EDITORIAL
Em nossa terceira edição não haveria matéria melhor que o 22º Rally dos Sertões, para ilustrar
capa. Veja tudo que rolou no maior rali brasileiro e um dos maiores do planeta, que teve como
grandes campeões a dupla Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, com um Mitsubishi ASX.
Conheça o novíssimo Jeep Cherokee, que vem: chega totalmente renovado no visual e na
mecânica. Com um desenho bem diferente das conhecidas linhas tradicionais, o novo 4x4
ganhou em ousadia e perdeu, em duas das três versões disponíveis, o recurso da reduzida.
Como será a adaptação do modelo aos novos tempos?
Para os “landmaníacos” da terra brasilis, duas matérias para fazer nascer um sorriso de satisfação no rosto: o 6º Encontro Amigos Land Rover, um big encontro realizado em São Lourenço, em Minas Gerais. Na segunda reportagem, mostramos um pouco das viagens realizadas por Daniel Cortez e Monica Helena, a bordo de uma Defender 130 totalmente equipada.
O casal dá um bom exemplo de que a beleza da vida, ou a felicidade, estão nos caminhos
que percorremos. Imperdível!
Para quem gosta de trilhas pesadas e bom humor, uma dica certa é o pessoal da Adrenalama, um trio de off-roaders da pesada, que vem se notabilizando em um quadro de TV, onde
aparecem na situações mais complicadas, sempre com o sorriso e alegria como lemas.
Os fãs do grande jipe Agrale Marruá, irão se impressionar com as maravilhosas versões especialmente preparadas para o uso como carros de bombeiros. Bons, bonitos e feitos para o
bem, não tem como ser melhor!
Fecha a edição a coluna 4x2 TT, que mostra que um modelo sem tração pode sim, ser boa
opção para a prática do fora-de-estrada.
Boa leitura e acompanhe sempre as novidades aqui no site, que tem atualização constante.
Um abraço!
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ÍNDICE
Redação e Publicidade
Av. Lacerda Franco, 570, apto 56
Cambuci - 01536-000
São Paulo - SP
Telefone: (11) 99393-7667
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autorização por escrito da editora.
DIRETOR E EDITOR
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DIRETOR DE ARTE
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DEPARTAMENTO COMERCIAL
Claudio Ferreira Martins
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COLABOROU NESSA EDIÇÃO: Daniel Cortez, Diogo Gonçalves, Fábio Evangelista, Felipe Nunes, Gustavo
Epifanio, Hailton Pariz Jr, Jonne Roriz, João Gonuti, Junior Teixeira, Marcelo Machado, Monica Helena Teixeira
da Silva, Nauri Ribeiro, Reinaldo Junqueira Jr., Ricardo Leizer, Sergio Braganti, Victor Eleuterio e Webventure
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novo Cherokee representa
a mudança mais forte na
família Jeep dos últimos
anos. Com linhas futuristas ao invés dos formatos
retos, o modelo é disponível em três
versões - Latitute, Limited e Trailhawk,
sendo a última a única a ser equipada
com reduzida. Além desse “detalhe”,
a versão mais off-road traz ainda suspensão mais alta (2,54 cm) e opção de
bloqueio do diferencial traseiro, rodas
aro 17”, pneus off-road e bancos com
revestimentos exclusivos e costuras
vermelhas. O Trailhawk chega no País
no final do ano.
Falamos aqui da versão Limited, a
única disponível no lançamento, em
Atibaia, SP.
De cara, o Cherokee chama atenção
pelo conjunto ótico dianteiro dividido
em três partes, com as luzes diurnas
de LED’s na posição superior, parecendo ser os faróis principais, mas estes
estão no meio e são de xenônio, embaixo estão os faróis de neblina e as
lanternas, também com LED’s.
A cabine tem bom acabamento e o
espaço interno condiz com o porte do
veículo.
Já o painel possui tela personalizável
e sistema multimídia com tela de 8,4”
e GPS.
O conjunto mecânico é constituído por
motor Pentastar V6 de 3.2 litros (271
cv de potência e 32,2 kgfm de torque),
e câmbio automático ZF de nove marchas.
As trocas de marchas são imperceptíveis e as últimas e mais longas
são overdrives, para maior economia.
Segundo o fabricante, o Cherokee vai
de 0 a 100 km/h em 8 segundos e tem
a velocidade máxima limitada de 190
km/h.
