JB NEWS Informativo Nr. 758 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Loja Templários da Nova Era nr. 91 (GLSC) Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Florianópolis (SC), 23 de setembro de 2012 Edição deste domingo 22 páginas em PDF Bloco 1: Almanaque Bloco 2: Opinião: “Confissão Tardia” – Mario Gentil Costa Bloco 3: Verbete da Semana do Vade-Mécum “Do Meio-Dia à Meia-Noite” – Ir. João Ivo Girardi. Bloco 4: O Ir. William Preston Bloco 5: Perguntas e Respostas do Ir. Pedro Juk: “Aplausos” Bloco 6: Destaques JB Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo de plena responsabilidade de seus autores. \ Livros maçônicos: Cavaleiros Templários nas Cruzadas, Os Prisão, Fogo e Espada Cavaleiros Templários nas Cruzadas, Os - Prisão, Fogo e Espada Autor(es): John J. Robinson Este livro reconta a excitante saga dos Cavaleiros Templários, os monges guerreiros que ocuparam o monte sagrado logo após a carnificina da Primeira Cruzada. Os Templários acumularam grande fortuna, que empregaram para financiar seus 200 anos de guerra contra os muçul¬manos no deserto, nas montanhas e ao longo da vasta extensão do vale do Nilo. Por esses dois séculos de martírio militar, sua recompensa constitui em ser presos pelo papa e pelo rei, além de serem torturados pela Inquisição e, por fim, extintos por decreto. No entanto, sua lenda e seu legado não morreriam assim tão simplesmente. Ao contar a inacreditável história dos Cavaleiros Templários, a clara explicação que o autor faz das diferenças culturais e religiosas entre os adversários e aliados dos Templários no Oriente Médio proporciona uma compreensão vívida do povo que habita essa região turbulenta, que figura de maneira tão proeminente nas manchetes atuais. A semelhança de seus antagonismos, de hoje e de 800 anos atrás, é tão impressionante quanto perturbadora. Os Cavaleiros Templários nas Cruzadas – Prisão, Fogo e Espada é uma brilhante obra de história narrativa que pode ser lida como uma simples aventura, uma obra de moral ou uma lição de política de guerra. John J. Robinson trabalhou como executivo e fuzileiro naval. Ele é autor de diversos livros, incluindo a provocativa história medieval Nascidos do Sangue – Os Segredos Perdidos da Maçonaria, publicado em língua portuguesa pela Madras Editora. Eis alguns depoimentos sobre esta obra de sua autoria: “Os Cavaleiros Templários nas Cruzadas – Prisão, Fogo e Espada é um excelente livro para todos os que apreciam uma história bem escrita e pesquisada sobre estupidez, ganância, barbárie, cruel¬dade inexprimível, mentiras, fraudes, traições e hipocrisia (...) John J. Robinson escreveu uma história fascinante sobre uma época inacreditável.” – Washington Times “De grandioso entusiasmo e narrativa vívida (...), essa é uma grande aventura.” – The New York Times Book Review “Nesta história extraordinária e cativante dos Cavaleiros Templários, é possível ver, desde os tempos remotos, a origem dos ódios e rivalidades antigos no Oriente Médio (...) Rica em incidentes hu¬manos (...), trata-se de uma grande aventura de primeira classe.” – Publishers Weekly “O relato de Robinson sobre uma das Ordens Militares mais famosas do mundo me-dieval serve para lembrar que a história pode ser mais cativante do que a mais imagina-tiva das ficções.” – Booklist 592 páginas valor: R$ 64,90 (valor não inclui frete) Hoje, 23 de setembro de 2012, é o 267º. dia do calendário gregoriano. Faltam 99 para acabar o ano. Eventos Históricos Para aprofundar-se no conhecimento clique nas palavras sublinhadas. 1222 - Papa Calisto II resolve a questão das investiduras por meio da Concordata de Worms, que marca o início da supremacia da autoridade papal sobre a imperial 1459 – Guerra das Rosas – Batalha de Blore Heath: Margarida de Anjou perde a batalha para o Conde de Warwick, que se junta ao resto do exército de York em Ludlow 1529 - O Cerco de Viena impede que Solimão I ataque a cidade. 1642 - Primeiro curso de graduação da Universidade de Harvard. 1779 - Durante a Revolução Americana,o esquadrão comandado por John Paul Jones no USS Bonhomme Richard ganhou a Batalha de Flamborough Head,na costa da Inglaterra,contra dois navios de guerra britânicos. 1780 - Durante a Revolução Americana:o major britânico John André arrastado como um espionagem por soldado americanos. 1846 - Johann Galle descobre o oitavo planeta do Sistema Solar, Netuno. 1889 - Fusajiro Yamauchi funda a empresa de cartas de Hanafuda e futuramente de video games Nintendo. 1895 - Fundação do sindicato Confédération Générale du Travail em Limoges 1909 - O presidente do Brasil, Nilo Peçanha, criou os Liceus de Artes e Ofícios no país e esta data será referenciada para a comemoração do Dia do Técnico Industrial[1]. 1913 - Roland Garros efetua a primeira travessia do Mediterrâneo em um avião 1919 - Fundação do Clube de Futebol Os Belenenses 1923 - Fundação do atual Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, então chamada Academia de Belas Artes 1932 - Independência da Arábia Saudita. 1933 - Edição dos decretos n.ºs 23048 a 23053 que regulariam as relações laborais corporativas em Portugal. 