das Instituições de Educação Infantil? A pesquisa terá teve como objetivos: Verificar que imagens os pais e as mães
possuem a respeito das instituições de Educação Infantil; Explicar como acontecem as relações entre pais (e mães) e
creche; Descrever o que, na visão dos pais e das mães, deveria mudar nessas instituições; Verificar o que leva os
pais e mães a desejarem colocar a as crianças na escola; Investigar quais são as expectativas pais e mães dos pais
com relação ao trabalho das escolas de Educação Infantil.
Pensamos que estudar as percepções que os pais e as mães possuem sobre as escolas de Educação Infantil é
de grande relevância, porque resultados de estudos sobre esse tema podemssa auxiliar muitas instituições
educacionaistivas a revisarem sua proposta no sentido de buscar meios para fornecer em um atendimento de melhor
qualidade e mais adequado às expectativas da família. Do mesmo modo, esse tipo de estudo pode ajudar mães eos
pais a refletirem sobre sua relação com a escola e com a própria criança.
A pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso, já que pretendeu estudar um caso específico e bem
delimitado: as percepções de pais e mães acerca da Educação Infantil. Os participantes deste estudo foram pais e
mães, cujos filhos estão matriculados em escolas de Educação infantil. Foram realizadas entrevistas individuais,
baseadas em um questionário semi-estruturado, com três pais e quatro mães de crianças entre dez meses e cinco
anos de idade. Os dados levantados nas entrevistas foram tratados pelo método interpretativo proposto por Erickson
(1989). Apresentaremos os resultados a seguir:
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Os pais e as mães entrevistados percebem que a escola de Educação Infantil ajuda a criança a se
desenvolver melhor, no que diz respeito a sua fala, sua alimentação, sua motricidade, sua sociabilidade e afetividade.
Segundo eles, a criança tem oportunidade de aumentar seu universo de relações e lhe é oferecido um espaço para
brincar livremente. A criança aprende muitas coisas que não aprenderia se estivesse só em casa, tais como, ordem
(porque há uma rotina preestabeleciada), como disciplina (porque as professoras conseguem colocar limites) e
altruísmo (porque a criança trabalha em grupo e é estimulada a dividir os materiais com outros de sua idade).
Há, portanto, uma crença por parte dos pais de que, freqüentando a escola de Educação Infantil, a criança se
desenvolve a melhor. Essa percepção tem sido confirmada em pesquisas científicas.
Galvão e Ghesti (2003), afirmam que a Educação Infantil proporciona uma boa estrutura para o
desenvolvimento infantil social, moral, afetivo e cognitivo. Propicia um espaço físico planejado para o uso pleno da
criança, estimula a criatividade e possibilita o contato com outros da sua idade.
Resultados de pesquisas realizadas em vários países acerca do desenvolvimento infantil e
do impacto das experiências vividas nos primeiros anos de vida evidenciam a urgência de
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se pensar a educação infantil como uma necessidade e não como um luxo (CRUZ, 2001,
p. 48).
Os pais e as mães fazem claramente uma distinção entre as crianças que não vão a escola e as que a
freqüentam, colocando que é muito positivo para a criança o contato com outros de sua idade.
Em um estudo realizado em três culturas distintas, norte-americana, chinesa e japonesa, Tobin, Wu e
Davidson (1989) constataram que um dos motivos principais que leva os pais a colocarem seus filhos na pré-escola,
é o desejo de que eles se tornem mais independentes e confiantes. Outra razão apontada pelos participantes dessa
pesquisa é tentar acabar com os mimos da criança, “consertando-a” dos estragos que os pais fizeram, pois a
pré-escola é percebida como o local onde a criança tem chance de conviver com outros adultos, que não os de sua
família. Além disso, em todas as culturas estudadas, foi bastante valorizada a oportunidade que a criança tem, nessas
instituições, de interagir com seus pares.
Também nessa pesquisa, a escola foi percebida como um local de aprendizagem, socialização e
desenvolvimento para a criança. Um aspecto muito valorizado pelos pais foi a rotina diária preestabelecida, que leva
a criança a ter horários certos para comer, dormir, brincar. Esses aspectos organizadores, somados ao
estabelecimento de regras de convívio (limites), foram considerados fundamentais para o crescimento das crianças
como indivíduos.
