Colégio Policial Militar “Feliciano Nunes Pires”
Professor: Josiane Vill
Disciplina: Geografia
Série: 1ª Ano
Tema da aula: Geopolítica da Água e Águas
Continentais do Brasil (Capítulo 11)
Objetivo da aula:. Abordar o tema “água” de maneira
crítica. Analisar o papel do Brasil no contexto da
geopolítica da água.
Geopolítica da Água
Fronteiras delimitadas por rios 1/3; Os maiores rios são partilhados por diversos países ;
Montante/Jusante e os usos.
Áreas mais criticas África e Ásia - Oriente Médio.
Oriente Médio:
Rios Tigre e
Eufrates.
Brasil Clima
Brasil Vegetação
Bacia do Rio
Jordão:
O controle dessas
águas é feito por
Israel.
Esse é um
exemplo do
controle político e
estratégico dos
recursos hídricos.

Estudos divulgados pela ONU apontam que
na metade do século XXI a água no Oriente
Médio será suficiente apenas para atender o
consumo doméstico. As demais atividades
econômicas, como a agricultura e a indústria,
dependerão do reaproveitamento da água de
esgoto ou da importação de água de outras
regiões do mundo.
No continente africano, a
bacia do Rio Nilo também está
no foco de disputas
geopolíticas. As águas dessa
bacia são comuns a Egito,
Etiópia, Tanzânia, Uganda e
Sudão, países com vasta
extensão de áreas desérticas
que dependem essas águas
para atividades agrícolas e
geração de energia.
Em situação de guerra, a
destruição ou a contaminação
de represas, aquedutos e
estação de tratamento de
água fazem parte das
estratégias de combate.
Capítulo 11: Águas Continentais
do Brasil
Trata-se da Bacia Amazônica, a
maior bacia hidrográfica do
mundo. No contexto sulamericano, é muito importante
para diversos países – Colômbia,
Peru, Equador, Bolívia e Brasil.
Imagem de satélite de trecho
da América do Sul, 2007
As Reservas Brasileiras de Água
Doce

Com cerca de 12% da água doce do
planeta, o Brasil é um país privilegiado
em disponibilidade de água.

Problemas:
 Dificuldade
de gestão das águas- tratamento,
saneamento básico e distribuição;
 Grandes
usinas hidrelétricas em locais pouco
apropriados;
 Poluição
e desperdício;
 Abastecimento
das
regiões
mais
desenvolvidas e populosas muitas vezes fica
comprometido.
Bacias Hidrográficas

Rede hidrográfica corresponde a um
conjunto de rios e lagos, formado por um
rio
principal,
seus
afluentes
e
subafluentes. A área drenada pela rede
e todo o sistema que compreende um
determinado volume de materiais líquidos
e sólidos compõem a bacia hidrográfica.
A bacia hidrográfica é usualmente
definida como a área na qual ocorre a
captação de água (drenagem) para um rio
principal e seus afluentes devido às suas
características geográficas e topográficas.

Leito: fundo do rio.

Curso: caminho percorrido pelo rio.

Foz: local de desaguamento do rio.

Afluente: rio que escoa suas águas para o rio
principal da bacia.

Subafluente: rio que escoa suas águas para algum
afluente do rio principal de uma bacia hidrográfica.

Montante: é a direção de um ponto mais baixo para
o mais alto.

Jusante: é o fluxo normal da água, de um ponto
mais alto para um ponto mais baixo
Jusante
referenciais
e
de
montante
um
rio
pela
são
lugares
visão
de
um
observador. Jusante é o fluxo normal da água, de um
ponto
mais
alto
para
um
ponto
mais
baixo. Montante é a direção de um ponto mais
baixo para o mais alto.
A jusante é o lado para onde se dirige a corrente
de água e montante é a parte onde nasce o rio. Por,
isso se diz que a foz de um rio é o ponto mais a jusante
deste rio, e a nascente é o seu ponto mais a montante.
Hidrografia do Brasil
O regime de um rio está relacionado à variação de suas águas.
Regime Pluvial: depende da ocorrência das chuvas;
Rios de regiões de clima tropical: possuem cheias no verão e
vazante no inverno;
Rios de clima semiárido: rios temporários ou intermitentes;
Rios de clima equatorial: são caudalosos;
Rios de clima subtropical:
apresentam pequenas variações de
níveis entre os períodos de cheias e vazantes;
Regime Nival ou Glacial: quando a variação depende do
degelo;
Regime Misto: quando o rio é abastecido pelo degelo e pelas
águas da chuva.

