L+M e Unimed anunciam parceria para construção de um complexo hospitalar em Rondonópolis (MT) A demanda do brasileiro por saúde, o que ele pensa e quer em termos de assistência já têm uma reposta no emprego da tecnologia nos ambientes de saúde. Para discutir as tendências desse setor, o Instituto Sócrates Guanaes, organização social que administra o Hospital de Doenças Tropicais Anuar Auad (HDT), e a L+M, empresa líder na América Latina na gestão de espaços e tecnologias de saúde com apoio institucional da HOSPITALAR Feira + Fórum, trouxeram a Goiânia o Road Show - uma versão compacta das novidades apresentadas na última edição da HOSPITALAR, realizada em maio de 2014. O evento contou com a presença do Secretário de Estado da Saúde Halim Antonio Girade; da diretora geral do HDT, Anamaria Arruda; diretora técnica Letícia Aires e do superintendente regional do ISG, Renato Gomes. Segundo o diretor da L+M, Lauro Miquelin, a influência das transformações sociais e a conjuntura macroeconômica, além de fatores demográficos e culturais, estão produzindo um impacto profundo na gestão de saúde. “A vida não tem preço, mas a saúde tem um custo, e um custo crescente que exige um novo olhar do gestor para qualquer projeto ou para as soluções que pode obter para apoiá-lo na tarefa complexa de gerenciar um ambiente de saúde”, explicou. Ao lado do médico e palestrantes, Flávio Andrade, ele demonstrou aos profissionais do ISG, HDT e convidados, a influência das transformações em espaços de saúde por meio de palestras que abordaram temas como a “Gestão de Farmácia - Dose Certa de Tecnologia e Automação”; “Plataformas de Tecnologias de Informação e Comunicação - a Torre de Babel na Saúde” e “Design, Construção e Operação das Mudanças na Rede de Saúde”. Eficiência – O crescimento da cadeia de valor na saúde e sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro além da necessidade de evolução do SUS, implicam numa eficiência maior dos recursos aplicados. Durante o Road Show, Lauro Miquelim e Flávio Andrade propuseram aos gestores uma reflexão mais profunda da responsabilidade de discutir o resultado do que querem entregar em termos de serviço. “A mudança comportamental observada no mundo e no Brasil, faz do paciente hoje, um ser proativo que quer participar e decidir sobre seu tratamento e do médico, um consultor especializado. Obter uma racionalidade dos processos de trabalho é imperativo em grandes hospitais, como o HDT”, exemplificou Lauro. Modernização - Um exemplo da tecnologia a serviço da saúde é a gestão correta do fluxo e da padronização de medicamentos, que é responsável por até 25% dos custos de um grande hospital. O emprego de tecnologia planejada pode reduzir esses custos de maneira drástica, combatendo o desperdício ou a perda ocasionada por processos de trabalho defasados. O case do Hospital San Martino, localizado em Gênova, mostra como plataformas de gerenciamento e robôs podem promover a padronização das medicações e o rastreamento eficiente. A busca por sistemas de informações que promovam a integração e organizem o fluxo de dados hospitalares é outro desafio. “Para colocar ordem na Torre de Babel, como chamamos, é necessário o redesenho dos processos e a análise correta das soluções a serem empregadas”, pontuou Lauro Miquelin. A L+M, especializada em gestão de espaços e arquiteturas tecnológicas e inventivas, anunciou na última sexta-feira (12), a mais recente parceria com a Unimed. Trata-se da construção do Complexo Hospitalar de Rondonópolis, no Mato Grosso. A iniciativa pioneira vai proporcionar um grande salto na saúde do município e região, que hoje enfrenta a realidade da falta de leitos de internação nas unidades hospitalares. Na chamada fase zero ou de inauguração, o Hospital Unimed irá atender com 40 a 50 leitos de internação. E na primeira fase, já completo, o atendimento contará com 90 a 110 leitos. O centro cirúrgico será formado por cinco salas, entre grandes, médias e pequenas, com a previsão de 676 cirurgias ao mês. A UTI terá 10 leitos e a unidade hospitalar contemplará ainda um apartamento exclusivo para trabalho de parto normal e centro de diagnóstico completo para a realização de exames de alta complexidade, como ressonância magnética. A previsão é de concluir a fase inicial em 1 ano e seis meses, contados após o início da obra que não tem data estabelecida por enquanto, mas que deve ser o mais breve possível. Durante a apresentação do projeto com a presença dos médicos que compõem o Conselho Administrativo da Unimed Rondonópolis, o diretor presidente da Cooperativa, o médico ginecologista Cristiano Barbosa Queiroz, destacou a presença do Sistema Unimed em todo o País, com atuação em mais de 80% do território nacional. “A Unimed é considerada o maior sistema cooperativista de trabalho médico de todo o mundo e tem hoje 352 Singulares, sendo 35 na região Centro-Oeste e Tocantins”, explicou. Queiroz enfatizou as dificuldades encontradas atualmente com a falta de leitos não só em Rondonópolis, mas em toda a região. “O município tem hoje ¼ de leitos do que precisaria para atender de forma decente a população. Hoje são 80 leitos em todas as unidades e o necessário seria de pelo menos 250”, pontuou. O médico lembrou também da série de reuniões realizadas entre os cooperados da Unimed Rondonópolis, que ansiavam pelo projeto, e aprovaram a ampliação dos recursos próprios em Assembleia em maio de 2014. “Definimos que essa iniciativa não é um ato de coragem da Cooperativa Médica e sim uma obrigatoriedade nossa diante da melhoria contínua em atendimento de saúde que queremos oferecer, além de proporcionar condições de trabalho para os profissionais e atração de médicos para a cidade”. Entre as entidades e vereadores presentes na apresentação do projeto, os representantes da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Serv Saúde e Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Rondonópolis, parabenizaram a iniciativa e demonstraram entusiasmo com o progresso que Rondonópolis vai ter na saúde. Parceria L+M O terreno adquirido pela operadora de saúde para a construção do Hospital Unimed está localizado na área do antigo aeroporto municipal e tem 26.937,15 m². O projeto contempla 8.500 m² de área construída com características modernas e sustentáveis, dentro de um processo construtivo racional e uso de tecnologias que aceleram a obra. Lauro Miquelin, diretor e sócio fundador da L+M, que está desenvolvendo o projeto, destaca o uso racional de recursos do planeta presentes nas edificações projetadas e construídas pela empresa. “As obras convencionais chegam a ter 30% de desperdício com entulhos. Esse processo trabalha com a gestão responsável de energia, água, geração de efluentes e resíduos”, explicou. Miquelin frisou também a presença econômica significativa de Rondonópolis no contexto regional e o quanto a população e clientes Unimed precisam da ampliação de recursos na saúde. “Essa iniciativa é absolutamente transformadora e se soma à rede de assistência médica já existente para proporcionar o melhor estado de bem-estar possível”. Com quase 30 anos de experiência em design, construção, tecnologias e gestão de empreendimentos de saúde de todos os portes, em todas as regiões do Brasil, a L+M tem mais de 75 clientes no Sistema Unimed desde 1995, da Unimed BH a Unimed Jaraguá do Sul (SC), totalizando 17 mil vidas. Inaugurou projetos de 500 a 90 mil m² para organizações como Hospital Sírio Libanês, Mãe de Deus de Porto Alegre, Mater Dei de Belo Horizonte, Samaritano em São Paulo e Unimed BH. Fonte: http://www.hospitalar.com/index.php?http://www.hospitalar.com/noticias/not5928.html