1944 - Roosevelt faz seu famoso Discurso de Fala. 1973 - 18 anos após sua deposição, Juan Domingo Perón retorna à presidênciada Argentina. Ele é eleito com 62% dos votos, mas permanece no poder durante menos de dez meses. 1976 - Início do 1º Governo Constitucional de Portugal sob chefia de Mário Soares. 1983 - São Cristóvão e Nevis é admitido como Estado-Membro da ONU. 1981 - Inaugurado o primeiro trecho de linha férrea do TGV francês, ligando Paris a Lyon. Feriados e Eventos cíclicos Dia de São Padre Pio, santo da Igreja Católica. Dia do Sorvete. (Brasil) Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete Dia Mundial do Filho Dia do orgulho pagão Início do signo de Libra Dia da celebração bissexual Dia do Soldador Dia do Técnico Industrial ncipação política). ia fatos maçônicos do dia (Fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1804: Fundação do Supremo Conselho da França 1857: Fundação da Grande Loja de Nebraska, dos Maçons Antigos, Livres & Aceitos. 1867: Fundação da Loja Independência nr. 0131, de Campinas – GOB/SP 2006: Fundação da Loja Acácia de Brasília nr. 05 (GLMDF) Academia Maçônica de Letras do Brasil. Arcádia Belo Horizonte www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com Mario Gentil Costa. O autor é médico em Florianópolis. Contato: [email protected] http://magenco.blog.uol.com.br O médico nunca imaginaria que não indo ao hospital naquela manhã, escaparia de morrer. Afora o telefonema avisando que o paciente que ia ser operado não conseguira vaga para internar-se, a manhã transcorreu como outra qualquer, e ele destinou seu inesperado e bem-vindo tempo livre ao encaminhamento de outras tarefas, sempre adiadas pela sobrecarga do dia-a-dia. E a vida prosseguiu sem novidades. Na manhã seguinte, retomou sua rotina: deu aula prática no ambulatório e operou outro caso. Teve até tempo para subir à sala da chacrinha e bater um papo descontraído com os colegas. A única coisa – que, aliás, já lhe vinha chamando a atenção - foi o silêncio de um ex-aluno com quem sempre mantivera um relacionamento cordial. Até atendera sua esposa e filhos. Este, por alguma razão, fora o único que, além de não responder a seu ‘bom dia’ ao entrar, retirara-se abruptamente. Mera distração? Uma necessidade premente de sair? Foram essas as hipóteses. No dia seguinte, todavia, a reação foi a mesma. Aquilo deixou-o intrigado. “Afinal, por que ele não responde mais ao meu cumprimento?”, foi a pergunta que passou a fazer a si mesmo a partir de então. “Sempre o tratei com a maior cortesia. Por que isso, agora?” As retiradas se transformaram em praxe toda vez que ele chegava, sobretudo quando o outro estava sozinho. Com o passar das semanas e dos meses, como seria inevitável, ergueu-se entre os dois uma barreira de indiferença mútua. A antiga cordialidade se deteriorara por completo. E o tempo passou. Anos mais tarde, numa dessas ocasiões, quando o desafeto, interrompendo ostensivamente o cafezinho, batia em retirada, ele, num impulso irrefletido, resolveu tirar a limpo sua velha estranheza e o interpelou da maneira mais direta: - Posso saber por que você nunca mais falou comigo? Já quase na porta, o outro estacou. Suas costas enrijeceram. Ele foi se virando, devagarinho. Estava pálido como uma vela. Mesmo assim, aproximou-se, serviu-se de outra xícara, sentou-se, acendeu um cigarro, mirou o ex-professor com evidente embaraço e falou: - Você devia ter morrido naquele dia... - O quê? A declaração ecoara como um petardo. - Foi isso mesmo que eu disse: você esteve marcado para morrer. Não morreu porque não veio ao hospital numa certa manhã... A palidez, agora, mudara de hospedeiro. Era o mais velho que estava pasmo. Não sabia como reagir à brutal revelação. Recompondo-se da maneira que pôde, conseguiu, entretanto, aparentar a serenidade que não sentia e indagou: - A sentença já prescreveu? - Já. Há muito tempo. - E agora eu posso saber por quê? - Pode. Até acho bom a gente botar tudo em pratos limpos. Isso já me angustiou demais. Principalmente depois que nós descobrimos sua inocência... - Espera aí. Nós quem? - Lembra aquele processo da previdência em que nós cinco fomos indiciados e você foi arrolado como perito? A memória da ex-futura vítima deu um retrocesso e, de repente, tudo começou a fazer sentido. Sim, ele, de fato, fora convocado para apreciar prontuários de pacientes cujas indicações cirúrgicas estavam sendo alvo de desconfiança por parte da administração da previdência social. Mas não se lembrava de ter dito nada que comprometesse os suspeitos, muito menos assinado qualquer documento que os prejudicasse. E, fundamentado nesta certeza, esperou que o outro fosse adiante. - O que nos levou a suspeitar foi o antagonismo expresso que havia entre você e dois do nosso grupo. E a coincidência de ser sua irmã, como funcionária da instituição, uma das responsáveis pela sindicância. - E por que vocês deixaram de suspeitar de mim? - Um de nós, que já morreu, mais tarde teve acesso à documentação e verificou, pra nossa surpresa, que você não havia acusado ninguém. - E isso aconteceu quanto tempo depois? - Anos. Mas na ocasião, eu vim