TÉCNICA DE REDAÇÃO EM
REVISTA
COBERTURAS
Diferenças básicas
• Em jornal, o texto valoriza a
cobertura factual;
• O título costuma ter verbo no
presente do indicativo;
• A linha fina explica, “dialoga”
e complementa esse título;
• A estrutura de lide é mais
clássica, bastante
convencional.
• Ênfase para o que há de mais
importante logo no primeiro
parágrafo do texto;
• Valoriza-se ainda a ordem
direta no texto:
sujeito/predicado.
• Em revista, é preciso achar um
novo contexto;
• Por não ser um veículo de
publicação diária, é preciso
“reangular” um assunto já
explorado pelos jornais;
• O título não tem a estrutura do
que se faz em jornal; em
revista, usa-se um jogo de
palavras e o título pode, por
exemplo, não ter verbos;
• O lide pode, como vimos na
reportagem da ISTOÉde 2004
(Prêmio Esso), estar diluído ao
longo do texto. Não se exige
impacto no primeiro parágrafo.
ED. 580 - 27/06/2009
Michael Jackson (1958-2009)
–
O gênio atormentado
A trajetória extraordinária, o legado
artístico, a vida controvertida e a
morte surpreendente e enigmática
do rei do pop
Luís Antônio Giron
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI79378-15227,00-MICHAEL+JACKSON+O+GENIO+ATORMENTADO.html
O SORRISO DO ARTISTA
Michael Jackson no intervalo
de um ensaio, em 1984. Ele
estava no auge da carreira,
logo depois de inventar o
moonwalk, passo de dança
que o celebrizou
A morte do cantor, compositor e dançarino
Michael Jackson, aos 50 anos, causou uma
comoção mundial só reservada antes a outros
dois ídolos da música popular: Elvis Presley
(1935-1977) e John Lennon (1940-1980). A
reação dos fãs canoniza o “rei do pop” – que
não constituiu um título oficial, mas o apelido
que sua amiga, a atriz Elizabeth Taylor, lhe
deu em 1989 na entrega de um entre as
centenas de prêmios que ele recebeu em sua
carreira. Não poderia haver apelido mais
adequado. Assim como Presley ganhou o título
de “rei do rock” e Lennon se consagrou como
o poeta da rebeldia global dos anos 60,
Michael Jackson foi o líder revolucionário da
música pop, o fundador da era do videoclipe, o
defensor de causas sociais e o maior
vendedor de discos de todos os tempos.
Edição 2068 - 01/07/2009
Especial
Michael Jackson
A fama mata
Especialistas explicam por que a
morte vira o único limite para
quem leva uma vida superlativa
Eliane Lobato
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2068/artigo142721-1.htm
PERIGO Excesso ronda as
estrelas: overdose de poder é
prejudicial
A morte de Michael Jackson é um bom
exemplo de como a celebridade transtorna a
vida do célebre. Não são poucos os que
sucumbem ao estrelato: Marilyn Monroe,
Janis Joplin, Jimi Hendrix, Elvis Presley,Kurt
Cobain, Jim Morrison, Heath Ledger, Elis
Regina, Garrincha, Cazuza e até mesmo
John Lennon, assassinado por um fã.
Há um princípio grego que prega: "Nada em
excesso." O curto preceito explica um pouco
por que a fama mata. Segundo o professor e
sociólogo Muniz Sodré, autor do livro "O
Império do Grotesco", a pregação louva a
justa medida, exatamente o que não existe
na vida de uma estrela.
Edição 2119 - 1º de julho de 2009
Michael Jackson
Uma lenda envolta em
mistério, dentro de um
enigma
Sérgio Martins
http://veja.abril.com.br/010709/p_096.shtml
LUTO NO POP
Michael num show dos anos 90 e a
homenagem dos fãs na calçada da
fama: artista virtuoso e ser humano
perturbado
A música popular americana deu
origem a três ídolos incontestáveis no
século passado. Frank Sinatra foi...
