RECICLAGEM DE RESIDUOS SOLIDOS DA CONSTRUÇÃO E
DEMOLIÇÃO NO MUNICIPIO DE GOIANIA – BENEFICIOS
AMBIENTAIS
Francyana Pereira Lima(*)
Acadêmica do curso de Engenharia Ambiental da Unversidade Católica de Goiás
Orientador: Jose Dafico Alves(**)
Universidade Católica de Goiás, Departamento de Engenharia
Av. Universitária, nº 1440 setor Universitário, Cx Postal 86 Goiânia(GO)
RESUMO
O problema cada vez maior de obter jazidas de materiais adequados para a
construção de camadas de pavimentos urbanos sem muito dano ambiental e
com a distancia de transporte razoável, nas zonas urbanas tem levado a busca
de materiais alternativos. Por outro lado, a intensa transformação urbana atual
leva a muitas demolições e reformas de casas e edifícios gerando uma enorme
quantidade de entulho de construção civil. Muitos destes materiais são
depositados em aterros sanitários, mas muitos são dispostos irregularmente
causando problemas nas ruas e terrenos baldios onde estes materiais são
indevidamente colocados. Este trabalho demonstra a utilização da reciclagem
do entulho e a viabilidade de sua aplicação em pavimentação asfáltica.
PALAVRAS-CHAVE: Reciclagem – Entulho - Pavimentação
2
1 INTRODUÇÃO
A geração crescente dos resíduos sólidos resultantes de construções,
demolições
e
reformas
na
construção
civil,
vem
exigindo
soluções
diversificadas de forma a diminuir o excedente de materiais inertes
encaminhados para os aterros sanitários e a potencializar o uso de resíduos
como matérias-primas secundarias, visando equacionar os problemas de
escassez dos recursos naturais não-renováveis contribuindo para as condições
ambientais dos espaços urbanos.
Além da degradação ambiental, o descarte clandestino e o desperdício
desses restos de materiais vêm ocasionando a perda da qualidade ambiental
dos espaços urbanos e gerando altos custos às administrações públicas. Neste
contexto, a reciclagem surge como uma pratica importante para combater o
problema entulho na região metropolitana de Goiânia.
O processo de reciclagem dos Resíduos de Construção e Demolição –
RCD - encontra-se em estágio relativamente avançado no município de
Goiânia. Existe, atualmente fortes grupos nas universidades brasileiras, muito
ativo no estudo dos resíduos de construção, estimulando ações para a
implantação de programas de gestão da qualidade que procuram diminuir a
geração de rejeitos, ou mesmo reaproveitá-los no próprio canteiro. Em Goiânia
foram implantados vários projetos para o gerenciamento sustentável dos
entulhos de obras, envolvendo parcerias entre a Prefeitura de Goiânia, Centro
Tecnológico de Engenharia Civil de FURNAS, Centrais Elétricas S/A,
Universidade de Brasília (UnB) e a iniciativa privada da industria da construção.
Este trabalho tem como objetivo, estabelecer propostas que solucionem
os problemas dos resíduos gerados pelas indústrias da construção e
demolição, além de incentivar práticas de reciclagem produzindo agregados
que poderão ser utilizados em concretos para equipamentos urbanos e na
pavimentação.
3
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Quantidade de Resíduo Gerado
Atualmente a questão ambiental esta sendo amplamente discutida em
todos os setores da sociedade, governo, entidades de classe e organizações
não governamentais. A engenharia, como agente transformador do meio
ambiente,
esta
integrada
nesta
discussão
colaborando
através
do
desenvolvimento de diversas pesquisas, entre as quais estão as pesquisas
sobre o aproveitamento de resíduos sólidos da construção civil (RIBEIRO,
2004).
A indústria da construção, causa impacto ao meio ambiente ao longo
de toda sua cadeia produtiva, desde a ocupação de terras, a extração de
matéria-prima, o transporte, os processos construtivos, os produtos em si, a
geração e a disposição final de resíduos sólidos. Do total de resíduos sólidos
da construção civil produzido no município de Goiânia, uma porcentagem
variando entre 75% e 80% é gerada por pequenas obras de construção e
reforma (SILVA, 2004). Segundo dados do Relatório Preliminar I do Plano
Integrado de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PIGRS) de Goiânia (2003),
o entulho de obra é responsável pela metade dos resíduos urbanos coletados
pelo serviço de limpeza pública no município de Goiânia. Em 2002 foram
coletadas mais de 500 mil toneladas de Resíduos da Construção e Demolição
(RCD) como mostra a Tabela 1. O agravante para este caso é que somente
50% do total de resíduos da construção civil são recolhidos, sendo o restante
disposto irregularmente, o que gera um prejuízo em torno de 2 milhões de reais
por mês aos cofres públicos, para a coleta e remoção destes resíduos
dispostos de forma inadequada.