aqui, armado com um 38, para matá-lo. Sua sorte foi não ter vindo ao hospital naquela manhã. - E no dia seguinte? Por que não me matou? - Porque tive uma conversa com minha mulher e uma noite inteira pra pensar... - Quer dizer que eu fui salvo pelo gongo... - É isso aí. Você foi salvo pelo gongo. - E está arrependido? - Claro. - E por que nunca me procurou para se desculpar? - Ah, sei lá. Amor-próprio... orgulho... constrangimento... vergonha... não sei o nome que se dá a isso... - Eu também não sei. Só sei que estou muito feliz de estar vivo. E a quase-vítima, ainda assustada, foi saindo da sala. Quando estava chegando à porta, ouviu-o perguntar, com a voz embargada: - Você seria capaz de me perdoar? - Olha, eu não sei – foi a resposta seca, dada de costas, já à saída. E o ex-futuro-assassino ficou ali, sozinho, remoendo sua culpa. O tempo voltou a correr. Um dia, ele, que já tivera três ou quatro enfartos, foi internado na UTI em condições críticas. Temeroso, e atormentado pelo remorso, pediu que lhe trouxessem a ex-futura-vítima. Esta se fez presente e ouviu novamente o pedido patético, feito com expressão tensa e ansiosa de quem se vê diante da morte com a consciência pesada: - Agora você é capaz de me perdoar? - Claro, você está perdoado. No mesmo dia, ele morreu... Isso aconteceu há mais de 15 anos. Mario Gentil Costa A Sociedade Secreta dos Advogados O autor, Ir. João Ivo Girardi é Obreiro da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau) e este verbete é um dos mais de 3.000 constantes de sua obra de 700 páginas, intitulada “VadeMécum Maçônico - Do Meio-Dia à Meia-Noite”. 1. Origem: A Burschenschaft Paulista ou Bucha foi uma antiga sociedade secreta da Faculdade de Direito de São Paulo, fundada provavelmente em 1831, pelo professor alemão de História Natural no Curso anexo da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, Julius Frank. Seu objetivo era ajudar os desfavorecidos através de uma rede de alunos e ex-alunos da São Francisco. A origem do nome é Burschenschaft - do alemão bursch, que significa camarada e schaft, confraria. Estas associações já existiam na Alemanha e foram trazidas pelo Professor Júlio Frank a São Paulo. O mesmo pertencia à uma sociedade na Universidade de Gotha, na sua terra natal. Muitos políticos, ministros e presidentes da República Velha foram bucheiros. Seu lema era Fé, Esperança e Caridade, e sofria influências dogmáticas do Iluminismo e da Maçonaria. Estas confrarias sofriam influência direta da Ordem dos Illuminati de Adam Weishaupt. 2. A Sociedade Secreta dos Advogados: Os que estiverem na Academia continuarão a obra de assistência; os que terminarem o curso terão nela uma sociedade de ex-alunos, tão útil, e se auxiliarão mutuamente através do tempo. E, ainda mais tarde, se quiser, poderá governar o país... Júlio Frank. A antiga sociedade secreta do Direito, conforme relatos esparsos da História, foi fundada provavelmente em 1831, pelo professor alemão de História Natural do Curso Anexo da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, Júlio Frank. A origem do nome é Burschenschaft - do alemão bursch, que significa camarada, e schaft, confraria. Estas associações já existiam na Alemanha e foram trazidas pelo Professor Júlio a São Paulo. O mesmo pertencia a uma sociedade na Universidade de Gotha, na sua terra natal. Estas confrarias sofriam influência direta da Ordem dos Iluminados de Weishaupt. Como se sabe, quando se trata de sociedades secretas, é extremamente difícil separar a lenda da verdade ou verificar quanto da verdade há na lenda, principalmente porque esta se presta a reforçar ainda mais o mistério que as envolve, isto é, sua própria motivação. É interessante a menção, acolhida por outros, entre os quais Almansur Haddad, de sociedade secreta de igual natureza na Faculdade de Direito de Olinda/Recife, a Tugendund. Da mesma forma, noticiam a existência de outras, a Landsmannschaft nas Escolas Politécnica de São Paulo e do Rio de Janeiro, a Jugendschaft na Escola Paulista de Medicina. A da Politécnica de São Paulo foi presidida por Francisco de Paula Sousa, depois por Ramos de Azevedo e por Rodolfo Santiago. A da Medicina, por Arnaldo Vieira de Carvalho. A Bucha nasceu com a finalidade primordial de proteção aos estudantes de famílias pobres, oferecendo-lhes condições para concluírem seus estudos, bem como o auxílio às suas famílias, caso fosse necessário. Todos os atos da sociedade deveriam ocorrer no mais absoluto sigilo. No entanto a sociedade com o tempo foi tendo outros desdobramentos em suas atividades, de forma a se tornar uma instituição completamente protecionista com seus membros. Sua estrutura era baseada da seguinte forma: A Bucha era formada por alunos escolhidos entre os que mais se distinguiam por seus méritos morais e intelectuais, não se apresentando eles à sociedade secreta, mas sendo por ela selecionados. Somavam, talvez, dez por cento do corpo discente e eram chefiados por um Chaveiro. Um Conselho de Apóstolos orientava a Bucha dentro da Faculdade, enquanto o Conselho de Invisíveis, composto de ex-alunos, numa espécie de prolongamento da vida