Frank Sinatra. Elvis Presley foi a
cintura e o topete do rock. Michael
Jackson, o terceiro, inventou a música
pop – e não há exagero nessa
afirmação. Ele derrubou uma das
últimas barreiras que restavam entre
brancos e negros nos Estados Unidos,
desde o movimento dos direitos civis
nos anos 60. Em vez de música para
brancos e música para negros, agora
havia sua fusão revolucionária de duas
tradições. Jackson elevou formas de
dança das ruas à categoria de arte.
ED. 577 - 05/06/2009
Voo Air France 447
Uma sombra no oceano
O mistério que cerca a queda de
um avião – e seu efeito sobre
todos nós
Helio Gurovitz
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI76109-15227,00-UMA+SOMBRA+NO+OCEANO.html
Não fomos feitos para voar. Mesmo assim, depois de
milênios em que tentamos sem sucesso imitar os pássaros, no
século passado conquistamos os céus graças a nosso
engenho. Voar se tornou um fato corriqueiro e necessário na
vida de um planeta cada vez mais integrado. Mas ainda há um
quê de mistério e maravilha a cada voo que sobe ou desce.
Um avião é algo improvável. E ninguém percebe isso com
tanta clareza quanto aqueles que os pilotam. “O voo é
totalmente inatural, aliás, para nós é a coisa mais inatural que
existe, e o medo com relação a isso é saudável e coerente”,
escreveu o italiano Daniele Del Giudice no livro Quando a
sombra descola do chão, um relato de seu aprendizado como
piloto. “Inatural e artificial, o voo era uma dimensão extrema da
probabilidade, tão estreita quanto a pequena margem de
inclinação lateral ou vertical em que um avião ainda é um avião
em voo.” O mistério que cerca essa improbabilidade do voo se
desfaz, porém, a cada avião que deixa de ser um avião – e
despenca feito um bólido.
Edição 2065- 10/06/2009
Especial
Voo 447
O medo no oceano
Misterioso desaparecimento
do voo 447, com 228 pessoas,
quebra paradigmas da aviação
Adriana Prado, Gustavo de Almeida e
Renata Cabral
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2065/artigo140969-1.htm
Vive no oceano escuro, entre montanhas submarinas
escondidas a mais de quatro mil metros de profundidade, a
meio caminho entre o Brasil e a África, a soma de todos os
medos de quem viaja de avião. Na noite do domingo 31 de
maio, a calmaria encontrou a tempestade e, pela primeira
vez em 73 anos, a máquina derrotou o homem nas nuvens
do Atlântico Sul, acrescentando às curvas do desastre a
dor de 228 famílias e um mistério que assombra quem
precisa agora subir as escadas de um jato: por que o voo
447 da Air France, que saiu do Rio de Janeiro às 19h com
destino a Paris, contrariou alguns dos principais
paradigmas da aviação? Em primeiro lugar, o Airbus 330
caiu em pleno percurso, fase do voo que responde por
apenas 5% dos acidentes no mundo. Nunca um desastre
semelhante havia acontecido na ligação entre a América
do Sul e a Europa, a chamada Rota do Atlântico, utilizada
por aproximadamente 100 voos semanais e sem nenhum
registro de acidente desde 1936.
Edição 2116- 10 de junho de 2009
Especial
A dor, o medo… e os
números
Perdas irreparáveis
Culto ecumênico na Igreja da
Candelária, no Rio de Janeiro, na
semana passada, em memória das
vítimas do voo AF 447
http://veja.abril.com.br/100609/p_076.shtml
Nada do que se vai ler aqui consola quem perdeu um filho, o
pai, a namorada, o marido ou toda a família na queda do
Airbus da Air France que fazia o voo 447 entre o Rio de
Janeiro e Paris no domingo passado. O que vai pelas
próximas doze páginas procura mostrar que os mais
espetaculares avanços tecnológicos, as expectativas e
ambições mais justas, as apostas de vida e carreira mais
acertadas, os relacionamentos mais recompensadores podem
desaparecer em questão de minutos. Mostra também que
para os que ficam se inicia uma repentina e não planejada
jornada interior em busca de uma explicação para suas
perdas, algo que vai levá-los a questionamentos e a incursões
cada vez mais profundas nos labirintos da alma onde moram
a religiosidade, o afeto e as lembranças indeléveis, tudo o que
humaniza e dá sentido à vida.
ED. 516 - 07/04/2008
SOCIEDADE
“ Nossa flor tão amada.
