SOBRAGE
SOCIEDADE BRASILEIRA DE GINECOLOGIA ENDÓCRINA
Nº23 • ANO VI • JUNHO 2005
Mensagem do Presidente
A influência da geografia
e das ideologias no
desenvolvimento dos
modernos medicamentos
Elsimar Coutinho
Segundo o dicionário Aurélio, milagre é um feito
ou ocorrência extraordinária que não se explica
pelas leis da Natureza. Na prática, o milagre se
caracteriza mesmo é pela sua excepcionalidade,
como nas curas de doenças normalmente
incuráveis atribuídas a pessoas ou entidades
com poderes sobrenaturais. No passado, os
doentes terminais que escapavam das
epidemias eram apresentados como evidência
irrefutável da intervenção divina, e o religioso ou
a imagem a quem o beneficiário atribuía a cura
milagrosa se qualificava perante a Igreja católica
através da beatificação a uma eventual
santificação. No século passado, enquanto os
milagres escassearam, as curas se
multiplicaram, graças aos avanços da Medicina
que ocorreram numa velocidade surpreendente.
A revolução técnico científica que teve lugar no
século XX transformou a Medicina-Arte do século
XIX, numa ciência sofisticada que se vale
atualmente de uma tecnologia complexa e de
alta precisão para estabelecer diagnósticos e
tratamentos com drogas tão eficientes que
poderiam ser classificadas como milagrosas. A
velocidade com que a nova tecnologia foi
introduzida na prática médica foi tão grande que
o médico do século XXI é obrigado a se
familiarizar rapidamente com as novas técnicas e
os modernos equipamentos sob pena de perder
sua clientela.
Por outro lado, para ganhar tempo e,
sobretudo, não fazer mal (primo non nocere), o
médico moderno necessita estar ao par dos
avanços em terapêutica, particularmente das
novas drogas, ausentes das farmacopéias do
século passado e que, desenvolvidas no
século XX, transformaram de fato a arte de
curar na ciência de curar. A maior parte dessas
drogas atua inibindo ou ativando uma enzima
chave no metabolismo do agente patogênico
ou do doente. Assim, por exemplo, as
sinvastatinas atuam inibindo a ação de uma
enzima indispensável à síntese do colesterol,
sendo usadas, portanto, no tratamento da
hipercolesterolemia. O sildenafil, conhecido
popularmente pelo nome comercial de Viagra,
atua inibindo a fosfodiesterase, responsável
pela manutenção da flacidez peniana,
assegurada normalmente pela ação contínua
da enzima sobre ácido GTP cíclico. É também
atuando sobre enzimas indispensáveis à
sobrevivência das bactérias que agem a
maioria dos antibióticos, enquanto os
antimitóticos impedem a multiplicação das
células cancerosas atuando sobre enzimas
indispensáveis a sua reprodução.
A ciência de curar se iniciou aparentemente com
a descoberta das vitaminas, substâncias
indispensáveis ao organismo humano, que
entretanto não as fabrica. As vitaminas atuam
geralmente como co-enzimas sem os quais o
metabolismo não funciona. Sua falta provoca
doenças como a cegueira (Vitamina A), o beribéri
(Vitamina B), o escorbuto (Vitamina C), e o
raquitismo (Vitamina D). Presentes em alguns
alimentos, as vitaminas, obtidas hoje
sinteticamente, previnem as doenças
provocadas por sua carência.
Entre as drogas desenvolvidas no século XX
que fazem “o milagre” de curar doenças antes
incuráveis, estão além das vitaminas as sulfas,
os antibióticos e fungicidas, capazes de curar
doenças que no passado agiam de forma
epidêmica ou endêmica. A tuberculose, grande
ceifadora de vidas, presente no mundo inteiro,
só foi dominada com a introdução da
isoniazida e a rifampicina. A sífilis, outra
grande matadora mundial, só foi controlada
com o advento da penicilina. O tifo, a cólera, a
meningite e a pneumonia, todas até então
consideradas incuráveis, foram se revelando
rapidamente curáveis com a descoberta de
outros antibióticos como a cloromicetina, as
tetraciclinas, a furadantina, e os
cefalosporinas.
Fantasmas que
assombravam os médicos, seus pacientes e
familiares, as infecções que se instalavam no
pós-parto, no pós-cirúrgico e no póstraumático, e as chamadas infecções
hospitalares que antigamente apresentavam
uma letalidade de quase 100%, hoje ocorrem
esporadicamente quando aparece uma
variedade de germe resistente aos
antibióticos.
Doenças sexualmente
transmissíveis como a gonorréia, a própria
sífilis e o linfogranuloma venéreo, foram
totalmente dominadas pelos antibióticos,
devolvendo a saúde às suas vítimas
“milagrosamente” em poucos dias. Um
antibiótico especial que atua contra bactérias
gram-positivas e uma variedade grande de
fungos causadores das infecções que afetam
as mulheres do mundo inteiro, o metronidazol
(e seus derivados) cura 90% das vaginites, que
não matam suas vítimas, mas provocam
enorme desconforto, comprometem sua vida
sexual, provocam mau cheiro e prejudicam a
sua fertilidade. Os antibióticos não somente
salvaram e continuam salvando a vida de
bilhões de pessoas como asseguraram uma
vida mais longa para todos os habitantes do
planeta.
Doenças metabólicas como o diabete, que
mutilava mais do que as guerras e matava
precocemente a maior parte de suas vítimas,
também foram controladas no século XX graças
ao desenvolvimento de insulinas, de origem
animal, usadas ao longo da vida pelos
diabéticos, tipo I (insulino-dependente), que na
realidade constituem apenas 10% dos
diabéticos. Noventa por cento dos diabéticos
são do tipo II e dependem dos antidiabéticos
orais, todos sintetizados no século XX. Drogas
como a metformina, a roziglitazona, a
glimepirida e a glibenclamida, que reduzem a
resistência à insulina nos milhões de diabéticos
tipo II (insulino-resistente), devolvendo-lhes
uma vida normal. Açucares sintéticos que não
aumentam a glicemia, como a sacarina, os
ciclamatos e o aspartame, ajudaram a adoçar a
boca dos diabéticos, que passaram não
somente a sobreviver, mas a ter uma qualidade
de vida comparável à dos não diabéticos.
