ENEM 2013
Resolução de Linguagens
Caderno ROSA
INGLÊS
91. Alternativa (C)
Infere-se, a partir da leitura do último quadrinho, que o discurso de Calvin teve um efeito diferente
do pretendido, já que ele comenta que as discussões com o pai não correspondem ao esperado.
92. Alternativa (C)
O comentário que melhor demonstra o engajamento apresentado pela quarta proposta é “Eu me
inscrevi no Programa Jovens Embaixadores para mostrar o que tem de bom em meu país e
conhecer outras formas de ser”, tendo em vista a ideia de espalhar sua própria cultura sobre o
mundo e aprender sobre novas culturas.”
93. Alternativa (B)
A nova pesquisa mostra que os ratos possuem um “analgésico incrível” (uma certa quantidade de
morfina), e que os humanos e outros mamíferos possuem a mesma via metabólica para produzilo.
94. Alternativa (C)
Conclui-se que o texto propõe a enaltecer a contribuição de Steve Jobs para o mundo digital
citando sua genialidade, contribuição para a tecnologia moderna e relembrando algumas de suas
conquistas a fim de homenagear o “pioneiro digital”.
95. Alternativa (A)
O texto comenta um incêndio ocorrido em Honduras que matou mais de 300 pessoas e deixou
alguns desaparecidos. O texto cita também, o problema da superlotação no sistema prisional em
toda a América Latina.
ESPANHOL
91. Alternativa (B)
No trecho “El español actual es el conjunto de veintidós españoles (...) ninguno vale más que
outro”, podemos entender que as variedades do Español têm igual relevância.
92. Alternativa (E)
A expressão “mala leche” significa mau humor, segundo o dicionário da Real Academia
Espanhola (RAE). De acordo com o contexto empregado no texto significa uma pessoa capaz de
transformar mau humor em pranto.
93. Alternativa (A)
De acordo com a leitura atenta do texto, mais especificamente no trecho “Cortés la hizo su
intérprete y amante(...)”, é possível verificar que a melhor resposta é a alternativa “A”.
94. Alternativa (C)
A charge evidencia uma situação de disputa. O efeito humorístico está no fato das armas
apresentadas serem inusitadas, atípicas. Em lugar de armas convencionais, temos um “joystick y
las teclas”.
95. Alternativa (C)
A cantiga de ninar ressalta a precariedade das condições de trabalho no campo. Podemos
comprovar essa assertiva com a leitura atenta do trecho “(...) trabajando, trabajando duramente,
trabajando sí/trabajando y no le pagan.”
96. Alternativa (A)
Tendo em vista que a bandeira é um dos símbolos da nação, a descrição dela feita veicula
valores patrióticos ao observar as riquezas brasileiras representadas nas cores, bem como a
organização do Brasil. Afirma-se que tais valores são próprios de uma época por meio não só da
fonte bibliográfica (1911), como também da grafia utilizada no texto. O fato de serem “próprios do
período em que foi escrito” o texto não invalida a permanência desses valores em épocas
anteriores ou posteriores.
97. Alternativa (E)
Tombamento significa “ação pela qual se protege um patrimônio público resguardando-o, como
documento histórico, da descaracterização geralmente provocada pelo homem, ou por sua ação
direta ou pela falta de cuidados básicos de manutenção.” Logo, cabia parabenizar a iniciativa de
preservar o patrimônio histórico da cidade.
98. Alternativa (A)
Observe trechos do texto: “oferta de produtos industrializados”, “falta de tempo”, “aumento da
silhueta dos jovens”, “exagerando no sal e no açúcar”, “preguiça”, “não praticavam nenhum
esporte”, “rotina sedentária e cheia de gordura”, “hipertensão e diabete”.
99. Alternativa (C)
Alternativa mais adequada, haja vista que o artista apresenta imagem dicotômica (menino rico –
ou economicamente remediado – X menino pobre), considerando-se as marcas sociais aí
presentes (vestimenta e ocupação), a fim de provocar reflexão acerca das desigualdades sociais.
Não é seu intento difundir a ORIGEM de tais desigualdades, propor soluções para tal problema
ou circunscrevê-lo geograficamente.
100. Alternativa (C)
Além das características da autora e – mais especificamente – da obra em questão, considere o
primeiro parágrafo do texto (exemplo de reflexão sobre questões existenciais) e o último período
do texto (exemplo de reflexão sobre a construção do discurso).
101. Alternativa (C)
Observe a contraposição:
Texto I – “a vitamina D [...] também existe em alguns alimentos comuns” / Texto II – “a vitamina D
não está em nossas dietas”.
102. Alternativa (E)
Observe trechos do texto: “suas bases estão nos modelos informativos anteriores”, “A impressão
é a matriz que deflagrou todo esse processo comunicacional eletrônico”.