Nunca vamos entender o
porquê"
A vida curta e a morte absurda de
Isabella Nardoni, assassinada
aos 5 anos
Solange Azevedo e Martha Mendonça
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG82913-6014,00-NUNCA+VAMOS+ENTENDER+O+PORQUE.html
Isabella
INOCÊNCIA
Isabella, em uma de
suas últimas fotos. Filha
de família tradicional da
zona norte paulistana, a
menina era querida no
bairro
Nossa flor tão amada
Nunca vamos entender o porquê minha Peta
A Saudade será pra sempre
O amor é eterno
Minha princesinha que sonhava aprender a ler
Lia historinhas pra madrinha, adorava dançar e
assistia tanto desenho
Quantas vezes nós duas ficavamos comendo
salgadinho e assistindo Monstros S.A.,
Pequena Sereia, Lilo e Stitch
Madrinha ligava e vc contava td o desenho do Tom e
Jerry (Chuva de Ovos)
Tão inteligente: falava o português perfeito, sem errar
plural, nem nada...
Dizia tanto: calma madrinha, sou uma só!
(...)
Mensagem de Cristiane, tia e madrinha de Isabella Nardoni, publicada no Orkut
(grafia original)
Ela gostava de ser chamada de
“princess”, ou princesa, pela madrinha
Cristiane, a autora do texto acima. Gostava
de assistir a desenhos de Tom e Jerry e da
Pequena Sereia. Gostava de dançar balé.
De passarinhos, cachorrinhos e bichinhos.
Gostava de brincar na piscina de bolinhas
plásticas e de almoçar na escola com
crianças da mesma idade. Tinha dois
irmãos que adorava. Falava um português
perfeito para sua idade. Adorava os livros,
e seu sonho era aprender a ler. Mas a
menina Isabella de Oliveira Nardoni morreu
sem realizá-lo, 20 dias antes de completar
6 anos, depois de cair do 6o andar do
prédio onde morava seu pai, na zona norte
de São Paulo.
ED. 522 - 19/05/2008
SOCIEDADE
A coragem de Carol
Como vive a mãe da menina
Isabella, Ana Carolina de Oliveira,
cuja serenidade diante da tragédia
tornou-se um exemplo para todo o
país
Kátia Mello com Andres Vera e Martha
Mendonça
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI4524-15228,00-A+CORAGEM+DE+CAROL.html
ANA CAROLINA
A mãe guarda alguns
objetos da filha Isabella,
como os primeiros
sapatinhos. Roupas e
brinquedos serão doados
para instituições de
caridade
É a própria Ana Carolina de Oliveira que vem
me atender, à porta da casa, na manhã
ensolarada de quinta-feira. Por um comprido
corredor lateral, entro no sobrado de paredes
bege, na estreita e tranqüila Rua José de
Almeida, na Vila Gustavo, bairro de classe
média da zona norte de São Paulo. Sobre
uma mesinha no corredor, ao lado de um
pequeno quadro de Maria com o Menino
Jesus, descansa enrolada em terços uma
imagem de Santo Expedito, o padroeiro das
causas urgentes. Ana Carolina – ou Carol,
como a chamam os amigos e parentes – é
uma mulher de 1,53 metro, esbelta e muito
bonita, mesmo sem maquiagem ou adorno.
Os cabelos pretos e ondulados, cortados
curtos, emolduram seu rosto de traços
delicados, marcado por olheiras profundas.
Edição 2005- 09/04/2008
Capa
ESPECIAL
A morte inaceitável de
Isabella
Na história da menina que queria
ser bailarina, a mãe se
desentendia com o ex-marido por
causa da pensão, ele dependia
da ajuda financeira do pai e a
madrasta tem um passado de
agressões na própria família
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2005/artigo76755-1.htm
REPORTAGEM: ALAN RODRIGUES, ANA CLARA COSTA,
CAMILA PATI, CARINA RABELO, CLAUDIA JORDÃO, JOÃO
CARLOS GODOY, JOICE TAVARES E RODRIGO CARDOSO
EDIÇÃO: DANIELA MENDES E DÉBORA CRIVELLARO
DESOLAÇÃO O
enterro: família e amigos
incrédulos
Extrovertida, alegre e graciosa, Isabella
Oliveira Nardoni, de cinco anos, era o
centro das atenções nas reuniões de
família. Carinhosa, vivia pedindo colo e
distribuindo
beijos.