Os gotosos cujo sofrimento se deve ao excesso de
ácido úrico nas articulações já não ficam
imobilizados durante as crises como ficavam no
passado, conseguem hoje reduzir os níveis do
referido ácido úrico inibindo a sua formação
através do uso da colchicina ou do sintético
alopurinol. Do mesmo modo, as vítimas da artrite
e da artrose conseguem viver hoje normalmente
sem as dores articulares, que eram fonte de
sofrimento crônica no passado, graças aos
excelentes inibidores da COX II como o
meloxicam, e mais recentemente, através dos
novos inibidores do fator de necrose tumoral (TNF)
como o Embrel e o Remicade.
Os transplantes de órgãos que têm salvo a vida de
milhares de pessoas nos últimos cinqüenta anos
não existiriam sem os imunossupressores como a
ciclosporina e a rapamicina (Sirolimus) que
associada aos corticoides diminui a rejeição dos
órgãos transplantados.
Talvez a mais rápida resposta da MedicinaCiência à ofensiva de uma nova doença
aconteceu com o aparecimento da síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS). A doença é
provocada por um vírus que neutraliza o sistema
imunológico que era totalmente desconhecido há
trinta anos atrás quando apareceram os primeiros
casos. Da identificação do vírus até a síntese dos
primeiros medicamentos anti-retrovirais eficientes,
se passaram menos de vinte anos. Hoje a
2
doença, que se transformou na mais séria epidemia da história
da humanidade tendo provocado a morte de milhões de
pessoas, já não mata aqueles que são tratados pelas novas
drogas. Um “milagroso” coquetel com três anti-retrovirais que
se complementam, impede não somente a morte do portador da
AIDS, antes inevitável, como evita que uma criança nasça com a
doença se sua mãe for portadora.
O vírus da AIDS não foi o primeiro a ser vencido pelos
virostáticos; apesar de não assegurar cura definitiva, o vírus do
herpes pode ser dominado pela droga Aciclovir. Outros vírus
podem ser controlados através de vacinas também
desenvolvidas ou aperfeiçoadas no século XX como a paralisia
infantil e a varíola, ambas doenças terríveis que estão
praticamente erradicadas graças à Medicina-Ciência.
Esses exemplos mostram que onde havia doença a MedicinaCiência criou o remédio. É verdade que ainda existem algumas
doenças para as quais não existe ainda remédio adequado ou
vacina eficiente, como a malária, a doença de Chagas e a
doença do sono. Felizmente são poucas e evitáveis
combatendo-se os insetos transmissores graças aos modernos
inseticidas, todos desenvolvidos no século XX.
Os médicos cardiologistas receberam algumas drogas
milagrosas como os vários antihipertensivos, diuréticos,
bloqueadores e ativadores dos receptores alfa e beta
adrenérgicos como o propranolol, a fenilefrina, além de muitos
outros que atuam no sistema renina-angiotensina ou na
coagulação do sangue como a heparina, a warfarina e a
coumadina.
Os gastroenterologistas receberam de presente inibidores
poderosos da secreção de ácido no estomago, como a
cimetidina, a ranitidina e o omeprazol, além de contarem com
drogas antibióticas que erradicam o helicobacter pilori, o agente
causal da úlcera gástrica que pode contribuir também para o
câncer de estomago. Estimulantes da atividade contrátil do
intestino como piridostigmina e antifiseticos poderosos como a
dimeticona fabricada a partir do polisiloxano se tornaram
elementos indispensáveis no quotidiano do gastro.
Os urologistas passaram a curar “milagrosamente” os
impotentes com o sildenafil e seus sucessores mais recentes ou
com a injeção local de prostaglandinas. Também passaram a
dispor de próteses penianas feitas do mesmo silicone que se
usa para fazer próteses mamárias. Além disso, passaram a
contar com uma enorme variedade de tratamentos para
hiperplasia e câncer da próstata.
O tratamento do câncer ganhou quimioterápicos
extraordinariamente eficientes como o antimitótico metrotroxate,
que cura o coriocarcinoma, tumor invasivo que no passado
matava suas vítimas em poucas semanas. Algumas das novas
drogas que revolucionaram o tratamento de tumores
infelizmente ainda não estão ao alcance de todos. O
bevacizumab (Avastin) e o cetuximab (Erbitux) são utilizados no
câncer do intestino, Imatinib (Glivec) na leucemia mieloide
crônica, o trastuzumab (Herceptina) no câncer de mama, o
gefitinib no câncer do pulmão e o docetaxel (Taxotere) nos
cânceres de mama e próstata.
O endocrinologista foi talvez o especialista que mais
enriqueceu o seu arsenal de drogas milagrosas porque além
de conseguir todos os hormônios e seus intermediários em
estado de pureza (estradiol, testosterona, progesterona,
DHEA, pregnenolona, cortisol, hidrocortisona, ACTH, FSH, LH,
vasopressina, ocitocina, LHRH, TSH, TRH, GH, tiroxina,
triiodotironina, insulina, PTH) para serem utilizados na
reposição hormonal de pacientes deficientes, obteve drogas
“milagrosas” que interferem na síntese, na secreção, ou na
ligação do hormônio com o seu receptor. Derivados sintéticos
dos hormônios, muitas vezes mais potentes (análogos e
antagonistas) foram também sintetizados e disponibilizados
para tratar algumas endocrinopatias. Anti-androgênios como o
acetato de ciproterona, a finasterida e a flutamida são usados
para tratar a hiperplasia prostática e até câncer de próstata,
além de hirsutismo, acne e síndromes que cursam com
hiperandrogenismo como a síndrome dos ovários policísticos
na mulher. Antiestrogênios, como o tamoxifeno, são usados no
tratamento e na prevenção do câncer de mama, a
medroxiprogesterona e o acetato de megestrol curam o câncer
do endométrio.
A gestrinona, droga anti-estrogênica que desenvolvi para o
tratamento da endometriose e da miomatose, realizou centenas
de “milagres” devolvendo a fertilidade à mulher infértil. O primeiro
caso de mioma volumoso, que regrediu completamente após
tratamento contínuo com gestrinona durante dois anos,
permitindo a ocorrência posterior de três gravidezes, duas delas
com gêmeos, foi descrito por mim em 1984. Depois deste caso,
centenas de outros se seguiram.