103. Alternativa (E)
Observe trechos do texto: “Uma manta feita de centenas de retalhos de roupas velhas aquecia os
pés das crianças e a memória da avó, que a cada quadrado apontado por seus netos resgatava
de suas lembranças uma história.”, “Muitas histórias formavam aquela manta.”
104. Alternativa (C)
Observe trecho do texto: “redefinição dos papéis de autor e leitor e a revisão dos modelos
tradicionais de leitura e de escrita.”
105. Alternativa (E)
A soma do texto não verbal com o verbal, sobretudo a pergunta (retórica) final, permite-nos
assinalar a alternativa E como correta.
106. Alternativa (D)
De fato, a obra de Tinhorão aponta para a instituição de – a partir da década de 70 do século XX
–, “nos meios de comunicação e na indústria do lazer uma nova era musical”, exemplificando-a
com a composição de Rita Lee (entre outras).
Contudo, o enunciado acrescenta a ideia de “cultura de massa” (o que não se verifica na obra da
cantora/compositora, haja vista que o rock não é considerado objeto de consumo de massas) e
adequação “à realidade brasileira”. Observe o nome da música: “Ovelha Negra” (aquele ou aquilo
que se destaca dos demais em sentido negativo). Difícil daí inferir a ideia de adequação.
Além disso, o enunciado não delimita temporalmente “a nova era musical” (o texto de Tinhorão
cita “a partir da década de 70 do século passado”). Logo, a letra C também poderia ser
considerada correta, haja vista que “No Rancho Fundo” – de fato, composição anterior ao período
citado por Tinhorão – foi regravada por Chitãozinho e Xororó em 1989 e, novamente, em 2011. A
história de Chitãozinho & Xororó se confunde com a da música sertaneja da atualidade, esta,
sim, integrante da cultura de massa. Durante os anos oitenta, houve uma exploração comercial
massificada do sertanejo. No início da década de 2000, inicia-se uma espécie de "revival" desse
estilo. Sendo um dos mais importantes do País (cultural e economicamente), revela-se aí a sua
adequação à realidade brasileira.
107. Alternativa (D)
Observe a expressão “pra valer”, típica da norma culta informal ou coloquial.
108. Alternativa (A)
De fato, a utilização da conjunção adversativa “mas” instaura, no texto, a ideia de oposição,
quebrando a expectativa de uma leitura linear.
Contudo, no texto há o emprego da aditiva “e” (assim classificada gramaticalmente), cujo uso em
tal contexto estabelece relação de causa / efeito (UMA MÃE SER UMA MÃE TEM COMO
EFEITO O FATO DE SER PRECISO RESPEITÁ-LA). O humor poderia ser provocado igualmente
por tal relação, visto que a “mãe” a que primeiramente se refere a personagem não é a
conceituada como “aquela que deu à luz” (sentido denotativo). Tem-se aí o uso conotativo (causa,
motivação). Logo, o fato de a personagem considerar conotação como denotação pode ser
engraçado. Portanto, a alternativa B também está correta.
109. Alternativa (B)
O filósofo grego Parmênides sustenta em sua doutrina, de modo simplificado, entre outros
pressupostos, a imobilidade do Ser. Somando-se a linguagem verbal à não verbal, tem-se que há
ironia na charge, visto que é tecida uma crítica às dificuldades de mobilidade urbana (questão
material), tomando-se como base a afirmação de Parmênides de que “toda nossa realidade é
imutável, estática” (questão imaterial).
110. Alternativa (D)
Fruir (de onde deriva “fruição”) significa “aproveitar o prazer ou as vantagens de”. Assim sendo,
observe o trecho do texto: “sentimento [...] de alegria e de uma consciência de ser diferente da
‘vida cotidiana’”. Eis nesta última expressão a ideia de “experiências inusitadas”. “Lúdico” é o que
se refere a jogo.
111. Alternativa (D)
O uso da primeira pessoa do plural (“nós”) refere-se tanto ao emissor quanto ao receptor da
mensagem, tornando-os, ambos, participantes da realidade apontada no texto. Visto se tratar de
um artigo – texto que expõe a opinião de quem o assina –, a utilização de tal recurso visa à
persuasão.
112. Alternativa (B)
Além de levar em consideração as características da obra poética de Jorge de Lima, observe os
trechos do poema: 1º e 2º versos; 6º verso; 14º a 17º versos.
113. Alternativa (D)
A despeito de nas demais alternativas haver trechos corretos, não existe nelas total correção.
Observe:
(A) Caráter atual, mas NÃO linguagem própria da internet.
(B) Cunho apelativo (uso de formas imperativas), que NÃO é determinado pelas metáforas.