Seus
programas
preferidos nos fins de semana eram viajar
para a praia e brincar no parquinho.
Vaidosa, adorava vestidos, bolsinhas corderosa e era vidrada na boneca Hello Kitty.
“Sou superchique”, dizia aos adultos. Ela
estava empolgada com um peixinho que
havia ganhado de uma prima, que batizou
de Biel, mas sua paixão, mesmo, era o
balé. Isabella ensaiava os primeiros passos
na escola e dizia a todos que queria ser
bailarina quando crescesse.
APESAR DE UTILIZAR O ROSTO DE ISABELLA NARDONI NA
ÍRIS DO OLHO DA IMAGEM DA CAPA, A REVISTA VEJA NÃO
PUBLICOU O CASO COMO DESTAQUE NA PRIMEIRA
SEMANA APÓS O OCORRIDO, MAS FEZ UMA REPORTAGEM
NO MIOLO...
Edição 2055 - 9 de abril de 2008
Comportamento
O anjo e o monstro
A polícia procura assassino de
Isabella e pode ouvir o irmão mais
novo, que estava no apartamento
de onde a menina caiu
Juliana Linhares
http://veja.abril.com.br/090408/p_096.shtml
OS SUSPEITOS
Anna Carolina Jatobá e
Alexandre Nardoni, madrasta
e pai de Isabella, no
momento da prisão. Em carta
divulgada pouco antes, ele
disse ter prometido junto ao
caixão da filha que não vai
sossegar enquanto não
"encontrar o monstro" que a
matou
A morte da menina Isabella Nardoni,
aos 5 anos de idade, pode ter uma
testemunha-chave: o irmão, de 4 anos,
por parte de pai. Para a polícia, é possível
que seja dele, e não de Isabella, a voz de
criança que gritava "pára, pai, pára",
poucos minutos antes de Isabella ter sido
encontrada caída no gramado do prédio
em que morava seu pai, Alexandre
Nardoni, de 29 anos. Ele e a mulher,
Anna Carolina Jatobá, de 24, são os
principais suspeitos da morte da menina.
O casal nega o crime. Em carta divulgada
na quinta-feira, Alexandre diz que não vai
desistir até "encontrar o monstro" que
matou sua filha. A madrasta de Isabella,
que também divulgou carta afirmando
inocência, refere-se à enteada como
"amor da minha vida".
Edição 2057 - 23 de abril de 2008
Especial
Frios e dissimulados
Pai e madrasta mataram Isabella,
numa seqüência de agressões
que começou ainda no carro,
conclui a polícia
Juliana Linhares
http://veja.abril.com.br/230408/p_084.shtml
INDICIADOS
Os resultados da perícia
mostram que Nardoni
jogou Isabella pela
janela minutos depois de
Anna Carolina, madrasta
da menina, tê-la
asfixiado
O "monstro" que matou a menina Isabella
e que seu pai, Alexandre Nardoni, em carta
divulgada à imprensa, prometeu não
sossegar até encontrar estava, afinal, diante
do espelho. E a mulher, que também em
carta afirmou ser a criança "tudo" na sua
vida, ajudou a matá-la com as próprias mãos.
Tal é a conclusão a que chegaram os
responsáveis pelo inquérito policial que
apura o assassinato de Isabella Nardoni, de
5 anos, ocorrido no dia 29 de março. A
polícia está convencida de que Alexandre
Nardoni e Anna Carolina Jatobá combinaram
jogar Isabella pela janela na tentativa de
encobrir o que supunham já ser um
assassinato. Para os investigadores, Anna
Carolina Jatobá asfixiou Isabella ainda no
carro, no trajeto entre a casa dos pais dela e
o apartamento da família.
ED. 234 - 08/11/2002
BRASIL
Monstro em casa
Suzane tramou a morte dos
pais, foi para o motel, deu
festa de aniversário, ia gastar
a herança...
Solange Azevedo e Tito Montenegro
A tragédia da estudante que
ajudou a planejar o assassinato
do pai e da mãe com uma barra
de ferro.
