www.revistaoutdoor.pt
nº6 JULHO/AGOSTO 2012
outdoor
Revista
Torna-te fã
carlos sá,
o ultra maratonista
por Aurélio Faria
A SURFAR COM
com a Maria Abecasis
descobrir
o algarve
A Rota da Cortiça!
DESAFIO
Uma aventura no Ártico
aventura
Travessia Pedestre à Ilha da Madeira
entrevista
Novo projeto de Nuno Ferreira
SANTA CRUZ OCEAN SPIRIT
o grande regresso!
atividades
Outdoor em Família
Diretrizes
EDITORIAL
06
nº6 Julho_Agosto
GRANDE REPORTAGEM
CARLOS SÁ, O ULTRA MARATONISTA por Aurélio Faria
2012
08
EM FAMÍLIA
ATIVIDADE- Aventura em Família
14
VIAGEM - Oásis do Sul
18
08
aventura
EVENTO — MUS
22
DESAFIO — Uma aventura no Ártico
26
DESAFIO — Trekking na Ilha da Madeira
32
entrevista
Maria Abecasis - a Surfar com a Maria
38
POR TERRA
CRÓNICA — Via Algarviana
42
DESCOBRIR — A Rota da Cortiça
48
Bikotel
52
POR ÁGUA
EVENTO — Nelo Summer Challenge
56
ATIVIDADE — Surf
58
INDOOR — Preparação para Surf
62
evento — Santa Cruz Ocean Spirit
64
Nesta reportagem vamos desvendar algumas histórias e segredos de Carlos Sá. A
sua paixão, força e dedicação levaram-no
até grandes conquistas. sabia que Carlos Sá
pesava 96kg e tinha uma vida sedentária?
38
FOTOGRAFIA
PORTFOLIO DO MÊS — Luís Ferreira
66
FOTO DO MÊS - Travessia Lisboa Madrid
72
SOS
Sobreviver a Catástrofes
74
DESCOBRIR
região do algarve
78
projeto - Caminhos de Árvores e Pedras
84
entrevista - O novo projeto de Nuno Ferreira
88
RECEITA OUTDOOR - Bolinhas de Energia
94
LIVRO AVENTURA - Kid Carcaça
95
Pousada de Juventude de Portimão
96
Maria Abecasis é uma das atletas que está
a dar cartas no surf feminino em Portugal. A sua garra trouxe-a até aqui e permitiu-lhe conquistar o título de Campeã
Nacional.
kids
atividades
ATIVIDADES OUTDOOR
98
102
DESPORTO ADAPTADO
dive for all
88
108
ESPAÇO APECATE
Técnico de Turismo de Ar Livre
112
vouchers
116
a fechar
120
Depois de descobrir o continente a pé,
o Jornalista Nuno Ferreira rumou ao arquipélago dos Açores! Uma agradável
conversa com este aventureiro que nos
encantou com todas as suas histórias e
descobertas.
Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores.
Não é premitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista.
Editorial Ficha técnica
chegou o
número 6!
P
arece que foi ontem mas… a
Revista Outdoor acaba de fazer
um ano! Há 12 meses lançámos
a edição 0 e hoje já estamos a
lançar o número 6.
www.portalaventuras.clix.pt
Edição nº6
WPG – Web Portals Lda
NPC: 509630472
Capital Social: 10.000,00
Foram 12 meses em que descobrimos e demos a conhecer grandes aventureiros, desafios, histórias… um sem fim de sugestões para que os nossos
leitores possam sair da rotina do dia a dia e aproveitar o que
temos, tantas vezes perto de nós!
Neste número, como forma de comemoração, trazemos uma
novidade: Vouchers de desconto para atividades outdoor.
Para além da nova categoria, ao aventurar-se pelas nossas páginas irá descobrir alguns segredos do ultramaratonista Carlos
Sá, uma entrevista a Maria Abecassis, um percurso pedestre
único pela Ilha da Madeira, eventos fantásticos que esperam
pela sua presença, o novo projeto de Nuno Ferreira pelos Açores, inúmeras sugestões de atividades para os miúdos, graúdos,
em família e muito mais.
Sendo este um mês de férias para muitos portugueses, esperamos que aceite as nossas sugestões e se divirta, relaxe e sinta o
prazer de praticar atividades ao ar livre.
Agradecemos a todos os que nos continuam a seguir, a enviar
sugestões, a participar ativamente no nosso projeto, um bem
hajam! Estamos cientes que só com a vossa colaboração conseguimos melhorar e ir de encontro às expectativas de todos.
Até Setembro e, se for o caso, boas férias!
Continue a acompanhar as nossas sugestões diárias no Portal
Aventuras.
Nuno Neves
Rua Melvin Jones Nº5 Bc – 2610-297 Alfragide
Telefone: 214702971
Site internet: www.revistaoutdoor.pt
E-mail: [email protected]
Registo ERC n.º 126085
Editor e Diretor
Nuno Neves | [email protected]
Marketing, Comunicação e Eventos
Isa Helena | [email protected]
Sofia Carvalho | [email protected]
BEBIANA CRUZ | [email protected]
Revisão
Cláudia Caetano
Colaboraram neste número:
ana barbosa, antónio gavinho, artur
pegas, Aurélio Faria, bruno brito, carlos sá,
gonçalo benttencourt, isa sebastião, jorge
pereira, luís ferreira, luís varela, maria
abecassis, miguel lacerda, miguel sousa,
nuno ferreira, nuno pereira, pedro alves,
pedro pedrosa, ricardo mendes, sílvia romão,
susana muchacho.
som
bebiana cruz
Design Editorial
Inês Rosado
Fotografia de capa
Agustin Munoz - Red Bull Content Pool
Desenvolvimento
Ângelo Santos
6
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Onde
eficiência
e cOntrOlO
se juntam.
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Advanced Dynamics é a tecnologia com que criámos
a bicicleta de trail mais eficiente do mercado. Uma
máquina que te fará subir mais ágil do que nunca
e te dará o máximo controlo para fazeres faísca
em qualquer descida. Nova Orbea Occam, onde
eficiência e controlo se juntam.
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Grande Reportagem
CARLOS SÁ, DO SOFÁ
ÀS ULTRAMARATONAS
Desidratado, com o estômago pesado que nem
uma pedra, em perda crescente de ritmo e ultrapassado constantemente por outros corredores, Carlos Sá competia já apenas contra
os seus limites físicos e mentais. E nesse dia,
de mochila de 8kg às costas e sob o calor do
deserto do Sahara, atravessara dunas de areia
fina, calcara pistas poeirentas e trepara terrenos rochosos. Ao quilómetro 50 da etapa de
80 km, uma visão inesperada acabou por proporcionar ao português de Barcelos o alento
necessário para terminar a mais longa e dura
etapa da Marathon des Sables (Maratona das
Areias) “Eis a chave para abrir as portas do
Inferno!” - pensou, exausto, quando viu uma
chave grande e enferrujada perdida na areia:
“Fiquei com a imagem na cabeça e a cismar
como foi lá parar a chave... No meio do nada,
devia estar esquecida há muitos anos pelo
dono de uma casa que teria certamente um
enorme portão de madeira!”.
A 11 de Abril de 2012, Carlos terminou noite dentro a etapa entre el Maharch e Jebel el
Mraïer com o tempo de 8h13m. Na classificação final, o ultra-maratonista obteve o 4º lugar entre cerca de 800 atletas de 30 nacionalidades. Foi o melhor classificado não africano
da mais famosa prova aventura do mundo.
Falhou por pouco o pódio onde estiveram um
jordano e dois marroquinos que treinaram exclusivamente para esta prova com patrocínios
chorudos e apoio governamental.
O SEGREDO
Foto: Cristina Gimenez Pleite
“Ao quilómetro 50 da etapa
de 80 km, uma visão
inesperada acabou por
proporcionar ao português de Barcelos o alento
necessário para terminar
a mais longa e dura
etapa da Marathon
des Sables“
Foto:Covadonga Cué Mds 2012
No regresso a Portugal, Carlos foi notícia de
telejornais, rádios e diários desportivos.
“Sei que vou buscar forças onde não as tenho,
e sofrer para mim não é problema desde que
esteja consciente, portanto lúcido e com pleno
controlo do meu corpo”. Na segunda participação na Maratona das Areias, este pai de 2
filhos encontrou novos limites nos 245km da
prova na qual participou pela 1ª vez, o ano
passado. Em entrevista ao Expresso recordou
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
9
Reportagem
Carlos Sá
A CHAVE DO INFERNO
Foto:Covadonga Cué Mds 2012
Foto:Covadonga Cué Mds 2012
Grande Reportagem
como “bateu no fundo” em 2011, e conseguiu
recuperar o ânimo:
“Ia muito focado na competição, não me hidratei convenientemente e, a dada altura, já não
via nada, estava tudo desfocado. Parei, sentei-me e, naquela altura, completamente desorientado, pensei em desistir.
Foto: Carlos Sá
Mas, lá dentro, outra voz se fazia
ouvir mais alto. “Continua! Con“Em 1999,
tinua! Continua!”. No relato, ree longe dos
corda como demorou mais de
meia hora para se reerguer
atuais 67 kg, Carlos
e começar primeiro a andar,
pesava 96 kg , e com
depois a correr muito devauma vida sedentária,
gar, mas terminou na oitava
posição, de braço dado com
esquecera já o sonho
um marroquino, e com a certede adolescênza que, além dos outros atletas,
cia(..)”
se ultrapassara, mais uma vez, a
si próprio. “O segredo é a persistir, mesmo no treino. Já várias vezes
saí para correr à uma da manhã” - resume,
descontraído, quem corre habitualmente 30km
por dia e 200 km numa semana, quase sempre
sozinho e pelo monte de S.Mamede, perto de
casa, ou em treinos específicos em praias e em
altitude acima dos 1000 metros.
10
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Reportagem
Carlos Sá
A SAÍDA DO SOFÁ
Foto:Covadonga Cué Mds 2012
Foto:Covadonga Cué Mds 2012
Mas nem sempre foi assim. Em 1999, e longe
dos atuais 67 kg, Carlos pesava 96 kg, e com
uma vida sedentária, esquecera já o sonho de
adolescência de um dia ser como o seu ídolo
Carlos Lopes.
Foto: Carlos Sá
O clique que o fez saltar do sofá foi a palestra dada em Barcelos pelo alpinis“E
ta João Garcia sobre a conquista
do Everest A partir daí, recomefoi, aliás,
çou regularmente as atividades
numa ida ao
de montanhismo, fez ascenMonte Branco, que
sões nos Andes e nos Alpes. E
foi, aliás, numa ida ao Monte
teve um 2º clique
Branco, que teve um 2º clique
quando testemunhou
quando testemunhou a particia participação de
pação de um veterano de quaum veterano
se 60 anos no Ultratrail du Mont
Blanc, a mais conceituada e com(...)”
petitiva prova de ultramaratona do
mundo.
Apostado a sério nas corridas de montanha,
Carlos triunfou logo na primeira ultramaratona
realizada em França: ganhou o Grande Raide
dos Pirinéus após 26 horas de prova para vencer o percurso de mais de 160 quilómetros.
Em 2010, e entre 2300 corredores, metade dos
quais não terminou a prova, obteve o 5º lugar
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
11
Grande Reportagem
no Ulta Trail do Monte Branco. Em 22 horas e 48
minutos, quase um dia a correr, correu 168km
e 9500m de desnível positivo e condições climatéricas adversas: vento, nevoeiro, neve e temperaturas que oscilaram entre os 26º C e os -10ºC.
Uma proeza reforçada pelo facto de ser o único
amador entre as dezenas de profissionais que
alcançaram os primeiros lugares da prova.
SERRA DA ARGA
vitórias
internacionais
1º Lugar no Grand Raid des Pyrénées
2º Lugar no Maratón Alpino Madrileño
4º Lugar na Marathon des Sables
5º Lugar no Ultratrail du Mount Blanc
“Ando em busca dos meus limites e felizmente
ainda não os encontrei” referiu recentemente
numa cerimónia de homenagem. Aos 38 anos,
a segunda participação na Maratona das Areias
deu finalmente a Carlos Sá o reconhecimento
público tardio, mas não o fez perder a postura
humilde. “Era bom termos mais apoio” destacou apenas numa das entrevistas no regresso
de Marrocos. Tivesse outra nacionalidade ou
jogasse futebol, o superatleta teria há muito a
fama merecida dos desportistas de elite. ø
Aurélio Faria
12
Maio_Junho 2012 OUTDOOR
Foto: Carlos Sá
Em Portugal, e num projeto pessoal e que coloca o Minho no circuito do desporto aventura,
Carlos Sá associou o seu nome ao Ultratrail da
Serra da Arga. No outono de 2012, a 2ª edição da
prova terá a internacionalização que garante a
mediatização e algum apoio.
OUTDOOR Setembro_Outubro 2011
13
Em Família
 Atividade
aventura em família
N
a região onde o castanho da terra,
o verde da vinha e o azul do mar se
conjugam de forma perfeita, juntamente com o património histórico e
a gastronomia, situa-se Peniche.
Cidade piscatória que cativa quem a visita de
imediato, com as suas arribas, a vista para a Berlenga, o Cabo Carvoeiro, a Nau dos Corvos.
Com uma tradição intimamente ligada à faina, à
14
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
cultura marítima e mais recentemente ao surf,
Peniche é uma cidade que se deve conhecer.
A nossa escolha recai sobre a prática de uma
atividade desportiva, mas efetuada no âmbito
familiar, na costa marítima de Peniche, em que
o cliente tem o prazer de observar as arribas talhadas em diferentes materiais rochosos, uma
obra inagualável da natureza.
Assim, a PortugalWestZone sugere uma aula de
Em Família
Atividade
Fotos: Portugal WestZone
pesca em alto mar, atividade desportiva, mas
praticada em grupo, fomentando o espírito e a
união em seio familiar.
O objetivo é simples: ensinar a pescar, com o
auxilio de uma tripulação profissional e devidamente certificada.
Feita em colaboração com o Barco Dinor, a aula
de pesca em alto mar tem a duração de meio dia.
O transporte para a atividade poderá ser efetuado pela PortugalWestZone, ou o cliente poderá
optar por ir na sua viatura. A escolha será deste.
Nesta atividade com a duração de meio dia, os
profissionais do Barco Dinor ensinam a arte e as
técnicas da pesca, ajudam a fomentar o espírito
e a união de grupo no seio familiar, aconselham,
ensinam, elucidam sobre a pesca em alto mar.
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
15
Em Família
Todo o material necessário para a realização da marco importante da nossa história e da Revoluaula é fornecido pela empresa.
ção de abril, onde todos os seus corredores, ceSabendo de que o cuidado e o acompanhamen- las e paredes têm uma história para nos contar,
to dos mais pequenos é necessário e tendo
serão também de se ter em conta.
em conta as necessidades dos pais, o
Barco Dinor tem ao dispôr um resSugerimos ainda um dia à mediponsável para cuidar das crianda do cliente, onde este queira
“(...) uma
ças que não participem na aula
conjugar um passeio elaborado
visita à Berlende pesca em alto mar. Com a
pela PortugalWestZone juntaga, reserva natural,
duração de meio dia, a pesca
mente com a pesca em alto
ilha povoada de mitos
em alto mar pode ainda ser
mar, um dia inteiro conceconciliada com outras ativibido de acordo com os seus
e lendas, um passeio em
dades que a PortugalWestzodesejos e pretensões, onde
busca dos golfinhos
ne tem ao dispôr dos clientes.
a cultura, o turismo ativo e a
feito por profissionais,
prática de uma atividade desou uma aula de
Destacamos uma visita à Berportiva, se podem conjugar de
lenga, reserva natural, ilha poforma perfeita, seja através da
surf.
voada de mitos e lendas, um pasnossa sugestão ou do leque de atiseio em busca dos golfinhos feito por
vidades que temos ao dispôr. ø
profissionais, ou uma aula de surf. Um
Inês Espadaneira e Ivo Batista
passeio pela cidade de Peniche, ou uma visita
Portugal WestZone
à Fortaleza, antiga e famosa prisão política, um
16
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Em Família
Atividade
ficha técnica
Dificuldade do Percurso: Baixo
Duração: Meio-dia
Horários: 8h-12h ou 15h-19h
Número de Pessoas: P5 pescadores
4 pescadores e 4 observadores
6 pescadores e 2 observadores
O número máximo de participantes é de
8 pessoas.
Advertências: Aconselhamos o uso de
calçado prático impermeável, chapéu,
roupa prática e que proteja contra o vento, protetor solar. A realização da atividade está sujeita às condições climatéricas.
Promotor: Portugal WestZone
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
17
Em Família
Oásis do Sul
18
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
“Viajar
para Marrocos é embarcar
numa grande aventura aqui mesmo
ao virar da
esquina.”
Fotos: Papa-Léguas
Esta viagem começa em Marraqueche, a cidade vermelha do grande sul. A cidade começou
como ponto de paragem das grandes caravanas comerciais que uniam a África Negra com
o Mar Mediterrâneo. Desde então tem crescido
e cada vez mais se afirma como a capital do
grande Sul e porta do deserto. Sugerimos um
percurso que se faz bem em meio-dia pela cidade vermelha. Poderemos visitar os jardins deMehara; o minarete da La Koutoubia; os túmulos dos reis Sádidas, a dinastia que fundou esta
grande cidade, e por último, a praça Djemaa
el-Fna(assembleia dos mortos), edificada como
"Património da Humanidade" e considerada a
praça mais movimentada do mundo: onde se
juntam vendedores, dentistas, curandeiros, escritores, músicos, malabaristas…
Os dias seguintes serão orientados para sul,
começando com a travessia da cordilheira do
Atlas. A paisagem, de belos tons, oscila entre o
verde carregado dos vales, e os rasgos avermelhados do colo de Tizin Tichka´ (2280m). Em
rota teremos oportunidade para visitar o Kasbah de Ait Ben Haddou, património da humanidade e palco de gravação de vários filmes que
Hollywood celebrizou.
A viagem continua pela famosa "Rota dos kasbahs" (via Kelaat M´gouna), nome do Alto Atlas
na região sul. Durante a rota, percorreremos
uma série de fortalezas (kasbahs), construídas
em adobe e com adornos em ladrilho cru. Estas
fortalezas do deserto tinham funções defensivas e em tempos idos, albergaram autênticas
aldeias e "cidades" no seu interior. Os Kasbahs,
desta rota, estão situados e espalhados através
de uma paisagem espetacular: "... no lugar que
a montanha encontra o deserto...", segundo os
locais, conjugam todos os tons de ocre e vermelho.
Entre desfiladeiros, teremos oportunidade de
ficar deslumbrados com as espetaculares Gargantas do Todra. Um desfiladeiro de 300 metros de altura escavado pelo rio Todra. A nossa
bússola aponta agora Erfoud. O caminho torna-se menos confortável e mais duro, porém, as
aldeias e as suas populações são cada vez mais
autênticas e remotas.
Erfoud é entreposto a caminho das dunas que
já adivinham ao longe. É aqui que ficaremos
por duas noites entre caravanas de camelos
e tendas berberes com todo o conforto que se
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
19
Em Família
Viajar —Oásis do Sul
E
ste país tão perto de nós conserva
ainda muito dos valores tradicionais que se enraizaram ao longo de
seculos neste país no extremo norte
do continente africano.
Em Família
consegue ter em pleno deserto.
O deserto encanta. As dunas, as pistas e toda a vida
que se consegue observar espantam. É por uma
dessas pistas que seguiremos, para conhecer Tazzarine e Alnif que representam uma verdadeira
meca para os amantes dos fósseis. Daqui a viagem
segue para o ponto de partida para das grandes expedições Saharianas – Zagora, a porta do deserto.
“O
deserto
encanta. As
dunas, as pistas e
toda a vida que se
consegue observar espantam.“
Em Zagora, a placa mais fotografada do mundo indica-nos que estamos a 52 dias a pé de Tombuctou,
no entanto, a nossa direção não é essa. Seguindo
o curso do rio Draa, chegaremos a Ouarzazate, a
chamada Porta do Deserto. Teremos tempo para
repousar um pouco e “fechar o ciclo” com o regresso a Marraqueche. Teremos tempo para usufruir da noite nesta cidade e na manhã seguinte
regressaremos a Portugal. ø
Artur Pegas
Próxima Partida: 04/08/2012
www.papa-leguas.com
Programa:
D1: Voo cidade de origem - Marraqueche
D2: Marraqueche
D3: Marraqueche - Ait Bem Haddou - Ouarzazate - Kelaat M`Gouna
Todra - Erfoud - Dunas de Merzouga
Merzouga
D4: kella m`Gouna - Gargantas do Dadés e do
D5: Dunas de Merzouga - Rissani - Dunas de
D6: Dunas de Merzouga - Zagora
D7: Zagora - Ouarzazzate - Marraqueche
D8: Marraqueche - cidade de origem.
20
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Em Família
Viajar —Oásis do Sul
Testemunho:
No geral, a viagem correu muito bem.
Foi uma experiência marcante. Não
posso dizer que adorei porque ver tanta
pobreza nos constrange e todas aquelas
horas de jipe são cansativas (por vezes
desejei estar paradinha ao sol numa ilha
das caraíbas!), mas em termos de balanço, foi enriquecedora, muito diferente
de todas as viagens que tenho feito, mais
um roteiro cultural, entre o povo e os
costumes locais. Penso que não é uma
viagem para qualquer um. É necessário
ter alguma ginástica mental para relativizar alguns dos constrangimentos que
a viagem tem.
O meu marido adorou, pois é todo virado para a aventura, os meus filhos,
apesar de se queixarem do cansaço nas
deslocações de 4x4, penso que também
gostaram, sobretudo o mais novo que
estava perfeitamente “enturmado” com
todos os empregados dos hotéis e restaurantes onde íamos, brincando com
eles, e às vezes dava por mim, já ele
estava às cavalitas de algum deles ou
nas cozinhas confraternizando. O nosso
guia já dizia que ele era um verdadeiro
“berbere” e já o chamava de “Ali”.
Falando do guia, tivemos sorte, era muito simpático e paciente com as crianças
e conhecia os percursos muito bem. Foi
um bocadinho aventureiro, mas penso
que também porque viu recetividade
nosso nesse sentido, sobretudo do meu
marido.
Alexandra V
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
21
Aventura
 Evento
MUS PORTUGAL 2012
A MAIS DIVERTIDA CORRIDA DE
AVENTURA ESTÁ DE VOLTA
A
Merrell volta assim a trazer a Portugal a maior e mais divertida corrida de aventura mas com algumas
novidades que demonstram o empenho da organização em continuar a surpreender os participantes. Uma das
grandes novidades é que as inscrições nas
provas, este ano, são gratuitas. Por outro lado,
além das provas de cidade, existem duas provas – Lisboa (15 de setembro) e Braga (13
de outubro) – que vão decorrer em parques,
num ambiente de campo, o que faz adivinhar
um desafio maior para todos os participantes.