A parcela que o entulho representa no total de Resíduos Sólidos
Urbanos gerados diariamente nas áreas urbanas existentes em todo o planeta
torna necessário o estabelecimento de um modelo de gerenciamento
sustentável para esses resíduos. (GONSALVES, et. al. 2000).
4
Tabela 1- Remoção de entulho por região feito pela COMURG (em toneladas)
Meses de 2002
Regiões
abr
Vale do Meia Ponte
mai
Jun
jul
ago
set
out
nov
dez
4982
4271
3960
3811
3842
3457
3859
3596
3874
10336
8393
7563
8464
8773
7930
8617
8993
7914
Central
5498
4123
3946
4295
4532
4673
4238
4727
4321
Sul
9053
7801
7020
7640
8312
7154
7514
8448
6947
Leste
10731
8406
8098
7610
8718
7856
9080
8539
9214
Norte
7454
5412
5305
5791
6016
6498
5510
6387
5624
Sudeste
4105
3534
3208
3446
3756
3226
3379
3824
3089
Sudoeste
11095
8161
8341
6914
6897
7533
8306
8487
6317
Oeste
6851
5236
5267
4436
4407
4597
5102
5039
4172
Noroeste
6507
5550
5345
4704
4622
4206
4768
4194
4760
Mendanha
4833
4123
3970
3494
3434
3125
3542
3115
3536
81445
65010
62023
60605
63309
64852
63915
65349
59768
Campinas
Total 586,276 ton
Fonte: Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Industria da Construção de
Goiânia - Prefeitura de Goiânia, 2003
2.2 Impactos dos Resíduos da Construção e Demolição (RCD) nos
Ambientes Urbanos
Segundo Ribeiro (2004), a disposição de resíduos sólidos da
construção civil causa sérios problemas à gestão ambiental urbana, entre eles,
o esgotamento prematuro de áreas de disposição final de resíduos, a obstrução
de elementos de drenagem urbana, a degradação de mananciais, a sujeira nas
vias públicas, a proliferação de insetos e roedores, e conseqüentemente,
prejuízos aos cofres públicos, devendo ainda, ser considerados os impactos
causados por aterros construídos com entulho, que podem provocar a
contaminação do solo e do lençol freático. A esta realidade associa-se a
constatação de que as jazidas de agregados naturais para pavimentação,
concreto e outras finalidades, têm se tornado escassas e cada vez mais
distantes dos centros urbanos, o que provoca um aumento considerável no
5
custo final das obras, em função do aumento das distâncias de transporte
desses agregados.
Inúmeras são as conseqüências do grande volume de resíduos de
construção e demolição gerados nos espaços urbanos, porém é de significativa
relevância a geração de pequenos volumes de entulho de reforma e demolição
em serviços de construção informal. Não havendo soluções qualificadas para a
coleta destes resíduos, tanto os geradores destas atividades construtivas
quanto os pequenos coletores procurarão, inevitavelmente, áreas livres nas
proximidades para a deposição dos resíduos e conseqüentemente estas áreas
passarão a ser atrativos de deposição de todo e qualquer tipo de entulho. A
Figura 1 apresenta uma área de descarte clandestino no setor Morada do Sol,
em Goiânia (SILVA, 2004).
Figura 1 – Bota-fora do Setor Morada do Sol - Goiânia
Fonte: Silva, 2004
Estas áreas, que são utilizadas para a deposição de lixo urbano de
forma clandestina posteriormente são corrigidas pela administração municipal,
onde os custos são bem altos impondo um ciclo vicioso já que o lixo
novamente será depositado nestas áreas.
6
Mesmo quando o entulho é depositado adequadamente, os mesmos
provocam um impacto negativo à paisagem e ainda, o desperdício de espaços
físicos urbanos. Silva (2004), apresenta na Figura 2 o aterro de Itatinga, em
São Paulo, onde a deposição de materiais com potenciais de reciclagem
provocou o seu esgotamento.
