Ao longo de seu ministério, Jesus colocou em prática –dentre outras–
duas virtudes de suma importância para a vida de todo aquele que se põe
à caminho: mansidão e humildade.
Tais virtudes, adquirem uma importância maior ainda para a vida daquele que pretende ser Mestre, desprovido da arrogância e sem nenhum
desejo de oprimir seus discípulos. Eram virtudes que o distinguiam de
outros “mestres” que transformavam a religião em instrumento de opressão recheado de prescrições opressoras, rígidas e minuciosas, nas mais
das vezes impossíveis de serem compreendidas e postas em práticas pela
comunidade.
Virtudes indispensáveis para quem se reconhece enviado e responsável pela missão de fazer a salvação acontecer na vida do povo, sem jamais
alimentar o desejo de so colocar no lugar de quem o enviou.
Por se manso e humilde, algumas características se destacaram no relacionamento de Jesus com os fracos e pequeninos: a paciência, a benevolência e o respeito ao ritmo e ao momento de cada um.
Jesus sabia descer até as pessoas para se solidarizar com seus sofrimentos e sua dores. Estando com os marginalizados, recusava-se a agir
de maneira preconceituosa e arbitrária, por reconhecer, em cada um deles a dignidade de seres humanos. Com os enfermos e atribulados pelos
maus espíritos, fazia-se ainda mais próximo, infundindo-lhes a esperança
da cura.
Contudo, o Jesus manos e humilde soube ser severo com os prepotentes e injustos, deixando muito clara a sua opção pelo Reino. Embora certas palavras e atitudes do Mestre Jesus possam parecer chocantes, são,
na verdade, expressão de sua humildade e mansidão, por se tratarem de
um recurso extremo para chamar as pessoas à conversão.
Que em nossos corações possa arder, cada vez mais, as palavras e os
ensinamentos de Jesus e que nós possamos fazer a opção definitiva pelo
Reino.
Equipe de Produção
LITURGIA
Leituras propostas pela Igreja para este Domingo
Zc 9, 9-10
144 (145)
Rm 8, 9. 11-13
Mt 11, 25-30
LITURGIA
Padre José Antonio Pagola
O Evangelho de Mateus reúne três convites de Jesus à seus seguidores que
precisamos ouvir com atenção, uma vez que pode transformar o clima de desânimo, o cansaço, o tédio que muitas vezes permeia algumas partes de nossas comunidades.
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei." Este é o primeiro convite. É dirigido a todos aqueles que vivem em direção a
sua religião como um fardo pesado. Não poucos cristãos vivem abatidos por suas
consciência. Eles não são grandes pecadores. Eles simplesmente foram ensinados a sempre terem em conta seus pecados e eles não conhecem a alegria do
contínuo perdão de Deus. Se eles se encontrarem com Jesus, se sentirão aliviados.
Há também cristãos cansados de viver a sua religião como uma tradição desgastada. Se eles se encontrarem com Jesus, eles vão aprender a ser totalmente
vivo com Deus. Eles vão descobrir uma alegria interior que ainda não sentem. Eles vão seguir Jesus, não por obrigação, mas por atração.
"Carreguem a minha carga, porque ela é suave e meu peso é leve”. Este é
o segundo convite. Jesus não sobrecarrega ninguém. Ao contrário, liberta o que
há de melhor em nós e propõe que vivamos nossas vidas tornando-nos mais humanos e dignos de tudo. Não é fácil encontrar um estilo de vida mais excitante;
Jesus nos liberta do medo e da opressão que temos sobre nós. Ele se torna a
nossa liberdade, não a nossa escravidão; Ele desperta em nós a
confiança, nunca tristeza; Ele nos atrai para o amor, não às
leis e preceitos. Convida-nos a viver fazendo o bem.
"Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração,
e encontrareis descanso para as vossas almas." Este é o
terceiro convite. Precisamos aprender com Jesus a viver como
ele. Jesus não complica a nossa vida. Ele torna mais clara e mais simples, mais
humilde, mais inteira. Oferece descanso. Ele nunca oferece aos seus seguidores
algo que não tenha vivido. Ele convida-nos a segui-lo pelo mesmo caminho que
andou. É por isso que ele pode entender nossas dificuldades e nossas lutas, Ele
pode perdoar nossos erros e as nossas tolices, sempre incentivando-nos a levantar novamente.
Precisamos concentrar nossos esforços para promover um contato mais vital
com Jesus em tantos homens e mulheres que precisam de coragem, descanso e
paz. Eu estou triste ao ver que é precisamente a sua forma de entender e religião
viva que leva tantos, quase inevitavelmente, à não conhecer a experiência de confiar em Jesus. Eu acho que muitas pessoas, tanto dentro como fora da Igreja, viver "perdidas", sem saber em que porta bater. Sei que Jesus seria uma boa notícia para eles.