A organização leva assim o MUS Portugal para fora
22
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
de portas urbanas e instala-se em plena natureza.
Évora, Coimbra, Lisboa, Guimarães, Leiria, Porto
e Braga recebem Provas de Cidade e de Campo na
mais divertida Corrida de AventurA
As provas do MUS têm por base a corrida,
mas outras modalidades podem surpreender as equipas ao longo das diferentes provas, como por exemplo desafios de bicicleta,
trotineta, carrinho de compras, patins, skate,
orientação, entre outros elementos surpresa.
“Uma das principais atrações do MUS é precisamente a componente imprevisível da prova.
São os detalhes desconhecidos que proporcionam
aos participantes uma experiência marcante”,
À semelhança das edições anteriores, o MUS
Portugal irá apoiar uma causa, cumprindo desta
forma a sua vertente de responsabilidade social.
Este ano, a associação eleita é a ASBIHP - Associação Spina Bífida e Hidrocefalia de Portugal.
Desta forma, o MUS abre aos participantes e
não participantes a possibilidade de contribuírem para a compra de handbikes que serão entregues à associação. “Estes equipamentos vão
permitir dotar a associação de soluções de mobilidade e exercício físico ao nível do desenvolvimento motor para os associados que possuem
dificuldades ao nível dos membros inferiores”
acrescenta Filipe Pereira, Responsável das Relações Institucionais e Internacionais da ASBIHP.
Diversão, ecologia, cultura e agilidade física
aliam-se à solidariedade pela ASBIHP - Associação Spina Bífida e Hidrocefalia de Portugal.
O MUS PORTUGAL está de volta às
cidades nacionais e traz novidades!
Depois da edição de 2011 ter sido um
sucesso, com mais de 700 participantes, a mais divertida corrida de aventura volta a percorrer o país. Évora,
Coimbra, Lisboa, Guimarães, Leiria,
Porto e Braga foram as cidades eleitas
para realizar este desafio de equipa
aberto a todos os que gostam de estar
em movimento e ao ar livre.
afirma Tiago Veloso, Brand Manager da Merrel.
Para participar, basta ter mais de 14 anos
de idade e gostar de desafios. Sim, porque o MUS Portugal 2012 mantém o caráter inesperado e imprevisível das provas.
Às cerca de 20 equipas inscritas, compostas
por três pessoas, será entregue um passaporte momentos antes do início do desafio, o qual irá determinar o trajeto a seguir.
O grande objetivo será chegar a cada Check
Point o mais rapidamente possível, usando os
modos de deslocação designados, e à chegada, as equipas terão de cumprir uma tarefa
que revelará o próximo destino e assim sucessivamente.
A ASBIHP é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que presta apoio a pessoas
com Spina Bífida ou Hidrocefalia e suas famílias. É formada por familiares, técnicos, amigos
e pelas próprias pessoas afetadas por esta malformação congénita do tubo neural.
A Associação conta atualmente com cerca de
1740 associados e possui já duas delegações,
uma sediada em Coimbra e outra no Porto e
um núcleo em Aveiro. Conta com uma comissão
científica que dá suporte consultivo a todas as
dúvidas oriundas dos associados e a todos os cidadãos que requeiram informações ou suporte.
Para mais informações consulte www.asbihp.pt.
A prova de arranque do MUS Portugal 2012 foi
em Évora, seguiu até Coimbra (2 junho), rumou
a Lisboa (23 junho) e passará por Guimarães (1
setembro), Leiria (8 setembro), Porto (29 setembro), sendo que as duas últimas provas – o regresso a Lisboa a 15 de setembro no Parque de
Monsanto, e Braga a 13 de outubro – estreiam a
modalidade Provas Campo. ø
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
23
Aventura
Mus
“O MUS Portugal é a prova ideal para quem gosta de estar em movimento, de ser desafiado, de
testar os seus conhecimentos e para quem tem
humor suficiente para lidar com imprevisibilidade e muito secretismo.”
Aventura
CALENDÁRIO
1ª E 2ª eDIÇÃO
CALENDÁRIO DE PROVAS CIDADE
Provas já realizadas:
Évora – 21 de abril
Coimbra – 2 de junho
Lisboa – 23 de junho
Próximas provas:
Guimarães – 1 de setembro
Leiria – 8 de setembro
Porto – 29 de setembro
Cidades:
1ª Edição: Lisboa
CALENDÁRIO DE PROVAS CAMPO
Lisboa – Parque Monsanto – 15 setembro
Braga – Parque Ponte – 13 de outubro
Solidariedade: 704 refeições completas
para a Associação CAIS e verbas para o
Projeto Capacitar Hoje, da mesma associação
24
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
2ª Edição: Faro, Beja, Évora, Castelo
Branco, Coimbra, Viseu, Aveiro, Porto,
Braga, Bragança e Lisboa (10 cidades)
Participantes: um total de 1600 participantes nas duas edições
Aventura
Mus
Equipa vencedora do MUS Portugal 2011 na Oyster Racing
Series
A equipa PRIM, que venceu a edição de 2011 do MUS Portugal, vai competir na prova de Denver da Oyster Racing
Series, nos Estados Unidos da América.
A Oyster Racing Series realizou-se pela primeira vez,
em 2003, em Denver, seguiu até Seatle e São Francisco,
entre outras. Durante a prova, que acontece nos meios
urbanos, os participantes têm de percorrer as ruas,
numa aventura desconhecida, enfrentando desafios secretos, que podem englobar atividades de corrida, cliclismo, canoagem e escalada.
Siga o MUS PORTUGAL 2012 em Facebook
A inscrição no MUS PORTUGAL 2012 é gratuita e pode
ser feita em www.musportugal.org/ form
Mais informações na página oficial do MUS Portugal em
www.musportugal.org
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
25
Aventura
aventura no ártico
Uma experiência que marcou Pedro para sempre!
Pedro Alves foi convidado a participar numa
aventura em pleno Ártico. O Aventureiro já nosso
conhecido aceitou o desafio e neste artigo conta-nos na primeira pessoa a sua experiência. A não
perder!
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Julho_Agosto 2012
2011 OUTDOOR
Aventura
Aventura no Ártico
Fotos: Fjällräven
E
sta Páscoa fui escolhido pela Fjällräven, uma marca
de roupa de outdoor,
para
participar
numa aventura no ártico, junto
com um grupo de 20 pessoas
sem nenhuma experiência de
neve: o Fjallraven Polar 2012.
Pelo caminho
o tempo lá melhora,
deixando ver os enormes vales gelados, em que a
equipa da frente é apenas um
pontinho lá ao fundo no meio
do branco, que nos transmitem
aquela sensação de sermos
realmente umas criaturas
pequenas e biodegradáveis.
Cheguei à Suécia no domingo
de Páscoa à noite, e na segunda-feira bem cedo pela manhã
começámos uma formação de
choque de termorregulação e
equipamento, assim como de
sobrevivência no ártico, dada
por Johan Skullman, um expert
de sobrevivência. Com algum
tempo para travar conhecimento com os colegas de aventura,
grande parte do dia foi passado
a aprender a usar a tonelada de
equipamento que nos foi dado.
Dia 2
Uma alvorada bem cedo e voamos com todo o equipamento para Signaldalen, perto
de Trömso, na Noruega, de
onde iremos partir. No hotel
há tempo para aprender a
lidar com mais equipamento
-fogões e tendas- e ter a primeira formação de trenós.
Aqui já neva fortemente e damos
o primeiro teste à roupa, pois
todo o trabalho é feito no exte-
rior para que nos vamos aclimatizando.
Dia 3, primeiro da corrida –
Montanha acima
A meio de algum nervosismo
somos transportados para o início da corrida, onde cerca de 300
cães impacientes nos aguardam
numa barulheira infernal. Colocamos sem grandes cerimónias
o equipamento dentro dos trenós
individuais e em breve é dada a
partida. Viajamos montanha acima, pela floresta e no meio de
um nevão, atrás de um trenó e
6 cães, o que dá azo às primeiras
quedas épicas da aventura.
Com apenas uma paragem para
almoço, os cães correm 80km
até chegarmos ao topo da montanha. Pelo caminho o tempo lá
melhora, deixando ver os enormes vales gelados, em que a
equipa da frente é apenas um
pontinho lá ao fundo no meio
do branco, que nos transmitem
aquela sensação de sermos realmente umas criaturas pequenas
e biodegradáveis. Quando finalmente chegamos ao primeiro
checkpoint espera-nos uma formação sobre como tratar dos
cães. Afinal eles é que fizeram
o trabalho todo, só depois tratamos de nós. Ir buscar água a
um buraco lá longe na neve,
acender o fogão, cortar umas
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Aventura
salsichas enormes à machadada, deixar que tudo isto descongele na água fervente, alimentar os cães, lavar os pratos
e depois repetir todo o processo,
porque o pequeno-almoço tem
que ficar pronto de véspera. Só
depois deles podemos finalmente montar a tenda, retirar todo o
equipamento dos trenós, vestir
qualquer coisa quente e começar a ferver a primeira de muitas
águas que irão servir para tudo,
das refeições à base de rações
militares do ártico, ao café, da
água que bebemos à que usamos para lavar os dentes. Quando nos deitamos, estamos tão
exaustos que nem parece que
estamos a dormir numa tenda
a -25ºC enquanto lá fora neva
abundantemente.
Dia 4, segundo da corrida –
Começa a ficar duro
O dia começa às 6 da manhã,
que os cães já fazem uma barulheira tramada. Se não começam a correr depressa adormecem, e depois ninguém os faz
correr, mas primeiro é preciso
dar-lhes o pequeno-almoço.
Tudo arrumado e voltamos ao
grande branco, a pérola do norte. A manhã inteira é passada
nos vales montanhosos, seguindo as autoestradas da neve, uns
prumos com umas marcas em
X espetados na neve a espaços
regulares, mas a pouco e pouco começam a avistar-se alguns
sinais de civilização, como uma
casa abrigo de montanha meio
enterrada na neve. O caminho
começa a descer suavemente,
já se vêm algumas árvores e
ao final do dia já entramos nos
grandes lagos, onde o terreno
é plano e permite uma viagem
tranquila. É em cima de um desses lagos onde iremos pernoitar,
tão tranquilamente como se estivessemos a dormir na margem.
É-nos dada mais uma formação
sobre reforço térmico e rotinas
de dormida, para que as noites
sejam o mais confortáveis possível. Depois da rotina dos cães,
das tendas e do jantar, surge
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Aventura
Aventura no Ártico
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Aventura
Entre
simples paredes
corta-vento e abrigos
com telhado para afastar
a neve, a criatividade do
grupo fez-se notar e há tempo
para mais um pouco de cavaqueira, para contrastar com
a solidão do trenó em que
os cães são a única
companhia.
finalmente a auróra boreal.
A visão é tão avassaladora, tão mais que o que se
costuma ver em filmes e
tão difícil de descrever por
palavras, que muitos de
nós não conseguem voltar
às tendas e acabam a dormir
ao relento - os que conseguem
dormir - com este espetáculo da
mãe natureza.
Dia 5, terceiro da corrida – sol bom e
uma surpresa
O caminho é mais curto do que esperavamos.
Nem damos por começar a andar e já estamos a
parar para almoço. O sol que está a uma altura
completamente diferente do que estamos habituados não ajuda a ter noção do tempo que passa.
Depois do almoço informam-nos que esta noite
vamos dormir em abrigos de neve, e temos a tarde
toda por nossa conta para o fazer, assim como a
possíbilidade de acender um fogo individual para
poupar o combustível dos primus, secar alguma
roupa húmida e proporcionar algum conforto.
Entre simples paredes corta-vento e abrigos com
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telhado para afastar a neve,
a criatividade do grupo fez-se notar e há tempo para
mais um pouco de cavaqueira, para contrastar
com a solidão do trenó em
que os cães são a única companhia.
À noite acendem um fogo
comum, e somos acolhidos por
um grupo de jornalistas Noruegueses que vieram acompanhar o resto da
corrida, trazendo-nos café e bolinhos e um agradável serão à volta do fogo.
Dia 6, quarto e último dia da corrida –
festa e um mergulho no lago gelado
Todos acordam bem dispostos depois de uma noite bem dormida. Recomeça a rotina do dia, que
é passado entre plácidos lagos gelados e um ocasional corta-mato entre floresta e quedas de água
para acrescentar alguma adrenalina, ao fazer curvas e contra-curvas apertadas no meio de árvores,
riachos e pequenas escarpas íngremes.
Terminamos em Väkkäräjärvi, onde somos acolhidos pelo staff da Fjällräven junto a um Laavu,
Aventura
Aventura no Ártico
uma tenda típica Saami. Depois de arrumar os
trenós vamos guardar os fiéis companheiros de
caminho, com algumas despedidas mais sentimentais, mas ainda nos espera um desafio: para
ganharmos o direito ao jantar temos que acender
um fogo apenas com o firesteel. “A aventura não
acaba até estarmos em casa, e preparamo-nos
sempre para o pior”- repete-nos Johan. Depois do
fogo espera-nos uma sauna típica e um mergulho
num buraco cortado no meio do gelo do lago, o
que é uma experiência no mínimo intensa, mas
que recomendo vivamente e que pretendo repetir.
Depois de todos limpos e restabelecidos, juntamo-nos para jantar numa festa que dura pela noite
dentro. Há um misto de alegria por termos terminado e pena por não podermos continuar mais
tempo, mas a festa é rija e os participantes vão
tombando de exaustão mais uma vez.
Dia 7 – o adeus e o regresso
De manhã arrumamos todo o equipamento e
juntamo-nos para a entrega dos diplomas e uma
última foto. É com muita emoção que nos despedimos todos até uma próxima vez, e cada um começa a longa viagem de regresso a casa, carregando
montes de coisas novas mas mais coisas ainda cá
dentro. Obrigado Fjällräven. ø
Uma descrição mais detalhada, com fotos e vídeos,
pode ser vista em escoladomato.wordpress.com
Pedro Alves
Instrutor de Bushcraft e técnicas de sobrevivência
www.escoladomato.com
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Aventura
aventura na madeira
Aventura
Trekking na Madeira
Aventura
A
travessia integral e genuína da ilha,
pelas mais belas levadas e trilhos
de montanha, incluindo a passagem
pelo cume, o Pico Ruivo!
montanhoso central, as levadas e os trilhos antigos, as falésias sobre o mar, as flores e plantas
endémicas e a avifauna local.
São cerca de 100 km com misto de veredas, triEsta é uma aventura única de travessia pedestre lhos e levadas com o início no extremo Oeste
da ilha terminando no extremo Este. Depois
da Ilha da Madeira. Um percurso original e
da sua chegada ao aeroporto Internagenuíno, desenhado por profundos
cional da Madeira será conduzido
conhecedores dos melhores per“Um
até ao Porto Moniz, terra das
cursos da ilha, com pernoita em
percurso oriimpressivas piscinas naturais
abrigos e casas tradicionais
ginal e genuíno,
esculpidas na rocha, onde perpara desfrutar ao máximo de
noitará bem perto do início
todo o esplendor da natureza
desenhado por prodo percurso marcado para o
num dos mais belos locais
fundos conhecedores
primeiro dia. Durante os seis
do mundo para caminhar!
dos melhores percursos
dias de caminhada, será eviEsta aventura estará dispoda ilha, com pernoita
tado o recurso ao automóvel
nível, de 22 a 30 de setembro
utilizando para o efeito trilhos
e na travessia vai descobrir
em abrigos e casas
e veredas que comecem e teros vales verdejantes, o maciço
tradicionais
(...)”
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Aventura
Trekking na Madeira
(1100m.) e Encumeada (1000m.), onde poderão
admirar escarpas e vales coroados de nuvens
e ganhar forças para a subida mais intensa de
todo o passeio. A chegada ao Pico Ruivo, que a
1860 metros de altitude constitui o pico
mais alto da Madeira e o terceiro
mais alto de Portugal, brindará
O percurso a pé terá início no
“ A cheos participantes com uma essítio dos Lamaceiros, a 500
gada ao Pico
tonteante vista de montanhas
metros de altitude. Este é o
Ruivo, que a 1860
que despontam por entre o
ponto de partida para uma
mar de nuvens ou, em dias
metros de altitude consrápida subida pela Ribeira
de boa visibilidade, uma pada Janela, passando pela
titui o pico mais alto da
norâmica perfeita da diverFonte do Bispo (1200m.)
Madeira e o terceiro mais
sidade paisagística da nossa
até a chegada ao Paul da
alto de Portugal, brindará
ilha.
Serra (1400m.), o maior e
os participantes com
mais extenso planalto da
Deixando para trás o Pico
Madeira, de onde se podem
uma estonteante vista
Ruivo, o passeio tomará nova
apreciar montanhas e vales e,
de montanhas
rota, descendo pela Achada
em dias claros, se consegue ob(..)”
do Teixeira (1590m.) até Queiservar tanto o mar da costa norte
madas (890m.), um parque verde
como o da costa sul. Depois de uma
luxuriante em plena Floresta Laurisnoite bem dormida no Paúl da Serra, o
percurso insinua-se numa leve descida que con- silva onde os participantes farão uma das leduzirá os participantes pelo Lombo do Mouro vadas mais famosas da ilha, que os levará até
minem junto de hotéis e casa rurais ao longo
do percurso traçado. Cada participante irá pernoitar nos locais recomendados, que providenciarão o pequeno almoço, jantar e piquenique
para o dia seguinte.
Aventura
ao Caldeirão Verde (900m.). Ao longo da levada
poderão observar fauna e flora endémica da Madeira, antes de atingir uma imponente cascata
que cai sobre uma lagoa verde esmeralda, num
cenário mágico perturbado apenas pelos sons
da natureza no seu estado mais puro.
O nosso percurso conduzirá depois os participantes até à Fajã da Nogueira (630m.) e a S.
Roque do Faial (500m) passando depois pelo
Faial (100m.) até ao Porto da Cruz (200m.). No
último dia de caminhada, os participantes seguirão pela Boca do Risco (400m.) até chegar
finalmente ao Caniçal (100m.) e à Ponta de São
Lourenço (50m.), o extremo leste da ilha da Madeira. Aqui, a paisagem mais seca contrasta com
todo o verde luxuriante do interior da floresta
Laurissilva, que acompanhou os participantes
nos primeiros dias do passeio, numa dicotomia
de cores e aromas que demonstra bem a diversidade de paisagens que a Madeira oferece. Poderemos descarregar todo o cansaço de vários dias
de caminhada, com um mergulho nas águas
cristalinas do oceano Atlântico no seu inteiro
esplendor.
No dia seguinte, mais uma surpresa nesta viagem
de aventura! Vai viajar numa pequena embarcação pelo mar até ao Funchal, onde ainda terá
tempo para percorrer os jardins, monumentos,
mercado e zona velha da cidade. Para terminar
está prevista uma visita à adega Madeira Wine,
culminando a noite com um jantar num restaurante típico. ø
António Gavinho
Caminhos da Natureza
Para mais informações consultar o programa
detalhado em www.caminhosdanatureza.pt
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Aventura
Trekking na Madeira
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Entrevista
 Maria Abecasis
a surfar com a maria!
Maria Abecasis é uma das atletas que está a
dar cartas no surf feminino em Portugal. A sua
garra trouxe-a até aqui e permitiu-lhe conquistar o título de Campeã Nacional.
A Outdoor esteve à conversa com Maria Abecasis e ficou com vontade de ir apanhar umas
ondas. Fique a conhecer o percurso desta
jovem promissora!
pumas no Algarve e eu achei imensa piada. Na
altura montava a Cavalo mas este é um desporto
muito caro para quem quer competir, por isso
decidi mudar de desporto. Quando fiz 13 anos
pedi ao meu pai para ter aulas de surf e a partir
dai nunca mais parei!
Outdoor: Como surgiu a paixão pelo surf?
maria abecasis: Tudo começou quando tinha
12 anos! Um tio meu empurrou-me numas es-
Como é a rotina diária de uma surfista
profissional?
Normalmente acordo por volta das 6h50 e tenho
por Bebiana Cruz
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Como concilias os estudos com os treinos e as provas?
Essa tem sido uma das minhas grandes batalhas, principalmente desde que entrei na faculdade. Não é nada fácil conseguir conciliar, especialmente quando estou fora muito tempo! O
segredo é uma boa organização e muita força de
vontade!!
Foto: Pedro Mestre
Entrevista
Maria Abecasis
treino de mar ou de ginásio. Depois vou para as
aulas e, sempre que possível, treino outra
vez ao final da tarde.
Consagraste-te campeã nacional aos 19
anos. Como te preparaste para alcançar esta vitória?
Com 14 anos entrei no projeto Surf“NormalO que falta ao surf feminitechnique, um grupo de treino que
mente acordo
no em Portugal?
tem como objetivo preparar-nos
Muito apoio, apesar de estarpara o alto rendimento. Desde
por volta das 6h50 e
mos a melhorar, tanto a níentão que os meus treinadores
tenho treino de mar ou
vel de patrocinadores como
me ajudam a preparar a época
de ginásio. Depois vou
de visibilidade! Os próprios
e evoluir! O resultado do ano
sites e revistas de surf fazem
passado foi a consequência de
para as aulas e, sempre
muita discriminação o que é,
todo
este esforço, no entanto
que possível, treino
na minha opinião, inaceitáainda tenho muito que trabaoutra vez ao final
vel. Felizmente para nós, não
lhar!
são todos! Como bons exemplos
da tarde. ”
temos a Fuel TV, a Zona Radical, a
A preparação para as provas
Surftotal e até a revista Surf Portugal
exige um elevado esforço físico.
que frequentemente perdem algum tempo a
Como te preparas?
contribuir para o “nosso” futuro!
Como já referi anteriormente, em alturas es-
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Foto: Pedro Mestre
Entrevista
pecíficas do ano tenho treinos mais centrados na parte física. Treino frequentemente no
Health&Racket Club da quinta da Marinha, um
dos patrocinadores do grupo Surftechnique.
Qual foi o ponto alto da tua carreira até
ao momento?
Penso que foi o ano passado em que consegui
vencer bastantes etapas e sagrar-me campeã
Nacional!
Já viajaste bastante em competições.
Onde mora a tua onda preferida?
Algures em Sumatra! Uma onda (esquerda) que
eu nem sei se tem nome!
Quais são os teus spots de eleição para
surfar em Portugal?
Portugal tem ondas boas por toda a costa mas as
minhas ondas preferidas são a Azarujinha, Ribeira D’Ilhas e Lagide.
Como descreves a manobra perfeita?
Qualquer aéreo alto ou manobra a soltar o tail! Adoro manobras progressivas!
foi
“Penso que
o ano passado em
que consegui vencer
bastantes etapas e
sagrar-me campeã
Nacional!”
Quais são os teus objetivos
a curto prazo?
Queria tentar renovar o título de
Campeã Nacional e ficar no top 4
do Pró-Júnior Europeu (sub-20).
E o World Tour feminino? Pode
ser encarado como uma realidade pouco distante?