(C) Tom de diálogo, MAS não há RECORRÊNCIA de gírias (apenas uma “Se liga aí”).
(D) A linguagem coloquial tem como marca a espontaneidade.
(E) Originalidade (haja vista o estilo musical de Gabriel), mas NÃO concisão (observe os dois
últimos versos – período complexo).
114. Alternativa (E)
Observe os dois últimos períodos do texto.
115. Alternativa (A)
O caráter crítico encontra-se em todas as falas; a ironia (em que se declara o contrário do que se
pensa/é), sobretudo, na primeira e na terceira falas.
116. Alternativa (C)
O efeito de humor reside no fato de o primeiro falante não responder à pergunta: como se
pronuncia o nome de tal réptil conforme a norma culta. Sua resposta permite-nos inferir, inclusive,
que ele desconhece que as duas pronúncias, originárias de diferentes níveis de linguagem,
denominam o mesmo animal.
117. Alternativa (E)
Observe que todas as figuras (bonecos com mecanismo de corda) são brancas e dirigem-se para
a esquerda, ao passo que apenas uma (de cor preta, sem o mecanismo de corda) dirige-se para
a direita. Tal conjunto remete à quebra de padrão, à fuga do comportamento de massa, o qual
leva à uniformidade de pensamento.
118. Alternativa (B)
Dança executada por vários pares, muito comum nas festas juninas, a quadrilha preserva
tradições e costumes de povos e regiões distintos. Observe os trechos do texto: “oriunda dos
salões franceses, depois difundida por toda a Europa”, “No Brasil [...] dança de salão [...]
adaptada pelo gosto popular.”.
119. Alternativa (C)
A opção por grafar por extenso o sinal de pontuação é um recurso estilístico. A despeito da forma
inovadora como foram utilizados os dois-pontos (por extenso), a sua função (uma delas) continua
a mesma: a de introduzir trechos explicativos (apostos). Observe os dois períodos que seguem
(“Um político...eleitores.” / “Uma publicidade...ambiente.”).
A alternativa B não pode ser considerada de todo incorreta, já que tal opção remete ao emprego
de metalinguagem (usa a linguagem para falar sobre a própria linguagem). Todavia, não é a
metalinguagem que evidencia “as relações e as estruturas presentes no enunciado”, e sim,
efetivamente, os dois-pontos.
120. Alternativa (B)
De fato, por se tratar de um poema de Adélia Prado, predomina no texto a função poética da
linguagem. No entanto, o efeito surpresa inexiste, já que a simples distribuição das frases na folha
remete o leitor à possibilidade de estar na frente de um poema. Além disso, “efeito surpresa” é
afirmação subjetiva (Como, por exemplo, surpreender um leitor constante desse gênero? Melhor
seria falar em “plurissignificação”). Ainda: qual o objetivo da expressão “situação comunicativa” no
enunciado? Entretanto, a alternativa B é a mais viável (considerando-se o vocábulo “poético”).
Eliminando-se (haja vista a total improbabilidade) as alternativas A e C, há que se considerar a D
(levando-se em conta algumas das características da poeta) e a E (a despeito da forma verbal
“defende”).
121. Alternativa (C)
A Carta de Caminha – primeiro documento oficial do achamento da terra brasilis – evidencia a
visão do colonizador sobre a terra recém-descoberta (descrição dos habitantes autóctones, por
exemplo, no trecho em questão). Distante temporalmente do documento escrito, a tela de
Portinari (apesar má resolução da imagem) revela em primeiro plano um grupo de indígenas que
aponta para embarcações. O uso do substantivo “inquietações” é impreciso, visto que baseado
em inferências não permitidas pelo texto. Todavia, a alternativa C é a mais viável.
122. Alternativa (A)
Observe o trecho do texto: “Meninos todos espremidos, empilhados, esmagados de corpo e alma,
alucinados pelos seus desesperos, cegados por muitas aflições.”.
123. Alternativa (A)
Observe os versos do último terceto.
124. Alternativa (D)
Metalinguagem é o ato de comunicação em que se usa a linguagem para falar sobre a própria ou
outra linguagem. Assim sendo, observe os seguintes trechos: “Escrevo um poema sobre a
rapariga...”, “Mas não posso escrever este poema sobre essa rapariga [...] Portugal.”, “evitar o
tom demasiado continental da rapariga [...] café.”.
125. Alternativa (B)
Nos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (assim como em outros textos pertencentes
a esse gênero textual) predomina a função referencial da linguagem (típica de textos científicos,
didáticos...). Por tratar-se de texto eminentemente informativo, deve primar pela clareza. Daí,
priorizar-se a organização por meio de palavras e de construções que evitem a possibilidade de
dupla leitura.