Com suspensão mais firme, o Cherokee tem comportamento dinâmico e
Detalhes do interior, com teto panorâmico, bom
e revestimento e o seletor de tração
6
Uma família de novos Cherokee na Pedra Grande, Atibaia, SP
espaço
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Mudou tudo no visual do Cherokke, que ganhou mais
curvas e faróis bem diferentes do usual na linha Jeep
estabilidade com maior precisão no asfalto e encara a terra numa boa, desde
que sejam respeitados seus limites.
A Cherokee é equipada com tração
integral Select-Terrain, com quatro modos de condução - Auto, Snow (neve),
Sport e Sand/Mud (areia/lama).
Ao ser acionado, o Select Terrain
altera de imediato os parâmetros de
direção, pedais, transmissão e torque,
possibilitando um rodar mais seguro
e preciso em terrenos irregulares e
esburacados. O conforto é auxiliado
pela suspensão independente nos dois
eixos.
O consumo médio é de 11 km/h em
rodovia; no off-road podemos pensar
em um número 40% menor.
A marca espera vender cerca de
1.200 unidades por ano, sendo 30%
da versão Latitude, 60% da Limited e
10% da Trailhawk, o que ilustra muito
bem como o público off-road é restrito
e específico.
O
e tem como itens de série:
ar-condicionado digital dual zone, sete
airbags (frontais, laterais, cortina e
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A parte traseira também mudou bastante.
O Cherokee está menos jipe e mais SUV
Painel fornece todas as informações o motorista
joelho do motorista), freios com ABS,
chave presencial, rack de teto, assistente de partida em rampas, banco
do motorista com regulagem elétrica,
bancos em couro com aquecimento
(dianteiros), comandos por voz, Bluetooth, rádio AM/FM, entradas USB e
cartão SD, central multimídia com tela
de 8,4”, freio de estacionamento eletrônico, comandos por voz, Bluetooth,
rádio AM/FM, entradas USB e cartão
SD, faróis de xenônio com regulagem
automática e lavadores, espelho interno fotocrômico, retrovisores externos
com rebatimento automático, teto
solar panorâmico e tomada de energia
elétrica.
A versão de entrada, a
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FOTO FELIPE NUNES
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Encontro off-road no Sul de Minas Gerais. Com sabor inglês...
FOTO DIOGO GONÇALVEZ
A
té parecia um pedacinho da
Inglaterra, mas não era. O
6º Encontro Amigos Land
Rover aconteceu entre 4
e 7 de setembro na Ilha Antonio
Dutra, em São Lourenço, charmosa
cidade que fica no Sul do estado de
Minas Gerais.
Foram 4 dias de atividades,
palestras, oficinas e off-road desse
evento que começou timidamente
em Santa Catarina e nessa edição
contabilizou 410 modelos Land
Rover inscritos.
Sem nenhuma conexão com a
marca oficial no País, o encontro
é um esforço conjunto de
entusiastas para que haja troca
de informações, conhecimentos,
fazer novas amizades e, claro,
negócios também. “Movimentamos
R$ 1 milhão em São Lourenço,
em apenas um final de semana”,
comentou Hailton Pariz Jr.,
organizador do evento.
Para Marcelo Resende, da
organização, “o objetivo é propiciar
a união de pessoas que gostam do
estilo de vida Land Rover”.
O evento recebeu aficionados de
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FOTO JU
FOTO FELIPE NUNES
FOTO FE
FOTO JOÃO GONUTI
FOTO DIOGO GONÇALVES
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FOTO RE
FOTO HAILTON PARIZ JR.
FOTO DIOGO GONÇALVES
O evento teve workshops, atividades off-road,
passeios e estandes de peças, roupas e acessórios
UNIOR TEIXEIRA
FOTO HAILTON PARIZ JR.
ELIPE NUNES
EINALDO JUNQUEIRA JR.
FOTO DIOGO GONÇALVES
FOTO FELIPE NUNES
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FOTO REINALDO JUNQUEIRA JR.
diversos estados brasileiros e de
países como Argentina, Uruguai e
Paraguai, além de um sul-africano
que está rodando pelo mundo com
uma Defender.
O Land Rover Brasil teve
workshops, atividades off-road,
passeios e estandes de peças,
roupas e acessórios. Entre as
raridades expostas, chamaram
muita atenção alguns modelos
antigos Série 1 80” (80 polegadas
de entre-eixos) fabricados no início
e meados dos anos 1950.