Em: eclesalia.wordpress.com
Frei Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino
Situando
1) O Sermão da Missão ocupou o capítulo 10. A parte narrativa dos capítulos 11 e 12
descreve como Jesus realizava a Missão. Ao longo desses dois capítulos, aparece a
contradição que a sua ação provocava. João Batista, que olhava Jesus com os olhos
do passado, não conseguiu entendê-lo (Mt 11,1-15). O povo, que olhava para Jesus
com finalidade interesseira, não foi capaz de entendê-lo (Mt 11,16-19). As grandes
cidades ao redor do lago, que ouviram a pregação de Jesus e viram seus milagres,
não quiseram abrir-se para a sua mensagem (Mt 11,20-24). Os sábios e doutores,
que julgavam tudo com base em sua própria ciência, não foram capazes de entender
a pregação de Jesus (Mt 11,25). Nem os parentes o entenderam (Mt 12,46-50). Só
os pequenos o entenderam e aceitaram a Boa Nova do Reino (Mt 11,25-30). Os outros queriam sacrifício, mas Jesus quer misericórdia (Mt 12,1-8). A reação contra Jesus levou os fariseus a quererem matá-lo (Mt 12,9-14). Eles chamaram Jesus de Beelzebu (Mt 12,22-32). Mas Jesus não voltou atrás, e continuou assumindo a missão
de Servo, descrita nas profecias (Mt 12,15-21).
2) Tudo isso era um reflexo do que se passava nas comunidades da época de Ma- teus.
Certas atitudes, tomadas por alguns membros das comunidades da tendência dos
fariseus, escandalizavam os pequenos. Já não se sentiam acolhidos na comunidade e
procuravam outro abrigo. Novamente, Mateus oferece frases de Jesus para responder
a esta problemática das comunidades.
Comentando
1) Mateus 11,25-26: Só os pequenos o entendem e aceitam a Boa Nova do Reino Jesus
faz uma prece: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas
coisas dos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequenos. Sim, Pai, assim foi do
teu agrado!” Os sábios, os doutores daquela época, tinham criado uma série de leis
que impunham ao povo em nome de Deus. Eles achavam que Deus exigia do povo
estas observâncias. Mas a lei do amor, trazida por Jesus, dizia o contrário. O que importa não é o que nós fazemos para Deus, e sim o que Deus, no seu grande amor,
faz por nós! O povo entendia a fala de Jesus e ficava alegre. Os sábios achavam que
Jesus estava errado. Eles não podiam entender tal ensinamento.
2) Mateus 11,27: A origem da nova Lei: o Filho conhece o Pai Jesus, o Filho, conhece o
Pai. Ele sabe o que o Pai queria quando, séculos atrás, entregou a Lei a Moisés. Aquilo que o Pai nos tem a dizer, Ele o entregou a Jesus, e Jesus o revelou aos pequenos,
porque estes se abriram para a sua mensagem. Hoje, também, Jesus ensina muita
coisa aos pobres e pequenos. Os sábios e inteligentes fazem bem em fazer-se alunos
dos pequenos!
3) Mateus 11,28-30: Jesus convida a todos que estão cansados Jesus convida a todos
que estão cansados para vir até ele e promete descanso. É o povo que vive cansado
sob o peso dos impostos e das observâncias exigidas pelas leis de pureza. E ele diz:
“Aprendam de mim que sou manso e humilde de coração”. Muitas vezes, esta frase
foi manipulada para pedir ao povo submissão, mansidão e passividade. O que Jesus
quer dizer é o contrário. Ele pede que o povo deixe de lado os professores de religião
da época e comece a aprender dele, de Jesus, que é “manso e humilde de coração”.
Jesus não faz como os escribas que se exaltam de sua ciência, mas é como o povo
que vive humilhado e explorado. Jesus, o novo mestre, sabe por experiência o que se
passa no coração do povo e o que o povo sofre.
Alargando
1) O jeito de Jesus realizar o Sermão da Missão Uma paixão se revela no jeito de Jesus
anunciar a Boa Nova do Reino: paixão pelo Pai e pelo povo pobre e abandonado. Onde encontra gente para escutá-lo, Jesus transmite a Boa Nova. Em qualquer lugar:
nas sinagogas durante a celebração da Palavra (Mt 4,23); nas casas de amigos (Mt
13,36); andando pelo caminho com os discípulos (Mt 12,1-8); ao longo do mar, à
beira da praia, sentado num barco (Mt 13,1-3); na montanha, de onde proclama as
bem-aventuranças (Mt 5,1); nas praças das aldeias e cidades, onde o povo carrega
seus doentes (Mt 14,34-36); mesmo no Templo de Jerusalém, durante as romarias
(Mt 26,55). Em Jesus, tudo é revelação daquilo que o anima por dentro. Ele não só
anuncia a Boa Nova do Reino. Ele mesmo é uma amostra viva do Reino. Nele aparece
aquilo que acontece quando um ser humano deixa Deus reinar e tomar conta de sua
vida.
2) 2. O convite da Sabedoria Divina para todos os que a buscam Jesus convida todos
que estão sobrecarregados pelo peso das observâncias da Lei a encontrarem nele o
descanso e a suavidade, pois ele é manso e humilde de coração, capaz de aliviar e
consolar a gente sofrida, fatigada e abatida (Mt 11,25-30). Nesse Em: cebi.org.br
Padre Gilberto Kasper
“A página do Evangelho do Décimo-Quarto Domingo do Tempo Comum está entre as
páginas mais intensas e profundas de todo o Evangelho; na verdade é composta de três
partes. A primeira é uma oração: ‘Te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra’, a segunda é
uma narração dos feitos salvíficos de Deus em favor do seu povo: a revelação ‘destas
coisas aos pequeninos’, a entrega por parte do Pai, de todas as coisas ao Filho – ‘Tudo
me foi entregue por meu Pai’ e a profunda intimidade entre o Pai e o Filho que resulta na
‘revelação’ do rosto paterno de Deus àquele ‘a quem o Filho o quiser revelar’. Essas duas
primeiras partes, oração e memória, nós podemos afirmar que são ‘eucarísticas’. A terceira para é um convite: ‘vinde a mim’.