Figura 2 – Aterro de Itatinga - SP
Fonte: Silva, 2004
2.3 - Necessidade Ambiental da Reciclagem
Segundo Ribeiro (2004), com a intensificação do processo de
urbanização, a quantidade de resíduos gerados pelas obras de construção é
cada vez mais elevada - quer pelas demolições decorrentes do processo de
renovação urbana, quer por novas edificações - e não tem recebido solução
adequada, causando impacto ao meio ambiente ao longo de todo seu processo
construtivo.
Considerando o potencial existente em termos de reciclagem, bem
como o provável rumo ao esgotamento dos recursos naturais e matérias primas
7
em um futuro próximo, aliada a grande necessidade de redução de custos na
construção, faz com que o reaproveitamento dos recursos disponíveis seja
essencial a sobrevivência futura do planeta.
O processo de reciclar, se realizado por equipamentos britadores,
passa
basicamente
pela
seleção,
limpeza,
trituração
e
classificação
granulométrica dos materiais, podendo ser utilizado como agregado para
concreto, a partir da substituição dos agregados convencionais, areia e brita.
Este tipo de utilização apresenta varias vantagens, tais como: utilização de
todos os componentes minerais do entulho (tijolos, argamassas, materiais
cerâmicos, areia, pedras, etc.) sem a necessidade de separação de nenhum
deles; economia de energia no processo de moagem do entulho, uma vez que
ao ser utilizado no concreto, parte do material é britado em granulometrias mais
graúdas (RIBEIRO, 2001).
Na fase da trituração do entulho deve ser controlado um parâmetro
importante do agregado reciclado, ou seja, a granulometria que deve ser
adequada à finalidade estabelecida sendo que o agregado reciclado poderá ser
utilizado como areia ou pedra britada. Por esses motivos, os destinos
recomendados para o agregado reciclado são os elementos não-estruturais,
como, por exemplo, em:
-
blocos de concreto de vedação
-
base e sub-base de pavimento
-
guias e sarjetas
-
outros usos: argamassa de revestimento, assentamento etc
(PRANDINI 1995)
De acordo com Ribeiro (2004), os principais resultados obtidos com a
reciclagem do RCD, são os benefícios socioambientais, com a melhoria da
qualidade de vida da população e a utilização racional dos recursos naturais. A
reciclagem introduz valor ao agregado produzido, não só por diminuir a
deposição em locais inadequados, mas também por minimizar a necessidade
de extração de matérias-primas em jazidas e por diminuir a necessidade de
destinação de áreas publicas para a deposição dos resíduos.
Sabe-se que a redução do impacto ambiental da construção civil é
complexa sendo necessária a combinação de varias tarefas simultâneas. Silva
(2004), citado por Carneiro et. al. (2001), relacionou as principais delas:
8
•
Conservar, minimizando o consumo de recursos naturais;
•
Maximizar a reutilização de recursos naturais ou deles gerados;
•
Ampliar a utilização de recursos renováveis ou recicláveis;
•
Proteger o meio ambiente;
•
Evitar a utilização de tóxicos gerando um ambiente saudável.
2.4 Experiência de reciclagem de RCD no Brasil
Desde 1993, a Prefeitura de Belo Horizonte desenvolve um programa
de reciclagem de resíduos da construção que contempla a instalação de usinas
de reciclagem. De acordo com Pinto citado por Carneiro et. al. (2001), já se
observa uma economia de 2% na execução de pavimentação asfáltica.
Segundo dados da Prefeitura de Belo Horizonte, citados por Silva (2004), 10%
da malha viária municipal possui resíduos de construção aplicados em subbases de pavimentos flexíveis.
Em Goiânia pesquisas desenvolvidas por FURNAS em parceria com a
Prefeitura Municipal de Goiânia, demonstraram a viabilidade técnica da
utilização do agregado reciclado na construção de obras de pavimentação
urbana.
Segundo Agopyan et. al. (2000), a principal vantagem deste modelo é
que há a garantia do mercado para o produto reciclado, já que a única
aplicação cuja tecnologia encontra-se razoavelmente consolidada é o uso do
agregado em pavimentação, onde os principais clientes nas cidade são as
próprias prefeituras.