A escolha de São Lourenço foi
estratégica por estar na região
sudeste, facilitando o acesso de
visitantes e oferecendo estrutura
hoteleira e de restaurantes e
bares para comportar um evento
deste porte. O apoio da prefeitura
também ajudou.
A organização faz uma parceria
com o IBPCA – Instituto Brasileiro
de Consciência e Preservação
Ambiental para tentar minimizar os
impactos causados pelo evento.
Na cerimônia de abertura, houve
o plantio simbólico de quase 20
mudas de espécies nativas. Após
FOTO REINALDO JUNQUEIRA JR.
o encontro foi feito um cálculo
da emissão de carbono de todo o
evento, para a plantação de árvores
que reduzirão o impacto ambiental.
Se você tem um Land Rover ou
simpatiza com a marca, anote o
mês de setembro em sua agenda,
pois o Encontro Amigos Land Rover
tem tudo para se tornar um dos
grandes eventos off-road do País.
Mais informações:
www.amigoslandrover.com.br
[email protected]
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A Defender 110 reboca um belíssimo Serie I.
Gerações de Land Rover em harmonia
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O voo dos Flamingos - Atacama, Chile
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“
Os opostos se atraem?
Pode ser, mas o que une
são as afinidades. Gostar
das mesmas coisas,
fazer planos, sonhar.
Nos conhecemos há 10 anos
num curso de mergulho. Mônica,
médica, fazendo biologia marinha,
e eu, engenheiro civil, curso de
resgate. Ficamos muito amigos,
namoramos, e o gosto por aventura
nos levou a diversos caminhos por
terra e por mar.
Em nosso primeiro ano de casados
viajamos até o Ushuaia (cidade da
Argentina e capital da Província
da Terra do Fogo). Natal com
neve, como deve ser. Alugamos
um chalezinho com vista para
montanhas, para o dia 24 de
dezembro. Tínhamos três dias para
chegar.
Partimos num sábado à tarde e
dirigimos direto até Montevidéu,
Uruguai, à 1.900 quilômetros de
São Paulo, o que levou 25 horas.
Revezamos a direção do nosso carro,
na época uma Ford Ranger, cabine
simples, 4x2.
Descansamos e seguimos para
Buenos Aires renovados e descemos
a costa leste da Argentina até
chegar ao Ushuaia, no extremo sul
do continente. Estrada reta e sem
fim. Conhecemos a Península Valdez,
com suas lebres, guanacos, emas,
leões e elefantes marinhos.
Ceia improvisada, luz de velas
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e sol! O sol só se pôs às 2:00 da
manhã. Mas pelo menos tinha muita
neve!
Na volta da viagem, a Ruta 40, de
cascalho, com o deserto de um lado
e as montanhas do outro, um visual
lindo. Depois seguimos pela costa
oeste do Chile, na Carretera Austral,
que em seu pior trecho conseguimos
um deslocamento de algo como 40
km em 6 horas, mas chegamos à
Santiago.
Cruzamos de volta para a Argentina
pelo Aconcágua, de lá conhecemos
as planícies vinícolas do norte do
país, regadas pelas águas de degelo
da Cordilheira dos Andes e de lá
voltamos para casa.
Passamos incontáveis horas
conversando sobre como fazer
desta experiência um projeto maior,
e conhecer a América inteira de
carro. Planejamos os percursos
das próximas viagens e é claro, o
carro teria que ser outro. Tínhamos
aprendido o que funcionava e o que
faltava. Entre as opções de carro,
uma se destacava: A Land Rover
Defender 130, que escolhemos, mas
que teve de ser bem modificada.
(ver Box).
A segunda viagem foi até Lima, no
Peru. Saímos do Brasil por Corumbá,
MS e de lá atravessamos a Bolívia,
conhecendo suas maravilhosas
paisagens e cidades pequenas
e remotas. Pelo Lago Titicaca
entramos no Peru para conhecer
Lima, Macchu Picchu e as civilizações
pré-incas como ChanChan em
Trujillo. Em Paracas, mergulhamos
com leões marinhos em águas de
6ºC, descansamos nas piscinas de
águas quentes vulcânicas, no meio
da neve, no Cânion Del Cocca,
percorremos o Cânion Del Pato, com
seus inúmeros túneis, beirando o
penhasco.
Voltando pela costa do Pacífico,
conhecemos as Linhas de Nazca no
Chile e o Atacama, ponto de partida
para cruzar as Cordilheiras e entrar
no extremo norte da Argentina e de
lá o Paraguai e seguir para casa.
Na terceira viagem tínhamos
mais uma passageira, a Bella, uma
Jack Russel e o roteiro era maior.