Os rios brasileiros possuem regime pluvial,
isto é, são alimentados pelas chuvas.

Apresentam cheias e vazantes de acordo com
as regiões climáticas em que estão situados.

Como boa parte do território brasileiro está
sujeito ao clima tropical, o verão corresponde
a época da cheia e o inverso à época da
vazante.

Apenas o Rio Amazonas apresenta, além de
regime pluvial, regime nival (águas provenientes
da neve ou de geleiras), pois sua nascente,
situada no Peru, é formada pelo degelo andino.

Em geral os cursos de água brasileiros são
perenes ou permanentes (exceção feita, aos rios
que tem seu curso limitado ao Sertão, devido ao
clima semiárido).
Bacias hidrográficas Brasileiras

As bacias brasileiras de grande extensão são: a Amazônica; a do Tocantins, a do São
Francisco e a Platina. Essa ultima compreende as bacias do Paraná, do Paraguai e do
Uruguai. Há, ainda as bacias menores.
Bacia Amazônica

Maior BH do Mundo;

Corresponde a 45% da extensão territorial
brasileira (3,9
milhões de km2) além de
ocupar mais de 2,2 milhões de km2 em
outros países sul-americanos;

A bacia detém 74% dos recursos hídricos
superficiais do território nacional e, de toda
água doce do planeta lançada nos oceanos,
20% saem de seu rio principal, o Amazonas,
que é o de maior descarga fluvial do mundo.

Os rios da BHA são alimentados por águas
tanto do hemisfério norte como do sul, e
pelas águas provenientes do degelo das
neves dos Andes;

O Amazonas é um rio largo e o maior do
mundo em extensão e volume de água.

A navegação fluvial é o principal meio de
transporte da região.



Os rios da Amazônia são meio de vida
para a população ribeirinha e para
diversos povos indígenas;
Possui mais de 1.500 espécies de peixe;
O maior peixe de água doce do mundo, o
pirarucu;
 A BHA possui
o
maior
potencial
para geração
de
energia
hidrelétrica
do país.
 Diversos
projetos
de
grandes
usinas estão
em
andamento:
Santo
Antônio,
Jirau e Belo
Monte
por
exemplo.

Apesar da disponibilidade hídrica, boa
parte da população da Amazônia não tem
acesso a água tratada, e diversas cidades
da região apresentam rios poluídos em
virtude do esgotamento sanitário e da
coleta de lixo deficientes. É o caso, entre
outras, de Belém e Manaus, as maiores
cidades da região.
Bacia do
Tocantins
Rio principal: rio Araguaia
nasce em Goiás percorre
2.115 km;
Banha os estados de Goiás,
Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Tocantins e Pará.
Rio Tocantins
Usina de Tucuruí – Rio
Tocantins
–
maior
hidrelétrica
totalmente
brasileira.
Bacia do são Francisco
Rio
principal:
rio
São
Francisco; nasce na Serra da
Canastra em Minas Gerais, e
deságua no Atlântico, na
divisa
entre
Alagoas
e
Sergipe;
extensão de 2.700 km;
Passa por 5 estados e 521
municípios .




O extenso São Francisco tem afluentes de
pequena
extensão
muitos
deles
temporários;
Foi por longo tempo
meio de ligação
entre o sudeste e o nordeste brasileiro;
Ao longo do seu curso ocorreu a ocupação
das áreas sertanejas da Bahia e de Minas
Gerais, com a criação de gado no século
XVII;
A pecuária sertaneja é a
atividade
dominante ainda nos dias atuais,

É
a
segunda
bacia
em
produção
energética do Brasil;

Abastece o nordeste e o sudeste;

Usinas importantes: Três Marias (MG);
Sobradinho (PE/BA), Complexo de Paulo
Afonso (AL/BA), Xingó (AL/SE), Itaparica
(PE/BA) entre outras;

Ao
longo
das
margens
do
São
Francisco,
é
tradicionalmente praticada a agricultura familiar de
vazante.