Agonistas e antagonistas da luliberina (LHRH), como a leuprolida,
a nafarelina, a buserelina, a triptorelina e a goserelina, são
largamente utilizados para inibir a ovulação ou em tratamentos
associados à gonadotrofinas para induzir a ovulação programada
em clínicas de fertilização in vitro, grandes geradoras de
“milagres”. Outro agente indutor da ovulação é o citrato de
clomifeno. A bromoergocriptina (Parlodel) e a cabergolina
(Dostinex) foram desenvolvidas especificamente para inibir a
prolactina. Essas drogas, além de criar condições de permitir a
ovulação em mulheres que não ovulam em virtude da prolactina
elevada, induzem “milagrosamente” a regressão do tumor
hipofisário que no passado exigia delicada operação na hipófise
por via transesfenoidal. A desmopressina (DDAVP) é uma
vasopressina sintética que substitue com vantagens o hormônio
natural, permitindo o controle da diabete insípida com segurança,
além de se constituir poderoso vasoconstritor.
O câncer da tireóide passou a ter cura através da aplicação do
iodo radioativo e o hipertireoidismo controlado por drogas que
interferem na síntese do hormônio tireoidiano, como o
propiltiuracil. A endocrinologia também se beneficiou com
produtos desenvolvidos especificamente para os ginecologistas
além daqueles usados na indução da ovulação. Foram os
anticoncepcionais que colocavam o médico pela primeira vez na
história da medicina “tratando” mulheres sadias para evitar que
engravidassem. Muitos anticoncepcionais foram desenvolvidos
na América Latina onde havia uma concentração de médicos
pesquisadores na área da Reprodução Humana. O primeiro
anticoncepcional injetável de efeito prolongado foi descoberto na
Bahia quando procurávamos um remédio para evitar partos
prematuros. A medroxiprogesterona (Depo Provera) tem efeito
anticoncepcional e a sua duração é proporcional à dose
administrada por via intramuscular. O produto é comercializado
em mais de 100 países além dos Estados Unidos. Outros
anticoncepcionais injetáveis para uso mensal foram introduzidos
um pouco mais tarde. O Perlutan é um anticoncepcional para
uso mensal usado em vários países de América Latina. Estimase que na América Latina cerca de 1.000.000 de mulheres usam
o Perlutan. Ainda no Brasil, particularmente na Bahia, foram
desenvolvidos anticoncepcionais para uso em dias alternados,
outros para uso vaginal e um grande número de implantes
anticoncepcionais, que podem ser utilizados para tratar as
doenças provocadas pela menstruação como a TPM e a
endometriose.
Podemos afirmar sem medo de errar que ao longo do século XX
foram desenvolvidos milhares de novos remédios, inexistentes
na natureza, que possibilitaram a cura de doenças antes
incuráveis. Com o aumento da produção e a fabricação de
similares e genéricos, os medicamentos “milagrosos” se tornam
acessíveis às massas, assegurando vida longa e de boa
qualidade até a populações indígenas que vivem a margem da
civilização.
A imensa transformação que a tecnologia provocou na
Medicina veio principalmente através do progresso da
indústria farmacêutica, quase toda ela estabelecida no
mundo ocidental capitalista. Creio que é importante
ressaltar este fato porque a quase totalidade dos remédios
“milagrosos” foi desenvolvida no período em que o mundo
estava dividido em dois por ideologias políticas
inconciliáveis. O mundo capitalista, liderado pelos
Estados Unidos e a Europa Ocidental, e o mundo
comunista liderado pela União Soviética e a Europa
Oriental (veja o mapa).
portanto, que até hoje a produção científica na área médica
continue a se originar somente no mundo capitalista
conforme levantamento feito recentemente pela
Organização Mundial de Saúde. De acordo com o
levantamento chefiado por Guillermo Paraje, apenas vinte
países são responsáveis por 90% da produção mundial do
conhecimento nessa área e entre os 20 só há um país
comunista, a China com 1.5%. O Brasil é o penúltimo dos
vinte com 0.7% (veja quadro).
Tendências em publicações
científicas, ano base 1992,
período 1992-2001. Países são
classificados como:
LI: Low income (renda baixa)
LMI: Lower-middle income
(renda entre média e baixa)
UMI: Upper middle income
(renda entre média e alta)
HI: High income (renda alta)
LI: 63, LMI:54, UMI:31, HI:42.
O mundo comunista em 1975
Muitas dos cientistas que contribuíram para sintetizar as
substâncias que se tornariam drogas “milagrosas” foram
alemães trazidos pelos americanos, franceses e ingleses
para os seus países após a derrota do nazismo. Eram
químicos, biólogos, médicos e físicos. Os russos se
interessaram apenas pelos físicos, que os ajudariam a
desenvolver os foguetes e as armas atômicas que ao fim
da guerra só os americanos possuíam. Na própria
Alemanha dividida após a guerra enquanto a parte
ocidental desenvolveu uma poderosa indústria
farmacêutica com a Schering, a Merck e a Hoescht, a
oriental marcava passo retirando dos seus cientistas o
incentivo financeiro normalmente assegurado pelo o
direito de tirar patente dos seus inventos e a liberdade para
criar. É incrível, mas é verdade que nos quase oitenta anos
de comunismo a União Soviética, o maior país do mundo
com tecnologia que lhe permitiu enviar um homem ao
espaço e estabelecer estações espaciais como satélites
da terra, não tenham desenvolvido nenhuma das centenas
de drogas que foram desenvolvidas no período que curam
doenças consideradas incuráveis, assegurando assim
uma qualidade de vida nunca antes alcançada pelo ser
humano. Por isso nos oitenta anos de comunismo, os
países do bloco comunista não ganharam nenhum prêmio
Nobel de Medicina. Seus médicos deixaram de
comparecer aos congressos mundiais realizados nos
últimos cinqüenta anos e de ler e publicar em revistas
médicas que tivessem artigos originais. Não é de admirar,
O assunto nos interessa porque no presente momento o
Ministro da Educação do Brasil, de formação esquerdista,
apresenta uma reforma das universidades que visa
desindividualizar o professor universitário submetendo-o ao
controle de sindicalistas, estudantes esquerdistas e outros
representantes da sociedade não médicos que vão liquidar
com as esperanças dos pesquisadores brasileiros de terem a
sua criatividade estimulada e reconhecida afim de um dia
poderem ser premiados como são os seus colegas que
trabalham no mundo livre por descobertas, fruto da livre
iniciativa responsável sem a castração dos ideólogos do
governo.