Saímos uma semana antes do Natal
para Porto Seguro, BA e de lá, seguir
pelo litoral do Nordeste, Norte, até
Belém do Pará. Com o carro em
uma balsa, percorremos as águas
tranquilas do delta do rio Amazonas,
contornando a ilha do Marajó pra
chegar no Amapá. Estrada boa
lá! Floresta, madeireiras, Guiana
Francesa, Suriname, Guiana (que
era inglesa) e voltar para o Brasil
por Roraima, conhecendo uma parte
muito intacta da Floresta Amazônica.
As pausas na estrada eram
verdadeiros espetáculos de sons e
cantos dos pássaros.
Em Manaus, outra vez pelo rio, até
Santarém, Alter do Chão, praia linda,
nas águas claras do Rio Tapajós, e
coragem: Transamazônica. Poeira
vermelha, não dá para ver nada! Mas
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Selfie de casal, no Pantanal
Ruta 40, Argentina
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Um pouco de adrenalina em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia
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enfim choveu e a poeira virou lama.
Descemos pelo Planalto Central até
Palmas para percorrer o Jalapão.
Nesse ponto não restava em nós
muitos traços de civilização, até a
Bela que é branca, estava bege!
Capim dourado, cachoeiras, buritis.
E voltar correndo para São Paulo.
Viajar com o cachorro também
é um capítulo à parte. É preciso
checar os hotéis que aceitam animal
de estimação, fazer adestramento,
cuidados para prevenir doenças e
carrapatos, kit primeiros socorros,
paradas mais frequentes. Montamos
uma poltrona com cinto de
segurança e uma cama-mala para as
coisas dela.
Na quarta viagem, conhecemos
os países do Caribe de veleiro, para
mergulhar à vontade e sentimos
saudades da Bella e da nossa
Defender...
Agora estamos economizando as
férias para uma viagem maior, então
este ano fomos rápido para Bonito,
Pantanal e Chapada do Guimarães,
para no próximo ano irmos até o
Alasca e cruzar o Canadá.
Gostamos do caminho, dos detalhes,
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surpresas. O tempo, as conversas,
a liberdade para escolher ir ou ficar.
Sempre voltamos mais unidos, mais
cúmplices. É um tempo nosso, que
São Paulo não quer nos dar.”
Para trocar ideias e experiências,
fale com Daniel Cortez pelo e-mail:
[email protected]
Tem uma história ou aventura interessante para contar aos leitores da Revista
4x4 Digital? Mande fotos e texto para [email protected]
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Bahamas, Stewart Cove
Peru, Canyon del Pato tunel
Argentina, Ruta 3 Alpacas
Passeio de veleiro, Caribe
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Catedral, no Jalapão, TO
Conhecendo as Linhas de Nazca, no Peru
Atolado em Camocim, Ceará
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FOTO GUSTAVO EPIFANIO
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Toyota Hilux V8 4x4 de Reinaldo
Varela e Gustavo Gugelmin: 2º lugar
FOTO JONNE RORIZ
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A
22º edição do Rally dos
Sertões contou com cerca
de 200 competidores
e teve sete etapas
disputadas, além do
Prólogo.
A prova começou em Goiânia no
dia 23 de Agosto e passou pelas
cidades de Caldas Novas e Catalão,
em Goiás e, entrou em Minas
Gerais por Paracatu, São Francisco,
Diamantina, para finalizar em Belo
Horizonte. Foram 2.600 quilômetros
rodados, sendo 1.572 de trechos
cronometrados.
Além dos pilotos brasileiros, a
competição recebeu inscrição de
competidores do Chile, Espanha,
França, Polônia, Portugal e Reino
Unido.
A dupla Guilherme Spinelli e Youssef
Haddad, a bordo de um Mitsubishi
ASX Racing Diesel venceu a categoria
carros, vencendo a 2ª das sete
etapas disputadas.
Esta foi a 14ª participação de
Spinelli no Sertões, que atinge o
pentacampeonato (2003, 2004,
2010, 2011 e 2014).
O segundo lugar ficou para a dupla
Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin,
que correram com uma Toyota Hilux
V8 4x4. A dupla venceu cinco das
sete etapas (1ª, 3ª, 4ª, 5ª e 7ª) e
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também foi a mais rápida no Prólogo.
Esta foi a 16ª participação de Varela,
que foi campeão em 2000.
