VISÃO DE NEGÓCIOS
por Fabrício Drumond
Já pensou em não ser
dono da sua central
de tratamento?
F
ocar na qualidade dos serviços prestados, ou produtos desenvolvidos, inovar
e crescer são, sem dúvida, alguns dos
principais objetivos dos planos de negócios
da maioria das empresas. No entanto, o tempo para dedicação exclusiva à questões como
esta também é restrito. Todo executivo sabe
que demandas paralelas, nem sempre ligadas
ao core business, sempre existirão, principalmente diante de expansão da área de negócios ou volume de produção. A solução para
equalizar esta questão é buscar parceiros
capazes de assumir a responsabilidade por
atividades que, apesar de paralelas, também
são essenciais para o negócio.
Neste contexto, há anos, o conceito de terceirização ganha espaço na agenda de prioridades dos executivos. Para que despender tanto
tempo e recursos para desenvolver um serviço se há especialistas que podem ser acionados para assumir esta demanda? O principal
objetivo da terceirização é exatamente transferir para um especialista a responsabilidade
de execução de algum serviço.
Assim como nos exemplos acima, o tratamento de águas e efluentes são uma necessidade
e diante da grande demanda e volume gerados, muitas empresas optam por construir
suas próprias centrais, que podem tornar-se
um peso para a organização, dependendo da
forma como o processo é conduzido e dos
investimentos necessários.
Em situações como esta, uma alternativa que
começa a ser viabilizada no Brasil é a venda da
central de tratamento para empresas especializadas. Tratam-se de contratos de AOT (Acquire,
Operate and Transfer) ou AOO (Acquire, Own
and Operate), quando o objetivo é transferir
a unidade para uma empresa especialista
que assume a responsabilidade por tratar as
águas e efluentes da planta, sendo contratada por volume tratado.
Para a indústria, além da possibilidade de se
capitalizar com a venda de um ativo, há ainda
a transferência dos riscos envolvidos na operação da unidade e a segurança de que seus
efluentes serão tratados por especialistas e
descartados de acordo com todas as normas.
O modelo ideal para construção de uma
unidade dedicada a tratamento de águas e
efluentes é centralizar, com um único parceiro, todas as etapas, ou seja, desde o desenho do projeto, até a construção e a operação. Assim, evita-se todo o desgaste com
possíveis falhas e atualizações.
Já há no mercado empresas especializadas
que, com os chamados contratos BOT (Build,
Operate And Transfer) e BOO (Build, Own
and Operate), assumem, inclusive, o investimento inicial, que poderá ser amortizado em
contratos de 15 a 20 anos.
Terceirizar o tratamento de águas e efluentes e
transferir esta responsabilidade para parceiros
é sem dúvida uma tendência que já começa a
se configurar como um caminho sem volta. E o
mais interessante é que, embora pareça algo
complexo, esta iniciativa pode, na maioria dos
casos, ser uma opção mais econômica.
Fabrício Drumond
Diretor comercial da Nova Opersan, especializada em soluções ambientais para águas e efluentes.
www.opersan.com.br
Tel.: 11 3796-9067
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Já pensou em não ser dono da sua central de tratamento?