acadêmica, a aconselhava e protegia fora das Arcadas. Com o tempo a sociedade ia se tornando cada vez mais forte, ao ver seus membros pertencendo aos mais altos cargos do Império e da vida pública brasileira. Pertenceram à Bucha os nomes mais importantes do Império e da República, além, obviamente, dos mais representativos professores da Faculdade de Direito de São Paulo: Paulino José Soares de Souza (Visconde do Uruguai), Pimenta Bueno, Manuel Alves Alvim, Joaquim José Pacheco, Ildefonso Xavier Ferreira, Vicente Pires da Motta, Antonio Augusto de Queiroga, Antonio Joaquim Ribas, Mariano Rodrigues da Silva e Melo, Alexandrino dos Passos Ourique (entre os fundadores e primeiros membros da Associação); depois, não por ordem cronológica: Rui Barbosa, Barão do Rio Branco, Afonso Pena, Prudente de Morais, Campos Sales, Rodrigues Alves, Wenceslau Brás, Visconde de Ouro Preto, Visconde do Rio Branco, Pinheiro Machado, Assis Brasil, Francisco Otaviano, João Pinheiro, Afrânio de Melo Franco, Pedro Lessa, Bernardino de Campos, Américo Braziliense, David Campista, Washington Luiz, Altino Arantes, Frederico Vergueiro Steidel, Júlio Mesquita Filho, Cândido Mota, Bias Fortes, Paulo Nogueira Filho, José Carlos de Macedo Soares, César Vergueiro, Henrique Bayma, Spencer Vampré, Sebastião Soares de Faria, Antonio Carlos de Abreu Sodré, Francisco Morato, Waldemar Ferreira, Alcides Vidigal, Rafael Sampaio de Rezende, Arthur Bernardes, Abelardo Vergueiro César, Álvares de Azevedo, Castro Alves, Fagundes Varela, José Tomás Pinto de Cerqueira, dentre outros. Dos presidentes civis da República Velha, apenas Epitácio Pessoa, como afirma Carlos Lacerda, não foi da Bucha. E acrescenta: Todos os demais passaram pela Burschenfaft. E o fenômeno não tem nada demais, é o mesmo fenômeno da Maçonaria: uma: uma sociedade secreta em que os sujeitos confiavam nos companheiros, digamos ‘da mesma origem’, que passam pelas faculdades, futuras elites dirigentes. Um dia, um sobe e chama o outro para ser governador, para ser secretário, para ser ministro e assim por diante. (Carlos Lacerda, Depoimento, Jornal da Tarde, 28/5/77). A relação com a Maçonaria era também muito forte, conforme afirma os historiadores Bandecchi, Gustavo Barroso, Jamil Almansur Haddad, entre outros, onde apontam as ligações da Burschenschaft com a Maçonaria, chegando Bandecchi a relacionar nomes comuns às duas. Dentre eles, menciona: Clemente Falcão de Souza Filho (Falcão Filho), Frederico Abranches, Martim Francisco Ribeiro de Andrada III, Clementino de Souza e Castro, Prudente de Morais, Américo Brasiliense, Joaquim Almeida Leite de Morais, José Eduardo Macedo Soares, Bernardino de Campos, Campos Sales, Ubaldino do Amaral, Rangel Pestana, Carlos Reis, Américo de Campos, Quirino dos Santos, Antonio Bento, Almeida Nogueira, Francisco Glicério, Pedro de Toledo, Carlos de Campos, Fausto Ferraz, Armando Prado, Marrey Júnior, Mario Tavares, Fontes Júnior, Júlio Prestes, Ataliba Leonel, Gabriel Rocha e J.A Gomide. A proteção entre os bucheiros invadia até a própria sala de aula, como afirma Francisco Pati quando junto a Francisco Martins de Andrade, Francisco do Nascimento e Francisco Ribeiro da Silva que, iam prestar um exame de Direito Civil com o prof. Pacheco Chaves, porém, estavam totalmente despreparados, mas que foram tranquilizados por Gontijo. No dia do exame, este foi assistir à prova dos colegas: Antônio Gontijo de Carvalho entrou e sentou-se na primeira fila, rente à banca examinadora. Viu-o Pacheco Prates. Viu-o e sorriu-lhe, cumprimentando-o com estas palavras: - Veio assistir ao exame dos seus protegidos, hein? O resultado do julgamento fôra, como se vê, antecipado. Querendo fazer pilhéria com Antônio Gontijo de Carvalho, o saudoso mestre desmascarou-se. Obtivemos notas consagradoras. E Pati antes dissera que estavam totalmente despreparados. Fora da Academia, prolongando as relações, alguns fatos também poderiam exemplificar a ação da Bucha. Afonso Arinos, após transcrever carta de Afonso Pena a Pedro Lessa, professor da Academia, em que se refere explicitamente à Burchschaft, datada de 1906, lembra que foi Afonso Pena quem chamou Pedro Lessa de sua banca de advogado e da cátedra de professor em São Paulo para o Supremo Tribunal. Lessa resistiu ao convite, mas o presidente demoveu-o com esta declaração: Eu cumprirei meu dever de nomeá-lo, o senhor saberá como cumprir o seu. Durante a República Velha a Bucha se mostrou uma das sociedades com maior influência dentro do contexto nacional, de tal forma que Getúlio Vargas uma vez confessou para Ademar de Barros, Não se pode governar o Brasil sem esta gente. A decadência da Bucha acompanhou passo a passo a perda de substância da República Velha. A fundação da Liga Nacionalista e, subsequentemente, do Partido Democrático, por dissidentes da Bucha, veio acelerar o seu processo de deterioração. A Revolução de 1930, que mereceu o apoio desses dissidentes, hostilizou ferozmente a Bucha, com os mais exaltados tentando até mesmo profanar o túmulo de Júlio Frank, como se o jovem professor alemão fosse responsável pelo desvio de propósitos que sua Ordem sofrera com os anos. A Bucha, depois de todos esses percalços, acabou por refluir ao seu leito original, perdendo o condão de dirigir o pensamento político da nação. Se ela ainda existe? Isto também queremos saber! (Paulo Stanich Neto). 