Varela e Gugelmin da Divino Rally,
enfrentaram problemas devido à
um acidente ocorrido com outra
dupla, o que mudou o panorama da
competição. Coisas de rally...
A terceira colocação nos Carros ficou
para a dupla formada por Cristian
Baumgart e Beco Andreotti, que usaram
uma picape Ford Ranger 4x4 V8.
O título da categoria Caminhões foi
para o experiente trio guiado por Edu
Piano, Solon Mendes e Carlos Sales,
que com um Ford F4000 4x4 deram
um show de perícia nas esburacadas
e empoeiradas trilhas dos Sertões.
Eles terminaram invictos a prova,
venceram o Prólogo e as seis etapas
percorridas. Só não ganharam sete,
pois a última etapa não foi feita pelos
caminhões.
É a sétima vez que Edu Piano vence
no Sertões em 19ª participações
consecutivas. Ele venceu uma
vez nos Carros (2005) e seis nos
Pista onde foi realizado o Prólogo,
em Goiânia e a caravana do Rally
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FOTO MARCELO MACHADO
FOTO RICARDO LEIZER
A picape Ford Ranger 4x4 V8 de Cristian Baumgart e Beco
Andreotti: 3º lugar
Marc Coma literalmente salta para a vitória nas Motos
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Edu Piano
o e sua F4000 4x4 arrepiando!
FOTO RICARDO LEIZER
O ASX da equipe Mitsubishi levantando poeira
Caminhões (2207, 2008, 2009, 2011,
2013 e 2014).
A segunda colocação ficou com
Felício Bragante, Ricardo Costa e
Paco Corder, também com um Ford
F4000 4x4, enquanto o terceiro
lugar ficou com o trio formado
por Guido Salvini, Flavio Bisi e
Fernando Chwaigert, que usaram
um Mercedes-Benz Atego 1725 4x4.
Salvini é tricampeão da categoria no
Sertões (2003, 2011 e 2012).
Nas categorias motos e quadriciclos,
o Sertões contou pontos pelo
Mundial de Rally Cross Country da
FIM (Federação Internacional de
Motociclismo).
A categoria Motos foi vencida pelo
espanhol Marc Coma, pilotando uma
KTM 450 Rally Replica.
O segundo lugar da categoria foi
alcançado pelo piloto português Paulo
Gonçalves e sua Honda CRF 450 Rally,
enquanto a terceira colocação foi
para o piloto da casa Jean Azevedo,
também com uma Honda CRF 450x.
Azevedo contabiliza 19 participações
FOTO JONNE RORIZ
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FOTO GUSTAVO EPIFANIO
UTV de José Helio
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FOTO VICTOR ELEUTERIO
Caminhão Mercedes-Benz Atego 1725 4x4 do trio Guido Salvini, Flavio Bisi e Fernando Chwaigert
no Sertões e é pentacampeão, tendo
vencido em 1995, 2000, 2002, 2004
e 2005.
A dupla Vinicius Mota e Rafael
Shimuk venceu a categoria UTV’s do
Rally dos Sertões com um Can-Am
Maverick 1000.
Henrique Gutierrez e Weidner
Moreira, em cima de um Polaris
RZR 1000 XP conquistou a segunda
colocação na categoria UTV’s sem
vencer nenhuma etapa.
A terceira colocação foi para
a dupla Elson Cascão e Claudia
Grandi, que correram com um
Polaris RZR 1000 Dakar.
A caravana do Rally dos Sertões
chegou ao seu destino final, Belo
Horizonte, no dia 30 de agosto, um
sábado, na Praça Geralda Damata
Pimentel, em frente à Lagoa da
Pampulha.
Tudo isso ocorreu em meio à
movimentada Virada Cultural de
Belo Horizonte, o que gerou um
clima ainda mais animado à festa.
Robert Nahas venceu a categoria
quadriciclos pilotando um Honda TXR
700. Com a conquista ele se tornou
tetracampeão da prova, tendo vencido
também em 2005, 2008 e 2013.
O polonês Rafal Sonik com um Honda
TXR 700 foi o segundo colocado
da categoria Quadriciclos. Sonik
foi campeão do Sertões em 2010,
é bicampeão do Mundial de Rally
Cross Country da categoria e está na
liderança do Mundial 2014.
O terceiro lugar ficou com Gabriel
Varela (filho de Reinaldo, que ficou
em segundo na categoria Carros),
pilotando um Can-Am Renegade 1000.
Com 19 anos, esta foi a primeira vez
que Gabriel participou do percurso
completo do Rally dos Sertões.