Infelizmente não! Apesar de ser um sonho, ainda está longe. O nível lá fora está muito elevado e eu ainda tenho muito que trabalhar para lá
chegar.
Foto: Pedro Mestre
Que conselho gostarias de deixar às jovens surfistas que estão agora a iniciar-se na modalidade?
Aproveitem as belas ondas que o nosso país tem
para nos dar e acreditem que com trabalho e dedicação podem chegar longe!
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Gostaria de agradecer aos meus patrocinadores que me permitem ser surfista profissional:
O’Neill, X-Cult Surfboards, Ocean&Earth, Future Fins e Health&Racket Club Quinta da Marinha. ø
Sabe mais sobre a Maria Abecasis em
Facebook
Foto: Pedro Mestre
Foto: Pedro Mestre
Começou a surfar com 13 anos, em agosto de
2005.
Inscreveu-se na escola de Carcavelos, Carcavelos Surf School, sozinha, e foi tendo umas aulas, apesar de ir apenas quando havia ondas em
Carcavelos. Só surfava nalguns fins de semana.
Em julho de 2006 entrou para o Surftechnique,
um grupo de treinos de alta competição, com
quem está a treinar até agora. Só a partir daqui
e que começou a treinar mais a sério e a surfar
regularmente. Ainda fez duas etapas do Esperanças em 2006 mas apenas para experimentar.
Em 2007 começou a competir no Esperanças e
a meio do ano entrou também no Pró-Júnior da
Praia Grande. No verão de 2007 foi para as Maldivas onde evoluiu bastante. Foi uma viagem
muito importante para a sua evolução.
Em 2008 começou a entrar no Open, para além
dos restantes circuitos. Foi selecionada para o
ISA world júnior surfing games, em França. Em
2009 correu todo o circuito Open, bem como
o Circuito Nacional de surf Esperanças (sub-18).
Foi também selecionada para os mundiais de
Juniores no Equador (2009) e na Nova Zelândia
(2010), onde teve sempre boas prestações. Em
2010 começou também a correr algumas etapas do circuito Europeu.
Foi ainda campeã nacional sub-18 e vice-campeã da Europa sub-18 no Europeu de Seleções
em 2010. Em 2011 sagrou-se campeã Nacional e
fez parte da Selecção que se sagrou campeã da
Europa Sénior na Irlanda.
Entrevista
Maria Abecasis
Perfil
MARIA ABECASIS
MELHORES
RESULTADOS
Liga MeoProSurf (campeonato Nacional)
- Campeã Nacional 2011 - 4º lugar em 2010
Circuito Nacional Pró Júnior Europeu
- 7º Lugar 2011
Europeu de Júniors sub-18
- Vice-campeã 2010
Euro-surf (europeu séniors)
- 5º lugar 2010 e 2011
Isa World Júnior Surfing Games (mundial juniores)
- França 2008 25º Lugar / - Equador 2009 25º Lugar / - Nova Zelândia 2010 19º Lugar
Circuito Nacional Surf Esperanças (sub-18)
- Campeã Nacional 2010
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Por Terra
 Crónica
A Via algarviana...
P
ara quem quer conhecer a verdadeira
essência do Algarve, das suas gentes, o
melhor que terá a fazer é percorrê-lo
a pé. Não pelas costas fotogénicas do
“Allgarve”, mas pelas serranias, pelos
trilhos só lembrados pelos pastores, atravessando as aldeias esquecidas nas pregas da topografia do extremo sul do país.
Uma sugestão é começar no cabo de S. Vicente,
lugar de vistas largas e, em termos emocionais,
local de partida, aventura e promessa de riqueza (mais que não seja em termos culturais ou
mesmo introspetivos). Tal como Charles Marlow que subiu o rio Congo em busca de Kurtz,
emboscando-se cada vez mais na floresta congolesa e no seu espírito denso e mágico, um
grupo de caminheiros fez a 3ª Travessia da Via
Algarviana, organizada uma vez por ano pela
Associação Almargem, embrenhando-se no interior do Algarve em busca do seu espírito, da
sua essência.
O já citado cabo de S. Vicente foi o local de onde
o grupo partiu. A faixa limítrofe, mas abrangente ao cabo, de influência marcadamente atlântica é uma região plana, ventosa e parca em vegetação. É porém rica para observação de aves e
persiste ainda alguma exploração animal. Aqui,
a Via é constituída por caminhos agrícolas largos, bem pisados, soalheiros e convidativos ao
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
diálogo entre caminheiros. Quem eram e de
onde vinham, quais as suas expetativas perante
o longo caminho que tinham pela frente.
O líder do grupo, Jomini, instituiu o inglês como
língua comum entre as várias nacionalidades.
Os portugueses presentes não levaram a mal e
saltavam do português para o inglês com a naturalidade intrínseca que os caracteriza. Aquelas,
as nacionalidades, eram maioritariamente europeias. Espanha, Reino Unido, Holanda, Áustria,
Alemanha, Suíça e, fora do antigo continente,
Israel. De Portugal, havia uma boa amostra de
norte a sul, inclusive de dois elementos das ilhas
açorianas. O Alentejo estava bem representado,
mas não deixava de haver um casal do Porto,
um outro do Algarve e indivíduos de Lisboa e de
Aveiro, entre outras cidades.
A meio do segundo dia de caminhada fizeram
uma pausa na Lagoa de Budens. A lagoa é agora
uma taça exangue de um ecossistema outrora
rico em biodiversidade. O céu era de um azul
forte, dos prados pespontavam florzinhas brancas e a sombra dos esguios eucaliptos, que apesar de rendilhada convidava a sentar e a almoçar. Após os estômagos acalmados, a língua lá se
foi soltando outra vez. Obra de algum português
(ou de um dos espanhóis), pois os europeus aqui
representados são de forma geral mais dados à
introspeção.
O primeiro desafio que surgiu ao grupo de caminheiros foi numa região já de influência adstrita à serra de Monchique, quando fletiram para
Norte, fugindo em definitivo às costas arenosas
e mais turísticas. A topografia verticalizou-se,
a vegetação cresceu e adensou-se, dando lugar
a árvores e a arbustos de porte mais alto. Aqui
os ribeiros multiplicaram-se. A Via Algarviana
atravessava vários cursos de água, que foram
transpostos a vau sem dificuldade, mas um de
caudal mais largo, merecia mais cuidados.
Alguns elementos limitaram-se a tirar as botas e
as peúgas e a atravessar o dito sem pensar mais
no assunto. O Sr. Maravilha, velhote enérgico,
sorridente, mesmo quando as dores nos calos
eram quase insuportáveis, não se limitou a descalçar-se como a sua cara-metade, mas também
despiu as calças para não as molhar. Atravessou
o ribeiro em roupa interior, de mão dada com a
Sr.ª Maravilha.
O casal do Porto optou por uma abordagem diferente. Enquanto ele se descalçou, ela agarrou as duas mochilas. Então, com aquelas bem
seguras, saltou para as costas do seu parceiro
que, apoiado num bastão, atravessou o ribeiro
pedregoso com a amada às cavalitas. Vendo a
estratégia do casal nortenho, uma caminheira
aproveitou a ocasião e rogou “boleia” ao rapaz.
Ele, surpreendido pelo inusitado pedido, ainda
vacilou entre a educação e o pragmatismo. Uma
coisa é o que se faz por Amor, quando o objeto
do nosso amor é um peso pluma e é, aos nossos
olhos, o símbolo da mais pura beleza.
No entanto, nos poucos segundos em que a sua
mente lutou, venceu a educação. Sem conseguir
encontrar uma resposta delicada para lhe negar
a boleia, voltou a atravessar o ribeiro de cabe-
Uma
coisa é o que
se faz por Amor,
quando o objeto do
nosso amor é um peso
pluma e é, aos nossos
olhos, o símbolo
da mais pura
beleza.
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Por Terra
Via Algarviana
Uns falavam baixinho em pequenos grupos, mas
um dos holandeses demorava a sua atenção na
bela israelita. Desde cedo Dr. Love Boat, homem
para o outono da vida, de aparência cuidada,
óculos finos, cabelos acobreados em fingido desalinho, demonstrou uma predileção pela rapariga esguia de longos cabelos ondulados. Contudo, ela rebatia aquela atenção com um sorriso
descuidado.
Por Terra
e dizer piadas (que não tinham graça). Assim
que o Dr. Love Boat se apercebeu da concorrência, começaram uma subtil luta pela atenção da
bela israelita, que parecia imune à dupla atenção, ou pelo menos, desatenta.
Quando as dificuldades aumentaram, parece
que aquela competição secundarizou-se e foi
esquecida. A área era montanhosa, de subidas
algo íngremes e descidas acentuadas. Se as subidas deixavam o grupo sem fôlego, as descidas
provocavam-lhe dores nos músculos das pernas.
Foi assim uma jornada inteira durante longas
horas. Caminhavam em silêncio, perguntando-se quando terminariam, se terminariam.
O grupo enfrentava condições climatéricas adversas há vários dias. Chuva intensa, ventos fortes e, na subida para a Fóia, nevoeiro. A serra
de Monchique tem o seu cume na Fóia, que
corresponde ao ponto mais alto do Algarve,
com 902m de altitude. A subida não é difíOs dias pascil, mas continuada e o grupo caminhasavam à mediva com obstinação. Apesar da intempérie e da fraca visibilidade daquele
da que o grupo ia
ponto alto (em dias de boa visibilidade
ficando mais coeso
é possível ver o oceano), a felicidade
e embrenhado no
da conquista foi mesmo assim containterior algargiante. Os caminheiros abraçaram-se
e festejaram, numa mistura de ponchos
vio.
e impermeáveis encharcados. Junto ao
ça baixa para se sujeitar ao peso
marco geodésico o grupo aconchegou-se
pesado da caminheira nas suas cospara a fotografia de grupo da praxe, entre o netas. A segunda travessia do ribeiro fê-la de per- voeiro circundante.
nas vacilantes, em suado esforço silencioso. Foi
granjeado com uma grande salva de palma dos A cotas mais baixas e na encosta oposta, a mepresentes, não obstante ter ficado com os pés teorologia foi-lhes mais favorável. O tempo
doridos como se tivesse atravessado uma cama abriu, fez Sol e puderam observar a paisagem
de faquir.
e a vegetação luxuriante da serra. Uma possível
zona agrícola abandonada em socalcos com um
Com metade do grupo numa margem e a outra conjunto de casas em ruínas era o cenário permetade na outra, a galhofa começou. Os que já feito para incendiar a imaginação de qualquer
tinham atravessado, de pés secos e botas calça- um. Mais adiante imperavam árvores como o
das, ficaram a observar os outros, torcendo no sobreiro, a azinheira, o carvalho cerquinho, o
seu âmago para que alguém caísse, de prefe- castanheiro e o famoso medronheiro. De folhas
rência de forma aparatosa. Tinham as máquinas lavadas pela chuva, as árvores pareciam de um
fotográficas em riste, prontas a disparar a qual- verde mais intenso, viçoso e vibrante. Os camiquer sinal de desequilíbrio de algum dos com- nheiros passavam em silêncio, quase de forma
panheiros.
reverente perante a exuberância da serra de
Monchique.
Com toda aquela brincadeira que se passava entre as margens do ribeiro, Dr. Love Boat não se Os dias passavam à medida que o grupo ia fiapercebeu que um concorrente surgia sorratei- cando mais coeso e embrenhado no interior
ro na peugada da atenção da bela israelita. Um algarvio. O cansaço notava-se nos rostos dos
dos alentejanos, também ele no Outono da vida, caminheiros e no final de cada jornada os quiapesar de ter uma abordagem igualmente apa- lómetros percorridos estavam bem patentes nas
ratosa, não era tão insinuante e direto como o bolhas e nas feridas tratadas. Cada aldeia alholandês. A sua estratégia consistia em brincar cantilada numa colina, cada lugar escondido na
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Por Terra
Via Algarviana
curva do trilho, cada monte com um cafézinho
aberto era o pretexto para o grupo parar, descansar, pedir umas bebidas e conversar com as
gentes dali. Sem se darem conta, tinham absorvido aos poucos, a cada dia, o espírito algarvio.
O espírito algarvio não é mais do que o ritmo do
Homem do campo. Vive ao ritmo da Natureza,
sem pressas, sem relógio, ao compasso do Sol
e das estações. Partilha o que tem com os companheiros, conta e ouve histórias. É mais observador, notando detalhes que antes passavam
despercebidos. Respeitam uma sombra para
descansar, uma fonte para se refrescar; uma
pessoa para cumprimentar, um pedido para ajudar. Ao entrar no Barrocal, o grupo tinha, sem se
dar conta, compreendido a essência do algarvio.
Vivia e falava como um algarvio. Até os estrangeiros falavam algumas palavras em português,
em particular “jantar”, a mais usada e discutida.
Se antes as gentes das aldeias por onde o grupo
passava tinham receio e evitava-o, agora não.
Saiam de suas casas, ansiosos por falar, por um
momento de rutura nas suas rotinas diárias. Uns
diziam por onde era a Via Algarviana quando
viam um elemento do grupo mais desorientado;
outros convidavam o grupo a ver a sua coleção
interessantíssima de peças etnográficas; outros
ofereciam chá na sua cozinha num dia de chuva. Havia quem já conhecesse algum repetente
e lhe pedisse ajuda numa reparação em casa.
A Via Algarviana é um caminho pedonal que atravessa o interior algarvio, mas mais do que isso é
uma “estrada” que leva pessoas, eco turismo, dinamismo ao comércio local e principalmente Vida
a uma zona esquecida das brochuras do turismo
de Portugal. É um projeto de alto valor sócio-económico, de impacto a médio e longo prazo, caso
haja manutenção do traçado e dinamização pelas
entidades locais e regionais, públicas e privadas.
Apesar daquela pequena comunidade itinerante parecer coesa, a rivalidade entre o Dr. Love
Boat e o alentejano pela bela israelita tornou-se
mais acesa. Ambos mantinham as suas estratégias de aves do paraíso e sofriam dia após dia de
bolhas e feridas nos pés sem darem parte fraca
à rapariga, mas mais importante, um ao outro.
Contudo, não reparavam que aquele pequeno
triângulo um pouco ridículo estava a se tornar
um quadrado. Um alemão, rapaz alto e espadaúdo, estava a estender a asa à bela israelita.
Mas o pior que eles não viam, concentrados nas
suas manobras de diversão, é que ela aparentava gostar dos avanços do rapaz.
O Barrocal algarvio é um território que fica encaixado entre a serra de Monchique e a serra do
Caldeirão. É uma região fértil, de muitas hortas
e onde surge em toda a sua magnificência a figueira e a amendoeira. Muito rica em biodiversidade, foi aqui que o grupo descansou meio dia.
Aproveitaram o tempo para lavar roupa, descansar, tratar dos pés e arrumar os seus pertences
que há longos dias careciam organização. Notava-se no rosto e nos olhos dos caminheiros um
cansaço físico muito grande. Os gestos, os movimentos, até os sorrisos eram lentos; denotava-se
já uma certa exaustão.
Nessa noite, para aproveitar a biodiversidade do
local, fizeram uma caminhada noturna para ouvir as aves, mais especialmente o piar do Bufo
Real (Bubo bubo). Esta ave é um predador de
topo e, em Portugal, a maior das rapinas noturnas. Possui dois penachos sobre a cabeça e
olhos cor de laranja. Apesar destas características físicas é dificílima de observar. Por ser uma
ave noturna, o seu piar é a forma mais fácil de
identificar/”observar” elementos numa dada região.
A hora de levantar foi negociada ao minuto, o
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
45
Por Terra
que foi outra prova do cansaço generalizado dos
elementos do grupo. À hora combinada, alguns
telemóveis despertaram os caminheiros que, estremunhados, lá se arranjaram para começar a
caminhada de noite. Uns tinham dormido vestidos para poupar tempo, outros resmungavam
enquanto esfregavam os olhos inchados.
Lá partiram pelas ruas desertas e frias da madrugada de Alte, tentando não fazer ruído. Os
frontais projetavam luzes brancas inquietas dos
meneares das cabeças dos caminheiros mais
enérgicos àquela hora matutina. Ao sair da vila,
os sons naturais do campo foram chegando aos
ouvidos do grupo à medida que este se silenciava. Alguns optaram por desligar os frontais,
ajustando a visão à luz da Lua. Foram andando
pelos caminhos entre terrenos de amendoeiras
e figueiras até que Jomini decidiu parar num local onde serpenteava um muro de pedra. Retirou da sua mochila um pequeno gravador portátil com duas colunas e encarrapitou-as no muro.
Explicou ao grupo que tinha uma gravação do
piar do Bufo Real em época de acasalamento. A
estratégia a seguir era passar a gravação uma
ou duas vezes e esperar que os bufos da área
dessem sinal da sua presença, como que a dizer:
tu estás em território alheio, as fêmeas daqui
são nossas, vai-te embora. Para esta operação
pediu silêncio total.
rou. Jomini voltou à carga, desta vez com o som
mais alto. UU-HUUU, UU-HUUU, UU-HUUU. O
som altíssimo saía distorcido pelas pequenas colunas portáteis. O mundo parou à espera de uma
resposta. Nada.
Várias tentativas foram feitas. Perdizes, melros, mochos e até um galo responderam, mas
bufos não. Já perto da manhã, quando a aurora
despontava os seus primeiros raios e distribuía
uma primeira dose de luz e calor, fizeram uma
derradeira tentativa. Jomini chegou o gravador
mais perto das colunas, aconchegou-as melhor
nas pedras do muro, pediu silêncio absoluto ao
grupo e premiu “Play”. A gravação repetiu o seu
silêncio sepulcral de inicio, reverberou no ar da
manhã os três uu-huuu’s e o indicador de Jomini
pressionou “Stop”. Enquanto alguns caminheiros já suspiravam de aborrecimento e outros de
fome, ouviu-se ao longe um tímido “huuuuu”.
Foi a vitória da Máquina sobre a Natureza (para
fins nobres, claro). Um sucesso!
A Travessia continuava, agora já no terço final.
A paisagem era marcada por uma topografia
acidentada e por milhares de estevas floridas.
Estavam agora no Algarve profundo. Uma zona
famosa pelo mel, pão e folar. Não um folar qualquer, mas um folar cozido em forno de lenha,
em camadas ou “folhas”, com mel, açúcar amarelo e canela. Ver a receita em Facebook.
Depois de alguns aclarares de gargantas, risinhos e outros sons desnecessários, o grupo calou- Foi numa das aldeias perdidas nos trilhos dos
-se. Jomini, de expressão carregada pressionou pastores que o grupo de caminheiros se ia aproo botão “Play”. Um silêncio sepulcral envolveu ximando, que o aroma do açúcar amarelo carao grupo e a madrugada. Todos, sem exceção, melizado os tentou a abrandar o passo. Ao entrar
na aldeia, a primeira construção que viram foi o
olhavam ansiosos de olhos esbugalhados
forno a lenha comunitário. Os vários elepara o pequeno gravador pousado
mentos, que passados tantos dias já funna mão de Jomini. De repente, um
cionavam quase como um ser único,
som metálico vindo dos confins
Estavam
tacitamente aconchegaram-se junto
do mundo: uu-huuu. Risadinha
agora no Alao forno, gravitacionando em torno
geral. “Shiiiiu” alguém sussugarve profundo.
daquela alvenaria tal como eletrões
em torno do seu núcleo. TagarelaUma zona famovam com os aldeãos, conversando
sa pelo mel, pão
sobre isto ou aquilo, mas como quem
e folar.
não quer a coisa, sorviam em êxtase
aquele perfume doce e quente que exalava do forno recém caiado.
Os aldeãos, que tentavam disfarçar a preciosa
mercadoria encerrada em tão singelo cofre, não
podiam esconder o odor que se desprendia aos
quatro ventos e seduzia até o mais empedernido
asceta. A verdade é que os caminheiros, imbuídos
agora do espírito algarvio, não se fizeram rogados
e tiraram as mochilas, pondo-se confortáveis em
amena cavaqueira, esperando pela abertura da
porta do forno. Não arredariam pé antes disso.
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Após um breve lanche, a Abertura do Forno a
Lenha foi efetuada sob intenso fotografar. De
máquinas fotográficas em riste, os caminheiros-paparazzi esperavam que a “folareira”, armada de pá de madeira, retirasse com mestria
os folares enformados do forno. Por cada folar
fumegante com caramelo brilhante que via a
luz do dia, havia um coro de extensas interjeições de admiração gulosa. O ar estava concentrado de açúcar queimado, quente e doce.
Todos sem exceção, aldeãos e caminheiros,
concentravam os seus sentidos naquele melífluo bolo pascal: olhos brilhantes, narinas dilatadas, lábios húmidos e entreabertos.
As formas dos folares estavam demasiado
quentes para serem manuseadas. No entanto,
os caminheiros pareciam crianças excitadas
atrás de guloseimas, não compreendendo a bonomia de gestos da “folareira”. Não obstante a
excitação, só puderam provar aquela delicada
receita depois de mais um compasso de espera e de se ter partido um deles para arrefecer
mais depressa. A “folareira” deu a provar um
pouco de folar aos caminheiros. Entre suspiros
e interjeições cobiçosas, lamberam-se e tentaram provar mais. Com cara de poucos amigos,
os aldeãos deram a entender que aquela prova
tinha sido suficiente. Assim, os caminheiros
seguiram o seu caminho para júbilo dos ha-
bitantes da aldeia dos folares.
A Via Algarviana ziguezagueava por terrenos
repletos de estevas, subindo e descendo colinas. O trilho era de terra avermelhada, com
pedrinhas soltas. O grupo seguia espaçado,
pouco conversador. Nas mentes de cada um
passavam vários pensamentos diferentes,
mas de certa forma convergiam numa única
direção: o término da viagem. Alcoutim estava próximo; as dores e as bolhas eram muitas
mas as dúvidas em desistir tinham-se dissipado há muito. No entanto, agora surgia um
vazio no peito, uma saudade mesmo antes de
acabar a travessia.
A primeira visão do Guadiana, sereno, plácido, foi sentida de forma ambígua. Por um
lado significava o concluir de um projeto, o finalizar de algo difícil a que se tinham proposto fazer e o que os deixavam felizes e orgulhosos. Por outro lado significava o regressar
ao quotidiano do trabalho, algo que os deixava pelo menos ansiosos. Para alguns a visão
do rio Guadiana não era em si uma visão de
término ou de barreira. Olhavam-no apenas
como um elemento a transpor, um marco
geográfico a reter para na próxima oportunidade voltar a continuar a caminhar a partir
dali. Continuar sempre.
Ao fim de 14 dias aquelas pessoas tinham-se
tornado quase como uma família. Dormiam,
comiam, caminhavam, viviam juntas. Era
triste acabar, mas tudo o que é bom, acaba
depressa demais. A esperança é que para o
ano há sempre outra travessia. ø
Susana Muchacho
Geosphera
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Por Terra
Via Algarviana
Resignados, os aldeãos esperavam também
a grande abertura, mas em contido silêncio.