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://epoca.globo.com/edespeciais/capa_234.jpg&imgrefurl=http://epoca.globo.com/edespeciais/melhores_2002.htm&usg=__kBinAK7nzdJ5PwMM5r03QHH9uzo=&h=98&w=80&sz=3&hl=ptBR&start=91&um=1&tbnid=fU8JiofvdKSGjM:&tbnh=81&tbnw=66&prev=/images%3Fq%3Drevista%2B%25C3%2589poca%2BSuzane%2BVon%2BRichthofen%26ndsp%3D21%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26start%3D84%26um%3D1
NA DELEGACIA
Cristian, Daniel e Suzane
confessaram o assassinato do
engenheiro Manfred Albert von
Richthofen e da mulher, Marisia,
depois de cerca de 12 horas de
interrogatório policial
Passava da meia-noite quando a
estudante Suzane Louise Richthofen, de
19 anos, entrou em casa e encontrou os
pais dormindo. Acendeu a luz do corredor
e deu sinal verde para o namorado,
Daniel Cravinhos de Paula e Silva, de 21
anos, e o irmão dele, Cristian, de 26.
Armados com barras de ferro, os irmãos
entraram no quarto e mataram o casal
Marisia e Manfred Albert von Richthofen
com
golpes
na
cabeça.
Estava
combinado que Daniel atacaria Manfred e
Cristian ficaria com a mãe de Suzane.
Mas, antes da primeira pancada, o casal
acordou e tentou se defender. Cada um
levou cerca de cinco golpes. Marisia
ainda foi enforcada.
EDIÇÃO Nº 1728 - 14/11/2002
Capa
Hediondo
Estudante de direito vai para o
motel depois de matar os pais
com a ajuda do namorado e abre
discussão sobre os motivos da
violência doméstica
Mário Simas e Madi Rodrigues
http://www.terra.com.br/istoe/1728/brasil/1728_capa_crime.htm
PREMEDITADO:
Durante dois meses,
Christian, Daniel e
Suzane prepararam o
assassinato de
Manfred e Marísia
Universitária, bonita, nascida em berço
privilegiado, Suzane Louise von Richthofen,
19 anos, tinha tudo para um futuro promissor.
Boa aluna, até a quinta-feira 7 ela cursava o
primeiro ano de direito na PUC de São
Paulo, onde era vista pelas colegas como
uma pessoa alegre e bastante simpática. Na
madrugada da sexta-feira 8, porém, se
tornou pública uma outra face de Suzane.
Uma face extremamente cruel. Na sede da
Delegacia de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP), Suzane confessou ter
planejado e participado do brutal assassinato
de seus pais.
A REVISTA VEJA NÃO PUBLICOU O CASO
COMO DESTAQUE DE CAPA NA ÉPOCA, MAS
FEZ UMA REPORTAGEM NO MIOLO...
Edição 1 777 - 13 de novembro de 2002
Ela matou os próprios pais
Suzane, ao lado do
irmão Andreas, chora
no enterro dos pais:
ela diz que matou por
amor
http://veja.abril.com.br/131102/p_108.html
Adolescente ajuda namorado a roubar e
assassinar o pai e a mãe no quarto em que
dormiam
Gabriela Carelli e Rosana Zakabi
Manfred von Richthofen e
a casa onde ocorreu o
crime: a filha queria a
herança
O engenheiro Manfred von Richthofen, de
49 anos, e sua mulher, a psiquiatra Marísia,
foram mortos a golpes de barras de ferro
no quarto do casal, numa casa confortável
no Campo Belo, bairro de classe média alta
de São Paulo, duas semanas atrás. Na
sexta-feira passada, a polícia paulista
apresentou os autores do duplo homicídio:
a filha do casal, Suzane Louise von
Richthofen, de 19 anos, seu namorado,
Daniel Cravinhos de Paula e Silva, de 21, e
o irmão deste, Cristian, de 26. Os detalhes
do crime, revelado nas confissões dos
assassinos, causam horror e incredulidade.
Que desvio de comportamento pode
explicar a atitude da jovem que participou
do massacre dos próprios pais? O crime foi
cometido pouco depois da meia-noite.