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Caminhos estreitos entre rochas pedem todo cuidado possível
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Os campeões Guilherme/Youssef
O Marc Coma, campeão nas motos!
Jean Azevedo foi o melhor nas motos
Reinaldo Varela ficou em segundo
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O excelente trabalho realizado pela equipe
do S.A.S. (Saúde e Alegria nos Sertões)
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A equipe do S.A.S. (Saúde
e Alegria nos Sertões) apoiada pela Dunas Race,
organizadora do rali - percorreu
3.260 quilômetros realizando
palestras, atendimentos
médicos e atividades de
entretenimento e recreação
com as comunidades carentes
nas regiões por onde o evento
passou entre os dias 23 e
30 de agosto.O projeto, que
teve um container itinerante
como novidade em 2014,
ofereceu atendimentos
médicos especializados em
pediatria, otorrinolaringologia,
oftalmologia e odontologia, além
de palestras e consultoria para
captação de água de chuva e
orientações sobre higiene bucal,
incluindo oficina de escovação.
As crianças ainda tiveram um
dia de recreação com oficinas
de desenhos, cama elástica,
slackline e cinema. No total,
cerca de 1400 pessoas foram
atendidas.
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Para essa turma, quanto pior o caminho, melhor!
46
A
história da Adrenalama,
uma marca multimídia
que atua no universo
fora-de-estrada e que
tem como carro-chefe o
programa seriado de TV, se confunde
com o caminho profissional de Sergio
Braganti, o Serginho, profissional da
area de publicidade, que começou no
ramo gráfico e de impressão. Serginho
atua também como desenvolvedor
de programas para mídias digitais e
presta consultoria na área criação de
sites, serviços fotográficos, produção
eletrônica para ipad e editoração
eletrônica em geral.
E, claro, sempre curtiu aventuras
fora-de-estrada desde garoto. Com
14 anos já fazia trilhas de moto, com
o amigo de primeira hora Ricardo
Mazeo, na época com apenas 12 anos.
No começo dos anos 2000,
Serginho estava atuando na área
de equipamentos médicos, quando
decidiu retornar novamente para a
publicidade.
“O Adrenalama praticamente surgiu na
conclusão de um curso de flash player
(reprodutor virtual de multimédia e
aplicações) que eu fiz”, lembrou.
O conceito básico do Adrenalama,
que é completado pelo integrante, o
também piloto e mecânico Gonzo F.
Adriano, é reunir amigos que curtem
a prática de off-road em trilhas
desafiadoras, com técnica, objetivo
e conhecimento, claro, sem nunca
esquecer a diversão.
Mas sempre frisando preceitos básicos
de companheirismo, bom senso e
responsabilidade na prática do 4x4.
“No começo era muita dureza,
fazíamos nossas ações como
podíamos, mas fomos adquirindo
experiência e técnica na captação de
imagens e em como passar isso para
os telespectadores”, comentou.
A primeira aparição de peso como
Adrenalama e os característicos jipes
e veículos 4x4 pintados da cor laranja,
ocorreu na Adventure Sports Fair de
2003, onde fizeram muito sucesso
com a exibição de seus vídeos.
E desde então não pararam mais,
foram se aprimorando nas técnicas
fora-de estrada em dezenas de
aventuras, montaram e desmontaram
uns 10 4x4, tendo o modelo Jeep de
Serginho servido de laboratório de
testes para as inovações tecnológicas
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Esposas, filhos, amigos, todos entram
na roda
e de acessórios que iam surgindo o Jeep da Adrenalama merece uma
matéria à parte, que estará em
nossas páginas em breve.
E há alguns anos vem produzindo
programas de TV, ministrando
cursos para empresas e até para o
Exército, além de organizar passeios e
expedições.
“Tem gente que imagina que somos
arruaceiros, por conta do nosso jeito
informal e brincalhão”, disse Serginho.
“Mas, por exemplo, não curtimos o
consumo de álcool, muito menos no
fora-de-estrada e acreditamos no
companheirismo, fraternidade, na
técnica e bom senso”, citou.
Do esquema “mambembe”
do início até hoje, muita coisa
mudou e se aprimorou, hoje o
Adrenalama conta com a parceria da
Bardahl, conceituada fabricante de
lubrificantes, o que atesta o interesse
e a seriedade da proposta do grupo.
Mas para o programa continuar no
ar é vital que mais empresas do setor
off-road apostem e patrocinem o
projeto, pois isso é positivo para todo
o mercado. Os valores são acessíveis
e as marcas certamente tem retorno
garantido.