Os destinatários da revelação feita pelo Pai são os pequeninos, os humildes, os simples. Os pequeninos deste Evangelho são em primeiro lugar os discípulos de Jesus; todo
e qualquer discípulo de Jesus, como é afirmado em Mt 10,42: ‘quem der, nem que seja
um copo d’água fria a um destes pequeninos, por ser meu discípulo, receberá a vida
eterna’. Geralmente quando chego a uma casa para visitar um enfermo ou idoso, ou para
levar a bênção a uma família, pergunto ao ser interpelado, o que gostaria de beber:
‘Você quer ir para o céu quando morrer, o que deverá demorar?’ Me respondem que sim.
Então reafirmo: ‘Então me dê um copo d’água’, referindo-me à afirmação desta orientação de Jesus no Evangelho de Mateus. As pessoas reagem positivamente, e oferecendome um copo d’água geladinha, dizem que me dariam uma fonte, se eu quisesse!
Nesta perspectiva, no entanto, encontramos Jesus como o mais pequenino entre os
pequenos, o mais humilde entre os humildes, o mais simples entre os mais simples. Tal
imagem é evidenciada pela figura real, plena de contradições, apresentada na primeira
leitura: o rei, o justo, o salvador. O rei é humilde e vem sentado num jumento; é justo
porque vem eliminar ‘os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém e quebrar o arco de
guerreiro’, mas o seu estandarte é a paz; é simples, mas tem um ‘domínio’ que se estende de mar a mar e de rios a rios, ‘até aos confins da terra’. Este rei do qual fala o oráculo
é Jesus Cristo. Só quem é humilde sabe como é bom ser humilde e simples a exemplo do
Senhor! Sábio é aquele que prefere a sabedoria de Deus em lugar de
todos os bens e promessas humanas!
Poderíamos interpretar esta página do Evangelho ‘ideologicamente’, pensando que
Deus se revela, ou revela os mistérios do Reino, a uma categoria social e a outra não.
Não falta quem pensa e prega assim. Mas isso não corresponde à mensagem de Jesus
Cristo que não faz acepção de pessoas, ‘pois ele é Senhor de todos, rico para com todos
os que o invocam’ e têm lugar em seus corações para A Alegria do Evangelho! O Pai não
‘esconde o Reino’ aos sábios e inteligentes, mas ele o ‘protege’ dos que se arrogam inteligentes e se recusam a toda e qualquer forma de obediência e submissão àquele conhecimento que não vem necessariamente através da comprovação científica: o conhecimento da fé. O fechamento a toda revelação que vem do alto e portanto à fé, não é conseqüência da inteligência, mas do orgulho. A falsa idéia do homem de pensar saber tudo
de todas as coisas anula e bloqueia o conhecimento de Deus, eis porque a Bíblia afirma
que ‘Deus resiste aos soberbos, mas dá a graça aos humildes’ (Tg 4,6).
É verdade que muitas vezes os ‘humildes’ são identificados com os ‘pobres’, o que
não quer dizer, necessariamente, que os desprovidos do bem material sejam humildes.
Pobreza e humildade são sinônimas na Bíblia de abertura e disponibilidade à novidade, à
disponibilidade à dependência de Deus, e estes se opõem por natureza à riqueza/
grandeza como sinônimo de autossuficiência, que é uma espécie de orgulho que consiste
na recusa de toda dependência e na reivindicação de uma autonomia absoluta com relação ao próximo e a Deus.
O convite de Jesus é feito a todos nós, mas especialmente àqueles que entre nós
estão cansados e afadigados sob o jugo da superfluidade que nasce da busca desenfreada por essa ‘pobre riqueza’: o poder, o cargo, o prestígio, o querer ser melhor sobre os
demais... (cf. Roteiros Homiléticos do Tempo Comum I de Junho/Julho de 2014 da CNBB,
pp. 45-50).
Para muitos sermos ricos, só nos falta o dinheiro, porque até “panca de ricos” já te-
Padre Alberto Maggi—OSM
pós a lamentação de Jesus sobre as cidades da
Galiléia, que tinham rejeitado a mensagem do Reino - e o rejeitaram porque eram cidades dominadas pela sinagoga e pelo ensinamento dos escribas e fariseus - Jesus abençoa aqueles que o haviam acolhido. Mateus capítulo 11 versículo 25.
Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai, a não ser
o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar”. O que Jesus quer dizer com estas palavras tão importantes? Jesus
foi apresentado pelo Evangelista, desde o início do seu evangelho, como "Deus conosco", um Deus que não é preciso procurar, e sim acolher!
“Naquele tempo” - então o evangelista liga estas palavras com os acontecimentos anteriores e com a lamentação de Jesus: "Jesus disse: "Eu te louvo ó Pai, Senhor
do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos”.
E, acolhendo este Deus, ir com Ele e como Ele, não a
procura de Deus, mas a procura dos homens. Portanto,
com Jesus, Deus se fez homem e este é o único valor sagrado, o único valor importante, o único objetivo na vida
do cristão. E por que Jesus diz que “ninguém conhece o
Pai a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar?”. O verbo “revelar” significa remover o que impede
ver, isto é a lei. A lei impedia de conhecer o amor do Pai.