É fundamental que haja um esforço coletivo na área de pavimentação
urbana para aumentar o conhecimento do comportamento do agregado
reciclado de resíduo da construção civil para melhor saber trabalhar com ele e
explorar suas potencialidades, mas já esta claro que este material apresenta
ótimas condições de utilização, desde que convenientemente reciclado.
De uma forma geral, estes ciclos para a construção tentam aproximar a
construção civil do conceito de desenvolvimento sustentável, entendido aqui
como um processo que leva à mudanças na exploração de recursos, na
direção dos investimentos, na orientação do desenvolvimento tecnológico e nas
9
mudanças institucionais, todas visando à harmonia e ao entrelaçamento nas
aspirações e necessidades humanas presentes e futuras. Este conceito não
implica somente multidisciplinariedade, envolve também mudanças culturais,
educação ambiental e visão sistêmica (AGOPYAN, 2000).
3 METODOLOGIA
O desenvolvimento deste trabalho fundamenta-se em uma ampla
pesquisa bibliográfica que discute a temática do processo de reciclagem de
Resíduos Sólidos de Construção e Demolição – RSCD e seu elevado potencial
de utilização para a produção de misturas asfálticas, de forma a avaliar o seu
comportamento técnico aplicado.
A revisão bibliográfica teve como fontes de pesquisa, artigos
apresentados em congressos sobre o tema, dissertações de mestrado e
monografias de acadêmicos da Universidade Estadual de Goiás – UEG e do
Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás – CEFET-GO, que
estudaram a aplicação dos agregados reciclados de entulho em base e subbase de pavimentação.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foi utilizado um agregado reciclado proveniente de resíduos sólidos da
construção e demolição, ou simplesmente entulho. As amostras compostas de
entulho foram coletadas e transportadas por diversas empresas do ramo da
construção de Goiânia. Posteriormente armazenadas, gerenciadas e britadas
pela Companhia de Pavimentação da Prefeitura da Cidade de Goiânia
(COMPAV), A figura 3 apresenta o deposito dos resíduos.
10
Figura 3 – Depósitos de resíduos
Os resíduos foram caracterizados visualmente e separados em 7
categorias compostas por 4 tipos de resíduos (concreto convencional, concreto
celular, cerâmica e alvenaria). Estes dados foram coletados através de fichas
de controle de carga e descarga. Observa-se que o concreto aparece na
maioria das categorias, apresentando-se como o principal constituinte dos
resíduos sólidos de Goiânia, conforme mostra a Figura 4.
Concreto e tijolo
Composição dos resíduos
1,6%
Concreto celular
3,1%
Tijolo e argamassa
3,1%
28,3%
3,4%
51,6%
9%
Figura 4 – Composição dos Resíduos
Fonte: Silva, 2004
Concreto tijolo
argamassa e Cerâmica
Concreto argamassa e
cerâmica
Concreto tijolo e
cerâmica
Concreto tijolo e
Cerâmica
11
Para a realização da britagem dos resíduos sólidos da construção civil
em agregados para uso em pavimentação utilizou-se um britador de
mandíbulas. A Figura 5 apresenta o britador da Companhia de Pavimentação
(COMPAV). O britador é composto de um sistema nebulizador para evitar a
geração de poeiras no instante de descarregamento do material.
Figura 5 – Britador da Prefeitura de Goiânia
Os resíduos da construção civil foram encaminhados para o britador
através de caminhões com capacidade para 6m3, Figura 6.
Figura 6 - Resíduos da Construção Civil
12
A Figura 7 mostra o compartimento do britador responsável pela
separação através de peneiras classificatórias.
Figura 7 – Peneiras Classificatórias
O entulho britado foi separado com as seguintes denominações e
registros: areia artificial (material com diâmetro máximo de 4,8 mm), conforme
mostra a Figura 8, brita 9,5 mm (material com diâmetro máximo igual a 9,5
mm), conforme mostra a Figura 9 e brita 19mm (material com diâmetro máximo
igual a 19,0 mm) conforme mostra a Figura 10.
Figura 9 – Brita 9,5mm
Figura 8 – Areia Artificial
13
Figura 10 – Brita 19,0mm
Os agregados resultantes da britagem do entulho foram caracterizados
nos laboratórios do Departamento de Apoio e Controle Técnico de FURNAS
Centrais Elétricas S. A., onde também foram utilizados na composição de
concreto asfáltico. Avaliadas as propriedades deste material, concluiu-se que
será bom para a construção de bases e sub bases de pavimentação.