Bibliografia consultada:
3
“Risco de Câncer de Endométrio associado a Terapia de Reposição
Hormonal Combinada Contínua, Combinada Cíclica, Tibolona e
Estrogênica Isolada: The Million Women Study (MWS)”
Prof. Ronald Bossemeyer
4
COISA DE MULHER
A maior parte dos leitores do Boletim da SOBRAGE está interessada
na saúde e bem estar das mulheres. Muitas dessas mulheres são
mulheres maduras, na perimenopausa e já menopausadas, muitas
vezes no auge de sua vida produtiva e intelectual. Esta coluna é um
tributo a essas mulheres e homenageia os leitores por sua dedicação a
elas. A cada edição escreverei brevemente sobre uma mulher madura,
exemplo para todos e orgulho para os que a elas servem e amam.
E
ntre as várias escolas ou tipos de pintura, uma que é
conhecida por quase todos nós é a chamada pintura
Impressionista. Nesta coluna quero lembrar uma mulher
fabulosa que não somente foi uma grande pintora, mas
também contribuiu muito para a divulgação e aceitação
desse tipo de pintura. Mary Cassatt viveu 82 anos e
segundo suas próprias palavras, não realizou tudo o que
queria, mas trouxe uma boa briga. Possivelmente tenha
sido a melhor pintora dos Estados Unidos, certamente foi
uma mulher excepcional.
A expansão do uso da fotografia no século XIX criou um
desafio para os pintores. As pessoas e as paisagens eram
retratáveis com perfeição das formas. Essa realidade
obrigou os artistas a utilizarem cores e técnicas para
expressar o que viam. Os impressionistas mantiveram a
opção pelo realismo, por serem fieis retratistas, e escolheram em
particular a vida quotidiana da classe média. A realidade dos
impressionistas passou a ser não somente a transposição das formas
para as telas, mas a transposição da cena como os artistas a viam. A
pintura impressionista é fiel à verdade cênica, à verdade subjetiva.
Reflete o momento, a cena em si, mas conforme vista pelo artista. Um
mesmo objeto retratado pode variar na aparência segundo a
luminosidade, segundo a claridade do dia. Monet pintou mais de uma
vez a Catedral de Rouen, Cézanne pintou muitas vezes a montanha
de Sainte-Victoire, e os quadros são diferentes porque a luz e a cor
mudam ao longo do ano. A maneira que os impressionistas
encontraram para dar dimensão às variações de luz e cor foi o uso de
pequenos traços, pequenas marcas, que dão a impressão dinâmica
desejada.
Mary Cassatt nasceu em 1844, numa cidadezinha próxima a
Filadélfia, no nordeste dos Estados Unidos. Família rica, o pai um
investidor envolvido em empreendimentos imobiliários. Era a quinta
filha do casal e, como esperado à época, deveria ser educada nas
artes domésticas e nas tarefas requeridas para administrar uma
família e uma casa segundo os padrões dos ricos da época. Porém
quando Mary tinha sete anos de idade, os Cassatt foram a Paris por
um tempo prolongado. Mary e os irmãos receberam educação formal
na França e foram expostos ao fervilhante ambiente artístico da
Europa. Mary Cassatt decidiu que iria ser uma pintora, o que não foi
bem recebido pela família.
Voltando aos Estados Unidos, Mary conseguiu que os pais a
deixassem estudar na Academia de Belas Artes da Pensilvânia. Essa
decisão causou muita briga e foi um escândalo para a boa sociedade
de Filadélfia. As aspirações artísticas de Mary Cassatt não foram
levadas a sério pelos professores e colegas da Academia. Apesar da
curiosidade, era inconcebível uma mulher pintora. Era inaceitável
para a Filadélfia da ocasião. Sem alternativa, ela teve que deixar a
família com muito sofrimento para todos, e voltou a Paris em 1866.
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4,5
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Tinha 22 anos, uma vontade de ferro, uma família que a amava, mas
que rejeitava sua escolha e, sobretudo um mundo de arte para
aprender. Tomou lições particulares de pintura e passava a maior
parte do tempo copiando obras dos mestres no Louvre. Aprendeu as
técnicas e expandiu seus limites. A primeira grande vitória veio em
1868 quando um de seus retratos (submetido sob o nome Mary
Stevenson para poupar vergonha à família) foi aceito para o
Salon de Paris, a importante exibição anual da Academia
de Belas Artes, mantida pelo governo Francês para exibir a
melhor arte produzida a cada ano. Outro trabalho seu foi
aceito em 1870, ano que ela voltou aos Estados Unidos.
A volta a casa não foi uma boa experiência. Os materiais
essenciais para seu trabalho eram difíceis de encontrar, era
difícil conseguir modelos para posar e seu pai havia
resolvido pagar seu sustento básico, mas nada relacionado
à pintura. Foi salva pelo arcebispo de Pittsburgh que no final
de 1871 a enviou para Itália com a missão de copiar dois
quadros de Correggio. Esse trabalho a levou de volta a
Europa, com fundos para recomeçar suas atividades. Com
a aceitação de trabalhos seus pelo Salon de Paris em 1872,
1873 e 1874, criou alguma fama e a possibilidade de se estabelecer
em Paris.
Em 1879 já estava cansada e revoltada com as limitações e regras
impostas pelo Salon de Paris e pelo bom senso comercial. Resolveu
expressar-se como queria e causou reações negativas da crítica.
Suas cores foram consideradas muito fortes e o realismo dos retratos
desfavorável aos retratados. Nessa ocasião conheceu as aquarelas
de Degas e logo o próprio pintor. Convidada a expor com os
Impressionistas no “Salão dos Rejeitados”, foi um enorme sucesso
de aceitação pela crítica. Foi também um enorme sucesso comercial.
Já bem conhecida na Europa, tornou-se reconhecida nos Estados
Unidos e foi a orientadora de muitos colecionadores que iam a
Europa em busca de atualização e aumentar suas coleções com o
que havia de novo. Esse relacionamento de Mary Cassatt com os
ricos dos Estados Unidos, resultou em muitas compras dos trabalhos
impressionistas e manteve o movimento viável e crescente. Hoje se
encontra nos Estados Unidos uma quantidade enorme de ótimos
quadros impressionistas, graças a influencia de Mary Cassatt. A
importante coleção encontrada no Metropolitan de Nova York (H. O.
Havemeyer Collection), foi quase toda escolhida por Mary Cassatt.
Como era de se esperar, Mary Cassatt não parou no Impressionismo
e continuou evoluindo como artista. Sob influencia da arte japonesa,
criou peças belíssimas com simplicidade e delicadeza. Seu trabalho
continuou a evoluir com a maturidade e a energia criativa esteve
sempre presente.