126. Alternativa (E)
Observe os trechos do texto: “Os movimentos culturais [...] constroem-se em torno de sistemas de
comunicação – especialmente a internet [...] porque esta é a principal via que esses movimentos
encontram para chegar àquelas pessoas que podem [...] partilhar seus valores”.
127. Alternativa (E)
Observe que, no período, há a elipse do sujeito de “fizesse” em “que [gripper] fizesse referência
ao modo violento”.
128. Alternativa (D)
Para o romântico, o tempo não é medido da maneira usual: ou ele considera muito lento,
angustiante o seu passar, ou consumido pela rapidez que caracteriza os momentos aprazíveis –
sempre de acordo com sua particular visão de mundo e instante. Logo, o relógio, no texto de
Machado, materializa (e não idealiza como seria de se esperar de uma visão romântica) o tempo,
dimensionando-o denotativamente: relação significativa objetiva existente entre símbolo e o
conceito. É possível confirmar tal fato por meio da onomatopeia “tique-taque”, que dizia ao
narrador (em noites de insônia) que ele teria “um instante menos de vida”. Mesmo embevecido
pelo beijo da amante, Brás continuou a ouvir a pêndula (ou seja, o passar objetivo do tempo), que
– desta vez – informava-o sobre “os minutos ganhos”.
129. Alternativa (E)
Observe os trechos do texto: “a rede torna o raciocínio de quem navega mais raso, além de
fragmentar a atenção de seus usuários.” e “Mais: Carr afirma que há empresas obtendo lucro com
a recente fragilidade de nossa atenção.”.
130. Alternativa (B)
Apesar da má resolução da imagem, associando-se as informações verbais às não verbais,
conclui-se que a venda – simbólica e conotativamente – representa o ocultamento de que é vítima
o usuário da rede: repleto de informações, no mais das vezes, inúteis; cego para o que, talvez,
lhe fosse proveitoso; quase emudecido, muito timidamente pede socorro.
131. Alternativa (B)
Observe o trecho do texto: “Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos
comentários e das ameaças...”.
132. Alternativa (E)
Apesar da imprecisão do texto da alternativa E (não é possível estender-se a afirmação a toda a
população, devido à ausência de dados), essa é a opção mais viável.
Nos dois primeiros gráficos, observam-se o percentual de crescimento no número de casamentos
entre os brasileiros acima de 60 anos e o de aumento de enlaces – no período 2003-2008 – na
população em geral. No terceiro e quarto gráficos, mostra-se o aumento no percentual de
brasileiros com mais de 60 anos inseridos no mercado de trabalho (período 2003-2008). Logo, os
gráficos sintetizam o crescente número de casamentos e de ocupação no mercado de trabalho
relativo à população acima dos 60 anos.
133. Alternativa (C)
Observe os seguintes dados:
• contemporaneidade dos códigos de linguagem utilizados na performance / instalação –
utilização de materiais inusitados a exemplo de bananas e Kombi numa proposta artística;
• articulação de questões sociais – nome da montagem (“mercado das artes / mercado das
bananas”) como forma de crítica ao caráter comercial da arte contemporânea; ainda, o
cartaz solicita que as origens do artista não sejam esquecidas quando ele se tornar
importante;
• articulação de questões territoriais – trata-se de uma obra (com dizeres em espanhol) de
um artista brasileiro, exposta em Miami, o que aponta para os efeitos da globalização.
134. Alternativa (D)
A despeito da imprecisão e da inexatidão do enunciado, observe:
“estruturam a forma” – primeiro e segundo quadrinhos;
“estruturam [...] o conteúdo” – terceiro e quarto quadrinhos.
135. Alternativa (A)
Na sua excursão europeia, em 1925, o time Paulistano fez carreira triunfal, perdendo apenas para
o F.C. de Cette. Oswald de Andrade celebrou a turnê num poema.
A europa curvou-se ante o Brasil
Oswald de Andrade
7a2
3a1
A injustiça de Cette
4a0
2a1
3a1
E meia dúzia na cabeça dos portugueses
A releitura do poema de Oswald de Andrade (denominada “brasilidade em construção”), exibida
pelo Museu da Língua Portuguesa entre 2011 e 2012, torna evidentes diversos fatores
socioculturais presentes no texto. Por meio de intervenções no poema “a europa curvou-se ante o
Brasil”, a “instalação” propõe caminhos para uma leitura crítica, pensando sobre a importância do
futebol na cultura brasileira:
“europa” (minúscula) X Brasil (maiúscula);
“Brasil = País do FUTEBOL”;
“Cette = clube francês!”;
“Vitórias do Clube Paulistano” (“números como versos”);
“E meia dúzia na cabeça dos portugueses” = futebol: instrumento de supremacia sobre o
colonizador.
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