3. Julio Frank: A origem de Julio Frank até hoje é mantida sob o mais reservado segredo. A única coisa que tem de oficial é que ele chegou ao Brasil clandestinamente em 1821. Alguns historiadores o identificam como o estudante Carlos Luís Sand, que na Alemanha fora condenado à morte por assassinato político em 1820 e, por influência daquelas sociedades secretas, outra pessoa teria sido executada em seu lugar. Daí sua clandestinidade. Em seus primeiros anos no Brasil, Frank viveu como professor de línguas em Sorocaba, área de influência do senador Vergueiro, fundador de Rio Claro e Limeira. Natural de Portugal e um dos primeiros advogados do Brasil, na época Vergueiro era diretor da Faculdade de Direito de São Paulo, para a qual contratou Julio Frank como professor de Filosofia e História. Em 1831, quando a Bucha foi formada com a contratação de Frank, Vergueiro era Regente do Trono Imperial e articulava-se politicamente através de sociedades secretas liberais. Assim fazia também Feijó, amigo de Vergueiro, igualmente influente no interior paulista e que, apesar de padre, defendia ideias contra o poder do papa, logo disseminadas pelas conspirações da Bucha. A exemplo da Faculdade de Direito, as corporações estudantis tomaram conta das demais instituições de ensino em formação no Brasil. Vem dessa época a tradição de estudantes dividirem as despesas de moradia através da chamada ‘república’, no que se nota o tom liberal. Até a Proclamação da República, quase que a totalidade das gerações da elite nacional passou por sociedades secretas e por essa influência ocupou os principais cargos públicos. Entre outros, teriam passado pela Bucha de São Paulo os presidentes Rodrigues Alves, Afonso Pena, além de Rui Barbosa, Pinheiro Machado e o Barão do Rio Branco. A juventude da transição do século, além de contestar os poderes da monarquia e da Igreja, dedicava-se a agredir os valores morais, coisa típica do mais exaltado romantismo da época. Aos olhos conservadores, os estudantes eram libertinos, devassos, promotores de orgias e paganismo. Poetas românticos como Fagundes Varella e Álvares de Azevedo eram considerados pelo radicalismo conservador como degeneradores de uma geração empenhada em viver as mais profundas paixões. A moda romântica levaria os jovens a entregarem-se à vida boêmia, exaltar a palidez, o alcoolismo, drogas, desafiar a morte e promoverem bacanais. Da literatura internacional chegava ao Brasil o estilo maldito, profundamente anticlerical, permeado de heresias e não raro de satanismo poético. Era um escândalo para os religiosos, que faziam uma interpretação literal dos textos satânicos. Registros sobre a real existência da Bucha foram discretos durante as primeiras três décadas do século passado. Isto porque a geração que estava no poder vinha daquela formação e constituía a chamada República dos Bacharéis. A contar da Revolução de 1930, o eixo do poder mudou. Uma nova geração, mais de militares do que de advogados, assumiu o controle do País. O mundo vivia um período fortemente influenciado pelas ideias fascistas e racistas. O conservadorismo católico se fortaleceu com seus ideólogos deflagrando uma verdadeira guerra às sociedades secretas, quando então passou-se a rastrear a história da Bucha. O pouco que se sabe sobre o assunto vem daquela época, evidentemente sectária. Para aqueles ideólogos, as sociedades secretas eram manipuladas pelo judaísmo, que estaria empenhado em uma grande conspiração para dominar as nações do mundo depois de destruir-lhes os valores morais e cristãos. A mais terrível das estratégias dos judeus estaria em conduzir os povos ao satanismo. As sociedades secretas, de maneira geral, guiariam-se por esoterismos, síntese mística das religiões, inclusive do paganismo. Sobre esse ponto, a ortodoxia das religiões tradicionais apegaram-se contra seus detratores. Veio a público então que os membros das sociedades secretas eram adoradores do diabo. Quem mais fomentou a denúcia foi o historiador integralista-católico Gustavo Barroso. Sua campanha era feroz e tumultuou o país na década de 1930. Seus críticos costumam dizer que Barroso agiu assim para ganhar espaço político. Seria sua pretensão conquistar o primeiro posto no integralismo, ocupado por Plínio Salgado. Gustavo Barroso era apenas o segundo nome do partido. Apesar de pressionado, Plínio Salgado conseguiu driblar as teses racistas e extremistas de Barroso, que historicamente acabaram vencidas. A polêmica do satanismo das sociedades secretas apoiou-se no fato de muitas cultuarem a imagem de Bafomé, que seria o diabo e teria sido criada pelos Templários. As explicações das partes envolvidas no debate nunca chegaram a ser conclusivas. Especialistas do esoterismo explicam que Bafomé, apesar da imagem cavernosa e horripilante, nada tem a ver com satanismo. Ao contrário, é um símbolo do Bem Universal. Segundo a explicação, o bode é símbolo da fertilidade e animal sagrado nas religiões antigas para sacrifícios. A certeza de que Bafomé corresponde ao espírito do Bem estaria no fato de sua imagem trazer uma chama sobre a cabeça, representando a Grande Luz. Se fosse uma figura maligna, em vez de luz ele viria marcado por simbolismos das trevas, que não é o caso, dizem. Finalmente, se a imagem de Bafomé representasse o Mal, ela traria asas como as de morcego, características das sombras. Também não é o caso, pois suas asas são do tipo utilizado para representar anjos do Bem. Seja como for, a modernidade acabou com a antiga polêmica. Da Bucha nunca mais se falou. Seu nome e de outras sociedades do tipo ocupam espaço apenas no imaginário. 