Esta colunista não é especialista em arte e a única coisa que quis foi
chamar a atenção dos leitores deste Boletim para essa mulher
extraordinária. Minha recomendação quanto aos quadros são
aqueles que mostram mães com suas crianças em situações
rotineiras. O quadro que escolhi para ilustrar esta coluna é do Centro
de Artes de Cedarhurst, no Illinois.
5
A UVA E A PASSA: O DRAMA
ERÓTICO DA VELHICE
Heitor Hentschel
(Tema proposto pela Comissão Organizadora do Congresso Brasileiro de Reprodução Humana,
realizado em Belém do Pará, de 23 a 26 de novembro de 2000).
6
Na vida tudo passa: algumas coisas rápidas demais,
outras custam a passar. Porém tudo passa.
Há coisas que passam e deixam marcas,
Outras, de tão leves, passam alto demais,
Deixando vaga lembrança,
Vazia, sem cicatriz.
A uva, com o tempo, passa à passa.
Perde a água, fica enrugada. Murcha.
Se for uma uva doce, fica mais doce.
Se for uma uva amarga, a amargura aumenta.
Há uvas que passam à passa com passo rápido.
Quando se dão conta, o tempo passou. Agora, tudo é
passado.
"No meu tempo, a gente passava o tempo vendo o tempo
passar"
Hoje o tempo passa rápido demais,
Com passo acelerado para o passado.
A uva perde a água e vira passa.
A "uvinha" perde a água e vê o vovô.
Que também perdeu água e que também está no passado.
O tempo é implacável: à medida que passa, amassa.
A uva doce, quando fica passa, fica mais doce.
Lembra do passado que não passou em vão,
Cuidou da vida, cuidou do corpo e da alma.
THEg8thgWORLDgCONGRESSgON
14-17 September 2006 • Salvador, Bahia, Brazil
PreCongress Course
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A gravidade também é implacável: puxa tudo para baixo,
Não dá tréguas, não descansa.
A gravidade não passa com o passar do tempo:
Com o passar do tempo, parece que a gravidade
Fica mais forte, mais atroz.
Cada dia que passa a gravidade aumenta.
A uva vê a passa e não quer passar por isso.
Luta contra a gravidade, contra o passar do tempo.
Usa hormônio, faz ginástica, se pinta,
Passa pastas e cremes.
Cuida o passo da marcha e da dança.
Retarda a passagem para passa.
Tenta recuperar o passado perdido, não quer passar de uva.
Porém o tempo é implacável e a gravidade não é constante.
Á medida que o tempo passa,
Parece que tudo custa a se levantar, fica mais pesado
Passa mais tempo para baixo.
No início, ao ver a uva passar, a gravidade passava.
Agora, é preciso passar e amassar
Porque só pensar não adianta, não resolve.
Com o passar do tempo, passa a fúria
E vem a calma.
E a gravidade chama, implacavelmente.
Somente, então, o tempo deixa de passar!
Bulas
MOVATEC (MELOXICAM) Formas farmacêuticas e apresentação: Comprimidos de 7,5 mg: embalagem com 10 comprimidos. Comprimidos de 15 mg: embalagem com 10 comprimidos. Solução injetável 15 mg/ampola: embalagem com 5 ampolas de 1,5 ml. Uso adulto. Indicações:
Tratamento sintomático da artrite reumatóide, tratamento sintomático de osteoartrites dolorosas. Posologia: MOVATEC comprimidos - Artrite reumatóide - 15 mg uma vez ao dia. De acordo com a resposta terapêutica, a dose pode ser reduzida para 7,5 mg, uma vez ao dia. Osteoartrite
- 7,5 mg uma vez ao dia. Caso necessário, a dose pode ser aumentada para 15 mg, uma vez ao dia. Em pacientes com elevado risco de reações adversas, recomenda-se iniciar o tratamento com 7,5 mg/dia. Em pacientes com insuficiência renal grave, sob tratamento com hemodiálise,
a dose diária não deve exceder 7,5 mg. No tratamento prolongado da poliartrite reumatóide nos pacientes idosos, a posologia recomendada é de 7,5 mg ao dia. A dose máxima recomendada para adolescentes é de 0,25 mg/kg. Como a posologia em crianças ainda não foi estabelecida,
o uso de meloxicam deve ser restrito a adolescentes e adultos. De modo geral, a dose diária não deve exceder 15 mg. Os comprimidos devem ser ingeridos com alimentos e com um pouco de água ou de outro líquido. MOVATEC solução injetável - Deve-se administrar a dose de uma
ampola ao dia, ou seja, 15 mg/dia, por via intramuscular profunda. Nunca utilizar a via intravenosa. A administração intramuscular só deve ser utilizada durante os primeiros dias de tratamento. Para a continuidade do tratamento, deve-se optar pela administração oral. Não se deve
misturar MOVATEC injetável com outras drogas na mesma seringa devido à possibilidade de incompatibilidade. Em pacientes com insuficiência renal grave em tratamento com hemodiálise, a dose diária não deve exceder 7,5 mg. Como a posologia em crianças e adolescentes ainda
não foi estabelecida, o uso da solução injetável deve ser restrita aos adultos. Contra-indicações: Não deve ser utilizado em pacientes que tenham apresentado hipersensibilidade ao meloxicam ou aos excipientes da sua fórmula. Existe possibilidade de sensibilidade cruzada com o
ácido acetilsalicílico e outros antiinflamatórios não-esteróides. Não administrar a pacientes que tenham apresentado distúrbios como asma, pólipos nasais, angioedema ou urticária após o uso de ácido acetilsalicílico ou outros antiinflamatórios não-esteróides. Não deve ser administrado
em casos de úlcera péptica ativa, insuficiência hepática grave ou insuficiência renal grave não-dialisada ou hemorragias digestivas, cerebrais ou de qualquer outro tipo. MOVATEC solução injetável não deve ser administrado em pacientes tratados com anticoagulantes, já que podem
ocorrer hematomas intramusculares. Não usar o MOVATEC comprimidos em crianças menores de 12 anos de idade; não usar MOVATEC solução injetável em crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade . Não administrar durante a gravidez ou a lactação. Precauções:
Pacientes com antecedentes de afecções do trato gastrintestinal ou sob tratamento com anticoagulantes. Pacientes com sintomas gastrintestinais devem ser monitorados. O tratamento com meloxicam deve ser interrompido se ocorrer úlcera péptica ou sangramento gastrintestinal.