Vamos logo esclarecer que Jesus não toma posição
contra o saber, contra a cultura. Nada disso.
Os sábios e os entendidos são os doutores da lei, o
magistério oficial de Israel, aqueles que já haviam condenado Jesus como blasfemador. Por que Jesus diz que o Pai
escondeu a eles estas coisas? Porque o Deus-amor é escondido aos que cultuam a lei. Quem está acostumado a
se relacionar com as situações, os eventos, as pessoas,
conforme um código, de acordo com uma lei, não pode
compreender o rosto de um Deus que é amor, um Deus
que cria o homem e o ama e defende a sua criatura. Portanto o critério de interpretação da Escritura, da Bíblia e
da palavra de Deus deve ser o bem do ser humano. Aqueles que, ao contrário, fazem da Palavra uma doutrina, uma lei, na qual a observância de mandamentos e preceitos é mais importante do que o bem do homem, se tornam pessoas que arriscam ter, diante dos olhos, como
que um véu que os impede de descobrir o projeto de amor
de Deus sobre a humanidade.
“E as revelaste aos pequeninos”. O termo refere-se
ao simples, ou seja, pessoas que não têm dificuldade em
acolher um Deus-amor porque é disso que eles precisam. “Sim,
Pai, porque assim foi do teu agrado”. Portanto, Deus decidiu que o
critério para conhecê-lo é o amor e não a lei, não a doutrina.
“Meu Pai entregou tudo a mim. Ninguém conhece o
Mas, o critério para acolher Jesus e para compreender
o Pai é colocar em sua própria vida, como único valor absoluto, como único valor sagrado, o bem do ser humano.
Falado isso, Jesus, toma logo distância desses sábios,
desses inteligentes, que fazem da lei um pedestal para dominar o povo e se dirige aqueles que são dominados e oprimidos.
É um convite de uma força e de uma ternura incrível!
“Venham para mim todos vocês”. Jesus convida todos os
“que estão cansados de carregar o peso do seu fardo”.
Cansados e sobrecarregados por qual razão? Pelo motivo
da peso da lei, porque não conseguem observar todas essas regras, todas essas doutrinas, todas essas imposições. E isso os cansa, os oprime porque, o cumprimento destas
regras que eles não conseguem praticar... os faz sentir-se sempre
mais culpados, sempre mais em dívida para com o Senhor.
E aqui está a boa notícia de Jesus: “e eu lhes darei
descanso”. O verbo usado pelo evangelista "dar descanso"
significa “aliviar" ou seja, recuperar o fôlego. E Jesus diz:
“Eu serei o vosso fôlego”. Portanto, a todos aqueles que
são oprimidos por uma relação com Deus que não conseguem levar adiante por causa das tantas leis e inúmeras
regras, Jesus diz: “acolham-me e eu serei o vosso respiro.
Eu serei o que lhes dará fôlego”.
De fato, Jesus continua:
“Carreguem a minha carga”. A carga
(ou “jugo” ou canga ), como sabemos, é a ferramenta que
se colocava sobre os animais para dirigi-los nos trabalhos.
Pois bem, a observância da lei divina era chamada "jugo".
Era uma lei impossível de ser observada.
Lembramos que, nos Atos dos Apóstolos, quando querem impor estas leis também para os pagãos convertidos,
Pedro diz: "Por que vocês agora tentam a Deus, querendo
impor aos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós mesmos tivemos força para suportar?”. (At 15,10)
Portanto, é um fracasso. Essa doutrina, essas imposições tem sido um fracasso porque ninguém era capaz de
observá-las. Isso teve, como resultado, fazer o homem se
sentir sempre mais culpado, em dívida com Deus. E quando você se sente culpado você não pode experimentar o amor de
Deus!
Jesus diz: “Carreguem a minha carga e aprendam de
mim, porque sou manso e humilde de coração”. Jesus aqui não está dizendo de imitar as suas qualidades . É algo
impossível ter o caráter de Jesus e imitar as Suas qualidades. A mansidão e a humildade de Jesus não se referem ao caráter e nem à qualidade de uma pessoa, mas à condição social.
Na bem-aventurança: “Bem-aventurados os mansos", esses eram os sem herança, os últimos da sociedade, os humildes - em grego “tapinos” - ou seja, aqueles
que são insignificantes. Jesus fez uma escolha: Ele se colocou ao lado dos últimos, dos marginalizados, das pessoas insignificantes. Portanto, isso pode ser feito. E o que isso significa? Não excluam ninguém do alcance do vosso amor.
Não procurem as pessoas importantes, as que ocupam os primeiros lugares, mas se coloquem ao lado dos
últimos, porque “é aí que Eu estou”. “Aprendam de mim,
porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas”. Jesus nos convida a orien-
Padre Alberto Maggi—OSM
A parábola do semeador que encontramos no capítulo
13 do Evangelho de Mateus não quer ser um convite a e-
entender esta palavra é necessário a conversão. Como na
passagem do capítulo 6, versículos 9-10 - que Jesus citou
os perseguidos! É óbvio que anunciar esta mensagem de
amor vai contra os interesses do mundo que vive no po-
xaminar a si mesmos, e sim um estímulo aos discípulos
para anunciar o Evangelho. Se por acaso falharem em três
ao longo desta parábola - quando o profeta Isaías se deparou com a incompreensão do povo, concluiu com estas
der e é normal que haja incompreensão ou perseguição
“por causa da Palavra”. E Jesus diz: “ele desiste logo”. Li-
tipos de terra, no quarto tipo, o fruto abundante paga por
palavras: “não compreenda com o coração e não se con-
teralmente “se escandaliza”, isto é “tropeça”. Portanto es-
todas as perdas. Por que? Porque Jesus tem confiança no
verta, de modo que eu não o perdoe”!
sas pessoas entusiastas que pensam que seguir a Jesus
força da Palavra criadora.
Para compreender a Palavra do Senhor, é necessário a
A palavra de Jesus é a mesma palavra daquele Deus,
conversão. A conversão, no Evangelho de Mateus, consis-
que disse: “Que exista luz. E a luz começou a existir" (Gn
1,3). Aquele Deus, que no profeta Isaías garante: “Assim
te em colocar o bem do homem em primeiro lugar como
um valor absoluto.
acontece com a minha palavra que sai de minha boca: ela
não voltará para mim sem efeito, sem ter realizado o que eu quero e sem ter cumprido com sucesso a missão para a qual eu a
mandei”. (Is 55,11). Esta é a força da mensagem de Jesus.
Então Jesus diz: “Todo aquele que ouve a palavra do
Reino e não a compreende” - exatamente porque não há
nenhuma conversão - “vem o maligno e rouba o que foi
Portanto, a Sua Palavra contém em si uma energia, u-
semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho”. O maligno é imagem do poder, da ambi-
ma força criadora que, quando for acolhida, libera todo o
ção . Estas pessoas são completamente refratárias ou
seu poder. Então Jesus expressa isso em parábolas. Por
hostis à Palavra do Senhor. Chegam até ao ponto de vê-la
que o expressa em parábolas? Aos discípulos que Ele
como uma ameaça a seus interesses.
‘iniciou’ “aos mistérios do Reino dos Céus" ... E o que são
os mistérios? Os mistérios são um conhecimento secreto.
E qual é o conhecimento secreto do Reino dos Céus? Que
o amor de Deus é universal.
Portanto, fracasso total. Na primeira semeadura nem
mesmo um broto! “Outras sementes caíram em terreno
pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo
brotaram, porque a terra não era profunda. “Mas, quando
seja receber palmas, aplausos, reconhecimentos!... Quando, ao contrário, percebem que estão indo ao encontro de
perseguições e incompreensões, desmoronam.
Jesus continua: “Outras sementes caíram no meio dos
espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas”.
O solo aqui é bom, mas é um terreno onde há também
espinhos. As plantas cresceram, cresceram também os
espinhos que conseguiram sufocá-las. E Jesus comenta:
“A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que
ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão
da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto”.
O que isso significa? As preocupações do mundo fazem
ver no dinheiro e na riqueza a sua solução. Pois bem, se
você conseguir alcançar essa riqueza, esse dinheiro..., tudo isso parece solução. No entanto, imediatamente após,
isso levanta novas ambições, novos desejos, novas necessidades, e recomeça tudo de novo com outras preocupa-
O amor de Deus não tem um povo favorecido ou uma
o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram”.
parte privilegiada do mundo. O amor de Deus é universal.
O efeito do sol sobre a planta é benéfico, é o que a forta-
Mas isso não pode ser dito ao povo. O povo, imbuído de
lece e a faz crescer. Aqui, no entanto, a planta é queima-
Assim, uma pessoa que sempre está preocupada eco-
uma ideologia nacionalista, teria rejeitado Jesus, como
quando, no Evangelho de Lucas, Jesus tenta propor isso
da. Mas a culpa não é do sol, a culpa é da planta, ou melhor do terreno, porque sendo pedregoso, a planta não
nomicamente, uma pessoa que pensa sempre e exclusivamente em si, como pode pensar nos outros? Tudo isso su-
na cidade de Nazaré e... escapou por pouco de um linchamento! (Lc 4, 14-30).
pode criar raízes e seca.
foca a Palavra.
Portanto Jesus fala em parábolas ao povo, para que,
Portanto na primeira não germinou; na segunda brotou, mas logo secou. E é o próprio Jesus que comenta: “A
Aqui, a tragédia consiste no fato de que o terreno é
bom, produz, mas a pessoa não tem erradicado a erva
quem está em sintonia possa entender; para os outros
será um pensamento que eles vão ter que amadurecer. E
semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria”. Aqui estão os
danina da ambição, da riqueza.
Jesus oferece esta parábola do semeador e, depois, é o
entusiastas desta mensagem, que vêm na Palavra de Je-
próprio Jesus que faz o comentário. Portanto vamos ape-
sus uma resposta ao seu desejo de plenitude da vida, mas
nas frisar Seu comentário. “Enquanto semeava, algumas
“eles não tem raiz em si mesmos”. Quer dizer, a palavra
sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vie-
não faz raiz na pessoa, não a penetra, não a transforma.
ram e as comeram”. Então aqui há uma parte da semente
que, apenas semeada, logo está sendo levada. Portanto,
A Palavra de Deus deve ser acolhida e, uma vez acolhida,
ela libera todas as suas capacidades que transformam o a
uma parte que não germina.
pessoa humana!
E o próprio Jesus irá comentar: “Todo aquele que ouve
Se não houver isto “quando chega o sofrimento ou a
a palavra do Reino e não a compreende...”, porque para
perseguição...”. Mas Jesus proclamou Bem-Aventurados
ções econômicas, vendo no dinheiro ainda e sempre a solução.
Para Jesus, o valor da pessoa reside na sua generosidade, e uma pessoa que está sempre preocupada por si, evidentemente, não pode ser generosa.
Finalmente, Jesus diz: “Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram”.
Portanto: na primeira não germinam, na segunda brotam e secam, na terceira crescem e são sufocadas, mas
aqui, na terra boa, liberam todas as suas energias.
“Produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos
Em: www.studibiblici.it
Entrevista com o Papa Francisco
Seis poltroninhas verdes de veludo um
pouco desgastado, uma mesinha de madeira, um televisor daqueles antigos, com
a "barriga". Tudo em perfeita ordem, o
mármore polido lucidamente, alguns
quadros. Poderia ser uma sala de espera
paroquial, uma daquelas a que se vai para pedir um conselho ou para fazer os
documentos de casamento.
Francisco entra sorrindo: "Finalmente! Eu a leio e agora a conheço". Eu coro.
"Eu, ao contrário, o conheço e agora o escuto". Ele ri. Ri com gosto, o papa, como
fará outras vezes no decorrer de mais de uma hora de conversa livre.
Roma, com os seus males de megalópole, a época de mudanças que enfraquecem a política; o esforço para defender o bem comum; a reapropriação por parte
da Igreja dos temas da pobreza e da partilha ("Marx não inventou nada"); a desolação diante da degradação das periferias da alma, escorregadio abismo moral
em que se abusa da infância, tolera-se a mendicância, o trabalho infantil e, não
por último, a exploração de meninas prostitutas com menos de 15 anos. E os
clientes que poderiam ser seus avós; "pedófilos": o papa os define justamente
assim.
Francisco fala, explica, se interrompe, retorna. Paixão, doçura, ironia. Um fio de
voz, parecem ninar as palavras. As mãos acompanham o raciocínio, entrelaçaas, solta-as, parecem desenhar geometrias invisíveis no ar. Está em ótima forma, apesar dos rumores sobre a sua saúde.
Eis a entrevista.
É a hora do jogo entre a Itália e o Uruguai. Santo Padre, por quem o senhor
torce?
Ah, eu, por ninguém, de verdade. Prometi à presidente do Brasil (Dilma Rousseff)
que me manteria neutro.
Comecemos por Roma?
Mas você sabe que eu não conheço Roma? Pense que eu vi a Capela Sistina pela
primeira vez quando participei do conclave que elegeu Bento XVI (2005). Nunca
estive nem mesmo nos museus. O fato é que, como cardeal, eu não vinha muitas
vezes. Eu conheço Santa Maria Maior, porque sempre ia lá. E depois São Lourenço Fora dos Muros, onde eu fui para crismas, quando estava o padre Giacomo
Tantardini. Obviamente, conheço a Praça Navona, porque sempre me hospedei na
Via della Scrofa, lá atrás.
Há algo de romano no argentino Bergoglio?
Pouco ou nada. Eu sou mais piemontês, são essas as raízes da minha família de
origem. No entanto, estou começando a me sentir romano. Pretendo ir visitar o território, as paróquias. Estou descobrindo pouco a pouco esta cidade. É uma metrópole belíssima, única, com os problemas das grandes metrópoles. Uma cidade pequena possui uma estrutura quase unívoca; uma metrópole, ao contrário, inclui
sete ou oito cidades imaginárias, sobrepostas, em vários níveis. Também níveis
culturais. Penso, por exemplo, nas tribos urbanas dos jovens. É assim em todas
as metrópoles. Em novembro, faremos em Barcelona um congresso dedicado justamente à pastoral das metrópoles. Na Argentina, foram promovidos intercâmbios
com o México. Descobrem-se tantas culturas cruzadas, mas não tanto por causa
das migrações, mas porque se trata de territórios culturais transversais, feitos de
pertencimentos próprios. Cidades nas cidades. A Igreja deve saber responder
também a esse fenômeno.
Por que, desde o início, o senhor quis enfatizar tanto a função de bispo de
Roma?
O primeiro serviço de Francisco é este: ser o bispo de Roma. Ele só tem todos os
títulos do papa, Pastor universal, Vigário de Cristo etc., porque é bispo de Roma.
É a escolha primeira. A consequência do primado de Pedro. Se, amanhã, o papa
quisesse ser bispo de Tivoli, é claro que me expulsariam.
Há 40 anos, com Paulo VI, o Vicariato promoveu o congresso sobre os males da Roma. Emergiu o quadro de uma cidade em que aqueles que tinham
muito levavam a melhor, e aqueles que tinha, pouco, a pior. Hoje, na sua
opinião, quais são os males desta cidade?
O senhor disse que a corrupção tem cheiro de podridão. Também disse que
a corrupção social é o fruto do coração doente e não só de condições externas. Não haveria corrupção sem corações corruptos. O corrupto não tem
amigos, mas idiotas úteis. Pode nos explicar isso melhor?
Eu falei dois dias seguidos desse assunto, porque eu comentava a leitura
da Vinha de Nabot. Gosto de falar sobre as leituras do dia. No primeiro dia, abordei a fenomenologia da corrupção; no segundo dia, de como acabam os corruptos.
O corrupto não tem amigos, mas apenas cúmplices.
De acordo com o senhor, fala-se muito da corrupção porque os meios de
comunicação insistem demais no assunto ou porque efetivamente se trata
de um mal endêmico e grave?