Quando os caminheiros começaram a partilhar
as suas lancheiras com os autóctones, estes relaxaram e perceberam que eram todos gente
de bem. Pão, fruta, chouriço, queijo, bolo e até
vinho foi partilhado entre os presentes e por
momentos a fragrância caramelizada foi quase
esquecida.
Por Terra
descobrir a
rota da cortiça
Rede Natura 2000, na esperança
de avistar a águia de Bonelli ou
mesmo o raríssimo lince ibérico.
Neste cenário natural, vai conhecer as técnicas de descortiçamento e empilhamento da cortiça, utilizadas desde há séculos.
A Cortiça é o fio condutor de uma
viagem marcada por 6 pontos de
interesse: Património, Natureza,
Vida Rural, Tradição, Inovação e
Conhecimento, que constituem
diferentes pólos temáticos deste
itinerário a percorrer.
Património
Descubra a herança cultural algarvia presente na arquitetura,
na paisagem e nas tradições.
Os ecos do passado ainda ressoam nas antigas ruelas da
vila, com as suas casas tradicionais do período áureo
da Cortiça, quando São Brás
de Alportel era um dos principais centros da atividade
corticeira do país. Por aqui ainda se ouvem as antigas lendas
mouriscas, abafadas pelo sino
da igreja matriz.
A poucos metros, vale a pena
espreitar o Jardim da Verbena,
pegado ao Antigo Paço Episcopal, e depois percorrer a “calçadinha”. Na paisagem, avistam-se
noras e outros engenhos hidráulicos de origem ancestral. Este
pólo constitui a porta de entrada
do visitante no admirável mundo
da cortiça.
Natureza
A caminho da serra, desfrute de
paisagens deslumbrantes, com
sobreirais a perder de vista! Respire o ar puro, ouça o chilrear
dos pássaros e contacte com um
ecossistema em que o Homem
se integra harmoniosamente.
Trilhe os antigos caminhos, descubra os habitats integrados na
“A
Cortiça é o
fio condutor de
uma viagem marcada por 6 pontos de
interesse: Património,
Natureza, Vida Rural,
Tradição, Inovação
e Conhecimento
(...) “
Vida Rural
Redescubra connosco os costumes antigos do Algarve rural,
enquanto vagueia pelos campos
cultivados e pelas aldeias do barrocal, cuidadosamente caiadas de
branco, numa afirmação clara da
sua herança árabe. É uma oportunidade única para falar com
agricultores entregues à sua labuta diária e para conhecer as
mais genuínas propostas gastronómicas. Delicie-se com o mel, a
aguardente, os licores e a doçaria
local, que tão bem incorporam as
flores e bagas da serra e os frutos
secos do pomar de sequeiro: as
alfarrobas, os figos e amêndoas.
Tradição
A Rota da Cortiça convida-o
a conhecer as antigas técnicas de preparação e de transformação da cortiça ainda
utilizadas nas fábricas. Algumas dessas técnicas são manuais, numa continuidade de
séculos, dado que nenhuma máquina conseguiu suplantar a perícia dos mestres! Outras foram-se perdendo, como a técnica do
quadrador (homem que fazia pequenos quadros em cortiça) ou a
do rolheiro, substituído pela garlopa. Vai poder observar os operários no seu trabalho e viver a
experiência de manipular máquinas rudimentares de produção de
rolhas.
Inovação
O setor corticeiro acompanha a
evolução dos tempos, ensaiando
processos de laboração mais eficazes e procurando novas aplicações
para a cortiça, matéria- prima que
tem a capacidade de assumir formas inesperadas, desde simples
objetos do quotidiano aos acessórios de moda. Esta visão renovada
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
49
Por Terra
Rota da Cortiça
A
Rota da Cortiça leva-o a descobrir os
mistérios da relação
ancestral entre o Homem e o Sobreiro.
Percorra connosco os sobreirais,
conheça as histórias, contacte
com as técnicas de preparação e
transformação da cortiça e descubra, pelo caminho, uma enorme paleta de sabores e de sensações que nunca tinha pensado
experimentar.
Por Terra
“O sector
corticeiro
acompanha a
evolução dos
tempos, (...)”
da pela ciência e tecnologia é perceptível no pólo
dedicado à inovação, uma fábrica especializada
na produção de discos para as rolhas de champanhe. Aqui, o trabalho é norteado pela excelência,
pelo intuito de colocar a melhor cortiça do mundo ao serviço dos melhores champanhes, para
brindar condignamente os importantes acontecimentos das nossas vidas.
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Conhecimento
Seminários, intercâmbios e documentação especializada, são a matéria-prima do conhecimento sobre o Sobreiral e a Cortiça. As “Conversas à
volta do Sobreiro” são debates informais sobre a
fileira da cortiça e tudo o que lhe está associado,
desde as questões do sobreiral até às actividades
industriais e comerciais.
Por Terra
Rota da Cortiça
ITINERÁRIO
1) A visita tem início no Museu de São Brás, numa
sala onde se pode ter uma panorâmica geral de
toda a Rota e da cultura organizada em torno da
cortiça. Segue-se um rápido passeio pelo centro
histórico da vila.
2) Partida para a Serra do Caldeirão, ao encontro dossobreirais, das pilhas de cortiça e das espécies animais e vegetais próprias desta área
3) Pelo caminho visitam-se as aldeias pitorescas
do barrocal, com as suas hortas e pomares de
sequeiro. No regresso, paragem numa destilaria
de medronho e licores, muito características da
serra, ou numa fábrica de doces tradicionais.
4) Retoma-se a fileira da cortiça para conhecer
algumas fábricas tradicionais de preparação e
produção de rolhas, onde ainda se trabalha à
maneira de antigamente.
5) Visita a uma fábrica onde desponta a mais alta
tecnologia, especializada na produção de discos
para as rolhas de champanhe.
Além das rolhas, haverá a oportunidade de encontrar uma gama original de produtos à base
de cortiça colocada à venda numa loja da vila.
6) E se quiser aprofundar os seus conhecimentos acerca do sector corticeiro, poderá consultar
o Centro de Recursos e participar nos debates. ø
Rota da Cortiça
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Por Terra
 Bikotel
BIKOTEL
A rede dos Bike
Friendly Hotels
52
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Um Bikotel não é mais do que
uma unidade de alojamento
com boas práticas no acolhimento de ciclistas, que se traduzem num conjunto de serviços, especialmente criados a
pensar nas necessidades específicas de quem gosta de andar de bicicleta.
No essencial, estas unidades garantem aos seus
clientes um local para estacionar, lavar e guar-
dar as bicicletas; uma pequena oficina com
as ferramentas básicas para alguma
reparação; refeições pensadas para
ciclistas; serviço de lavagem e secagem diária de equipamento de
ciclista e alguns percursos de
bicicleta disponíveis, com mapas, dados técnicos e tracks de
GPS.
A lista inclui ainda vários serviços opcionais, como massagens especiais para ciclistas e
tratamento médico, lojas associadas
para reparação de avarias mais complexas, guias especializados para acompanhar ou
aconselhar nos percursos, aluguer de bicicletas
e equipamentos GPS, linha de apoio e transfe-
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
53
Por Terra
Bikotel
O
conceito é simples e novo em
Portugal: uma rede de alojamentos devidamente
preparados para receber ciclistas.
Por Terra
res de/para o Bikotel em caso de necessidade, e
previsões meteorológicas.
Como vantagens para as unidades de alojamento aderentes existe a integração numa rede de
bike friendly hotels de fácil pesquisa e o apoio
na implementação dos diversos serviços e práticas que definem um Bikotel. Para o utilizador,
o site oficial é um meio fácil e rápido de aceder
a toda a informação sobre os estabelecimentos
aderentes, pesquisando a oferta por destino de
férias, por preço ou por tipo de percursos, com
a facilidade de descarregar mapas de trilhos em
formato GPS.
O projeto é promovido pela empresa A2Z Consulting e tem, desde já, como primeiros parceiros oficiais as marcas Trek/Solex (Bicimax)
e Garmin (Ciclonatur Loja do GPS), contando
com o apoio do Turismo Centro de Portugal.
No arranque (em março de 2012) a rede Bikotel contava com 12 unidades amigas dos ciclistas. Hoje, para além destas, já são mais de 40 as
unidades que têm formalizado o seu pedido de
adesão e se encontram em processo de reconhecimento.
Qualquer unidade de alojamento pode juntar-se ao Bikotel. O processo de adesão tem um
caráter vertical, ou seja, podem aderir unidades
de qualquer tipologia de alojamento, desde que
cumpram os requisitos do label.
Nas unidades que já utilizam a chancela Bikotel,
contam-se algumas estrelas da hotelaria nacional como a Casa das Penhas Douradas, a Herdade da Matinha, o aparthotel Miravillas, as Casas do Vale do Ninho (Aldeia do Xisto – Ferraria
de São João, Penela) e diversas unidades Inatel
(Manteigas, Vila Ruiva, Alamal, Piódão, Castelo
de Vide). Na fase final do processo de reconhecimento estão as Casas do Côro em Marialva,
na costa vicentina a Aldeia de Pedralva e Quinta
Nova da Nossa Senhora do Carmo (Douro).
O futuro da rede
O segmento do cicloturismo, inserido no turismo ativo e de Natureza, tem vindo a registar um
crescimento anual, em termos mundiais, acima
dos 10%.
Em Portugal, as vendas anuais de bicicletas têm
registado os números significativos de algumas
dezenas de milhares de unidades. Recentemente, foi estimado na casa dos 20 mil o número
de praticantes regulares de ciclismo (dos quais
10 mil federados), sendo bastante mais quando
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Por Terra
Bikotel
considerados os praticantes ocasionais.
Num futuro breve, o objetivo é posicionar a rede
Bikotel como uma oferta estruturada com cobertura nacional, disponibilizando percursos de
ligação entre hóteis. Assim, o ciclista, a partir do
portal Bikotels.com, poderá facilmente marcar
umas férias itinerantes à sua medida. Basta selecionar as várias etapas do percurso, escolher
os hóteis, reservar e fazer-se à estrada (a bagagem estará lá à sua espera no próximo Bikotel!).
O processo de reservas num Bikotel irá evoluir.
A rede vai ter uma central de reservas com gestão direta através do portal e com um sistema de
atribuição de pontos por cada reserva. Os pontos são trocados por vouchers que podem ser
descontados em novas reservas ou em produtos
disponiveis num catálogo próprio, com artigos
obtidos junto das lojas de bicicletas associadas e
parceiras da rede Bikotel.
Garantias de um BIKOTEL
Parque de estacionamento exterior para bicicletas*
Quando chegar a um Bikotel, não tem que se
preocupar. O lugar de estacionamento de bicicletas está garantido.
Na bagagem leve apenas o essencial. O Bikotel
cuida diariamente da sua roupa.
Local para lavagem das bicicletas
No fim do dia, a sua bicicleta merece um miminho. O Bikotel prepara-lhe o banho.
Menu de ciclista
Em forma! O Bikotel prepara-lhe refeições com
pratos ricos em hidratos de carbono e com reforço de vegetais e frutas.
Mini-oficina
O essencial está aqui! O Bikotel coloca-lhe à
disposição um conjunto de ferramentas básicas
para alguma reparação de última hora.
Percursos
Escolha o seu caminho! Estão disponíveis percursos de BTT e/ou cicloturismo, com mapas,
dados técnicos e tracks GPS.
Garagem para bicicletas
Segurança máxima! O Bikotel garante-lhe um
compartimento fechado e coberto para guardar
a sua bicicleta de forma segura.
*condição não obrigatória para unidades de turismo em espaço rural ou quando algum impedimento urbanístico o justifique. ø
Serviço de lavagem e secagem diária de roupa do ciclista
Mais informações em www.bikotels.com
Pedro Pedrosa
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Por água
Nelo Summer
Challenge 2012
E
m 4 anos de vida o Nelo Summer
Challenge tem conseguido melhorar
e ampliar cada vez mais o número
de participantes, quer nacionais quer
internacionais. Bem como atrair ao
nosso país os nomes grandes da modalidade que
olham para o evento como uma oportunidade
única de aliar interesse competitivo, excelentes condições de prática, e ambiente singular de
companheirismo e amizade que se vive durante
os dias de competição. Não esquecendo o interesse turístico que o litoral norte dos país tem para
oferecer.
Desde o primeiro dia, que do projeto Nelo Summer Challenge tem como propósito criar uma
excelente prova de downwind que possa corresponder às expectativas de todo o tipo de remadores e entrar no panorama internacional
como um dos melhores donwinds do mundo. O
grande objetivo deste evento é manter-se como
uma referência mundial da modalidade. Todo
o trabalho realizado foi recentemente recompensado com a atribuição do 1º Campeonato do Mundo de SurfSki a realizar-se em 2013.
De volta a Vila do Conde, que irá ser a cidade
anfitriã do evento deste ano e, do Campeonato
Mundial de Surfski no próximo ano. Na verdade,
as mudanças aplicadas permitem que a corrida
deste ano seja uma versão curta da prova de 25
km do evento no próximo ano.
56
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Sempre com o intuito de inovar, este ano, e numa
parceria da Nelo com a SupAddiction Portugal irá
ser realizada pela primeira vez uma competição
paralela de Stand Up Paddle Surf, que segundo o presidente da International Organization
of SUP (IOSUP), Fernando Labad reúne condições para tornar este evento num dos melhores
dos melhores Downwinds de SUP do mundo.
O evento é dividido em 2 dias. No primeiro dia
tem lugar a prova de resistência (race 1) que
consiste em realizar um percurso de 10 km em
mar aberto a favor do vento, para surfski, kayaks
de mar e Stand Up Paddle, onde se esperam cerca de 200 a 250 atletas de 25 países diferentes.
Este ano, com o intuito de melhorar o percurso e a
torna-lo mais “amigável”, será reduzido o trajeto
da parte contra o vento para menos de 10% da prova e, a partida e chegada serão ambas na praia, tornando toda a prova mais interessante e aliciante.
O segundo dia decorre na praia da Azurara, numa
prova de 800m (race 2). A partida será na praia,
cada atleta terá que correr para o seu barco, remar
400 metros, passar pelas bóias, regressar à praia e
correr para a linha de chegada também na areia.
Esta prova caracteriza-se pela espetacularidade
e emoção de chegadas disputadas ao centímetro.
Tudo se está a reunir para que a edição de 2012
seja a melhor de sempre!! ø
Nelo e SupAddiction
Nelo Summer Challenge
Fotos: Nelo
Por água
Nelo Summer Challenge
“(...) Fernando Labad
reúne condições
para tornar este
evento num dos melhores Downwinds
de SUP do mundo”
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
57
Foto: Pocean Surf Academy
Por Água
 Atividade
Por Água
Surf
surf,
um estilo de vida
Por Água
O
mar muitas vezes mostra-nos coi- res especializados nesta área para ensinarem
sas belíssimas, como o fundo do quem mais deseja ter contacto com este despormar onde podemos observar lindos to magnífico e pura e simplesmente ter momenseres vivos que habitam este meio tos de diversão. Muitas pessoas provenientes de
e também outras preciosidades diversos lugares do mundo tentam ocupar as
como corais, pedras, rochas, etc.. Há uma imen- férias aprendendo surf procurando divertir-se
sidão de coisas que o mar nos oferece, permitin- com uma atividade praticada ao ar livre e em
do desfrutar de momentos de puro prazer
contacto com a natureza.
e satisfação; entre elas estão as tão
famosas, e por vezes temidas, onPara aprender a fazer surf há que
“Muitas pesdas.
ter em conta diversas a técnica,
o divertimento e principalsoas provenientes
As ondas são criadas por
mente a segurança (da pesde diversos lugares
tempestades em alto mar
soa, do material e do mar).
do mundo tentam ocuque trazem ondulação até
Existem inúmeras regras
par as férias aprendendo
à nossa costa e nas quais se
de segurança, citando-se
realizam manobras belas e
algumas como:
surf procurando divertirmagníficas. Existem vários
-se com uma atividade
desportos de ondas, tais
Estar adaptado ao meio
praticada ao ar livre e
como o Bodyboard, Windaquático;
em contacto com a
-surf, Tow-in, Kite surf, Surf e
Saber nadar muito bem;
muitos mais, mas é sobre surf
natureza.”
Proteger sempre a cabeça
que este artigo se debruça.
cada vez que se cai da prancha;
Manter
uma distância de seguranO surf pode ser entendido como um desça
dos
outros
surfistas;
porto, estilo ou forma de vida, dependendo do
Não partilhar ondas, nem com amigos, nem
ponto de vista de cada pessoa. O surf passou
com
outros surfistas, para evitar choques;
a ser integrado como disciplina nos cursos de
Ter
atenção sobretudo aos locais onde entraEducação Física e Desporto, por ser consideramos
e
saímos.
do um desporto já que se trata de uma atividade
física que permite utilizar o corpo para produzir Em relação ao divertimento, muitas pessoas
procuram o surf não apenas pela satisfação de
energia e emoções.
O surf faz hoje parte dos padrões culturais do uma atividade praticada ao ar livre mas também
ser humano, prova disso é que pelo nosso país, pelo ambiente social que proporciona criar amihá cada vez mais escolas de surf com professo- zades.
Equipamento
SURf
Uma prancha que deverá ser escolhida em
função e de acordo com o peso, altura e condição física do surfista;
Wax ou parafina (que não é mais do que
uma cera para ser colocada na prancha evitando escorregar na prancha e ter quedas);
Um shop ou leash que mais não é do que
o elemento de ligação do surfista à prancha,
prende-se na prancha e no tornozelo do surfista, para evitar que o surfista perca a prancha e tenha que nadar para recuperar a prancha.
60
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Foto: Pocean Surf Academy
Um fato para proteger do frio, com as medidas adequadas à temperatura da estação
do ano (4/3 é um fato para inverno e 3/2 fato
para verão);
Foto: João Melo
Costa Vicentina: Carrapateira, Cordoama,
Castelejo, Amado, Ponta Ruiva, Zavial e Beliche;
Costa Alentejana: São Torpes, Aivados, Malhão;
Ericeira: Ribeira D’Ilhas, Pedra Branca, Reef,
Coxos, Cave;
Costa da Caparica: Praia Nova, São João,
Marcelino, Praia da Mata, Fonte da Telha;
Linha do Estoril/Cascais: Santo Amaro,
Carcavelos, Praia da Poça, Parede, São Pedro do
Estoril, Bafureira; Guincho.
Açores: Praia do Norte, Fajã, Praia de Almoxarife (Ilha do Faial) Praia da Vitória, Ribeirinha,
Porto Martins (Ilha Terceira) Fajã dos Cubres,
Fajã dos Vimes, Fajã dos Belos (Ilha de São Jorge)
Barca, Areia Larga, Santo Amaro (Ilha do Pico),
Lagoa, Barra, Porto Afonso (Ilha Graciosa), Fajãzinha, Direita da Rocha Alta, Baixio (Ilha das Flores),
Praia (Ilha do Corvo), Baixa da Viola, Santana, São
Roque, Direita do Porto (Ilha de São Miguel) Praia
Formosa, Anjos, Lobos (Ilha de Santa Maria).
Madeira: Machicho, Porto da Cruz, Ponta Pequena, Ponta do Sol, Paúl do Mar, Ribeira da Janela.
Praia de Carcavelos
Tubo: Nesta manobra, o surfista fica dentro da
onda, no meio do tudo;
Cut Back: É o corte de 180º na onda quando esta
começa a perder qualidade;
Aéreo: Quando o surfista voa sobre a onda e retorna com perfeição;
Cavada: O surfista vai até debaixo da onda e
sobe para realizar uma manobra;
Batida: Manobra em que o surfista acerta a crista da onda com a parte de baixo da prancha
Rasgada: O surfista manda a prancha para frente e vira o corpo para onda;
Floater: Manobra em que o surfista fica sobre
a crista da onda;
360º: O surfista tem de dar uma volta completa
com a prancha na onda.
Agora que já sabem o essencial para a prática deste
fabuloso desporto, o que falta é experimentar para
entender porque é que o surf faz parte de um dos
padrões da cultura do ser humano, o desporto. ø Miguel Santos – Treinador de Surf na Pocean Surf Academy
Foto: Pocean Surf Academy
principais MANOBRAS DO SURF
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
61
Por Água
Surf
Para os mais curiosos deixamos a sugestão dos
principais spots de surf em Portugal:
Por Água
 Indoor
PREPARAÇÃO
Indoor para
Surf
H
á já muito tempo que o surf se tem
vindo a profissionalizar e a preparação física para esta prática exige
cada vez mais dedicação, conhecimento técnico e especificidade de
modo a aumentar o desempenho e a qualidade
do atleta.
Como grade adepto que sou do treino de resistências integrado . vulgo treino funcional – vou
apresentar algumas sugestões.
Paralelamente ao treino integrado sugiro sempre treino de força e par quem não está habituado aconselho uma fase de adaptação anatómica. Desta forma podemos ir integrando
novos estímulos e aumentar gradualmente o
desafio sempre com uma boa base de trabalho.
1
BOSU – Squat – 20 repetições
Faz a sequência apresentada em circuito e repete 3 vezes. Intervalos de descanso curtos entre
repetições e 1:30 entre séries. ø
Bruno Brito
2
TRX – Lunge – 10 repetições
3
TRX/BOSU – Push up - 10 repetições
( pode alternar entre os dois equipamentos )
62
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
4
BOSU – Push Up and Jump - 5 repetições
( bom para preparar o take off )
Por Água
Indoor
5
7
TRX – I/Y/T – 15 repetições
KETTLEBELL – Swing - 25 a 30 repetições
6
8
TRX – Row – 15 repetições
TRX – Triceps – 15 repetições
Quem é
o bruno brito?
- Professor Certificado CEF
- Especialização em Treino Personalizado (Treino
Resistência Integrado) com TRX, BOSU, KETTLEBELL, PILATES,TRIATLO
- Professor de BOOTCAMP com componente de
formação para grupos empresariais
O Bruno tem protocolos com clínicas de Nutrição,
Medicina Chinesa, Fisiatria, Quiroprática.
Mantenha um estilo de vida saudável!
Podem seguir o Bruno Brito em:
9
TRX – Abs – 15 repetições
Facebook
Blogue solucoesdevidasaudavel.blogspot.pt
www.aquafitness.pt
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
63
Por água
 Evento
Fotos: Tomanephotos.com/Zeca Photography
Santa Cruz
Ocean Spirit 2012
D
e 27 de julho a 5 de agosto, a praia
do Mirante em Santa Cruz, Torres
Vedras, volta a receber mais uma edição (6.ª) do Santa Cruz Ocean Spirit,
evento que alia a componente desportiva, através dos desportos de mar, à componente de animação noturna, mais festivaleira, com
a realização de concertos e atuação de DJs, nunca
esquecendo a vertente educativa e de sensibilização ambiental.