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As escolas de Educação Infantil são percebidas como aliadas dos pais, no sentido de dividir com eles a
missão de educar as crianças. Os pais e mães sozinhos não acreditam que poderiam educar tão bem quanto o fazem
com o auxílio da escola, até porque percebem que há um desgaste na relação entre pais e filhos, quando esses
convivem durante muitas horas juntos. Os profissionais que trabalham nessas instituições são vistos como capacitados
a dar à criança atenção e carinho que algumas vezes ela pode não ter em casa. Além disso, consideram difícil
encontrar pessoas a quem possam confiar para deixar em casa com seus filhos. As escolas são muito valorizadas no
sentido de liberarem os pais para trabalharem e realizarem outras atividades.
Didonet (2003) refere que a Educação Infantil não substitui a educação familiar, apenas a complementa. É
importante enfatizar que a família é a instituição principal e primordial no sentido de promover o desenvolvimento da
criança. Nessa parceria família-escola é fundamental que haja coerência de mensagens que são passadas a criança.
Essa visão de complementaridade entre a missão da escola e a da família também aparece no ensino fundamental,
como se pode ver em um estudo realizado por Moraes (2004), em uma escola pública do Rio Grande do Sul.
Não podemos pensar que a escola e a família estejam em níveis iguais. A participação dos pais sempre será
fundamental na educação da criança e a escola poderá servir como uma ampliação do universo de cuidados iniciados
no lar.
Os pais relatam também estarem cientes de que a escola busca, além dos cuidados, a educação, que é
desenvolvida por profissionais habilitados. Muitos referiram a dificuldade de confiar em uma pessoa para cuidar do
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filho em casa, por não acreditarem que esse alguém poderia trabalhar de modo adequado.
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Por outro lado, os pais e as mães também apresentaram percepções negativas a respeito das escolas. Eles
pensam que muitas das pessoas que trabalham nessas instituições não possuem vocação para isso, o que pode
ocasionar tratamentos inadequados com asem relação à criança crianças, tais como: deixá-las chorarndo por muito
tempo, sem atender de imediato; ter gestos pouco cuidadosos ou pouco carinhosos com elas; estabelecerem regras
muito rígidas, que limitem a espontaneidade das crianças. Os pais e mães acreditam que quando a professora não
tem vocação para cuidar de crianças, não gosta de seu trabalho, acaba por executá-lo de foram inadequada e
prejudicial às crianças. Se por um lado, ela s precisa m ter uma formação acadêmica consistente, como já foi
apontado nestse estudo, esta deve misturar-se àa motivação e ao gosto pelo trabalho com crianças.
A missão de educar crianças tão pequenas deve ser levada com seriedade, mas, sobretudo, deve ser
motivada realizada com motivação, amor e dedicação. Quando a professora está bem disposta, pode-se estabelecer
um espaço aberto de trocas com as crianças, do contrário, na opinião dos(as) participantes deste estudo,
observamos que a docente acaba por trabalhar de modo automático, apenas obedecendo a normas de rotina da
instituição e impondo-as às crianças, de modo rígido.
Em meio ao borbotão de normas, limitações, cerceamentos e contingências impostas pela
rotina diária às instituições que atendem crianças de zero a seis anos [...] freqüentemente
parece esquecida ou colocada em segundo plano essa função precípua da Educação
Infantil: mostrar à criança que aprender é gratificante e prazeroso (KUDE; ABUCHAIM;
VALLS, 2003, p. 18).
Deste modo, podemos inferir que muitas vezes aspectos essenciais da Educação Infantil são colocados de
lado na escola e que talvez isso esteja relacionado com uma posição pouco empática das professoras com relação às
crianças, ou seja, elas não se dão conta das reais necessidades das crianças.
De todo modo, a maioria dos pais e mães entrevistados sente-se muito à vontade na relação com os
funcionários da escola. Na visão deles, há uma boa comunicação e uma abertura ao diálogo, tanto no sentido de
receberem informações sobre o dia-a-dia dos filhos ou sobre incidentes, quanto no sentido de fazerem críticas,
esclarecerem dúvidas ou darem sugestõesno que diz respeito a fazer críticas e sugestões e esclarecer dúvidas. Mães
e pais sSentem-se confiantes na escola e acreditam que esse sentimento foi se formando aos poucos, à medida que
percebiam que seus filhos eram bem cuidados e as funcionárias eram atenciosas. Percebem a escola como um lugar
de aprendizagem também para os pais, que trocarm idéias e receberm informações dos profissionais que lá
trabalham.
Oliveira (1999) coloca que a participação dos pais só é possível quando existem canais de comunicação
abertos, que permitam a troca contínua de informações, de idéias. Assim, o diálogo é capaz de tornar possível a
paraprticipação da família no ambiente escolar.
É fundamental que as escolas percebam que a intervenção dos pais pode melhorar o trabalho desenvolvido.