Sangramento, ulceração ou perfuração gastrintestinais podem ocorrer a qualquer momento durante o tratamento em pacientes com ou sem sintomatologia, quer os pacientes tenham ou não antecedentes de distúrbios gastrintestinais graves. Tais conseqüências normalmente são mais
graves em pacientes idosos. Deve-se ter cautela em pacientes com antecedentes de eventos adversos mucocutâneos e deve-se considerar a descontinuação do tratamento. Os antiinflamatórios não-esteróides inibem a síntese das prostaglandinas renais envolvidas na manutenção da
perfusão renal. Nos pacientes que apresentam diminuição do fluxo sangüíneo e do volume sangüíneo renal, a administração de um antiinflamatório não-esteróide pode precipitar uma descompensação renal que, no entanto, via de regra, retorna ao estágio pré-tratamento com a
interrupção da terapêutica. Este risco atinge principalmente pacientes desidratados, os portadores de insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática, síndrome nefrótica ou insuficiência renal ativa, e os pacientes sob tratamento com diuréticos ou que sofreram uma intervenção
cirúrgica de grande porte, responsável por um estado de hipovolemia. Nestes pacientes, controlar cuidadosamente o volume urinário e a função renal ao iniciar o tratamento. Em casos raros, os antiinflamatórios não-esteróides podem provocar nefrite intersticial, glomerulonefrite,
necrose medular renal ou síndrome nefrótica. Nos pacientes com insuficiência renal grave, sob tratamento com hemodiálise, a dose de meloxicam não deve exceder 7,5 mg ao dia. Nos pacientes com disfunção renal leve ou moderada (depuração de creatinina > 25 ml/min), não há
necessidade de redução da dose. Da mesma forma que com outros antiinflamatórios não-esteróides, observaram-se elevações ocasionais das transaminases séricas ou de outros indicadores da função hepática. Na maioria dos casos, esses aumentos foram transitórios e pequenos.
Se as alterações forem significativas ou persistentes, interromper a administração de meloxicam e solicitar os exames apropriados. Em caso de cirrose hepática clinicamente estável, não há necessidade de redução da dose. A tolerabilidade ao produto é menor em pacientes debilitados
ou desnutridos, que devem ser supervisionados cuidadosamente. A prudência deve ser maior nos pacientes idosos, nos quais as funções renais, hepáticas e cardíacas estão alteradas mais freqüentemente. Pode ocorrer indução da retenção de sódio, potássio e água, além de
interferência nos efeitos natriuréticos de diuréticos. Como resultado, pode haver precipitação ou exacerbação de insuficiência cardíaca ou hipertensão em pacientes susceptíveis. Deve-se avaliar o prosseguimento do tratamento com meloxicam na ocorrência de eventos cutâneomucosos indesejáveis. Podem ocorrer reações cutâneas graves e alergias. Não existem estudos específicos relativos a efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Pacientes com distúrbios visuais, sonolência ou outros distúrbios do sistema nervoso central devem
suspender tais atividades. Gravidez e Lactação: Embora não se tenham observado efeitos teratogênicos nos estudos pré-clínicos, meloxicam não deve ser utilizado durante a gravidez e o período de lactação. Interações Medicamentosas: Outros antiinflamatórios não-esteróides,
incluindo salicilatos: risco aumentado de úlceras e sangramentos gastrintestinais. Anticoagulantes orais, ticlopidina, heparina parenteral, trombolíticos: risco aumentado de hemorragia. Lítio: aumento da concentração de lítio no sangue. Monitorizar as concentrações plasmáticas de lítio
ao se iniciar, ajustar ou descontinuar um tratamento com meloxicam. Metotrexato: meloxicam pode aumentar a toxicidade hematológica de metotrexato. Pacientes em uso de DIU: possibilidade de diminuição da eficácia do dispositivo. Diuréticos: risco de insuficiência renal aguda em
pacientes desidratados. Anti-hipertensivos (beta-bloqueadores, inibidores da ECA, vasodilatadores, diuréticos): diminuição do efeito hipotensor. Colestiramina: eliminação mais rápida de meloxicam. Os antiinflamatórios não-esteróides podem aumentar a nefrotoxicidade da ciclosporina.
Administração concomitante de antiácidos, cimetidina, digoxina ou furosemida não revelou interações farmacocinéticas significativas. Não se pode excluir interações com antidiabéticos orais. Reações Adversas: Acima de 1% - dispepsia, náusea, vômito, dor abdominal, constipação,
flatulência, diarréia, anemia, pruridos, erupção cutânea, escotomas, cefaléia, edemas, a aplicação da injeção pode causar rigidez no local. Entre 0,1 e 1% - alterações transitórias dos parâmetros de função hepática, eructação, esofagite, úlcera gastroduodenal, hemorragia
gastrintestinal oculta ou macroscópica, alterações do hemograma (incluindo contagem diferencial de leucócitos, leucopenia e trombocitopenia), estomatite, urticária, vertigem, zumbido, sonolência, elevação da pressão arterial, palpitações, rubor facial, alterações dos parâmetros de
função renal, a aplicação da injeção pode causar dor no local. Abaixo de 0,1% - colite, perfuração gastrintestinal, hepatite, gastrite, fotossensibilidade, aparecimento de asma aguda, confusão, desorientação, alteração do humor, falência renal aguda, conjuntivite, distúrbios visuais, visão
embaçada, angioedema e reações de hipersensibilidade imediata, incluindo reações anafilactóides e anafiláticas. Ainda que raramente podem ocorrer reações bolhosas, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e necrose epidérmica tóxica. Superdosagem: Em caso de
superdosagem, devem-se tomar as medidas-padrão de esvaziamento gástrico e de suporte geral. Desconhece-se um antídoto específico para meloxicam. Demonstrou-se em estudo clínico que a colestiramina acelera a eliminação de meloxicam. Lesões digestivas graves podem ser
tratadas com anti-ácidos e agentes anti-H2. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. MS-1.0367.0102 - Resp. Técn.: Farm. Laura M. S. Ramos - CRF-SP n 6870. MOVATEC comprimidos Fabricado e distribuído por: Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. Rod.