DEPOIS DE 4
ANOS...
Edição 1951 - 12 de abril de 2006
Especial
Verdades e mentiras
de Suzane von Richthofen
Repudiada pela família, sem
dinheiro, com medo de sair às
ruas e manipulada pelos
advogados, a jovem que
participou do assassinato dos pais
está mais perdida do que nunca
Juliana Linhares
http://veja.abril.com.br/120406/p_104.html
A dois meses de seu julgamento, Suzane
Louise von Richthofen vem a público pela
primeira vez falar sobre o crime que
cometeu: o assassinato de seus pais. Mais
gorda, com os cabelos curtos e uma franja
cobrindo parte dos olhos, ela recebeu a
reportagem de VEJA com os cabelos
desalinhados, calçada em pantufas e
vestindo uma camiseta cor-de-rosa com
estampa da personagem Minnie. Desde que
deixou a prisão, Suzane, hoje com 22 anos,
vive em um apartamento no bairro do
Morumbi, em São Paulo, hospedada por um
casal de amigos de seus pais a quem
chama de "pai" e "mãe". Agarrada à mulher
o tempo todo, comporta-se como se fosse
uma criança pequena. Fala baixo e com voz
infantil.
ED. 562 - 20/02/2009
SOCIEDADE
Por que as pessoas
mentem
O interesse despertado pelo caso
Paula Oliveira tem a ver com a
consciência da importância da
mentira em nossa vida. A ciência
ajuda a entender o que nos leva
a enganar os outros – e a nós
mesmos
Solange Azevedo, Celso Masson e
Andres Vera. com Danilo Soares
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI27316-15228,00-POR+QUE+AS+PESSOAS+MENTEM.html
A mentira é muita vez tão involuntária como a transpiração”,
constata Bentinho, em Dom Casmurro, ao surpreender a si
próprio escondendo da mãe o amor por Capitu. Como de
costume, Machado de Assis retrata uma verdade: mentimos o
tempo todo, até sem perceber. Mentimos sobre nossa altura,
nosso peso, nossa idade. Mentimos para nós mesmos, para
suportar um recalque. Mentimos para nossos pais, para
tranquilizá-los, e para nossos filhos, para que não sofram.
Mentimos para os amigos, para não lhes ferir a autoestima, e
para o chefe, para justificar um atraso. Mentimos para o
guarda, para não tomar uma multa, e para o Fisco, para pagar
menos impostos. Atletas mentem para competir dopados,
investigadores mentem para apanhar criminosos, políticos
mentem... por vários motivos. Há mentiras inofensivas; outras
mudam a vida de pessoas e até provocam guerras. O fascínio
despertado pelo caso de Paula Oliveira, acusada de inventar
um ataque neonazista na Suíça, se deve em parte a isso – à
consciência do poder da mentira em nossa vida.
03 de maio de 1994
A morte antes da curva
Em Ímola, o melhor piloto do
mundo acelerou, bateu e morreu
http://veja.abril.com.br/especiais/extras/fechado/senna01.html
As imagens ficarão gravadas como um raio na memória dos
brasileiros. Na sétima volta do Grande Prêmio de San Marino,
no autódromo de Ímola, na Itália, Ayrton Senna passa direto
pela curva Tamburello, a 300 quilômetros por hora, e espatifase no muro de concreto. à 1h40 da tarde, hora do Brasil, um
boletim médico do hospital Maggiore de Bolonha, para onde o
piloto foi levado de helicóptero, anunciou a morte cerebral de
Ayrton Senna. Não havia mais nada a fazer. Ayrton Senna da
Silva, 34 anos, tricampeão mundial de Fórmula 1, 41 vitórias em
Grandes Prêmios, 65 pole-positions, um dos maiores
fenômenos de todos os tempos no automobilismo, estava
morto.
REVISTA ISTOÉ 1994 - RELATA OS FATOS DA MORTE
E A VIDA DO IDOLO AYRTON SENNA
ED. 444 - 18/11/2006 Nº 1935 - 22/11/2006
ED. 1983 - 22/11/2006
ED. 357 - 16/03/2005
Nº 1849 - 23/03/2005
ED. 1897 . 23/05/2005
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