O garimpo, o uso excessivo de suas águas para
irrigação, a poluição por defensivos agrícolas, a
carência de esgotos e de coleta de lixo e a destruição
da mata ciliar em sua cabeceira são alguns dos
problemas ambientais na Bacia do São Francisco. A
poluição das águas afeta diretamente a pesca e a via
da população ribeirinha.
Bacia Platina
A Bacia Platina ou do
Prata reúne as bacias
dos rios Paraná,
Paraguai e Uruguai, que
nascem em território
brasileiro e banham
também os países
platinos (Paraguai,
Uruguai e Argentina).

Bacia do Paraná:

Ocupa o primeiro lugar em produção
hidrelétrica do país;

Possui mais de uma centena de barragens
com unidades geradoras;

Itaipu,
no
rio
Paraná,
é
uma
usina
binacional gerida por Brasil e Paraguai;

A Bacia do Paraná drena áreas de elevada
densidade demográficas, com cerca da
metade da população habitando áreas
metropolitanas,
o
que
compromete
a
disponibilidade hídrica da região.

Somente na região metropolitana de São
Paulo vivem cerca de 20 milhões de
habitantes;

A diversidade econômica dessa porção do
território brasileiro explica o intenso uso
da
água
para
concentração
distinta:
esgoto
industriais,
agricultura
de
irrigação
poluentes
doméstico,
agrotóxicos
e
e
a
elevada
de origem
efluentes
utilizados
resíduos
na
orgânicos
eliminados na criação de animais.

Bacia do Uruguai:

O Rio Uruguai nasce da confluência dos Rios
Canoas e pelotas e é o limite natural que
demarca parte da divisa entre os estados do Rio
Grande do sul e Santa Catarina, parte do trecho
da fronteira entre Brasil e a Argentina e toda a
fronteira entre Argentina e Uruguai.

Essa bacia apresenta bom aproveitamento
hidrelétrico
em
seu
alto
curso.
A
pecuária, o cultivo de soja e arroz e
outras
atividades
agroindustriais
são
beneficiadas pela águas dos diversos rios
que formam a bacia.
Bacia do Paraguai:
A bacia do Paraguai é típica de planície. Sua
maior extensão no Brasil está situada no Complexo do
Pantanal, destacando-se pelo seu aproveitamento como
hidrovia interligando a outras bacias (especialmente a
do paraná), através dos rios Pardo e Coxim.
A navegação nessa bacia é internacional, pois o
rio Paraguai banha terras do Brasil, da Bolivia, do
Paraguai e da Argentina.
Destaca-se a importância do porto Fluvial de
Corumbá (MS).
As bacias de importância regional
As
demais
bacias
hidrográficas
têm
importância regional expressiva. Estão situadas
próximas ao litoral, apresentam rios de médio
ou pequena extensão e, em sua maioria, estão
associadas a grandes aglomerados populacionais
urbanos.
As regiões hidrográficas
brasileiras
Em 2003, o Conselho
Nacional de Recursos
Hídricos (CNRH) dividiu o
Brasil em 12 regiões
hidrográficas, agrupadas
de acordo om critérios
naturais, socioeconômicos
e culturais.
Politica Nacional de
Recursos Hídricos;
Plano Nacional de
Recursos Hídricos;
Agência Nacional das
Águas (ANA);
Águas Subterrâneas

Os reservatórios subterrâneos, localizados
a centenas de metros de profundidade e
que apresentam enorme volume de água,
são denominados aquíferos. Em geral,
eles
apresentam
consumo humano.
água
adequada
ao
Aquíferos
Aquífero Guarani:
71% Brasil
19% Argentina
6% Paraguai
4% Uruguai
O Aquífero Guarani é
intensamente
utilizado
para
abastecimento
público, industrial e
irrigação,
entre
outras finalidades, e
está
localizado
numa
região
de
grande concentração
populacional
e
intensa ocupação do
solo.






Atividades:
Contexto pag. 188
Transposição do São Francisco pag. 199
Olho no Espaço pag. 204
Esqueceram do custo socioambiental pag.
207
Uma boa discussão pag. 208
Fonte: Território e Sociedade no Mundo Globalizado – 1ª Ano Ensino Médio
Elaboração: Josiane Vill
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Bacias Hidrográficas - Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires