Pelo menos um homem para cada 100 mulheres é diagnosticado com a
doença
O câncer de mama é uma doença rara no homem. Para cada 100 mulheres apenas um homem
é diagnosticado com a enfermidade, geralmente um estágio mais avançado, com doença
invasiva. Está fortemente ligado à fatores genéticos e sempre que feito o diagnóstico é
importante a realização de aconselhamento genético e pesquisa de mutação do gene BRCA. A
idade média de apresentação é dos 65 aos 70 anos, cerca de 10 a 15 anos mais tarde que nas
mulheres.
— Os tumores tendem a expressar mais frequentemente receptores hormonais e raramente
expressam a oncoproteína Her 2, positivo em cerca de 15% das mulheres com câncer de
mama. Aproximadamente 90% dos casos são do subtipo histológico carcinoma ductal, sendo
rara a forma lobular da doença, a segunda mais comum no sexo feminino — explica o
oncologista Ellias Abreu.
Na maioria das vezes apresenta-se como uma massa endurecida na região do mamilo, muitas
vezes erroneamente diagnosticada como ginecomastia. A realização de mamografia e a bióspia
da lesão está indicada quando há suspeita da doença. Os fatores de risco são os mesmos das
mulheres, destacando-se exposição à hormônios femininos, sedentarismo, obesidade,
tabagismo, etilismo e fatores genético.
— Há também condições específicas do homem que favorecem o aparecimento do câncer de
mama, como criptorquidia (testículos na cavidade abdominal), ginecomastia (geralmente
secundária ao uso de medicamentos), doenças do fígado (cirrose, esquistossomose) e
síndrome de Klinefelter, um distúrbio genético raro no qual ocorre feminilização dos
caracteres sexuais masculinos — completa Abreu.
O tratamento do câncer de mama masculino geralmente segue os mesmos princípios do
tratamento utilizado na população feminina. A cirurgia ainda é a principal ferramenta
terapêutica, sendo que a quimioterapia e radioterapia podem ser indicadas. O tratamento
utilizando bloqueio hormonal com tamoxifeno por cinco anos deve ser instituído em caso de
positividade dos receptores hormonais.
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Pelo menos um homem para cada 100 mulheres é diagnosticado