Regis Bittencourt (BR 116), km 286 Itapecerica da Serra SP. SAC: Caixa Postal 60542 CEP 05804-970 São Paulo-SP Tel.: 0800-7016633. CNPJ/MF n 60.831.658/0021-10 - Indústria Brasileira. MOVATEC solução injetável - Fabricado por: Boehringer Ingelheim S.A. Av. del Libertador
7208 1429 Buenos Aires Rca. Argentina - Indústria Argentina. Importado e distribuído por: Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. Rod. Regis Bittencourt (BR 116), km 286 Itapecerica da Serra SP SAC: Caixa Postal 60542 CEP 05804-970 São Paulo-SP Tel.:
0800-7016633. CNPJ/MF n 60.831.658/0021-10. Informe a seu paciente: Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos. (Mov Comp BPI
0203-04; Mov Inj BPI 0207-05)
1. Singh, G. Meloxicam does not increase the risk of acute myocardial infarction, congestive heart failure, edema or hypertension compared to NSAIDS: Results from a pooled analysis of 27.039 patients. Ann Rheum Dis 2001, 60 Suppl 1: Abstr 151 2. Distel M, Degner F.L., Bluhmki E.
Meloxicam results in fewer gastrointestinal adverse events than standard non-steroidal anti-inflamatory drugs: findings from a meta-analysis. Pôster apresentado no EULAR 96, 9º Simpósio, Madri, Rheumatol Eur 1996; 25: 68-77 3. Linden B, Bluhmki E. A double blind study to compare
the efficacy and safety of meloxicam 15mg with piroxicam 20mg in patients with osteoarthritis of the hip. Br J Rheumatol 1996; 35(Suppl 1): 35-38 12. Layton D, Hughes K, Harris S, Shakir S.A.W. Comparison of the incidence rates of thromboembolic events reported for patients
prescribed celecoxib and meloxicam in general practice in England using Prescription-Event Monitoring (PEM) data. Rheumatology 2003;42:1-11 4. Degner F, Richardson B. Review of gastrointestinal tolerability and safety of Meloxicam. Inflammopharmacology 2001; 9:71-80. 5. Degner
F, Lanes S, Ryn J, Sigmund R. Pharmacological and clinical profile of meloxicam. In : Therapeutic Roles of Selective COX-2 Inhibitors- London, 2001, William Harvey Press
Confira os Eventos
Eventos 2005
Diretoria (2003-2006)
PRESIDENTE
Dr. Elsimar Metzker Coutinho (BA)
VICE-PRESIDENTE
Dr. Hans Halbe (SP)
SECRETÁRIO EXECUTIVO
Dr. Paulo Spinola (BA)
TESOUREIRO
Dr. Ronald Bossemeyer (RS)
Delegados:
Região Norte:
Acre: Dr. Júlio Eduardo Gomes Pereira
Amapá: Dra. Kátia Jung de Campos
Amazonas: Dra. Daria Barroso Serrão das Neves
Pará: Dr. Nelson Luiz de Oliveira Santos
Rondônia: Dra. Maria Melisande Diógenes Pires
Roraima: Dr. José Antonio Nascimento Filho
Tocantins: Dr. Adriano Hofi
Região Nordeste:
Alagoas: Dr. Fábio Castanheira
Bahia: Dr. Hugo Maia Filho
Ceará: Dra. Sílvia Bomfim Hyppólito
Maranhão: Dra. Luciane Maria Oliveira Brito
Paraíba: Dr. Geraldez Tomaz
Pernambuco: Dr. Roberto Rinaldo de Oliveira Santos
Piauí: Dr. Joaquim Castelo Branco Barros
Rio Grande do Norte: Dr. Ivis Bezerra de Andrade
Sergipe: Dr. Marco Antonio Cavalcanti
Região Centro-Oeste:
Distrito Federal: Dra. Rosaly Rulli Costa
Goiás: Dr. Altamiro Araújo Campos
Mato Grosso: Dr. Sebastião Freitas de Medeiros
Mato Grosso do Sul: Dr. Valdir Shigueiro Siroma
Região Sudeste:
Espírito Santo: Dr. Justino Mameri Filho
Minas Gerais: Dr. Walter Antonio Prata Pace
Rio de Janeiro: Dr. Luiz Fernando Dale
São Paulo: Dr. Malcolm Montgomery
21 - 29
24 de julho
26
maio
VIIIo Congresso
Congresso Mundial
FLASEFde FIV, Reprodução Assistida e Genética
13
XLII Reunion
AMMR
Istambul,
Turquia
Acapulco,
México
E-mail:
[email protected]
/ www.kenes.com/ivf
www.flasef2005.org
2 -o 4 de junho
18 -Jornada
21 de agosto
19
de Obstetrícia e Ginecologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Congresso
de Obstetrícia e Ginecologia
São
Paulo, Paulista
SP
São Paulo
SP
E:mail:
[email protected]
/ www.cean-santacasa.org.br
E-mail: [email protected] / www.sogesp.com.br/congresso
19
22
de
junho
19 - 21 de agosto
ESHRE
IX Congresso Norte-Nordeste de Reprodução Humana
Copenhagen,
Belém, Pará Dinamarca
E-mail:
[email protected] / www.eshre.com
E-mail: [email protected]
/ www.paratur.pa.gov.br
19
de agosto
agosto
25 -- 21
27 de
IX
Norte-Nordeste
de Reprodução
Humana
IX Congresso
Congresso Brasileiro
de Reprodução
Assistida
Belém,
Pará
Gramado, RS
E-mail: [email protected]
[email protected]
/ www.paratur.pa.gov.br
/ www.plenariumcongressos.com.br
25
agosto
7 - -1027dedesetembro
IX
Congresso Health
Brasileiro
de Reprodução Assistida
Reproductive
2005
Gramado,
RS EUA
Tampa, Florida,
www.arhp-org/conferences
E-mail:
[email protected] / www.plenariumcongressos.com.br
14 - 17 de setembro
IX World Congress on Endometriosis
Endometriosis
Maastricht, Holanda
E-mail: [email protected]
E-mail:
[email protected] // www.conferenceagency.com/wce
www.conferenceagency.com/wce
28 de
de setembro
setembro -- 01
28
01 de
de outubro
outubro
NAMS 16th
NAMS
16th Annual
Annual Meeting
Meeting
San
Diego,
CA,
EUA
San Diego, CA, EUA
E-mail: [email protected]
E-mail:
[email protected] // www.menopause.org
www.menopause.org
6 -- 88 de
de outubro
6Congrès