Deve haver um espaço não para fazer críticas ou sugestões, mas para que realmente a educação seja compartilhada
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de modo coopertaivocooperativo.
A família busca na escola respostas para educar seus filhos. Mas não é só a família que aprende com a
escola, essas duas instituições deveriam funcionar como parceiras, pensando juntas a educação e construindo
decisões a partir dessas reflexões compartilhadas. Devem falar a mesma língua, ter as mesmas preocupações em
relação às crianças. (SILVEIRA, 2003)
Apesar de se mostrarem satisfeitos com as instituições escolares, há alguns aspectos que os sujeitos
gostariam que mudassem nas escolas: a razão adulto-criança, por exemplo. A preocupação dos pais e mães com
relação ao número de crianças que fica sob tutela de um adulto apareceu em várias falas dos entrevistados. Esse é
um tema muito discutido entre aqueles que trabalham em Educação Infantil. Sabe-se que quanto menor a criança,
mais ela precisa de atenção e cuidados e assim, necessita de adultos disponíveis a atendê-la.
Côrrea (2003) acredita que a razão adulto/criança é um aspecto muito importante para a qualidade do
atendimento em Educação Infantil. Em primeiro lugar, porque esse fator diz respeito às condições básicas necessárias
para que todas as crianças sejam bem atendidas e respeitadas em todos os seus direitos. Além disso, o número
excessivo de crianças sob custódia de uma só professora acaba por submeter esta profissional a péssimas condições
de trabalho.
Mas,Entretanto, como as famílias apontaram repetidas vezes neste estudo, não adianta ter, apenas, vários
profissionais à disposição das crianças, é necessário que estes tenham uma formação mais qualificada.
Percebemos nas falas de alguns pais que as tarefas de educação e de cuidado com as crianças, que seriam
pertinentes à família, muitas vezes são atribuídas à escola. Alguns pais reclamaram do horário das refeições, porque
não se adaptava ao de casa; da comida servida no jantar, que os obrigava a alimentar o filho novamente em casa e
da higiene realizada na escola, que não contempla o banho.
Algumas tarefas educacionais aparecem misturadas nos relatos dos pais, que não realizam diferenciações
entre o que é papel da escola e dos pais na educação das crianças. Assim, serviços que visam complementar a
Educação educação da criança, como aulas de dança, de computação, de trânsito e de inglês são automaticamente
percebidas pelos pais, como serviços que a creche deveria oferecer. O que não é necessariamente verdadeiro. Penso
que as escolas de Educação Infantil devam devem primar pela qualidade no atendimento pedagógico e afetivo e não
necessariamente tendo tenham que proporcionar múltiplas atividades às crianças, pois algumas todas podem e devem
ser estimuladas fora do ambiente escolar. Do mesmo modo, deve ser analisada a questão da de a escola fornecer ou
não serviço de Hotelzinho. A escola não estaria indo além de suas funções?
Os papéis educacionais não podem ser confundidosir, pois a escola, por melhor que seja, jamais poderá
prover o amor, a segurança e o código de valores que a família é responsável por fornecer aos seus membros. Nada
substitui o legado que os pais e as mães devem deixar a seus filhos, pois os laços que unem os familiares são mais
fortes e intensos, dos que os que ligam a criança ao ambiente escolar. A família sempre terá o papel de estruturar a
personalidade, dando base para que outros aprendizados se construam a partir daí.
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Não se deve perder de vista que, muitas vezes, as funções familiares e escolares podem estar misturadas e
que não cabe àa escola atender todas as demandas da criança. A instituição escolar deve ter clareza de suas
atribuições e esclarecesclarecê-las er sempre que necessário aos pais e mães. Penso também que devea haver uma
flexibilidade por parte das instituições, tendo com uma margem para aceitação de r mudanças e reformulações
baseadas nas expectativas das famílias.
Ainda que os pais e mães, nesta pesquisa, apontem expectativas frustradas, problemas de comunicação e
falhas no atendimento, as escolas de Educação Infantil são percebidas como auxiliares importantes no sentido de
complementar à a formação da criança iniciada no lar. A imagem que os(as) entrevistados(as) possuem revelou-se
bastante favorável, demonstrando confiança e admiração por estas instituições. De todo modo, fica evidente que esta
visão positiva só é passível de ser mantida se as escolas procurarem profissionais capacitados, teórica e
emocionalmente, e se possuírem um espaço para o diálogo aberto com a família. Estes dois aspectos, tantotão
enfatizados pelos participantes deste estudo, devem procurar ser constantemente revistos e aprimorados pelas
instituições de Educação Infantil que quiserem alcançar um bom padrão de qualidade de atendimento.
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