Não, infelizmente, é um fenômeno mundial. Há chefes de Estado na prisão justamente por causa disso. Eu me interroguei muito e cheguei à conclusão de que muitos males crescem principalmente durante as mudanças epocais. Estamos vivendo não tanto uma época de mudanças, mas uma mudança de época. E, portanto,
se trata de uma mudança de cultura. Justamente nesta fase, emergem coisas
desse tipo. A mudança de época alimenta a decadência moral, não só na política,
mas também na vida financeira ou social.
Os cristãos também não parecem brilhar por testemunho...
É o ambiente que facilita a corrupção. Não digo que todos sejam corruptos, mas
acho que é difícil permanecer honesto na política. Falo sobre todos os lugares, não
da Itália. Eu também penso em outros casos. Às vezes há pessoas que gostariam
de deixar as coisas claras, mas depois se encontram em dificuldades, e é como se
fossem fagocitadas por um fenômeno endêmico, em vários níveis, transversal.
Não porque seja a natureza da política, mas porque, em uma mudança de época,
os estímulos em direção a um certo desvio moral se tornam mais fortes.
O senhor se assusta mais com a pobreza moral ou material de uma cidade?
Ambas me assustam. Por exemplo, eu posso ajudar um faminto para que não tenha mais fome, mas, se ele perdeu o trabalho e não encontra mais um emprego,
isso tem a ver com a outra pobreza. Ele não tem mais dignidade. Talvez ele pode
ir à Cáritas e levar para casa uma cesta básica, mas experimenta uma pobreza
gravíssima que arruína o coração. Um bispo auxiliar de Roma me contou que muitas pessoas vão ao restaurante popular e, às escondidas, cheias de vergonha, levam comida para casa. A sua dignidade progressivamente se empobreceu, vivem
em um estado de prostração.
Pelas ruas consulares de Roma, veem-se menininhas de apenas 14 anos
muitas vezes forçadas à se prostituir na indiferença geral, enquanto, no
metrô, assiste-se à mendicância das crianças. A Igreja ainda é fermento? O
senhor se sente impotente como bispo diante dessa degradação moral?
Eu sinto dor. Sinto uma enorme dor. A exploração das crianças me faz sofrer. Na
Argentina também é a mesma coisa. Para alguns trabalhos manuais, são usadas
as crianças porque têm as mãos menores. Mas as crianças também são exploradas sexualmente em hotéis. Uma vez, avisaram-me que, em uma rua de Buenos
Aires, havia menininhas prostitutas de 12 anos. Eu me informei, e efetivamente
era assim. Isso me fez mal. Mas ainda mais por ver que eram carros de alta cilindrada dirigidos por idosos que paravam. Podiam ser seus os avós. Faziam com
que a menina subisse e lhe pagavam 15 pesos, que depois serviam para comprar
os restos da droga, o "pacote". Para mim, essas pessoas que fazem isso às meninas são pedófilos. Isso também acontece em Roma. A Cidade Eterna, que deveria
ser um farol no mundo, é espelho da degradação moral da sociedade. Acho que
são problemas que são resolvidos com uma boa política social.
O que a política pode fazer?
Responder de modo claro. Por exemplo, com serviços sociais que levam as famílias a entender, acompanhando-as para sair de situações pesadas. O fenômeno
indica uma deficiência de serviço social na sociedade.
Mas a Igreja está trabalhando muito...
E deve continuar a fazê-lo. Ela precisa ajudar as famílias em dificuldades, um
trabalho em saída que impõe o esforço comum.
Em Roma, cada vez mais jovens não vão à igreja, não batizam os filhos,
não sabem nem mesmo fazer o sinal da cruz. Que estratégia é preciso para
inverter esta tendência?
São os das metrópoles, como Buenos Aires. Quem aumenta os benefícios, e quem
é cada vez mais pobre. Eu não estava ciente do congresso sobre os males
da Roma. São questões muito romanas, e eu, na época, tinha 38 anos. Sou o primeiro papa que não participou do Concílio e o primeiro que estudou teologia na
pós-Concílio,, e nesse tempo, para nós, a grande luz era Paulo VI. Para mim,
a Evangelii nuntiandi continua sendo um documento pastoral nunca superado.
A Igreja deve sair pelas ruas, buscar as pessoas, ir às casas, visitar as famílias,
ir às periferias. Não ser uma Igreja que só recebe, mas que oferece.
Existe uma hierarquia de valores a ser respeitada na gestão da coisa pública?
O senhor se preocupa com a cultura da desnatalidade na Itália?
Certamente. Proteger sempre o bem comum. A vocação para qualquer político é
essa. Um conceito amplo que inclui, por exemplo, a proteção da vida humana, a
sua dignidade. Paulo VI costumava dizer que a missão da política continua sendo uma das formas mais altas de caridade. Hoje, o problema da política – eu
não falo só da Itália, mas de todos os países, o problema é mundial – é que ela
se desvalorizou, arruinada pela corrupção, pelo fenômeno dos subornos. Lembro-me de um documento que os bispos franceses publicaram há 15 anos. Era
uma carta pastoral que se intitulava "Reabilitar a política" e abordava justamente esse assunto. Se não houver serviço na base, não se pode entender nem mesmo a identidade da política.
E os párocos não devem ficar penteando as ovelhas...
(Risos) Obviamente. Estamos em um momento de missão há cerca de uma década. Devemos insistir.