“Essa coisa de quanto pior, melhor,
de que eu sou melhor que o outro,
é obviamente uma brincadeira.
Ninguém é melhor que ninguém, o
Sergio Braganti, Ricardo Mazeo e
Gonzo F. Adriano, o trio Adrenalama!
Gravando uma cena na oficina
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A ideia do Adrenalama é unir pessoas
que curtam off-road e transmitir
conhecimento e técnica, em linguagem
simples e coloquial
50
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Uma sequência molhada após o túnel
O Adrenalama provavelmente é um dos grupos que mais fez off-road no Brasil
Para todos os tamanhos...
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A Hilux de Mazeo também não tem sossego. Trilha!
que vale é o companheirismo e a
amizade”, disse Serginho, que acredita
que a socialização com a família é
um dos pilares do fortalecimento do
fora-de-estrada nacional. Não poderia
estar mais certo.
Se você ainda não conhece, assista o
quadro Offoad através da Rede Brasil
de Televisão - (canal 50 UHF em SP) e
também pela SKY 175, Claro 13, Vivo
237, CTBC 714, Oi 139 e GVT 248
para todo o País. Além da televisão, os
programas podem ser vistos na WEB,
depois nos sites, faces e youtube. E
boa diversão!
www.adrenalama.com.br
53
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55
Equipadíssimos,
os Marruá
Bombeiros são
viaturas incríveis
M
acoplamento entre motor e bomba
através do redutor com banho de
óleo, potência consumida de no
máximo 20 CV, rotação de 1450
RPM.
onhecido pelo público
off-road, o Agrale
Marruá é também
construído em versão
para os bombeiros.
Vamos saber o que muda no jipão
para que ele atenda essa nobre
missão.
Motor a explosão endotérmico,
refrigerado a ar, montado como
propulsor da bomba hidráulica. Motor
de 4 tempos a gasolina. Tanque para
combustível em chapa de aço com
tampão hermético.
De procedência Alemã, a bomba
tem três pistões, vazão de no
mínimo 20 litros/min a 250 bar, tem
56
Fabricado em aço,
capacidade de 60 à 100
metros de mangueira
especial com 8 mm de
diâmetro.
Composto de válvulas de
controle, instrumentos e
demais acessórios.
57
em seções de 10 mm de espessura
Possui lança de alta pressão para
água do tipo Triplex, com engate
rápido, gatilho automático para
aceleração, pressão de ruptura de até
500 Bar.
O tanque de Extrato (LGE) poderá
ter capacidade de 30 até 300 litros,
dependendo da necessidade do
usuário, também com sistema de
quebra-ondas.
Feito em Polipropileno possui
capacidade de 125 litros, podendo
ser de até 2.000 litros, dependendo
da distribuição de peso do chassi á
ser utilizado. Com sistema quebraondas interno, que dividem o tanque
Módulo de controle instalado
no painel permite o controle da
sinalização acústica e visual. Emitem
lampejos luminosos de altíssima
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Baú especial feito em alumínio tem proteção contra pó e intempéries
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Com 04 portas laterais (2 de cada
lado) do tipo persiana vertical.
Sistema de fechamento com vedação
contra pó e intempéries.
O veículo possui 1 caixa plástica
para materiais, 1 corta vergalhão,
2 Machados, cones e extintores de
incêndio.
freqüência, regulador de intensidade
luminosa, com circuito eletrônico
que gerencia a corrente aplicada nos
led’s, garantindo maior eficiência
luminosa e vida útil dos led’s.
Sirene eletrônica composta de
amplificador de 100 watts de
potência e unidade sonofletora única,
com no mínimo 04 (quatro) tipos de
sons.
Sinalizador visual constituído por
barra sinalizadora em formato de
“ARCO”, em modulo único e com
lente inteiriça, que permite a total
visualização em um ângulo não
inferior à 360º.
Quatro faróis auxiliares do tipo “farol
de milha” no formato redondo, de
150mm de diâmetro, localizados na
extremidade superior da cabine.
Lanternas de posicionamento
superiores em LED, nas extremidades
dianteiras e traseiras do baú;
Iluminação do interior do baú,
através de luminária acionada no
compartimento interno.
Constituída por perfis de alumínio
extrudados aparafusados no chassi.