4. A Bucha – Uma Sociedade Secreta Brasileira: O mais eloquente gesto de solidariedade de Júlio Frank, no entanto, consistiu na criação da Bucha. As Burschenschaften, a uma das quais pertencera Frank antes de sua vinda para o Brasil, vicejavam na Alemanha. Eram sociedades de jovens - esse o seu significado em alemão - nascidas nas universidades daquele país, da ânsia de combater-se o absolutismo. Não lhes faltava alta dose de filantropia, com a qual eram amparados de forma discreta estudantes menos favorecidos. Se a idéia de criar uma sociedade secreta nesses moldes era acalentada de há muito por seu fundador, a verdade é que ela somente se converteria em realidade a partir de 1831. Nas repúblicas então existentes na cidade, os estudantes reuniam-se à noite para discutir seus problemas. Dentre estes, compreensivelmente, despontavam os de ordem financeira. Esse aspecto parece ter gerado o impulso inicial da formação da Burschenschaft paulista que, por um óbvio comodismo prosódico, passou a ser chamada simplesmente Bucha. Além da solidariedade e das idéias liberais que a Bucha abrigava, seduziam os estudantes seu caráter secreto e seu ritual, herdado esquematicamente da Maçonaria, então em plena projeção no Brasil e na Europa. A Bucha era formada por alunos escolhidos entre os que mais se distinguiam por seus méritos morais e intelectuais, não se apresentando eles à sociedade secreta, mas sendo por ela selecionados. Somavam, talvez, dez por cento do corpo discente e eram chefiados por um Chaveiro. Um Conselho de Apóstolos orientava a Bucha dentro da Faculdade, enquanto o Conselho de Invisíveis, composto de ex-alunos, numa espécie de prolongamento da vida acadêmica, a aconselhava e protegia fora das Arcadas. Suas reuniões secretas obedeciam a uma liturgia bem à feição das sociedades medievais de cavaleiros, com os bucheiros envergando vestes talares e faixas cruzadas sobre o peito, durante as sessões. Nas faixas usadas segundo o grau de cada um, aplicava-se uma cruz azul representando a fé, ou uma âncora verde significando a esperança, ou ainda um coração vermelho, indicando a caridade. O interesse pela Bucha ultrapassou as lindes da Faculdade de Direito de São Paulo, propagando-se para a de Recife, onde se fundou a Tugendbund e, mais tarde, para a Escola Politécnica de São Paulo, onde se criou a Landmanschaft (1895). A da Faculdade de Medicina de São Paulo, Jungendschaft, é mais recente, datando de 1913. A Bucha desbordou de seu propósito inicial de mera sociedade filantrópica de jovens liberais, convertendo-se, aos poucos, numa confraria que nem sempre soube distinguir entre o bem comum e os interesses de grupo. A distribuição de privilégios, na Faculdade e fora dela, não estava certamente nas cogitações de seu fundador. Por isso, é pouco provável que Júlio Frank tivesse proferido a frase que lhe atribuiu Afonso Schmidt, especialmente no tocante à sua última parte: Os estudantes que continuarem na Escola se auxiliarão mutuamente; os que se formarem terão uma associação de ex-alunos e, mais tarde, poderão até governar o país. Não é verossímil que o mestre alemão pudesse prever o desdobramento admirável de sua idéia original, nem que se dispusesse a segredá-la - como quer Schmidt - a Arouche Rendon, que não foi sequer um dos iniciados daquela Ordem. O mais razoável é que Júlio Frank entrevisse a projeção da sociedade que organizara, limitando-se, porém, aos seus futuros efeitos menores, despreocupado em governar o país. De qualquer forma, a Bucha viria contribuir decisivamente para a eleição de sete presidentes da República, abrigando em seu seio nomes como Rui Barbosa, Barão de Rio Branco, Afonso Pena, Prudente de Morais, Campos Sales, Rodrigues Alves, Venceslau Brás, Pedro Lessa, Bemardino de Campos, Washington Luiz, Altino Arantes, Júlio de Mesquita Filho, José Carlos de Macedo Soares, César Vergueiro, Spencer Vampré, Waldemar Ferreira, Rafael Sampaio e outras tantas figuras de realce na vida de São Paulo e da Nação. O krausismo - expressão derivada do nome de Karl Krause, reputado estudioso das sociedades secretas alemãs - dominaria a cena política brasileira por muitos anos; e a reunião das diversas buchas paulistas haveria de influenciar diretamente nossos costumes políticos, no curso de toda a Primeira República. A decadência da Bucha acompanhou passo a passo a perda de substância da República Velha. A fundação da Liga