outubro
SOLAMER
Congrès
SOLAMER Société
Société Latine
Latine de
deBiologie
BiologieetetMédecine
Médecinede
delalaReproduction
Reproduction
Québec, Canadá
Québec,
Canadá
E-mail: [email protected]
/ www.sogc.org
E-mail: [email protected]
15 - 19 de outubro
15
- 19 61st
de outubro
ASRM
Annual Meeting
st
ASRM
61stFertility
Annualand
Meeting
Canadian
Andrology Society 51 stAnnual Meeting
Canadian
Fertility and Andrology Society 51 Annual Meeting
Montreal, Canadá
Montreal,
Canadá
www.asrm.org
www.asrm.org
18 - 22 de outubro
18
de outubro
11th- 22
World
Congress on the Menopause
Buenos
Aires,
Argentina
11th
World
Congress
on the Menopause
E-mail: [email protected]
/ www.menopause2005.org
Buenos
Aires, Argentina
E-mail: [email protected] / www.menopause2005.org
22o- 26 de novembro
51 -Congresso
Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia
22
26 de novembro
Rioo Congresso
de Janeiro, Brasileiro
RJ
51
de Ginecologia e Obstetrícia
E-mail:
[email protected]
/ www.51cbgo.com.br
Rio
de Janeiro,
RJ
E-mail: publicaçõ[email protected] / www.febrasgo.org.br
14 - 17 de dezembro
IV Congresso
Paulista de Medicina Reprodutiva e Climatério
14
- 17 de dezembro
IV Congresso
Encontro Internacional
ComitêReprodutiva
Multidisciplinar
de Reprodução Humana da APM
IV
Paulista de do
Medicina
e Climatério
II Encontro
Nacional
de Embriologistas
em Medicina Reprodutiva
IV
Encontro
Internacional
do Comitê Multidisciplinar
de Reprodução
“Taller”
Regional
da Rede
Latinoamericana
de
Reprodução
Assistida Humana da APM
IINavio
Encontro
Nacional
de
Embriologistas
em
Medicina
Reprodutiva
Costa
Romântica
“Taller”
Regional
da
Rede
Latinoamericana
de
Reprodução
Assistida
E-mail: [email protected] / www.spmr.com.br
2006
Região Sul:
Paraná: Dr. Mauri José Piazza
Rio Grande do Sul: Dr. Marcelino Espírito Hofmeister Poli
Santa Catarina: Dr. Ricardo Nascimento
Eventos 2006
Conselhos:
6 aa 88 de
de abril
abril
6IV
Congresso
Brasileiro de Ginecologia Endócrina
IV
CongressoLatino
Brasileiro
de Ginecologia
Endócrina
I Congresso
Americano
de Ginecologia
Endócrina
ISalvador,
Congresso
Latino Americano de Ginecologia Endócrina
Bahia.
Salvador,
Bahia.
E-mail: [email protected]
/ www.ceparh.com.br
E-mail: [email protected] / www.ceparh.com.br
3 - 6 de maio
39th
- 6Congress
de maio of the European Society of Contraception
9th
Congress
of the European Society of Contraception
Istanbul,
Turquia
Istanbul,
Turquia
E-mail: [email protected]
/ www.contraception-esc.com
E-mail: [email protected] / www.contraception-esc.com
3 - 7 de junho
37th
- 7European
de junho Congress on Menopause
Istanbul,
Turquia
7th
European
Congress on Menopause
E-mail: [email protected]
/ www.emas2006.info
Istanbul,
Turquia
E-mail: [email protected] / www.emas2006.info
14 - 17 de setembro
World Congress of Controversies in Obstetrics,
4The
- 7 8th
de outubro
Gynecology
& Infertility
XXII
Congresso
Brasileiro de Reprodução Humana
Salvador,PR
Bahia, Brazil
Curitiba
E-mail:
[email protected]
/ www.ceparh.com.br
E-mail: [email protected]
7 de
54 -- 10
deoutubro
novembro
XXII Congresso
Brasileiro
Humana
XVIII
FIGO
Congressde
of Reprodução
Gynecology and
Obstetrics
Curitiba
PRWorld
Kuala
Lumpur,
Malásia
E-mail:
[email protected]
/
www.sbrh.med.br
E-mail: [email protected] / www.figo2006kl.com
Conselho Deliberativo:
Dra. Ângela Maggio da Fonseca
Dra. Aparecida Halbe
Dr. Joaquim Roberto Costa Lopes
Dr. Carlos Isaia Filho
Dr. César Eduardo Fernandes
Dr. Marcelo Esteve
Dr. Newton Eduardo Busso
Conselho Fiscal:
Dr. Caio Parente Barbosa
Dr. Dirceu Henrique Mendes Pereira
Dra. Gláucia Maria de Sá Palmeira
Dr. Heitor Hentschel
Dr. Nilson Donadio
Conselho Científico:
Dr. Fernando Freitas
Dr. Lucas Vianna Machado
Dr. Marcos Felipe Silva de Sá
Dr. Marcos Sampaio
Dr. Ricardo Marinho
Dr. Rui Alberto Ferriani
Expediente
2005
12
maio
19 - 14
22 de junho
III
Congresso Nordestino de Climatério e Ginecologia Endócrina
ESHRE
Natal,
RN
Copenhagen,
Dinamarca
E-mail: [email protected]
[email protected]
/ www.aerotur.com.br
/ www.eshre.com
de março
março
22 -- 55 de
12th World
World Congress
CongressofofGynecological
GynecologicalEndocrinology
Endocrinology
12th
Florença, Itália
Itália
Florença,
E-mail: [email protected]
[email protected] / / www.biomedicaltechnologies.com
www.biomedicaltechnologies.com
E-mail:
5 - 10 de novembro
22
- 25FIGO
de novembro
XVIII
World Congress of Gynecology and Obstetrics
The
8thLumpur,
World Congress
Kuala
Malásia of Controversies in Obstetrics, Gynecology & Infertility
Salvador,
Bahia, Brazil
E-mail: [email protected]
/ www.figo2006kl.com
E-mail: [email protected] / www.ceparh.com.br
Eventos 2007
2007
18 a 21 de abril
World Symposium of Gynecological Endocrinology
Salvador, Bahia.
E-mail: [email protected] / www.ceparh.com.br
O jornal da SOBRAGE é uma publicação trimestral dirigida aos médicos, organizada pela SOBRAGE - Sociedade Brasileira de Ginecologia Endócrina
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