A fim de sanar as dificuldades de controle de umidade e baixa coesão,
que poderão ocorrer no campo, adotou-se a incorporação de argila ao
agregado reciclado. Os resultados dos ensaios das amostras dosadas com
incorporação de argila mostraram que estes materiais, nestas condições,
apresentam boa trabalhabilidade e parâmetros compatíveis para serem
utilizados em bases e sub-base de pavimentos.
O estudo seguiu-se com a execução de uma via, o trecho experimental
corresponde a pista de acesso para o Centro de Abastecimento S. A. (CEASA)
e esta localizado na rua dos Ciprestes, bairro Mansões Bernardo Sayão, em
Goiânia, Goiás, onde foram realizados ensaios de campo e laboratório para
verificar as propriedades do material e a trabalhabilidade do mesmo no campo.
A Figura 11 mostra a pista.
14
Figura 11 – Pista Experimental
Fonte: Silva, 2004.
Para finalizar, elaborou-se também um estudo de dosagem de
concreto com agregados reciclados de entulho utilizando-o para execução de
meios-fios (Figura 12) no trecho experimental executado.
Figura 12 – Finalizando a execução do meio-fio
Fonte: Silva, 2004.
A caracterização demonstrou que os agregados reciclados estudados,
apresentaram boas características. A pista já está em processo de
experimentação há doze meses e até hoje não sofreu nenhum dano ( Figura 13
e 14).
15
Figura 13 – Pista experimental
Figura 14 – Meio-fio experimental
16
5 CONCLUSÂO
Com os resultados realizados neste trabalho, pode-se concluir que:
- a reciclagem do entulho da construção civil e sua utilização em
obras de pavimentação é tecnicamente viável;
-
o entulho pode ser utilizado para estabilizar solos
componentes das camadas do pavimento ou aplicado diretamente nessas
camadas,
substituindo
os
materiais
tradicionalmente
utilizados
em
pavimentação que já se encontram escassos junto aos grandes centros
urbanos;
conseqüente
a reutilização do entulho gera redução da poluição e
diminuição
de
impactos
ambientais
como
enchentes
e
assoreamento de córregos e rios , resolvendo o problema de locação de áreas
para a disposição desses resíduos;
Trata-se de uma alternativa ambientalmente sustentável de destinação
final de entulhos, e resíduos tão mal amados, consideravelmente presentes na
paisagem urbana.
17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Seminário de Resíduos Sólidos Domésticos. São Paulo-SP. 2000.
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Produção de Materiais de Construção. Editora EDUF-BA, Edição CEF. 2001.
CONAMA – Resíduos da construção civil, Ministério do Meio Ambiente, MA,
Propostas de resolução, Brasília, 2002.
GONÇALVES, M.A.B. et al. Uma forma racional de tratar os resíduos
sólidos nos canteiros de obra. Programa de Entulho Limpo (PEL), 2000
36p.
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Industria da Construção de Goiânia – Piloto-01. Relatório Preliminar.
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PINTO, T. P. Metodologia para a gestão Diferenciada de Resíduos Sólidos
da Construção Urbana. Tese de doutorado em engenharia. Escola Politécnica
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Téchne. P.62-64. n 82.2004.
PRANDINI, Luiz Fernando et al. Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento
Integrado.
São
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Instituto
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Pesquisas
Tecnológicas
(IPT)
e
Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), 1995. 278p.
RIBEIRO, F.; SERRA, N. G. da S. Utilização de Entulho na Pavimentação.
Monografia. Anápolis. Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas do
18
Departamento de Engenharia Civil, Universidade Estadual de Goiás – UEG.
2001.
RIBEIRO, H. C. Aplicação de Resíduos Sólidos da Construção Civil em
Revestimento Asfáltico tipo CBUQ PF-001A/04, Curso de Engenharia Civil,
Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, Go, 91p. 2004.
SILVA, A. L. A. Aplicação de Resíduos Sólidos da Construção Civil em
Bases e Sub-bases de Pavimentos. Trabalho de Conclusão de Curso. Centro
Federal de Educação Tecnológica de Goiás – CEFET-GO. 2004.
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