Para a vertente desportiva são esperados cerca de
300 atletas vindos de todo o mundo, os quais irão
participar nas várias provas a realizar nas várias
modalidades, como o Surf, Bodyboard, Longboard,
Windsurf, Waveski, Kitesurf, Kayaksurf e Stand Up
Paddle.
Este ano com um novo conceito a nível desportivo,
“Waterman Wanted”, o Santa Cruz Ocean Spirit irá
distinguir o atleta que melhor desempenho tenha
no decorrer do evento e que participe em muitas
das várias modalidades.
Destaque também para a 2.ª etapa do Circuito Nacional de Kayak Surf e Wavesky, a realizar logo
no primeiro fim de semana, mas também para o
Downwind que irá acontecer no primeiro sábado,
dia 28 de julho. Todas as finais estão marcadas
para o último dia, domingo, dia 5 de agosto.
Fica a par do calendário, regulamento e inscrições
64
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
nas provas em
www.oceanspirit.pt/programa/desporto.
O total do Prize Money é de 5.000 €
Mas se durante o dia os desportos de mar são o
alvo de todas as atenções, com o chegar da noite o
areal transforma-se num palco para os mais festivaleiros.
O palco principal irá receber várias bandas e DJs
que irão meter a dançar todos quantos se desloquem à praia do Mirante… até às 3 da manhã.
E porque estamos em plena praia, a sensibilização
ambiental foi desde o início do evento a grande
preocupação da organização, sobretudo no que
respeita à necessidade de preservação dos oceanos.
Por esta razão, os mais novos poderão participar
em diversos ateliês organizados por uma equipa
de serviço educativo que preparou várias e divertidas atividades onde se aprende a brincar, sempre
com o objetivo de preservar a natureza.
Mas se no mar os atletas enfrentam as ondas nas
diferentes provas, os mais pequenos poderão experimentar e dar início à prática dos desportos de
mar nas happy-hours que se irão realizar na piscina instalada na areia.
A praia é definitivamente o elemento diferenciador deste festival… onde tudo se passa em pleno
Das 9 às 3 da manhã, a Aldeia Neptuno será o local
onde tudo acontece, sempre com o pé na areia, os
olhos no mar de dia e à noite no palco.
A Entrada é Livre
O Santa Cruz Ocean Spirit 2012 realiza-se desde
2007.
É uma organização da Associação Santa Cruz
Ocean Spirit, tem como parceiro principal a Câmara Municipal de Torres Vedras, o apoio à divul-
gação do Portal Aventuras, da Revista Outdoor,
da That’ It, do Turismo de Lisboa, do Turismo
do Oeste e da gráfica Torreana, o apoio do Fisica
Beach Hostel e da Guliver, e como rádio oficial a
Hiper Fm.
Em 2011 o evento contou com a visita de mais de
50.000 pessoas.
De certeza que não vais querer faltar a este evento!!! ø
Rui Penetra
Câmara Municipal de Torres Vedras
Segue-nos através:
www.oceanspirit.pt
www.facebook.com/oceanspirit.pt
www.youtube.com/santacruzoceanspirit
www.flickr.com/santacruzoceanspirit
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
65
Por água
Ocean Spirit 2012
areal… onde a praia é o cenário onde tudo acontece.
Em pleno areal, na praia do Mirante, em Santa
Cruz, será construída a Aldeia Neptuno, com cerca de 6000 m2, na qual será instalado um palco, 6
bares, um restaurante, uma zona comercial e uma
piscina.
Fotografia
 Portfólio do mês — Luís Ferreira
66
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Caldeirão Verde, Ilha da Madeira
Esteve integrado num projeto chamado LIFE
“Ilhas Santuário para as Aves Marinhas” – SPEA no
Ilhéu de Vila Franca do Campo, nos Açores. Aqui,
assumiu a função de assistente de comunicação do
projeto, tendo igualmente dinamizado um programa de acompanhamento de um ninho de Cagarro
através de um sistema de videovigilância controlado remotamente.
É frequente a sua participação em exposições de
fotografia coletivas, criando igualmente as suas
próprias exposições com o apoio de empresas
como Epson, HP e Caniço Shopping.
Dinamiza ações de sensibilização sob o tema:
“Educar a preservar!” em escolas, com crianças
com idades a partir dos 5 anos, promovendo assim
a conservação da natureza em Portugal. Publicou
diversos artigos de fotografia em revistas como Visão, Super Foto Prática, Foto Digital, Zoom, Azulejo Cultural Almanaque, Pardela e NATIONAL
GEOGRAPHIC.
Continuem a preservar! ø
Publica os seus trabalhos em:
www.luis-ferreira.com
Luís Ferreira
Cachalotes, Açores
Fotos: Luís Ferreira
Guarda-rios - Góis
“Carrasqueira Sunset”,
Comporta 2011
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
67
Fotografia
Portfólio
L
uís Ferreira nasceu a 14 de Março de
1982. Fotógrafo de Natureza, o seu trabalho revela um mundo quase invisível
e de uma beleza raramente vista. A relação que cria com os seres que fotografa, ajuda-o a fazer a ponte entre o homem e a
natureza para a sensibilização das pessoas no que
respeita à conservação e valorização das espécies.
Fotografia
Nemoptera bipennis, Marialva
Garajau-comum, Ilha do Corvo
68
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Fotografia
Portfólio
Morro dos Homens, Ilha do Corvo
Ponta-do Marco - Ilha do Corvo
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
69
Fotografia
Ophidiaster ophidianus - Ilha do Corvo
70
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Fotografia
Portfólio
Bicho-pau - Serra da Estrela
Camaleão - Tavira
Orchis simia - Serra de Montejunto
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
71
Fotografia do mês
Travessia Madrid-Lisboa em BTT
A imagem ilustra a saída de Ávila pelos planaltos
em direção às grandes montanhas, no início da
etapa 4 desta grande aventura. Ao longe já se avistava o maciço do Zapatero por onde se haveria de
subir e passar no ponto mais alto da travessia de
Madrid a Lisboa pelas montanhas, a 1850m. de altitude! ø
António Gavinho
www.bikemadridlisbon.com
Facebook
Foto: Caminhos da Natureza
Fotografia
Foto do Mês
S.O.S.
...
Sobrevivência
a catástrofes
H
oje em dia vivemos num mundo em
que as catástrofes naturais acontecem quase todos os dias: terramotos, tsunamis, furacões, cheias, etc.
Será que estamos preparados para
enfrentar uma destas calamidades? Provavelmente não e por isso iremos abordar neste e no
próximo número da Outdoor dois artigos sobre
sobrevivência a catástrofes e desastres naturais,
começando pela preparação.
74
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Parte um: Preparação
Imaginemos o seguinte cenário: um terramoto
de 8,5 na escala de Richter, com elevado nível de
destruição. O sistema de abastecimento de água
é interrompido ou contaminado, as equipas de
socorro não chegam para as ocorrências, a polícia não consegue manter a ordem e grupos armados espalham o terror, apoderando-se de tudo
quanto puderem. As grandes superfícies são pilhadas, farmácias e outros tipos de comércio são
Este artigo não visa aprofundar técnicas de sobrevivência nem casos específicos, mas sim
despertar nas pessoas o interesse e a vontade de
estarem preparadas para estas eventualidades.
Razões para não se preparar
Existe apenas uma ínfima parte da população
que se prepara para o pior. Porque será? Eis as
três justificações mais utilizadas para não o fazer:
Foto: Paulo Nascimento
A minha família e amigos vão pensar que
estou louco
Isto resolve-se com um pouco de pedagogia,
mostrando que as catástrofes podem acontecer
em qualquer altura, divulgando histórias de pessoas que estavam preparadas e sobreviveram,
etc. Com o passar do tempo tudo isto começará
a fazer sentido na cabeça dos seus familiares e
amigos.
As autoridades competentes têm planos e
capacidade para atuar nestas situações
Nem por sombras! Numa situação de catástrofe generalizada podem demorar muitos dias para que
a situação estabilize, tanto em termos de ordem
pública, como ao nível do socorro e restabelecimento das estruturas essenciais (água, alimentos,
etc). Não queira depender das autoridades numa
situação destas.
É muito caro
A ideia é ir-se preparando ao longo do tempo, não
é necessário comprar de imediato tudo o que necessita. Vai ver que ao fim de alguns meses vai
conseguir ter as coisas organizadas quase sem dar
por isso.
Para onde ir: Estudo e escolha do destino
Com o cenário descrito, não faz muito sentido
mantermo-nos nas cidades (quanto mais população, maior é o risco) e por isso é preciso planear com antecedência a sua fuga. O objetivo é
ter como destino um local relativamente isolado, com alguma densidade florestal onde possa
passar despercebido. Idealmente este local deveria ter água e fontes de alimento, nomeadamente através da pesca, caça e recoleção.
Comece por procurar um local nas redondezas,
visite-o de vez em quando e vá-se familiarizando com ele, se ainda não o conhece. Preferivelmente este destino deverá estar num raio de
15 a 20 Km’s, pois pode haver a necessidade de
ter de lá chegar a pé. Outro meio de transporte
a considerar na sua fuga será a bicicleta: Não
necessita de combustível, não fica presa em engarrafamentos, é viável em quase todo o tipo de
pisos e trilhos e pode cobrir distâncias interessantes em pouco tempo.
Por onde ir: Plano de fuga
Com o local escolhido, é preciso lá chegar. Tendo em atenção que grande parte da população
tenta também fugir da confusão e as principais
estradas podem estar intransitáveis, devido a
danos estruturais ou a engarrafamentos. Use
e abuse das novas tecnologias, como o Google
Maps e comece a idealizar vários planos de fuga
alternativos. Aproveite os passeios que faz e vá
testando se o terreno de determinado caminho
é ou não praticável, dependendo do tipo de viatura que dispõe. Se não tiver como sair do local
de carro ou se o mesmo estiver danificado, vá a
pé ou de bicicleta, o que interessa é sair do local
e é para isso que preparou uma mochila e não
um saco de compras (como vai ver mais à frente). Claro que se tiver pessoas com mobilidade
reduzida vai ter de pensar muito bem como o
fazer.
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
75
S.O.S.
Sobrevivência a Catástrofes
Depois de se convencer da necessidade de estar
preparado, vamos ao que interessa:
Foto: Paulo Nascimento
saqueados e os alimentos desaparecem ou ficam
nas mãos de alguns privilegiados. Perante este
cenário, as hipóteses de sobrevivência não são
muito animadoras, começando na falta de água,
alimentos e medicamentos, passando pelo risco
de contrair doenças contagiosas e acabando na
hipótese de ser baleado ou ferido gravemente
no meio do caos e das pilhagens. O cenário é o
de uma catástrofe natural, mas pode ser replicado em várias outras situações de origem diferente, mas que terão resultados idênticos com
os descritos (guerra civil, crash económico, etc).
No meio de toda esta confusão, existe um grupo
de pessoas que terão muito mais hipóteses de
passar por esta situação incólumes: os que se foram preparando ao longo do tempo.
S.O.S.
Com uma decisão tomada sobre o destino e as
formas de lá chegar, passemos então ao que temos de levar.
O que levar: O conceito BOB (Bug Out Bag)
O termo Bug Out é bastante utilizado pelos militares e quer dizer basicamente sair rapidamente
de um local. O Bug Out Bag é no final de contas
uma mochila que temos preparada com o necessário para sobreviver durante 72 horas. É
por norma individual, embora pessoalmente defenda que no caso de uma família devem haver
as necessárias (dentro do limite do bom senso)
com a totalidade do material, porque para um
grupo existem coisas que não fazem sentido serem replicadas 4 ou 5 vezes. O objetivo é exatamente o contrário, termos ferramentas que
sirvam para várias funções. Estas 72 horas são
em teoria o tempo necessário para nos adaptarmos, montarmos acampamento e conhecermos
o terreno, para que possamos continuar a partir
daqui com o que a natureza nos dá.
O que deve contar um BOB
Sobre este assunto existem muitas opiniões de
vários especialistas. Um BOB é normalmente
melhorado e sujeito a alterações ao longo do
tempo, quando surgem novidades que podemos
aproveitar ou vamos tendo mais conhecimentos
sobre o assunto.
Genericamente um BOB deve conter:
- Primeiros socorros: analgésicos e antipiréticos, antibióticos de largo espetro, anti-histamínicos, anti-diarreicos, pomada para queimaduras, repelente de insetos e o material normal
de uma bolsa de primeiros socorros (ligadura,
gaze, etc). Não esquecer as quantidades necessárias dos medicamentos para doenças crónicas
ou que toma diariamente, bem como necessidades específicas (bomba de asma, etc).
- Ferramentas e acessórios: faca de lâmina
fixa, pequeno machado, multifunções (o mais
completo possível) lenço tipo bandana, pequeno
kit de pesca, corda (sisal ou de preferência paracord), rádio AM/FM (se for de dínamo, melhor),
76
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
pilhas suplementares, bússola, lanterna frontal
e lanterna de dínamo (no caso de acabarem as
pilhas), pequeno caderno e lápis, lonas ou tendas fáceis de carregar, material em inox para
cozinhar (pequenos tachos ou panelas). Alguns
rolos de fita adesiva larga de boa qualidade, pelo
menos 3 maneiras diferentes de fazer fogo (isqueiro, pederneira, fósforos, etc) e um bom livro
de sobrevivência. Se possível leve também um
carregador solar para o seu telemóvel ou outros
gadgets que ache importantes nesta situação.
- Alimentação e hidratação: No mínimo 1,5
litros de água por dia e por pessoa para as 72 horas e sobretudo alimentos que não necessitem de
refrigeração ou de ser cozinhados (por exemplo
enlatados, liofilizados ou rações de emergência).
Tome em atenção necessidades específicas de
cada um, nomeadamente dietas e os casos especiais de crianças e idosos. Evite comida condimentada, muito doce ou muito salgada, pois darão mais
sede e água é um bem precioso nesta situação. Não
esquecer também formas de purificar a água, sendo as mais práticas as pastilhas de purificação.
- Higiene: Toalhetes húmidos (mantêm uma
higiene razoável e permitem poupar bastante
água), papel higiénico, toalhas de preferência
sintéticas (ocupam menos espaço e secam mais
rápido), escova, pasta de dentes e sabão.
- Outros: Se tiver crianças pequenas pense seriamente em levar algo para se entreterem e não se
esqueça dos animais de estimação (que devem ter
um BOB para eles próprios). Tenha também consigo um mapa topográfico da área ou em último caso
impressões do Google Maps na vista de satélite. O
BOB pode ser adaptado a cada um de nós, por isso
use o bom senso para decidir o que nele coloca.
horas, especialmente se estiver sozinho. Outras
opções são os jogos eletrónicos portáteis, que podem ser um item valioso quando temos crianças,
embora a carga da bateria não dure para sempre.
Sempre que for às compras pode ir comprando
algo para acrescentar ao seu BOB e deverá realizar
a rotatividade dos alimentos nele contidos, para
que não ultrapasse o prazo de validade.
Treine se possível estes cenários. Vai ver que acaba
por se divertir e passar algum tempo na natureza,
vai ganhando experiência, sentindo-se mais confiante se um dia for real.
E, finalmente, mas não menos importante, procure formação em bushcraft, pois vai necessitar bastante desses conhecimentos quando passarem os 3
dias e se esgotarem alimentos e água, e for obrigado a viver do que a natureza lhe dá.
No próximo número da Outdoor vamos continuar
esta temática, falando sobre a fase seguinte: a chegada ao local escolhido e como proceder a partir
daí. ø
Foto: Equinócio
Considerações finais:
Os BOB devem estar acessíveis. Todos em casa devem saber a sua localização e devem estar prontos
a pegar e levar. Não o coloque em arrecadações,
lugares distantes ou pouco acessíveis.
Envolva toda a família neste processo, incluindo
as crianças. Se lhe acontecer algo a sobrevivência
do restante grupo não deve ser afetada porque só
uma pessoa tem os conhecimentos e as ferramentas para lidar com a situação. Faça com que todos
saibam também onde é o corte geral de luz, gás e
água para os acionarem em caso de emergência.
Embora não sejam uma prioridade, pode pensar
em juntar ao seu BOB alguns “stress relievers”.
Um leitor de mp3 ocupa um espaço muito reduzido e pode ser uma grande distração por muitas
Luís Varela
Formador Certificado
Instrutor de Bushcraft e Sobrevivência na Escola do Mato
www.luisvarela.org
OUTDOOR Maio_Junho 2012
77
S.O.S.
Sobrevivência a Catástrofes
- Roupa e afins: Saco cama ou cobertor, roupa
necessária para o clima e estação do ano, com especial atenção para umas botas, roupa que seque
rápido, várias camadas e proteção contra a chuva
e vento. Não esquecer um chapéu ou gorro, dependendo do clima.
Descobrir
algarve
O Segredo Mais Famoso da Europa
A
lgarve. Para onde quer que as aten- Depois dos encantos da paisagem, os aromas e
ções se virem, as cores da serra e do sabores da cozinha tradicional algarvia. Cardápio confecionado com peixe e marisco, caso da
mar estão sempre presentes, numa
caldeirada de peixe ou da cataplana de
aguarela em que ressaltam
amêijoas, ou com toda a tradição
pontos dourados, ver“Atrada comida serrana, como os cozides e azuis. A região é extensa e
vessar o Algardos de grão e de couve. O elensimpática, com clima mediterco das ofertas passa também
rânico, marcada pelos odores
ve, erguido entre
pelas afamadas delícias reda maresia e das flores silveslocais de elevado integionais, representadas pelo
tres.
resse ecológico, ricos em
figo, amêndoa, alfarroba e
pela aguardente de medroUm passeio a pé pelo emarabiodiversidade e ecossisnho,
destilada nas zonas da
nhado de ruas, vielas e escatemas, é caminhar por
serra em velhos alambiques
dinhas do interior algarvio é
séculos de tradição,
cobreados.
a melhor forma de conhecer
ainda hoje intacAtravessar o Algarve, erguido
esta zona da região. Perca-se
ainda na vastidão da orla litoral,
entre locais de elevado interesse
ta.”
tendo como fundo as mais belas
ecológico, ricos em biodiversidade
praias da Europa, onde se avistam os
e ecossistemas, é caminhar por séculos
recortes dos rochedos e as facécias das somde tradição, ainda hoje intacta. O artesanato
bras que eles deixam no areal.
que os artífices algarvios habilmente manufa78
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Descobrir
Algarve
Foto: Caminhos da Natureza
turam, recorrendo a técnicas ancestrais, manifesta-se na olaria, cestaria, nas peças de cobre,
latão e nos trabalhos de linho e de juta.
A dois passos da tranquilidade do interior, as
animadas noites algarvias. Bares, discotecas,
marinas e casinos asseguram a diversão dos
mais foliões.
O património construído é outro ponto de paragem obrigatória. A arquitetura das casas caiadas, com platibandas coloridas e chaminés de
beleza inigualável, os campanários das igrejas e
os museus, que revelam excertos dos antepassados do povo algarvio, contribuem para a singularidade deste destino.
Recomenda-se também a prática de desporto ao
ar livre, seja nos campos de golfe verdejantes,
nas infraestruturas que a região oferece para a
atividade física, na costa ou nos montes algarvios, que depois dos rigores do inverno, e ainda
antes dos primeiros sinais primaveris, vestem-se de um branco róseo, devido às amendoeiras
em flor que salpicam o horizonte.
O retrato de um Algarve que espera por si, todo
o ano.
Natureza e Paisagem - Cenários idílicos
para desfrutar
A diversidade da Natureza é, definitivamente,
uma das maiores riquezas do Algarve. Facilmente o visitante pode movimentar-se nas diferentes
nuances de um mesmo mundo. Do litoral à serra algarvia, há toda uma diversidade possível de
explorar de formas, também elas, diferentes.
Na orla costeira, um sistema ecológico de espantosa biodiversidade – desde aves autóctones,
com ninhos entufados, aos moluscos e crustáceos que representam a principal fonte de rendimento dos marisqueiros do sul – convida a
uma observação mais atenta durante agradáveis
passeios pedestres.
Longe das extensas praias e das arribas abruptas, o verde garrido mistura-se com as tonalidades castanhas da terra na vasta extensão do Barrocal, que abre as portas de outro Algarve aos
visitantes, coberto de laranjais e de pomares de
figo, alfarroba e amêndoa.
E também aqui há trilhos por desbravar. Léguas
de paisagens de características geológicas especiais – xisto e rocha aparentada ao granito – para
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
79
Descobrir
serem desfrutadas na calmaria da serra, entre
amigos ou em família.
Fotos: Caminhos da Natureza
Desporto e Aventura
Não é preciso esperar pelo verão para vir ao Algarve praticar atividades desportivas e de Natureza! Em toda a região há excelentes condições
para que, ao longo do ano, se possa interagir
com o meio ambiente, através da prática desportiva, na atmosfera saudável e inebriante do
Algarve.
Seja à beira-mar, no Barrocal ou na serra pitoresca, o Algarve reúne condições geográficas
que possibilitam a prática de um leque enorme de atividades aquáticas, terrestres e aéreas,
umas mais lúdicas outras mais aventureiras, outras ainda mais radicais.
Além das condições geográficas e climáticas generosamente proporcionadas pela natureza, o
Algarve tem vindo a ser equipado com as mais
diversas e modernas infraestruturas para atividades ao ar livre. Assim, toda a região é hoje um
ponto incontornável no roteiro desportivo português.
Condições ideais para quem gosta de adrenalina
Os mais destemidos podem encontrar no Algarve variedade suficiente para preencher os tempos livres de forma ativa, sempre com a natureza como fundo.
80
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
De cortar a respiração, e próprios para quem
gosta mesmo de aventura, são os voos de parapente, que podem fazer-se aproveitando os ventos de toda a Costa Vicentina, numa oportunidade singular para contemplar a imponência das
arribas e do mar azul.
Aparentemente mais plácidos, os passeios de
balão também garantem emoções e uma panorâmica única sobre as paisagens algarvias, nos
seus contrastes entre os verdes do interior ou as
cores azuladas do litoral.
Descendo à terra, continuam as propostas aliciantes, como a escalada ou o rappel, que se
podem praticar no Cerro de S. Miguel, em Moncarapacho (Olhão), um dos mais altos de todo
o Algarve, ou nos penhascos da Rocha da Pena,
perto de Salir (Loulé). Ação garantida oferece
o paintball, que se pratica nas ravinas da serra,
em S. Brás de Alportel.
Mais abaixo, nas profundezas, especialmente
nas zonas de Moncarapacho e Loulé, as grutas
algarvias têm interesse suficiente para encantar
os que apreciam a espeleologia.
Voando ou com os pés assentes na terra, os visitantes mais ativos encontram no Algarve lugares propícios à ação e emoção.
Por veredas e caminhos, ao encontro do paraíso.
A região algarvia é um daqueles lugares onde
para quem não dispensa o contacto com o mar.
Até as profundezas, devido à limpidez das águas,
convidam ao mergulho.