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Enquanto em algumas regiões do Brasil há lama nas trilhas durante quase todos os
meses do ano. No Nordeste, por exemplo, isso só é comum no período chuvoso
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D
4x2TT, por herdarem a super popular
mecânica Volkswagen contam com
grande oferta de peças originais
e genéricas no mercado. Além
disso, trata-se de uma mecânica
que ficou mundialmente famosa
por permitir que os próprios donos
façam a manutenção em função
da inexistência de sistemas mais
complexos. Porém, para realizar
trilhas será necessário certo
investimento e, nesse caso, as as
coisas: os valores entre os 4x2TT e
4x4 não diferem tanto. Por exemplo,
um jogo de pneus terá o mesmo custo
independente para qual viatura será.
Somente o tamanho dos mesmos
será diferente. Para colocar bloqueios
de diferenciais que estão à venda no
mercado, a variação de preço também
é pequena. O mesmo vale para
equipamentos como cinta, PX, PY,
engate etc.
Quem de fato equipa em uma viatura
4x2TT para deixá-la apta para trilha e
ainda precisa de uma viatura confiável
para encarar viagens, geralmente,
gasta tanto quanto (ou bem perto) de
alguém que faça o mesmo em outro
evido ao fator paixão
embutido em seus veículos,
para alguns proprietários
essa dúvida é absurda.
Para outros nem tanto...
Primeiro é preciso ter claro em mente
qual será o uso a que se destinará
a viatura escolhida. Somente lazer,
somente trilha, pequenas viagens,
grandes deslocamentos, trilhas
pesadas e até mesmo o tipo de trilhas
que serão encaradas pesarão na
decisão final.
E por conta das grandes dimensões
territoriais do Brasil isso deve ser
levado em consideração. Em algumas
regiões pode ser comum encarar
dunas de areia, enquanto em outras
serão comuns grandes áreas alagadas
e planas, por exemplo. Por isso, nem
sempre a mesma receita usada no
Nordeste poderá ser útil no Sul do
país e essa regra serve para todas as
regiões brasileiras.
Quando a dúvida entre comprar um
4x2TT ou 4x4 surge, geralmente, as
pessoas se perguntam em relação
ao custo de manutenção. E nesse
aspecto, não há dúvidas de que os
Devido a frente leve, é muito comum viaturas 4x2TT “decolarem voo” em situação
de trilha. Diversão garantida!
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Devido as soluções e equipamentos para trilha, atualmente, já existem viaturas
4x2TT que fazem uso de pneus grandes. Como esse Baja com pneus 35”
Quem de fato equipa em uma viatura
4x2TT para deixá-la apta para trilha e
ainda precisa de uma viatura confiável
para encarar viagens, geralmente,
gasta tanto quanto (ou bem perto) de
alguém que faça o mesmo em outro
veículo 4x4.
Para se alcançar esse objetivo
dificilmente o sucesso virá com
alguma adaptação de fundo de
quintal e com peças de segunda
qualidade. No caso das Gaiolas ainda
é necessário providenciar o processo
de regularização da documentação.
Que nem é tão caro e difícil de ser
realizado atualmente, mas tem o seu
custo e exige tempo.
Diante de tudo isso nossa dica é:
adquira a viatura com a qual você se
identifica.
E mesmo se sua opção for fazer trilha
pesada, você pode adquirir uma
veículo 4x4.
Para se alcançar esse objetivo
dificilmente o sucesso virá com
alguma adaptação de fundo de
quintal e com peças de segunda
qualidade. No caso das Gaiolas ainda
é necessário providenciar o processo
de regularização da documentação.
Que nem é tão caro e difícil de ser
realizado atualmente, mas tem o seu
custo e exige tempo.
Diante de tudo isso nossa dica é:
adquira a viatura com a qual você se
identifica.
E mesmo se sua opção for fazer trilha
pesada, você pode adquirir uma
viatura 4x2TT desde que preparada
para tal. Vão livres, pneus agressivos,
guincho elétrico e um chassi reforçado
poderá fazer com que você consiga
andar junto e fazer bonito com seus
amigos que usam viaturas 4x4.
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Gurgel X-12 equipado com pneus off road e guincho elétrico
viatura 4x2TT desde que preparada
para tal. Vão livres, pneus agressivos,
guincho elétrico e um chassi reforçado
poderá fazer com que você consiga
andar junto e fazer bonito com seus
amigos que usam viaturas 4x4.
Fábio Evangelista é diretor do Clube
Gurgel Guerreiro e trabalha para
difundir a prática do fora-de-estrada
com veículos 4x2 no Brasil.
[email protected]
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