Nacionalista e, subseqüentemente, do Partido Democrático, por dissidentes da Bucha, veio acelerar o processo de deterioração desta. A Revolução de 1930, que mereceu o apoio desses dissidentes, hostilizou ferozmente a Bucha, com os mais exaltados tentando até mesmo profanar o túmulo de Júlio Frank, como se o jovem professor alemão fosse responsável pelo desvio de propósitos que sua Ordem sofrera com os anos. A Bucha, depois de todos esses percalços, acabou por refluir ao seu leito original, perdendo o condão de dirigir o pensamento político da nação. Antes que isso pudesse acontecer, porém, ditou ela as normas partidárias do país por muito tempo, o que teria levado Getúlio Vargas a confidenciar a Ademar de Sarros, quando tornou consciência do enorme poder secreto dessa confraria: Não se pode governar o Brasil sem essa gente. (Fonte: Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo arcadas.org.br). Dica: Os Irmãos que desejarem se aprofundar no assunto sugiro o site: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/bachareis.pdf “O Ensino Jurídico, a Elite dos Bacharéis e a Maçonaria do Século XIX”. Resumo da coletânea extraída da Loja Quatuor Coronati nº 2076 de Londres. Vamos descrever abaixo parte da vida maçônica do grande Maçom William Preston, descrita por outro grande escritor Maçom Alec Mellor, da França. É interessante para nosso conhecimento, pontos de vista de escritores não ingleses, como neste caso. Nascido em Edimburgo em 1742, William Preston foi a Londres em 1760 e foi iniciado em 1763. A sua carreira maçônica foi fecunda e brilhante. Após vários veneralatos, foi colocado na cadeira do rei Salomão pela Loja Antiquity nº 1 (atualmente nº 2), que trabalhava sem carta, já que era “de tempos imemoriais” (situação que persiste até hoje). No dia de São João de 1777, uma delegação dessa Loja, precedida por Preston, foi à Igreja Saint-Dunstan para nela assistir ao ofício, com os Irmãos com os seus aventais, condecorações e luvas, a igreja encontrando-se a pouca distancia e a delegação só tendo uma rua para atravessar. Depois voltou à Loja. O incidente fez com que a Grande Loja condenasse Preston, em virtude da proibição tradicional às Lojas de se mostrarem assim publicamente sem a sua autorização. Preston invocou a titulo de privilégio o fato de que a sua Loja trabalhava “desde tempos imemoriais”, opinião juridicamente insustentável, pois ela colocava a Loja na condição de Obediência autônoma. Preston foi expulso da Maçonaria. Seguiu-se um cisma, a Loja Antiquity nº 1 separando-se da Grande Loja e constituindose em um outro corpo, com o nome de Grand Lodge of England South of the River Trent (Grande Loja da Inglaterra do sul do Rio Trent) – ver Pílula Maçônica nº 56. Em 1787, depois dos cismáticos terem dado as satisfações exigidas pela Grande Loja, esta reintegrou-os. O nome de William Preston permanece ligado aos seus “Illustrations of Freemasonry” (Esclarecimentos sobre a Franco-Maçonaria), cuja primeira edição é de 1772. A obra teve dezessete edições, das quais doze durante a vida do autor, que morreu em 1818. Foi enterrado na catedral de São Paulo em Londres. Os “Illustrations of Freemasonry” constituem uma coletânea de conferências eruditas e de alto valor literário para uso nas Lojas. A Grande Loja da Inglaterra deve ainda a William Preston a fundação das famosas “Prestonian lectures”, que, não obstante algumas interrupções, permanecem atuais até hoje, conferências em geral notáveis sobre assuntos de interesse maçônico. O presente bloco, a cargo do Ir. Pedro Juk, está sendo apresentado às quartas-feiras sábados e domingos. aplausos Pergunta que faz o Respeitável Irmão Ivan Barbosa, Oriente do Espírito Santo. [email protected] Caro Irmão Pedro, como sempre este eterno aprendiz volta a lhe recorrer em busca de socorro... Bom, estive hoje em um Seminário de Ritualística e restou a seguinte dúvida de minha parte: no Ritual de Aprendiz, em fls. 140/141 o Venerável pede aos Vigilantes que convidem os obreiros das Colunas para unirem-se a ele a fim de ajudarem a APLAUDIR a aquisição da Loja... Bem, neste momento não deveria mencionar "pela Bateria" ??? Visto que aplauso é uma coisa, bateria de grau é outra... Por cinco vezes é mencionada a palavra APLAUSOS, e muito embora se explique que seguem os APLAUSOS de agradecimentos pela mesma Bateria, não se menciona que deve ser o aplauso feito pela Bateria do Grau. Não deveria conter esta explicação para que não restassem dúvidas? Visto que Bateria se tem um modo ritualístico de se fazer e aplauso não. Considerações: Em Maçonaria existem dois tipos de aplausos. Aquele que exorta a bateria do Grau e o de louvor conhecido com “bateria incessante”. Tanto para o primeiro quanto para o segundo caso os movimentos vibratórios são feitos com as mãos, ou mão; pela percussão dos malhetes e, às vezes com o cabo da espada na porta do Templo no ofício do Cobridor. A bateria feita com o punho cerrado dada na porta do templo é a Bateria Maçônica Universal (igual à de Aprendiz) e as demais dos outros graus subsequentes. Os aplausos, como dito, são normalmente constituídos pela Bateria