Na maioria das praias mais frequentadas estão
disponíveis equipamentos para a prática de surf,
bodyboard, windsurf, kitesurf, ou jet sky, ao longo de todo o ano.
Viver o Mar
A ancestral ligação do Algarve ao mar justifica,
por si só, a importância dos desportos náuticos
nas atividades de lazer da região. Seja velejando
ou cavalgando ondas em pranchas de surf, entre outras modalidades, são imensos os atrativos
Numa vertente mais relaxada, os passeios de
barco e mini-cruzeiros garantem agradáveis
passeios marinhos. ø
(Turismo do Algarve)
Os mais conhecedores poderão aventurar-se
com segurança, enquanto os iniciados têm à sua
disposição escolas e instrutores para iniciarem
aventuras excitantes.
Se a paixão é a vela aí estão as marinas de Lagos, Portimão, Vilamoura e Albufeira, todas elas
galardoadas com a Bandeira Azul ou diversos
portos de recreio existentes ao longo da costa.
A pesca grossa, ou desportiva em alto mar é outra das opções. E há até maneira de apreciar o
mar, mas do ar, em passeios de ultraleve ao longo da costa.
Passando para águas doces, descer os rios em
canoa, enfrentando desníveis e correntes, é uma
aventura para os mais destemidos. O rio Guadiana oferece pistas cheias de desafios, que não
ficam atrás dos do rio Arade. Também os canais
das rias do Alvor e Formosa se adequam a práticas desportivas náuticas.
Vídeo: Turismo do Algarve
www.visitalgarve.pt
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
81
Descobrir
Algarve
ninguém fica indiferente às tradições das gentes, à exuberância dos lugares e à diversidade
das paisagens. Para descobrir este santuário natural, com incursões muçulmanas na sua história, nada melhor do que trilhar caminhos.
A jornada pode começar junto à faixa litoral,
onde o mar se une a hábitos piscatórios seculares, e acabar no Barrocal ou no interior algarvio.
Implícito estará sempre o legado etnográfico das
gentes, que pode ser interpretado num passeio
sugestivo a pé, a cavalo, de bicicleta ou de jipe.
Nesta última opção, há safaris que percorrem as
serras algarvias, por entre magníficas paisagens,
em passeios que incluem provas da gastronomia
regional confeccionada de forma tradicional e,
sempre, apetitosa.
Num registo mais calmo, mas não isento de
emoções, os passeios de bicicleta ou as marchas pedestres, que são organizadas na floresta
de Monchique ou na meia encosta da Serra do
Caldeirão, possibilitam a descoberta de outro
Algarve, suave e bucólico, onde é possível partilhar momentos únicos com a natureza.
O hipismo é outro desporto praticado no Algarve
ao longo de todo o ano e em variados locais, pelo
que os mais experientes podem optar por esta
via para explorar os lugares mais recônditos das
serras.
Descobrir
Foto: ICNB
Parque Natural da Ria Formosa
A
zona lagunar do Sotavento algarvio
apresenta um óbvio valor ecológico
e científico, económico e social e,
desde há muito, está sujeita a pressões da mais variada ordem ou não
fosse o Algarve o mais importante destino turístico em Portugal.
-barreira, sapais, bancos de areia e de vasa,
dunas, salinas, lagoas de água doce e salobra,
cursos de água, áreas agrícolas e matas, situação que desde logo indicia uma evidente diversidade florística e faunística.
xa-mar. A profundidade média da laguna é de 2 m.
a Fuzeta, que se originou num arraial
de mareantes; Olhão, uma cidade que parece transposta de um qualquer Norte de África;
Faro, provavelmente a Ossonoba de que falavam os antigos.
A presença dos homens acompanha
“O
a Ria em toda a sua extensão mateParque NaO Parque Natural da Ria Formosa
rializando-se, sobretudo, em núcaracteriza-se pela presença de
tural da Ria Forcleos urbanos, construções isoum cordão dunar arenoso litoladas e aldeamentos turísticos.
mosa caracteriza-se
ral (praias e dunas) que protege
A pesca e as necessidades de
pela presença de
uma zona lagunar. Uma parte
defesa, eis duas das razões que
um cordão dunar
do sistema lagunar encontrajuntaram os homens neste Sota-se permanentemente submersa,
vento Algarvio: Cacela, dominaarenoso litoral
enquanto que uma percentagem
da pela sua fortaleza setecentista;
(...)”
significativa emerge durante a baiTavira, que já foi romana e árabe;
Este sistema lagunar de grandes dimensões
– estende-se desde o Ancão até à Manta Rota –
inclui uma grande variedade de habitats: ilhas82
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
ICNB
Casa Avó Elisa
Casa Avó Elisa, foi totalmente restaurada, mantendo as características das casas típicas algarvias.
É ideal para 2 pessoas.
A casa Avó Elisa, situa-se numa pequena aldeia
do Algarve, a 5m do Algoz e 15m de diversas
praias.
Aqui pode usufruir do campo, onde pode realizar longas caminhadas, entre vinhedos e laranjais, bem como passeios de bicicleta. Contudo,
se preferir, em pouco tempo está em qualquer
ponto do Algarve.
Casa Avó Elisa
Aldeia de Tunes - Algoz
Preços:
Semana 280€
Dia: 60€
Tel. 916434341
E-mail: [email protected]
Conversas de alpendre
Não deixe a vida passar por si, tire umas férias
e faça deste turismo rural a sua segunda casa.
Conversas de Alpendre é um retiro escondido
no Algarve, criado por quem vive a magia da região e quer partilhar os seus segredos consigo.
Conversas de Alpendre é uma quinta com amplas vistas mar, situada entre Tavira e Vila Real
de Sto.António, perto das deliciosas aldeias de
Sta. Rita e Cacela Velha (remonta ao Séc. VIII) e
a portas meias com a Serra Algarvia, os conceituados Campos de Golfe da Costa Este do Algarve e as incríveis praias como Manta Rota, Praia
Verde e Pedras d’el Rey.
Conversas de Alpendre - Turismo Rural
Sitio das Laranjeiras, Sta Rita, Vila Nova de
Cacela
tlm: 00351 918 885 591
email: [email protected]
GPS: N 37° 10' 22.70" · W 7° 34' 05.49"
Site: www.conversasdealpendre.com
Casas e suites com todo o tipo de comodidades
e amplos espaços exteriores, prometem o merecido conforto, depois de dias intensos vividos
entre a serra e o mar. Uma casa algarvia, com
certeza. Conversas de Alpendre combina o silêncio e o conforto com uma vista fantástica. As
paredes caiadas de branco criam um ambiente
acolhedor e a temperatura certa ao longo das 4
estações, com mais de 300 dias de Sol. Lá dentro, as conversas andam à solta, o convívio e as
memórias de bons momentos pairam no ar.
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Descobrir
Algarve
alojamento
Descobrir
 Projeto por Silvia Romão
Caminhos de
Árvores e Pedras
84
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Descobrir
Projeto
G
osto muito de árvores. Admiro-as no seu silêncio e imobilidade sábias. Aprecio a solidez do
seu centro em contraste com a
flexibilidade dos ramos quando desafiados pela brisa ou outros caprichos
meteorológicos. Imagino-as com um mundo
interior abundante, uma fonte de conhecimento infinito que transmitem umas às ou-
tras através da sua quietude aparentemente
inocente.
Considero-as o ser vivo mais corajoso à face
da terra. As árvores não fogem quando os
ventos não sopram de feição. Não se escondem quando o destino lhes oferece opções
que aparentemente não lhes são benéficas. Não se revoltam quando têm de alterar o seu rumo por caprichos de terceiros.
Descobrir
Mais
que as árvores, estas pedras acumulam a
experiência de ali
estarem. De ali
sempre terem
estado.
Se chove elas recebem a água
de folhas abertas, aproveitando
cada gotinha em seu benefício.
Se o calor aperta, fazem vénias
ao sol e nem por isso deixam
de partilhar a sua sombra com
quem passa sem meios para resistir à canícula dos dias de verão. Se
são perturbadas por um insecto mais
atrevido, enfrentam-no com a sua serenidade tranquila e desenvolvem meios que o convidam a afastar-se.
Também as invejo. Ao olhar para elas, percebo
a distância que me separa daquele estado erudito de quietude, de aceitação incondicional de
tudo o que me chega, disponível para aprender
com todas as ofertas que a vida me faz. Em paz,
orgulhosamente pousada no lugar que o mundo
reservou para mim.
Dizem os chineses que o homem cumpre o seu
destino quando a sua vontade individual coincide com a vontade do céu. Ao olhar para as árvores, tenho a certeza que elas já perceberam o
sentido da frase. E é também por isso que elas
têm sempre um lugar tão importante nos meus
passeios. As árvores são a personagem principal
de todos os locais por onde caminho.
Na minha mais recente caminhada, ao mergulhar na serra de Sintra, parar e refletir com elas
foi mais uma vez inevitável. Nesta altura do ano,
86
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
embora quietas nos seus espaços,
invadem a paisagem de verde e
flores como que a abraçar a primavera que inunda o ar. Nesta
época ocupam todo o espaço a
que têm direito e não se fazem
nada discretas. Sempre em silêncio.
Tenho a certeza que também elas contribuíram em muito para que o santuário da
Peninha se tornasse um local mágico de peregrinação. Este complexo arquitetónico abrange
várias épocas de construção (do séc. XVII ao séc.
XX) mas a sua ermida, o edifício mais antigo, foi
erigida na época da fundação do reino. As suas
paredes, em conluio com as árvores que as rodeiam, foram testemunhas de muitas histórias
encantadas que nos chegam a nós sob a forma
de lendas que nos confirmam a sacralidade do
local. E é para lá que me dirijo, guiada pelo
murmurar dos seus ramos ao vento.
A partir deste santuário, situado num dos pontos mais altos da serra de Sintra, a vista do horizonte é apenas quebrada pela curvatura natural
da Terra, a provar que é mesmo redonda. Lá no
alto, acariciada pelo vento, das árvores frondosas apenas já só vejo as copas. E enquanto as
observo, tomo consciência da existência de outros seres igualmente silenciosos, igualmente
imponentes. A estes nem o vento, nem a chuva
Descobrir
Projeto
os convencem a mexer-se. E mesmo a vontade
humana, tão forte no seu querer determinado,
precisa de uma grande ajuda para os conseguir
perturbar na sua placidez eterna.
São as pedras. Neste lado da encosta desenvolveram formas e dimensões curiosas. Ao olhar
para elas sei que sempre estiveram ali. Sempre
vão estar. Independentemente das alterações
climatéricas, da vontade humana, do destino do
planeta. Com ou sem árvores, elas permanecem
totalmente indiferentes a tudo o que se passa à
sua volta.
São enormes, silenciosamente perturbadoras.
E esta sua eternidade desafiante é um agente fortemente provocador da minha existência
efémera. Que eu exista ou não é-lhes completamente indiferente. E mesmo se tivessem a noção da minha existência,
a minha passagem pela vida deE tomo consciênlas não teria mais importância que uma folha seca que
cia de forma totalcai delicadamente de um
mente inocente que sou
ramo. Nada muda. Nada
a
pessoa mais importante
importa. Tudo se mantém
da minha vida. Porque
igual, exceto para a folha
que se deixou cair, cumexisto. Neste dia era isto
prindo o seu destino.
que as pedras e as ár-
vores tinham para
Mais que as árvores, estas
me ensinar.
pedras acumulam a experiência de ali estarem. De ali sempre
terem estado. Mesmo se de tempos
a tempos sofrem alterações, como uma
lasca numa ponta, uma trepadeira que resolve
abraçá-las ou alguém que as transforma num
abrigo, nada disso as perturba. Porque a missão
destes grandes calhaus não é nenhuma. Aparentemente. E é isso que para mim torna a sua existência tão especial.
Imagino-me a viver sem missão. Apenas a estar.
E a aproveitar todos os momentos, todas as experiências, abraçando-as como se fossem únicas. Ao pé destas pedras, destas árvores e deste
Santuário a minha existência tem menos importância que um grão de areia.
Mas para mim, o facto de ser eu, torna-me o
centro do meu universo. E tomo consciência
de forma totalmente inocente que sou a pessoa
mais importante da minha vida. Porque existo.
Neste dia era isto que as pedras e as árvores tinham para me ensinar. ø
Sílvia Romão
Mais histórias em 30dp.org
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Descobrir
 Entrevista
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Descobrir
Nuno Ferreira
Depois de descobrir o continente
a pé, o jornalista Nuno Ferreira rumou ao arquipélago dos Açores!
A equipa da Outdoor esteve à
conversa com este aventureiro e
ficou fascinada com todas as suas
histórias e descobertas. Fique a
conhecer melhor o seu trabalho!
Por Bebiana Cruz
o novo projeto
de nuno ferreira
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Descobrir
Outdoor: Como surgiu a ideia de iniciar a
descoberta de Portugal a pé?
nuno ferreira: Já tinha essa ideia há bastante tempo mas não a conseguia concretizar porque trabalhava num jornal diário. Quando saí do
“Público” ao fim de 17 anos, comecei a pensar na
viagem e propus à revista “Única” do semanário
“Expresso” para a qual escrevi entre fevereiro e
setembro de 2008.
90
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Como planificou a viagem? Vai ao sabor
da aventura e do desconhecido?
Quando recebi luz verde do “Expresso” estávamos em pleno inverno. Decidi começar pelo Algarve e por Sagres pela simbologia das Descobertas, neste caso redescobrir o meu país. Planeei a
viagem de forma a encontrar situações diversificadas mas fui improvisando o itinerário sempre
que tal se justificava. Fui sempre muito atento às
dicas dos locais e às suas recomendações.
Qual foi o momento mais caricato com
que se deparou nesta longa caminhada?
Um indivíduo de mochila às costas é visto como
tudo menos jornalista. Passei por peregrino a
Fátima, potencial ladrão, vagabundo. Fui abordado pela GNR no planalto mirandês simplesmente porque alguém ligou a dizer que andava um homem na estrada com uma mochila às
costas. Em Vila Flor perguntaram se eu andava
à procura de trabalho e à saída de Rio de Onor,
no Parque de Montesinho, um homem comentou que eu devia ficar rico com a “drogazinha”
que levava na mochila. Acabámos a conversar.
O homem pediu desculpa, que tinha a mulher
doente…Enfim, recordo tudo com humor.
“Gosto de caminhar sozinho e
de enfrentar os obstáculos sozinho. Falo muito comigo próprio, canto quando me apetece e estou mais
disponível para ouvir os
outros ao longo da
estrada.”
Como é a sua rotina diária?
Sou muito pouco metódico. Se me sinto entusiasmado ando muito, se me sinto cansado não
ando e deixo-me ficar pela povoação mais próxima. Como ando para ir de encontro às pessoas
e falar com elas, não posso ter um ritmo muito
desgastante. No fim de contas, sou um repórter
que decidiu andar a pé para redescobrir o país.
A realização das caminhadas exigem um
elevado esforço físico. Como se prepara?
Por incrível que pareça, não me preparo. O que
acontece é que sempre que regresso à estrada
sofro um bocadinho nos primeiros dias. Na Ilha
de São Miguel, a primeira verdadeira subida foi
um sufoco. Depois, vou-me adaptando, aligeirando o peso da mochila se necessário e ao fim
de uns cinco dias já caminho sem problemas.
Subir e descer as serras é desgastante fisicamente mas muito gratificante do ponto de vista
mental, é uma limpeza mental.
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
91
Descobrir
Nuno Ferreira
No seu livro “Portugal a Pé” que retrato do país se pode encontrar?
Eu escrevi que Portugal é um país lindíssimo
muito mal gerido. Procurei escrever uma narrativa simples e que coloque as pessoas no lugar
de alguém que anda a pé e capta tudo devagar,
lentamente, por trilhos, estradas secundárias,
linhas de caminho de ferro abandonadas. Nessa medida, o retrato que se encontra é o de um
pequeno país com uma beleza natural incrível
e por explorar, com uma diversidade cultural
muito grande. O que mais me chocou foi o esvaziamento do interior e a solidão em que vivem
os velhos em muitas zonas.
Descobrir
Como é ter a “sua própria sombra” como
o único parceiro de viagem?
Gosto de caminhar sozinho e de enfrentar os
obstáculos sozinho. Falo muito comigo próprio,
canto quando me apetece e estou mais disponível para ouvir os outros ao longo da estrada. Essa
disponibilidade para ficar junto de um grupo de
aldeões, por exemplo, sem ninguém a pressionar-me para ir embora é muito importante.
Os seguidores das suas crónicas dão-lhe
coragem para continuar na estrada?
Nunca pensei receber tanto incentivo. Recebo
mails, mensagens no Facebook, muitas de portugueses ou descendentes de portugueses que
vivem longe e lêem uma menção à terra deles
ou dos avós. Na estrada, também recebo apoio,
em Trás-os-Montes várias pessoas se disponibilizaram para me dar dormida. É bom sentir que,
como eu, há muita gente a amar o país apesar de
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
todo o “lixo” que aparece diariamente na televisão e que nem sempre corresponde à realidade.
Porque escolheu os Açores para este
novo desafio? Vai percorrer todas as
ilhas?
Ainda não tinha terminado o projeto Portugal
a Pé e já tinha amigos meus das ilhas a brincar
comigo, a dizer que o que eu estava a fazer era
o continente a pé. Quando terminei o livro, enviei uns exemplares para os Açores e consegui
o apoio da SATA, fundamental para o que queria fazer. O meu editor, Rui Dias José, sem o qual
não haveria livro, apoiou-me e está a apoiar-me.
Como já conhecia os Açores e inclusivamente já
percorrera a Ilha de São Miguel duas vezes como
romeiro da Quaresma, comecei por São Miguel.
Vou percorrer todas as ilhas. Já percorri São Miguel e Santa Maria. A próxima é a Terceira.
Descobrir
Nuno Ferreira
O que leva na sua bagagem?
tagens por Portugal, o facto de ter atravessado
O mínimo possível: O equipamento impermeável, o país a pé mostrou-me que havia muita coisa
roupa ligeira, um agasalho, os mapas e cadernos ainda por conhecer, de rios a serras, a aldeias e
do costume. Não levo tenda, durmo sempre em vilas esquecidas no interior. Sinto que poder larpoiso seguro. Procuro um transporte ao fim do gar o sofá à frente da televisão e ver realmente o
dia para regressar onde estou a dormir e
país foi um privilégio. Gostava que mais
depois para me levar no dia seguinpessoas pudessem fazer o mesmo,
te onde terminei. Há pessoas que
deixar-se perder à beira do Zêze“Sinto que
ficam admiradas de a minha
re ou do Maçãs ou do Tuela ou
poder largar o sofá
viagem não ser mais selvano topo do Alvão ou de Monà frente da televisão e
gem mas eu já fiz 50 anos e
temuro.
não me sinto confortável só
ver realmente o país foi
numa tenda.
Para quem tem o sonho
um privilégio. Gostava que
de partir à aventura e
mais pessoas pudessem fazer
Pretende publicar
descobrir o nosso país,
também um livro sobre
que conselho deixa?
o mesmo, deixar-se perder
os “Açores a Pé”?
Deixo o conselho que esta é
à beira do Zêzere ou do
É algo que eu e o meu edia melhor forma de o conheMaçãs ou do Tuela
tor decidimos discutir no fim.
cer, mesmo que à partida posÉ ponto assente que deverá ser
sam sentir alguma desconfiança
(...)”
publicado uma segunda edição
em zonas mais isoladas. As popuque incluía o périplo pelas ilhas. Neslações que ainda resistem no interior
te momento, quero concentrar-me no que
e sobretudo os velhos precisam da nossa
ainda está para vir de caminhadas e de vivências. atenção, necessitam de ser escutados.
Depois de mais de dois anos a caminhar, o
que retira destas aventuras?
Para quem como eu já tinha feito muitas repor-
É muito gratificante ver que eles estimam quem
lá vai reconhecer o seu valor, os valores naturais
e culturais da sua região. ø
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Descobrir

Receitas Outdoor
Nesta edição da Revista Outdoor, o Ricardo
Mendes, dá-nos a conhecer uma receita extremamente saudável e energética! Já conhecem as Speedballs? São o alimento ideal para
levar para uma atividade ao ar livre. Nós já
experimentámos e adorámos!
Uma rubrica destinada à partilha
de receitas e sugestões
de Cozinha Outdoor.
Partilha as tuas receitas Outdoor preferidas!
Envia-nos um email para [email protected]
e poderás ver a tua receita na próxima edição da
Revista Outdoor e no Portal Aventuras.
Speedballs
(bolinhas de energia)
Ingredientes:
■■ 1 ½ chávena de flocos de aveia
■■ 4 colheres de sopa sementes de sé-
samo
■■ 1/3 chávenas de geleia de milho
■■ ½ chávena de mistura de sementes
secas trituradas (amendoins, pistachio, cajú, nozes, amêndoas)
Como Preparar:
Misture todos os ingredientes num recipiente e depois coloque no frigorífico
por 30 ou 60 minutos.
Foto: Caminhos da Natureza
Faça bolinhas da mistura e sirva. ø
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Descobrir
 Livro Aventura por Jorge Pereira
SINOPSE
NOTA
Quando seis jovens portugueses partiram do
Pavilhão de Portugal no dia 26 Julho de 2000,
rumo ao Coração da Europa, mais precisamente
à Expo de Hannover, não sabiam que os esperavam 3.100 km de aventuras, alegrias e dificuldades que foram superadas com muita amizade e
espírito de conquista!
Passados 12 anos de uma grande iniciativa realizada por 6 jovens cujo propósito era tão simplesmente ligar a Expo98 à Expo2000 na Alemanha,
julgo que esta publicação que possui o prefácio
do Dr. Jorge Sampaio, é um testemunho do verdadeiro espírito de União, espirito esse que possibilitou a 6 jovens percorrerem mais de 3000
km de bicicleta em autonomia.
Com alguma experiência adquirida em eventos
semelhantes, faltava ainda a prova final… percorrer mais de 3.000 km, em Agosto, atravessando Espanha com mais de 40º, França, Bélgica,
Holanda e chegando à Alemanha com o sentido
de missão cumprido!
E que missão? Estreitar de uma forma ecológica o último grande evento do milénio, demonstrando que a bicicleta é um meio de transporte
alternativo eficaz. Este é o relato de mais 28 dias
de viagem, realizada sem carro de apoio e sem
GPS, muitas vezes apenas com o espírito lusitano do “desenrasca” como a única ferramenta
disponível…
Faz todo o sentido nos dias de hoje reforçar o
espirito de união e colaboração, reforçando e revitalizando o ideal da construção Europeia: afinal a Europa (e a Alemanha) não estão tão longe
que não se consigam alcançar com uma simples
bicicleta... ø
Edição/ Reimpressão: 2012
Páginas: 196
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789896975043
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Descobrir
Pousada de
Juventude
de PORTIMÃO
A Pousada de Juventude de Portimão está de
volta, depois de uma remodelação que a deixou
mais moderna e confortável! Um destino de férias por excelência, onde reina a praia, um mar
azul com uma temperatura amena e uma agitada
noite com diversão até às tantas!