do Grau. Os que portam malhetes o fazem percutindo o mesmo na forma de costume sobre o Altar e mesas. Os demais executam o ato estendendo o braço esquerdo à frente e próximo ao ventre tendo a respectiva palma da mão aberta e voltada para cima que fica parada. Sobre esta o executor bate com a mão direita espalmada. No caso citado pelo Irmão, o Venerável recomenda que o neófito seja aplaudido. Obviamente o aplauso é feito pela bateria como menciona o próprio Venerável. Não existe o formato de aplauso profano na Maçonaria, como, por exemplo, aplaudiríamos um ator no teatro. Em Maçonaria os aplausos são, ou pela bateria do Grau, ou o incessante que é executado da mesma forma, porém com ritmo cadenciado e igual no compasso. Ademais, sempre que for solicitado o ato, o Venerável determina a razão, daí saber-se-á se a bateria em forma de aplauso é a do grau ou a incessante. Bateria e aplauso em Maçonaria seria uma espécie de sinônimo, diferenciandose apenas se ela é incessante ou do grau. Essa é uma norma consuetudinária e seria, a meu ver, um excesso de preciosismo identificá-la no Ritual. T.F.A. PEDRO JUK [email protected] Loja Templários da Nova Era I Realizou-se ontem em Florianópolis nos Centros de Eventos Ilha Anhatomirim e Ilha de Ratones, do Hotel Mar de Canasvieiras, o VII Encontro de Cultura Maçônica, anualmente promovida pela Loja Templários da Nova Era. A festa cultural foi em regozijo ao 7o. Aniversário de Instalação da Loja, que ocorreu em 23 de setembro de 2005. A abertura foi às 09h00 com a saudação feita pelo Venerável Mestre da Oficina, seguida com a primeira palestra « A Tábua de Esmeralda » pelo Irmão Sergio Luciano Ávila. Em seguida seguiram-se « Gravidade e Individualidade » pelos Irmãos Cesar e Helton Camargo Costa; « O Zero e o Infinito" com o Irmão Paulo Sergio da Silva Borges e « Pitágoras, os Pitagóricos e a Doutrina » com os Irmãos Homero Milton Franco e Clovis Antonio Petry. Após o almoço os trabalhos foram reiniciados às 14h45 com um vídeo de uma hora de gravação produzido pelo Irmão Ademar Valsechi e narrado por Homero Franco, Juarez Medeiros e Jeronimo Borges, intitulado « Universo, a Vida, a Inteligência e Nossas Crenças ». O médico e Irmão Ronald Ventura abordou as « Consideraçções a Osteoporose » Finalmente, unicamente para Maçons, o Irmão Pedro Juk, do « Perguntas e Respostas do JB News » enfocou o interessante tema « Comportamento Maçônico » sendo a atração do Encontro cultural, falando e respondendo as perguntas formuladas por mais de duas horas, entusiasmando a platéia cobrindo-a de informações culturais maçônicas abrangentes., sendo interrompido somente pelo avanço do horário. Quem não esteve presente nem imagina o que perdeu. O VII Encontro de Cultura Maçônica foi finalizado com um jantar de confraternização alusivo pelo sétimo aniversário de Instalação da Loja. Os agradecimentos ao Ir. Pedro Juk pelos conhecimentos repassados ao quadro de Obreiros da Loja e convidados que estiveram que compareceram. Valeu Mano Pedro Juk ! Obrigado. Seguem-se as centenas de fotos da Família Templários em dois links especiais. https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/VIIEncontroDeCult uraMacOnica2209121aParte?authkey=Gv1sRgCN-suKGixNnoNw# https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/VIIEncontroDeCult uraMaconica2209122aParte?authkey=Gv1sRgCOu3n_u9q-ngSg# Loja Templários da Nova Era II A Loja Templários da Nova Era completa hoje, 23 de setembro, sete anos de sua Instalação, ocorrida no Templo “Obreiros da Paz” em Canasvieiras Os Irmãos fundadores são Ademar Valsechi; Domingos Silveira Júnior; Jeronimo Borges; Lênio Rocha; Ricardo Garbeloto Teixeira; Sergio Ávila; Silvio de Amorim e Vilson Bazzan (pela ordem alfabética) Instalação em 23 de setembro de 2005 com a presença do então GM Airton Edmundo Alves e PGM Wilson Filomeno. Juntos, Rádio Sintonia 33 e JB News. Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal. Agora você pode ouvir a sua Rádio 33 no celular. www.radiosintonia33.com.br NEWS Do Museu Maçônico do GOF – Paris: . Domingo é dia que paramos para dar lugar aos versos do Ir. Sinval. Os de hoje falam sobre a “Jaula da Morte” Ir Sinval Santos da Silveira* FINALMENTE, A PRIMAVERA Chegam o perfume, a cor e a beleza, renovados em flor. A vida renasceu e, com ela, chegou a esperança de te rever. Quero me ofuscar no brilho dos teus lindos olhos, acariciar tua meiga face, beijar, como antes, esses lábios da cor do pecado. Necessito sentir o aroma suave, do teu estonteante corpo, como as abelhas precisam das flores para, na vida, permanecer. Das quatro estações, és a mais bela, primavera dos amores e das flores. Renovação da vida ! De tudo o que respira. A mata está mais verde e brilhante. A natureza canta a felicidade dos seres. No ar, o doce cheiro do amor que está chegando, a tudo iluminando, fazendo os teus olhos brilhar, e os teus lábios, inchados e sedentos por beijar. Oh, fantástica primavera, aliada da vida, seja bem vinda, ao mais lindo reino, dos verdadeiros amantes ! * Sinval Santos da Silveira Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes e Grande Orador da GLSC