U
ma das mais procuradas áreas da
região algarvia, a zona de Portimão,
recebe todos os anos milhares de
veraneantes provenientes de Portugal e do estrangeiro. Na origem
desta afluência está a diversificada oferta aqui
existente, capaz de satisfazer todos os gostos
e interesses. Restaurantes com vários tipos de
gastronomia, bares e discotecas com vários ambientes e tipos de música, campos de golfe ao
mais alto nível, infraestruturas para vários outros desportos e um casino fazem de Portimão
uma zona incontornável do divertimento. Mas a
oferta não fica por aqui, pois Portimão alberga
algumas das melhores praias algarvias e esse é,
talvez, o principal motivo de atração turística.
As praias do Vau, dos Três Irmãos e do Alvor são
uma espécie de ex-libris da região. A praia do
Vau é bastante concorrida, começando o areal
a ser povoado mal surgem os primeiros calores
da primavera. As águas calmas, a animação de
praia e a ampla oferta de divertimento em redor
do areal são os seus principais atrativos. O extenso areal da praia do Alvor é também chamariz para muitos banhistas. Para os amantes da
natureza, a Ria do Alvor, reconhecido santuário
da vida selvagem, é um local de visita obrigatória. Também a zona histórica da vila piscatória
do Alvor pode proporcionar uma interessante
pausa à rotina balnear. No extremo desta praia,
96
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Características
Preços
Época Baixa (01/01 a 15/02; 01/10 a 27/12)
Quarto Múltiplo (p/ pessoa) - 11,00 €
Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) - 30,00 €
Quarto Duplo s/ WC (p/ quarto) - 28,00 €
Época Média Época Média (16/02 a 04/04; 09/04 a
28/06; 02/09 a 30/09)
Quarto Múltiplo (p/ pessoa) - 13,00 €
Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) - 32,00 €
Época Alta (05/04 a 08/04; 29/06 a 01/09; 28/12
a 31/12)
Quarto Múltiplo (p/ pessoa) – 17,00 €
Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) – 47,00 €
Com Cartão Jovem ou Cartão LD<30 tens desconto nas Pousadas de Juventude em Portugal Continental. Mas, se quiseres dormir numa pousada, e
não tiveres nenhum destes cartões, tens de possuir o Cartão Pousadas de Juventude, que te dá
acesso às Pousadas de Juventude em todo o mundo e é válido por um ano (www.hihostels.com).
Podes obter o Cartão Pousadas de Juventude
numa Pousada de Juventude ou nas lojas Ponto
Já (Delegações Regionais do Instituto Português
da Juventude).
■■ 180 camas distribuídas por:
■■ 26 Quartos Duplos c/ WC (quatro
adaptados a pessoas com mobilidade condicionada);
■■ 32 Quartos Múltiplos c/ 4 camas;
■■ - 1 Quarto Múltiplo c/ 2 camas;
■■ - 3 Quartos Múltiplos c/4 camas;
■■ Horário: das 8h00 às 24h00 (recepção)
■■ 24 horas (funcionamento)
■■ Serviços: Refeitório; Cozinha de Alberguista; Lavandaria de Alberguista; Bar;
Esplanada; Sala de Convívio; Jogos
de Entretenimento; Piscina; Jardim e
Campo Desportivo.
Contactos
Pousada de Juventude da Portimão
Lugar do coca Maravilhas
8500-426 Portimão
Tel. +351 282 491 804 / Fax. +351 282 491 806
E-mail [email protected]
Site: www.pousadasjuventude.pt ou http://juventude.gov.pt
Como efectuar a reserva
Podes reservar alojamento em qualquer Pousada de Juventude, ou através da Internet em
www.pousadasjuventude.pt. Para tal, basta escolheres a Pousada, indicar o número de pessoas, o
tipo de quarto, datas de entrada e saída… depois é só pagar. Se preferires, telefona para o 707
20 30 30 ou envia um e-mail para [email protected]. Também podes efetuar a tua
reserva nas lojas Ponto Já ou diretamente na Pousada que escolheres.
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
97
Descobrir
Pousadas
a nascente, a praia dos Três Irmãos é limitada falta um Casino. Banhada por um mar tranquilo
por rochas que, quando a maré está baie cálido, a Praia da Rocha oferece ótimas
xa, permitem a passagem para a vizicondições para a prática de diversas
(...)
nha Prainha.
atividades desportivas, com espapode ficar
ços delimitados para o basquetea conhecer um
Situada junto à foz do Rio Arabol, futebol, voleibol e ginástica
de, a Praia da Rocha possui um
aeróbica.
pouco melhor a
enorme areal que se estende por
influência da cultura
cerca de 3 km, pontuado aqui e
Caso se pretenda fugir ao reboliMuçulmana nesta
ali por curiosas formações rochoço das praias no verão, a alternaregião do sul de
tiva é partir à descoberta da Nasas esculpidas pelo mar durante
tureza
na Serra de Monchique ou
milhares de anos. Considerada o
Portugal.
rumar a Silves, onde se pode ficar a
cartaz turístico do Algarve por exceconhecer um pouco melhor a influência
lência, esta é umas das mais concorrida cultura Muçulmana nesta região do sul de
das estâncias balneares do sul de Portugal, com
uma vida noturna muito animada em que nem Portugal. ø
Kids
atividades para
os mais novos
Reunimos neste espaço algumas sugestões
de atividades outdoor recheadas de animação, desporto e aventura! Vai ser um dia
inesquecível!
trekking com burros na costa vicentina
Parta a descoberta da natureza na companhia dos
nossos simpáticos amigos orelhudos.
Por belas paisagens campestres e falésias fantásticas, uma caminhada diferente e uma experiência
para toda a família. Se pensa que os burros são teimosos e dão coices, esqueça... o burro é afável, terno, paciente, robusto, cooperativo e pachorrento e
será, antes de tudo, o seu companheiro, vida e alma
nesta bela travessia. Venha burricar connosco!
Características: 2 dias, 1 noite (2 dias de caminhada c/ burros)
Nível de dificuldade: Moderado (10 a 12 km diários)
Promotor: Caminhos da Natureza
K4Kids
Descobrir o rio com um kayak ou fazer-se ao mar
num veleiro tudo depende da vontade do petiz aventureiro.
Zonas de ação para o K4Kids:
- Oeiras
- Ponte de Sor
- Barragem do Maranhão
A atividade poderá incluir transporte e é monitorizada por técnicos qualificados em desporto / canoagem / vela.
Número mínimo de participantes: 4 pessoas.
Promotor: Bork You
98
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
As tuas férias com mais adrenalina estão aqui. Atreves-te?
Dos 6 aos 17 anos.
Email: [email protected]
Telef: 219694778
Duração: 2h30/3h
Local: Parque Aventura em Bucelas
Promotor: Sniper
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das atividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
Lapa do Fumo
Situada no Parque Natural da Arrábida junto a Sesimbra, esta gruta apresenta vestígios de ocupação humana desde o Paleolítico à conquista de Portugal e é
através da escavação arqueológica realizada no seu
interior, que conseguimos entender melhor os povos que habitaram estas bandas há milhares de anos
atrás. Com um desenvolvimento horizontal é uma
gruta perfeitamente acessível para quem quer ter um
1º contacto com a espeleologia.
Promotor: Vertente Natural
soft rafting no cávado
Soft-Rafting consiste na descida de um percurso de
5kms de rio, desde a Ponte do Porto (Amares) até à
Praia Fluvial de Adaúfe (Braga). O troço foi selecionado por reunir uma das partes mais naturais e bonitas
do rio, aliadas à segurança, às melhores condições logísticas, juntamente com a duração da atividade. Este
percurso está classificado como nível I (numa escala
internacional de I a VI).
Duração: 3,5h
Promotor: Rafting Atlântico
batismo de surf
Vem aprender a modalidade de surf ou bodyboard na
praia de Ribeira D´Ilhas na Ericeira... A idade mínima
é de 5 anos e a máxima não existe, desde que tenha
boa condição física. É necessário saber nadar.
O surf promove a saúde e o bem-estar físico, e é uma
excelente modalidade para combater o stress do quotidiano.
Duração: 1h30h
Promotor: Pocean Surf Academy
Kids
Atividades
Campo de Férias Sniper
Kids
bodyboard&aventura
Colónia externa lúdico-pedagógica que promove
multiatividades na grande área de com manhãs recehadas de bodyboard e a tarde atividades de aventura e ainda uma viagem à Kidzânia.
Uma semana de férias inesquecível, recheada de atividade e de novas amizades para crianças e jovens
dos 6 aos 12 anos!
Duração: Uma semana
Local: Grande Lisboa
Promotor: Equinócio
Desafiamos-te à diversão num dos nossos Buggys
todo o terreno. Convida os teus amigos e venham
divertir-se... Vai ser inesquecível e um dia repleto de
aventura. Cenários de Montanha e Praia, obstáculos
à medida & fotos inesquecíveis. O pendura terá de
ter mais de 4 anos de idade e o condutor terá de ter
carta de condução.
Duração: de 1h a meio dia
Local: Praia do Guincho e Sintra
Promotor: Guincho Adventours
aventura nas termas do vimeiro
Passeio pedestre enquadrado numa zona de beleza
natural, no qual pelo caminho será efetuada uma paragem para a realização de Escalada, Rappel e Tiro
C/ Arco.
Vestuário: aconselha-se o uso de roupa desportiva
confortavel e adequada às condições meteorológica.
Duração da atividade: meio dia
Participantes: Mínimo 20 participantes.
Promotor: Experience Sport
Foto: Centro Equestre Luís Real
Estágio equestre
100
Maio_Junho 2012 OUTDOOR
Direcionado para crianças com idade entre os 6 e os
16 anos, este estágio no Centro Equestre Luís Real
visa fomentar a interação entre as crianças e o animal, despertar o interesse para a equitação, ou simplesmente oferecer uma nova experiência direcionada para os mais novos.
Neste dia é oferecida uma nova experiência - aulas de
equitação, maneio de cavalos e passeio.
Promotor: PortugalWestZone
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das atividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
buggy tour
OUTDOOR Até 25€
Atividades Outdoor
bridge jumping
soft rafting
Saltar de uma ponte com cerca de
50 metros de altura, apenas com
O percurso que vai realizar possui uma bela paisagem num vale
protegido do vento, descendo por
umas águas tranquilas e limpidas.
Preço: 20€ / pax
Dificuldade: Médio
Um Programa: Rafting Atlântico
uma corda especial e um arnês.
Onde: Minho
Preço: 25€ / pax
Um Programa: Rafting Atlântico
kayak aventura
canoagem no zêzere
Em kayak com início em Vilar de
Mouros e chegada junto a plataforma de embarque do rio Coura.
A beleza natural, a água translúcida ou a proximidade de Lisboa
são fatores que o levarão a descer
este Rio.
Preço: Sob consulta.
Dificuldade: Fácil/Médio
Um Programa: Aventur
Onde: Rio Coura
Preço: 20€ / pax
Dificuldade: Médio
Um Programa: Minha Aventura
SINTRA
FANTASMAGÓRICA
Venha conhecer a Serra de Sintra
por ângulos únicos. Esta atividade promete grandes emoções.
Não há mais bela vista de Lisboa
do que a vista do Tejo. Vamos voltar ao tempo dos descobrimentos!
Onde: Serra de Sintra
Preço: Desde 25€ / pax
Um Programa: Equinócio
Distância: 4 km
Percurso: Belém – Algés
Dificuldade: Médio
Um Programa: Bork You
Caramessines Caramessi-
canoagem SSB
nes é uma pequena enseada com
uma desconhecida praia selvagem cheia de recantos de rocha
perfeitos para serem explora-
Passeio de canoa ao longo da li-
dos. Não perca esta aventura.
Preço: 22€ / pax
Um Programa: Vertente Natural
nha de costa de Sesimbra.
Onde: Costa de Sesimbra.
Preço: 25€ / pax
Dificuldade: Fácil/Médio
Um Programa: Vertente Natural
Batismo surf
passeio aldeias xisto
E que tal um batismo de surf na
praia da Ericeira? Venha apren-
Talasnal, Casal Novo e Chiqueiro
são aldeias cravadas na serra da
Lousã.
der esta modalidade.
Preço: 25€ / pax
Dificuldade: Iniciação
Um Programa: Pocean Surf
102
Lisbon by Kayak
Academy
Onde: Lousã
Preço: Sob consulta
Dificuldade: Fácil/Médio
Um Programa: Javsport
cascais by kayak
bike tour
Venha desfrutar de um passeio de
btt pelas mais bonitas paisagens
de Sintra.
Venha desfrutar de um passeio de
btt pelas mais bonitas paisagens
de Sintra.
Distância: 10 km
Percurso: Praia dos Pescadores
– Tamariz ou “Boca do Inferno”.
Um Programa: Bork You
Onde: Guincho
Preço: 20€ / pax
Dificuldade: Médio
Um Programa: Guincho Adventours
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Venha conhecer esta modalidade
no Rio Alva e emocione-se com
esta descida!
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das atividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
Realizado por marcação.
Preço: 20€ / pax
Dificuldade: Fácil
Um Programa: Transserrano
escalada serra da
freita
Venha experimentar escalada em
vários lagos e escalar a Cascata
da Mizarela por uma via acessível.
Preço: 20€ / pax
Um Programa: Nicho Verde
Expo 98
canoagem óbidos
Desfrute da paisagem ribeirinha,
por entre a sombra das árvores
frondosas e passe uma manhã
diferente.
Preço: Sob consulta.
Dificuldade: Fácil
Um Programa: Geosphera
Um passeio em plena Lagoa de
Óbidos onde desfrutará de paisagens magníficas.
Preço: Lagoa de Óbidos
Preço: Desde 25€ / pax
Dificuldade: Fácil
Um Programa: ExperienceSport
rappel noturno
Escalada guia em
cascais
Na fase final da Lua Nova, desafie-se participando neste rappel
noturno em rocha natural no Parque Natural Sintra Cascais.
Preço: 19,90€ / pax
Dificuldade: Médio
Um Programa: MuitAventura
Noite na Floresta Encantada
Venha passar um momento único, escalando em rocha natural,
junto ao mar de Cascais.
Preço: 15€ / pax
Dificuldade: Iniciação
Um Programa: MuitAventura
serra da cabreira
Serra de Sintra, a mais enigmática serra do país é palco para um
passeio de encantar.
Preço: 20€ / pax
Dificuldade: Fácil/Média
Um Programa: Papa-Léguas
Pouco conhecida, muito por culpa da proximidade com a serra
do Gerês, a Cabreira oferece um
conjunto de paisagens inesquecíveis.
Preço: 20€ / pax
Um Programa: Papa-Léguas
paintball
linha torres vedras
E que tal um jogo entre os seus
amigos de paintball?
Quem disse que a história é aborrecida? Um dia passado em boa
companhia e com muitas histó-
Onde: Parque Aventura Sniper;
Preço: 17,50€ / pax
Dificuldade: Fácil
Um Programa: Sniper
rias divertidas. Atrevam-se!”
Preço: 9,90€ / pax
Dificuldade: Fácil/Médio
Um Programa: Sniper
cultural bike tour
trekking sintra cascais
Venha conhecer a zona do Oeste
duma forma diferente. Através de
um bike tour levamo-lo a conhecer esta zona lindíssima!
Preço: Desde 20€ / pax
Dificuldade: Fácil
Um Programa: Experience Sport
Conheça o Parque Natural Sintra
Cascais num trekking fabuloso.
Preço: Sintra/Cascais
Preço: 20€ / pax
Dificuldade: Fácil
Um Programa: Guincho Adventours
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
103
Atividades Outdoor
Canoagem no mondego
OUTDOOR até 75€
Atividades Outdoor
rafting no minho
aventura 6
Este é um rio para um contacto inicial para a modalidade
de Rafting.
Um dia com muita curtição,
adrenalina e boa disposição.
Atrevam-se!”.
Onde: Rio Minho
Preço: Desde 37,5€ / pax
Dificuldade: Fácil/Médio
Um Programa: Rafting Atlântico
Onde: Parque Aventura Sniper
Preço: A partir de 48€ / pax
Dificuldade: Baixa
Um Programa: Sniper
canyoning rio arado
canyoning rio poio
Situado em pleno Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG), o Rio
do Arado destaca-se pela pureza
da sua água e pelos cenários idílicos que o rodeiam.
Preço: A partir de 40€ / pax
Um Programa: Nicho Verde
Situado em Ribeira de Pena (Cerva), o Rio Poio é o rio mais extenso
e técnico de Portugal continental.
Apresenta um verdadeiro desafio
aos amantes desta modalidade.
Preço: A partir de 40€ / pax
Um Programa: Nicho Verde
buggy ou moto4
kayak tour
Desafiamos-te à diversão num
dos nossos automáticos Moto 4
ou Buggy todo o terreno.
O percurso disponível em Cascais,
o kayak tour leva-te a conhecer a
baía de Cascais de uma perspetiva
Onde: Sintra
Preço: 75€ /para duas pessoas.
Dificuldade: Fácil
Um Programa: Guincho Adventours
totalmente diferente.
Preço: 35€ / pax
Dificuldade: Médio
Um Programa: Guincho Adventours
batismo surf praia
sta rita
paintball + Aventura 3
Venha desfrutar de uma zona
cheia de potencial. A lagoa de
Óbidos irá proporcionar-lhe uma
multi-atividades!
inesquecível experiência.
Preço: Desde 30,70€ / pax
Um Programa: Experience Sport
Onde: Parque Aventura Sniper
Preço: Desde 34€ / pax
Dificuldade: Fácil/Médio
Um Programa: Sniper
btt Idanha a monsanto
canyoning ribeira de
quelhas
Muitos single tracks e trilhos por
calçadas históricas esperão por si
Atividade que envolve a descida a
para dias intensos de BTT.
Preço: 51€ / pax
Dificuldade: Fácil/Médio
Um Programa: Caminhos da Natureza
Onde: Ribeira de Quelhas, Lousã
Preço: 40€ / pax
Dificuldade: Fácil/Médio
Um Programa: Transserrano
visita à berlenga
coasteering
enseada da mula
Desfrute de uma fantástica
visita guiada à ilha e às grutas
da Berlenga.
Onde: Ilha da Berlenga
Preço: Sob consulta.
Dificuldade: Fácil/Médio
Um Programa: PortugalWestzone
104
Tenha um fim de semana em
cheio! Venha connosco fazer
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
pé da Ribeira das Quelhas.
O Coasteering é uma atividade
onde se percorre a linha de costa, através de vários desportos.
Onde: Sesimbra
Preço: 35€ / pax
Um Programa: Vertente Natural
batismo de parapente
Viagem de barco à descoberta dos
golfinhos do Sado, partilhando as
belezas do estuário e da costa da
Arrábida. Venha e divirta-se!
Preço: Sob Consulta.
Dificuldade: Fácil/médio
Um Programa: Muitaventura
Desfrute de voos de Parapente
nas bonitas praias de Sintra.
Preço: Arribas das praias Grande, Aguda ou S. Julião.
Preço: Sob consulta
Dificuldade: Fácil/médio
Um Programa: Muitaventura
Passeio a cavalo por
terras do Vez
guincho à praia
grande
Uma atividade que mostra uma
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das atividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
vila carregada de história: O Vez.
Onde: Arcos de Valedevez
Preço: 75€ / pax
Um Programa: Oficina da Natureza
douro vinhateiro
Lugar da vida duriense por excelência, a quinta é o ponto privilegiado para se encontrar o fio
condutor entre a vinha e o produto final.
Preço: 55€ / pax
Um Programa: Oficina da Natureza
canyoning
ribeira de pena
Venha descobrir a costa do Guincho a Praia Grande, com passagem pela ponta mais Ocidental
da Europa – O cabo da Roca
Preço: 49€ / pax
Um Programa: Caminhos da Natureza
Canyoning no Gerês
Com vários rios a disposição,
apresentamos um programa a
não perder para os amantes da
modalidade de Canyoning. Venha
desfrutar destas paisagens
Preço: 49€ / pax
Um Programa: Equinócio
travessia do cabo
Atividade que implica a descida
a pé da Ribeira da Pena, com recurso a saltos para a água. A não
perder!
Preço: 35€ / pax
Um Programa: Transserrano
Passeio em barco semi-rígido ao
longo da linha de costa de Sesimbra até ao Cabo Espichel, na área
da Reserva Marinha Professor
Luis Saldanha.
Preço: 27€ / pax
Um Programa: Vertente Natural
canoagem + passeio
noturno no rio sado
caminhada noturna
em sintra
Uma experiência com a plena
presença de uma lua fantástica
que nos irá guiar neste passeio
noturno pelo rio Sado.
Preço: 50€ / pax
Um Programa: Papa-Léguas
Esta incursão noturna pelas encostas da Serra de Sintra destina-se a aventureiros.
travessia pedestre
canyoning rio arado
Venha descobrir a espetacular linha de costa de Lagos a Sagres,
com as suas falésias, enseadas de
agua cristalina...
Preço: Sob Consulta
Um Programa: Caminhos da Natureza
Venha sentir a adrenalina do Rio
Paiva e desfrutar de um momento
de aventura
Onde: Terras de Bouro
Preço: Sob consulta
Dificuldade: Médio
Um Programa: Equinócio
Preço: 30€ / pax
Um Programa: Papa-Léguas
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
105
Atividades Outdoor
golfinhos do sado
OUTDOOR mais de 75€
Atividades Outdoor
picos da europa
frades + teixeira
Esta atividade leva-nos numa travessia de montanha única, onde
paisagens deslumbrantes e gran-
Esta atividade leva-nos a conhecer zonas fantásticas do nosso
país desfrutando de vistas mag-
des.
Preço: 520€ / pax
Dificuldade: Médio/Alto
Um Programa: Vertente Natural
níficas.
Preço: 95€ / pax
Dificuldade: Médio/Alto
Um Programa: Vertente Natural
bodyboard aventura
Salto Tandem
Colónia de férias externa recheada de atividades como bodyboard, missão impossível, jogos sem
fronteiras, entre outros.
O Salto Tandem consiste numa
experiência única e inesquecível,
na qual o cliente se liberta, com a
sensação da Queda Livre em pura
Onde: Arredores de Lisboa
Preço: 297,00€ /semana.
Um Programa: Equinócio
adrenalina.
Preço: Sob consulta
Um Programa: Rafting Atlântico
Curso de iniciação à
fotografia
Autonomia na serra
do Alvão
Este curso foi concebido para
quem quer dar os primeiros passos na fotografia, abordando os
principais temas da fotografia.
Preço: 325€ / pax
Um Programa: Papa-Léguas
Atividade recomendada a bons
caminheiros e a quem queira
uma experiência inesquecível.
Preço: 150€ / pax
Dificuldade: Médio/Alto
Um Programa: Papa-Léguas
Rota dos antepassados em Buggy
tour aéreo
buggy.
Preço: 105€ (inclui entrada e
vista ao Convento dos Capuchos)
Um Programa: Guincho Adventours
Saboreie a maravilhosa perspetiva de uma ave, através de uma
inovadora forma de turismo, realizada em passeios aéreos, sobre
o concelho de Sintra e Cascais.
Preço: Sob consulta
Um Programa: Guincho Adventours
formação bodyboard
Picos da europa
5 manhãs de aprendizagem que o
leverão a aprender a modalidade.
Não perca esta atividade.
Esta é uma travessia no Parque
Nacional dos Picos da Europa, a
norte na Espanha.
Local: Espanha
Preço: 899€ p/pax
Conheça Cascais e Sintra em
Onde: Praia de Carcavelos
Preço: 196,80€ /pax.
Dificuldade: Iniciação.
Um Programa: Equinócio
Vila do Bispo a
Sagres
Final da grande travessia da Costa Alentejana e Vicentina, com
chegada ao Cabo de São Vicente.
Local: Algarve&Alentejo
Preço: Desde 180€ / pax
Um Programa: Caminhos da Natureza
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Agosto_Julho 2012 OUTDOOR
Um Programa: Caminhos da Natureza
aulas surf
Venha aprender a modalidade
na praia da reserva de surf portuguesa.
Onde: Praia de Ribeira d´Ilhas
Preço: 100€ /pack de 10 aulas
Um Programa: Pocean Surf Academy
tástica, água fabulosa...
Preço: Sob consulta
Um Programa: Rafting Atlântico
Campo de férias repleto de
aventura para os mais pequenos, Atrevam-se!
Local: Bucelas
Preço: 285€ / pax
Dificuldade: Médio
Um Programa: Sniper
passeio de veleiro
caynoning âncora
Liberte as emoções e venha fazer
um passeio de veleiro entre Viana
do Castelo e Vila do Conde, onde
poderá desfrutar da paisagem e do
prazer de velejar.
Preço: Sob consulta.
Um Programa: Oficina da Natureza
Colónia de férias externa recheada de atividades como bodyboard, missão impossível, jogos sem
fronteiras, entre outros.
Onde: Rio Âncora
Preço: Sob consulta.
Um Programa: Nicho Verde
trekking com burros
história armações
Venha burricar na Costa Vicentina... vamos descobrir belas
paisagens campestres e falésias
fantásticas!
Local: Costa Vicentina
Preço: 120€ p/pax
Um Programa: Caminhos da Natureza
Circuito de canoagem de aventura no Parque Marinho Professor Luís Saldanha (costa Sesimbra/Espichel), com pernoita em
por terras durienses
Douro Vinhateiro
Tour
Já experimentaste? Não percas
um dos melhores anos de sempre:
rios fantásticos, temperatura fan-
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das atividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
campo sniper
Passeio pelas Terras Centenárias
da Região Demarcada do Douro que terá início no Porto com
uma viagem de comboio até ao
Pinhão.
Preço: Sob consulta.
Um Programa: Nicho Verde
acampamento.
Preço: Desde 78€ / pax
Um Programa: Vertente Natural
Obra-prima da Natureza e do esforço humano, o Alto Douro Vinhateiro, região vinícola demarcada mais antiga do mundo.
Preço: Sob Consulta.
Um Programa: Oficina da Natureza
léguas peneda
Pirinéus
Eis uma oportunidade para conhecer uma das mais belas regiões de Portugal, o Parque Nacional da Peneda- Gerês.
Preço: 195€ / pax
Dificuldade: Médio
Um Programa: Papa-Léguas
Uma expedição aos Pirinéus
constitui uma experiência única
que nos marca para sempre e,
diz quem sabe, nos aproxima do
Paraíso.
Preço: Sob consulta.
Um Programa: Javsport
curso essencial de
bushcraft
a fóia marafada
Bushcraft é a arte de prosperar no mato, ou uma extensão
a longo prazo das técnicas de
sobrevivência.
Preço: 116,85€ / pax
Um Programa: Equinócio
Não fique aí, venha à descoberta
do Algarve verdadeiro! Atividade não recomendada a principiantes.
Locais: Sagres a Monchique.
Preço: Sob consulta.
Dificuldade: Médio
Um Programa: Geosphera
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
107
Atividades Outdoor
canyoning rio
teixeira
Desporto Adaptado
Dive for All
mergulho inclusivo em Cascais
O
“Dive for All” é um projeto que pretende proporcionar experiências
de mergulho a pessoas com necessidades especiais, contribuindo
também para a promoção da cidadania e sensibilização do público em geral para
a importância de uma sociedade inclusiva.
Foi no ano 1997 (mais concretamente em Cairns
na Austrália) que Miguel Lacerda viu embarcar
pela primeira vez várias pessoas com necessidades especiais, rumo à grande barreira do coral,
108
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
onde iam fazer o seu batismo de mergulho. Fascinado com a iniciativa, Miguel quis trazer a Cascais essa ideia nominando-a como Dive for All.
A ideia foi desmerecendo a partir de 2005 devido às inúmeras dificuldades que Miguel Lacerda encontrou para concretizar este projeto de
tão complexa execução.
Tendo sempre presente um espírito de cidadania e de solidariedade, Miguel acabou por
apoiar o projeto municipal “Praia para todos”
Foi de facto o empenho da Autarquia, da Agência Cascais Atlântico, da Exclusive Divers (atual
Cascais Dive Center), da DDI, das piscinas municipais da Abóbada, da Marina de Cascais, da
Ramazzotti e de muitos voluntários amigos que
se conseguiram criar sinergias e avançar com o
projeto Dive for All.
Assim que se divulgou a realização do Dive for
All e se abriram as inscrições (onde as restrições em termos de limitações físicas foram mínimas) rapidamente se esgotou os 20 lugares
disponíveis.
Apareceram pessoas fantásticas com o mais variado tipo de limitações, mas todos mostravam
um “dominador comum” uma enorme determinação em viver esta experiência (fora do comum) e ultrapassar as suas próprias barreiras.
Procedeu-se então a 3 sessões de piscina (entre junho e julho), onde ocorreram os primeiros
contactos com o equipamento e a experiência
de submergir.
Apoiados por dois a três mergulhadores (dependendo da complexidade da limitação física), cada participante pode submergir com
segurança, num meio onde se consegue uma
gravidade nula, onde não se sente o peso do
corpo, onde o mais pequeno movimento se faz
sentir (criando-lhes assim um gozo muito
especial e alguma mobilidade) e onde
“Aparea grande limitação “o respirar” é comum a qualquer mortal.
ceram pessoas
fantásticas com o
Foi a partir das sessões de piscimais variado tipo de lina que se selecionou um grupo
de 10 mergulhadores especiais
mitações, mas todos mospara mergulhar no mar. Não
travam um “dominador
contribuindo com metaporque algum não o conseguiscomum” uma enorme dede da edição do seu livro
se fazer, mas sim por questões
terminação em viver
“Cascais Atlântico, flora
de segurança e pela dificuldade
e fauna marinha” para a
em arranjar equipamentos adeesta experiência
aquisição de “tiralôs” (triciquados às características físicas de
(...) ”
clos anfíbios) de forma a criar
todos os mergulhadores.
uma maior acessibilidade ao mar
para pessoas com capacidades de locomoção reduzida.
Só no ano 2010 quando a DDI “Disabled Divers
International” levou a cabo (com muito sucesso
O mergulho de mar (depois de ter sido adiado
duas vezes devido às condições de mar adversas) teve lugar no dia 24 de setembro na Marina
de Cascais junto à plataforma de eventos. Apesar das condições da visibilidade da água do mar
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
109
Desporto Adpatado
Dive for all
e divulgado nos canais televisivos) o primeiro
mergulho inclusivo em Portugal (Sesimbra).
Tudo voltou despoletar-se na cabeça do Miguel
e criou-lhe uma espécie de sentido de obrigação de no mínimo criar sinergias para tentar de
novo levar o projeto avante.
Desporto Adaptado
110
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Desporto Adpatado
Dive for all
não terem sido as melhores para a prática do
mergulho (aproximadamente 2 metros) não foi
um obstáculo para que estes novos mergulhadores pudessem submergir pela primeira vez
com escafandro autónomo e desfrutassem com
tanto entusiasmo este meio submarino.
Foi uma demonstração clara que com o auxílio
de todos não existem barreiras para estas pessoas que por infelicidade nasceram ou contraíram
lesões graves.
A satisfação destes mergulhadores especiais
denotou-se de imediato nas suas expressões de
alegria, nos seus gestos, na vontade em querer repetir inúmeras vezes, o que criou
um sentimento geral de alegria, de
“A
empenho, de dedicação e dever
satisfação
cumprido a todos os voluntários
destes mergulhaque participaram nesta ação e
tornaram-se dias muito gradores especiais detificantes e momentos muito
notou-se de imediato
emocionais que todos desejam
nas suas expresrepetir.
sões de alegria
O Dive for All apesar dos fracos
(...)”
apoios financeiros e da complexidade do mesmo (requerendo mais
meios, mais equipamentos, formação de
instrutores e auxiliares) já tem data prevista
para a próxima edição que ocorrerá no dia 12 de
outubro (dependendo da meteorologia) frente à
Praia da Duquesa em Cascais.
As inscrições (e informações) devem estar disponíveis a partir de julho na agência municipal
Cascais Atlântico. ø
Miguel Lacerda
www.cascaisatlantico.org
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
111
Espaço APECATE
APECATE PROPÕE
NOVA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
C
onforme já foi noticiado, a APECATE entregou à ANQEP – Agência
Nacional para a Qualificação e o
Ensino Profissional, IP a proposta
de criação de uma nova qualificação
profissional para o sector turístico: o técnico de
turismo de ar livre.
Enquanto esta qualificação não estiver aprovada e publicada no Catálogo Nacional das Qualificações não será possível nem a certificação
de activos nem o seu reconhecimento no espaço europeu. O caminho que temos de percorrer obriga, pois, a um trabalho em duas direcções: na óptica do futuro, é necessário investir
na formação inicial, permitindo que os jovens
interessados em ingressar no sector tenham
disponível a respectiva formação e certificação
112
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
profissional, o que hoje não acontece; em termos de presente, há que criar com urgência um
sistema de reconhecimento e validação de competências adquiridas, que permita certificar os
técnicos que operam nas empresas de turismo
de ar livre.
Porquê um técnico de ar livre no
sector turístico?
As razões que nos levaram à apresentação da
proposta de criação desta qualificação no sector
turístico decorrem do enquadramento jurídico
dos agentes de animação turística: enquanto
produto comercial dirigido ao público em geral,
são actividades próprias das empresas de animação turística as actividades recreativas, desportivas ou culturais, que se desenvolvem em
Fotos: Equinócio
turismo de ar livre
Caminhadas e outras actividades pedestres;
Passeios e actividades em bicicleta;
Canoagem e rafting (em lagos e rios até
nível II);
Manobras com cordas;
Actividades de orientação;
Escalada (desportiva e em bloco).
As especialidades não escolhidas poderão ser
completadas, por opção do próprio, em qualquer momento do seu percurso profissional.
Agregada a este CET, propusemos a criação de
uma Bolsa de Unidades de Formação de Curta
Duração (UFCD’s) que permita a formação e
certificação do Técnico de Turismo de Ar Livre
em outras áreas que, umas pela sua especificidade, outras por serem consideradas como
de risco acrescido, não devem fazer parte do
referencial de formação do CET: birdwatching;
passeios e actividades em todo o terreno;
paintball; espeleologia; canyoning;
windsurf; surf, bodyboard e outras
actividades de deslize aquático
técnico
(não motorizado); rafting (em
rios III e IV); escalada em faestamos a falar?
lésia.
Que competências
O Referencial de Formação
que propomos tem, pois,
consideram os empregacomo objectivo concentrar
A criação desta bolsa de
dores que devem ter os
num único curso conteúUFCD’s agregadas ao CET
dos formativos inovadores e
é essencial ao percurso
técnicos que acompaconteúdos formativos que se
profissional dos técnicos de
nham os seus clienencontram dispersos por váturismo de ar livre. Pela nates? (....)
rias áreas. Esta concentração
tureza da especialização téctraduzir-se-á numa dinâmica innica do serviço a prestar e/ou
tegrada de aprendizagem, orientada
da experiência vivencial que esta
para a aquisição de todas as competênprestação exige, o acesso a esta bolsa
cias específicas que podem garantir um perfil de de UFCD’s obriga a pré-requisitos, o que imsaída de técnicos com autonomia nas áreas de plicará uma alteração do actual Regulamento
Turismo de Ar Livre que são propostas para este do CET.
curso.
O perfil de competências, quer do CET quer
das áreas técnicas correspondentes à referida
MODELO DE FORMAÇÃO
Tendo em atenção os descritores do Quadro Na- bolsa de UFCD’s, deverá originar a definição
cional de Qualificações, consideramos que as de Unidades de Competência que permitam a
exigências requeridas pelo exercício da activi- Certificação de Activos através do processo de
dade de técnico de turismo de ar livre corres- Reconhecimento, Validação e Certificação de
pondem, no que respeita a conhecimentos, apti- Competências (RVCC).
dões e atitudes, ao Nível 5. Assim, o Referencial
de Formação que propomos deverá dar corpo PERFIL DE COMPETÊNCIAS
a um Curso de Especialização Tecnológica em De que técnico estamos a falar? Que compeTurismo de Ar Livre.
tências consideram os empregadores que devem ter os técnicos que acompanham os seus
Este Curso de Especialização Tecnológica (CET) clientes? Quais são as suas actividades princiformará e certificará Técnicos de Turismo de Ar pais e o que se espera deles sob o ponto de visLivre para o enquadramento autónomo de qua- ta dos seus conhecimentos, das suas aptidões e
tro das seguintes actividades de Animação Tu- da sua atitude?
rística de Ar Livre:
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
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Espaço APECATE
Turismo de Ar Livre
meio natural ou em instalações fixas equipadas
para o efeito, que têm carácter lúdico e interesse turístico para a região onde se realizam. No
que respeita ao Turismo de Ar Livre, referimo-nos a actividades como: passeios em diversos
meios de locomoção (a pé, de bicicleta, a cavalo,
em viatura 4x4); percursos de obstáculos com
recurso a manobras de cordas; surf, windsurf,
canoagem, rafting, canyoning, escalada, orientação, espeleologia, mergulho; programas e
incentivos multiactividades para grupos de empresa com objectivos de lazer e teambuilding;
etc. Ao assinarmos esta proposta, fizemo-lo com
a consciência de que a denominação “Actividades de Ar Livre” inclui um conjunto alargado de
dimensões e utilizações que não se esgotam na
actividade turística. Por isso, frisámos bem que
o nosso objectivo é, apenas e só, tratar do que
nos compete: dos técnicos de turismo de ar livre,
que, pelo tipo de serviços que têm que prestar
ao cliente e à empresa, têm que ser encarados como um novo tipo de profissional do sector turístico e encontrar
no país a formação adequada ao
De que
exercício das suas funções.
Espaço APECATE
Na óptica dos empregadores, o Técnico de Turismo de Ar Livre é o profissional que:
Planifica, coordena e acompanha programas
de animação turística de ar livre, em áreas técnicas específicas, em meio natural ou em instalações equipadas para o efeito, pautando a sua
actuação pelos limites impostos pela sua área e
nível de especialização.
Garante a segurança, o enquadramento técnico e turístico e a gestão dos clientes, avaliando
o risco e tomando decisões adequadas em situações imprevistas.
Zela, com firmeza e sentido pedagógico, pelo
cumprimento das regras de segurança da actividade e pelo respeito pelas normas de conservação da natureza.
Participa nas tarefas de avaliação formativa
das actividades realizadas, julgando com isenção o seu desempenho e o desempenho dos seus
colaboradores e/ou assistentes.
Cria, planifica e promove produtos e serviços
da sua área técnica, tendo presentes os princípios do Turismo Sustentável.
Este é um dos sectores onde os profissionais mais
têm investido na sua própria formação. O nosso objectivo fundamental enquanto associação é,
pois, promover o seu reconhecimento. O mercado
exige-o. Para as empresas é essencial. Mas, acima
de tudo, é condição da dignificação profissional
de quem investe na competência, na qualidade da
prestação do serviço e no bom nome do sector.
Num momento em que tanto se afirma a importância da adequação da formação profissional às
exigências do mercado, é elementarmente justo
que esta proposta, assente num Referencial de
Formação exigente, realista e concebido por especialistas com a chamada “mão na massa”, seja
aprovada com a urgência possível. Enquanto tal
não sucede, a APECATE, enquanto autora deste
trabalho e entidade reconhecida pela DGERT,
cumprirá as responsabilidades que tem na qualificação do sector através do seu novo Plano de
Formação de Activos. ø
Ana Barbosa
Presidente da Secção de Animação Turística da APECATE
Assegura a gestão e manutenção das instalações e equipamentos necessários às actividades
da empresa, verificando rigorosamente o seu
estado de conservação e os prazos de validade
dos equipamentos, quando se aplique.
No próximo número: Síntese do Referencial de Formação. O
novo Plano de Formação de Activos da APECATE.
Foto: Vertente Natural
Foto: Vertente Natural
Foto: Transserrano
Foto: Equinócio
www.apecate.pt
Texto escrito ao abrigo do antigo Acordo Ortográfico.
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Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
Vouchers
Para usufruir dos descontos indicados nos vouchers, deverá imprimir a página e entregar à
respetiva empresa no ato da marcação ou compra da atividade ou serviço.
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
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respetiva empresa no ato da marcação ou compra da atividade ou serviço.
Por Água
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Vouchers
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Leitores
Outdoor
Oferta válida para atividades em agenda de Rafting,
Caminhadas, Escalada e Rappel, Canyoning, Workshop de
Bodyboard e Bushcraft.
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ao final do ano de 2012
Tel: 210 155 139
www.equinocio.com
OUTDOOR Julho_Agosto 2012
Vouchers
Para usufruir dos descontos indicados nos vouchers, deverá imprimir a página e entregar à
respetiva empresa no ato da marcação ou compra da atividade ou serviço.
Julho_Agosto 2012 OUTDOOR
A fechar
ASICS Trail Aventura
Conheça zonas históricas, trilhos escondidos e as belas
paisagens de Portugal em 2012 através do circuito ASICS
Trail Aventura.
O circuito é um projeto que reúne 6 provas de Trail já
existentes num “percurso” ao qual se deu o nome de
ASICS Trail Aventura.
Este circuito pretende destacar a beleza de Portugal, ao
participarem nas provas, os atletas têm a oportunidade
de conhecerem melhor o seu país e podem seguir dicas
de lifestyle de cada zona em asics.pt.
Todos os atletas inscritos no ASICS Trail Aventura terão
em comum uma t-shirt técnica da marca. A cada prova os
três primeiros Homens e as três primeiras Mulheres serão
premiados com um cheque compra em produtos ASICS.
Próximas provas do circuito ASICS Trail Aventura:
22 de julho – Ultra-Maratona Atlântica (Melides/Tróia –
Grândola)
4 de agosto – Trail Noturno da Lagoa de Óbidos (Óbidos)
16 de setembro – Trail os Três Castelos (Sesimbra – Setúbal - Palmela)
Sabe Mais em www.asics.pt
Iceland Luso Expedition
O Ricardo e a Filomena, que a cada ano escolhem um lugar de sonho para viajar de bicicleta em autonomia, têm
este ano mais um projeto.
Em 2011, foram até ao fim do mundo na Patagónia por
uma causa solidária e este ano assentam a sua pedalada positiva na mesma filosofia de solidariedade. Pedalar
para ajudar.
Abaixo do círculo polar Ártico encontra-se a Islândia, destino eleito por estes portugueses aventureiros para pedalarem em direção a mais um sonho e realizarem o sonho
de mais 2 crianças da instituição Terra dos Sonhos.
A receita é simples: tem uma área superior a Portugal
com 320 mil habitantes aglomerados em 2 cidades, 200
vulcões e milhares de cascatas e poços em ebulição; além
disso, a atividade vulcânica é permanente, os glaciares
cobrem 12% da paisagem e a escassez de estradas condiciona uma aventura de bicicleta, que se prevê difícil,
durante mais de 2000 quilómetros numa “ilha de gelo e
fogo”.
O desafio desta aventura consiste em atravessar as highlands deste país pelas 2 únicas estradas de montanha
que atravessam os maiores glaciares desta ilha.
A partida está marcada para o final de agosto para que
haja a certeza que a neve já derreteu e que as estradas
estejam transitáveis.
É tão fácil como andar de bicicleta, porque um Sorriso
Vale Tudo.
Sabe Mais em icelandlusoexpedition.yolasite.com
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Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR
Grande Trail Serra D’Arga
O GTSA apresenta-se para esta segunda edição como
uma prova de elevado interesse no panorama desportivo
Nacional e Internacional.
Para esta segunda edição haverá muitas novidades, a começar pela introdução de uma corrida para crianças em
idade escolar, primeira do género no País e na qual depositamos grande interesse e adesão. Segue-se um Free
Trail pelas terras de caminha e as segundas Jornadas
Técnicas do Trail Running que já têm mais de 500 inscritos.
Mais em www.portalaventuras.pt
O maior evento ibérico de Paintball recreativo
O maior evento Ibérico de Paintball recreativo decorre
nos dias 29 e 30 de setembro em Proença-a-Nova com o
título: ”Emboscada Diamond Conflict”.
Celebram-se 8 anos de existência e promoção do desporto ao mais alto nível, com dois dias repletos de atividades,
sorteios e surpresas!
Este evento está inserido na Big Game Alliance, que é o
resultado da união dos maiores e melhores organizadores
de eventos de Paintball na Europa, Warped (Grã-Bretanha), Veckring (França), e Paintugal (Portugal).
Ao abrigo do projeto “Responsabilidade social e ecológica
Paintugal 2012”, a associação irá oferecer uma árvore a
cada um dos participantes, para que estes a plantem no
terreno do evento, e dará a oportunidade de apadrinhar
e acompanhar várias crianças da Associação Acreditar,
para que estas usufruam de um dia diferente e especial,
em atividades de Paintball, apoiando assim a Associação
Acreditar, no seu nobre objetivo de: “Tratar a criança com
cancro e não só o cancro na criança!”.
Inscrições abertas até 21 de setembro!
Sabe Mais em diamondconflict.paintugal.com
Dakar Desert Challenge
O «Dakar Desert Challenge - A grande aventura africana»
é uma grande expedição trans-sahariana, sem carácter
competitivo, que liga dois continentes, Europa e África,
atravessa Portugal, Espanha, Marrocos, Mauritânia e termina na capital do Senegal.
A partida para esta grande aventura já está marcada...26
de dezembro e as inscriçoes já estão abertas! Vais ficar
de fora?
Mais em www.portalaventuras.pt
OUTDOOR Setembro_Outubro 2011
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