Acho que se deve trabalhar mais pelo bem comum da infância. Formar uma família é um compromisso. Às vezes, o salário não é suficiente, não se chega ao fim do
mês. Tem-se medo de perder o trabalho ou de não poder mais pagar o aluguel. A
política social não ajuda. A Itália tem uma taxa baixíssima de natalidade.
Na Espanha é o mesmo. A França vai um pouco melhor, mas ela também é baixa.
É como se a Europa tivesse se cansado de ser mãe, preferindo ser avó. Muito depende da crise econômica e não só de um desvio cultural marcado pelo egoísmo
e pelo hedonismo. Outro dia, eu lia uma estatística sobre os critérios para as
despesas da população em nível mundial. Depois da alimentação, do vestuário e
dos medicamentos, três itens necessários, seguem a cosmética e as despesas
com animais de estimação.
Os animais importam mais do que as crianças?
senão não se pode entender a própria Igreja.
Trata-se de outro fenômeno de degradação cultural. Isso porque a relação afetiva
com os animais é mais fácil, mais programável. Um animal não é livre, enquanto
ter um filho é uma coisa complexa.
Podemos esperar do senhor decisões históricas, tipo uma mulher como
chefe de dicastério, não digo do clero...
O Evangelho fala mais aos pobres ou aos ricos para convertê-los?
Em agosto, o senhor vai para a Coreia. É a porta para a China? O senhor
está apontando para a Ásia?
A pobreza está no centro do Evangelho. Não se pode entender o Evangelho sem
entender a pobreza real, levando em conta que também existe uma pobreza belíssima do espírito: ser pobre diante de Deus, porque Deus enche você. O Evangelho
se volta indistintamente aos pobres e aos ricos. Ele fala tanto de pobreza quanto
de riqueza. De fato, não condena os ricos; no máximo as riquezas, quando se tornam objetos idolatrados. O deus dinheiro, o bezerro de ouro.
O senhor passa a imagem de ser um papa comunista, pauperista, populista. A
revista The Economist, que lhe dedicou uma capa, afirma que o senhor fala como Lênin. O senhor se reconhece em tudo isso?
Eu digo apenas que os comunistas nos roubaram a bandeira. A bandeira dos pobres é cristã. A pobreza está no centro do Evangelho. Os pobres estão no centro
do Evangelho. Tomemos Mateus 25, o protocolo pelo do qual seremos julgados:
tive fome, tive sede, estive na prisão, estava doente, nu. Ou olhemos para as Bem
-aventuranças, outra bandeira. Os comunistas dizem que tudo isso é comunista.
Sim, como não, 20 séculos depois... Então, quando eles falam, se poderia dizer a
eles: mas vocês são cristãos! (risos)
Se o senhor me permite uma crítica...
Claro...
(Risos) Bem, muitas vezes os padres acabam sob a autoridade das perpétuas...
Vou ir à Ásia duas vezes em seis meses. À Coreia, em agosto, para encontrar os
jovens asiáticos. Em janeiro, ao Sri Lanka e às Filipinas. A Igreja na Ásia é uma
promessa. A Coreia representa muito, tem às suas costas uma história belíssima,
por dois séculos não teve padres, e o catolicismo avançou graças aos leigos. Também houve mártires. Quanto à China, trata-se de um desafio cultural grande.
Grandíssimo. E depois há o exemplo de Matteo Ricci, que fez tanto bem...
Aonde está indo a Igreja de Bergoglio?
Graças a Deus, eu não tenho nenhuma Igreja, eu sigo a Cristo. Não fundei nada.
Do ponto de vista do estilo, não mudei de como eu era em Buenos Aires. Sim, talvez alguma coisinha, porque se deve, mas mudar na minha idade teria sido ridículo. Sobre o programa, ao contrário, eu sigo aquilo que os cardeais pediram durante as congregações gerais antes do conclave. Eu vou nessa direção. O Conselho dos oito cardeais, um organismo externo, nasce daí. Havia sido pedido para
que ajudasse a reformar a Cúria. O que, aliás, não é fácil, porque se dá um passo, mas depois surge que é preciso fazer isto ou aquilo, e, se antes havia um dicastério, depois se tornam quatro. As minhas decisões são o resultado das reuniões pré-conclave. Não fiz nada sozinho.
O senhor talvez fala pouco das mulheres e, quando fala, aborda o assunto
apenas do ponto de vista da maternidade, da mulher esposa, da mulher
mãe etc. Porém, as mulheres já lideram Estados, multinacionais, exércitos.
Na Igreja, na sua opinião, que lugar as mulheres ocupam?
Uma abordagem democrática...
As mulheres são a coisa mais bela que Deus fez. A Igreja é mulher. Igreja é uma
palavra feminina. Não se pode fazer teologia sem essa feminilidade. Sobre isso,
você tem razão, não se fala o suficiente. Estou de acordo que é preciso trabalhar
mais sobre a teologia da mulher. Eu já disse isso, e se está trabalhando nesse
sentido.
Que continuem sendo bravos. São tão simpáticos. Eu vejo isso nas audiências e
quando vou às paróquias. Eu lhes desejo que não percam a alegria, a esperança,
a confiança, apesar das dificuldades. O romanaccio [dialeto romano] também é
bonito.
Foram decisões dos cardeais. Eu não sei se é uma abordagem democrática, eu
diria mais sinodal, mesmo que a palavra não seja apropriada para os cardeais.
O que o senhor deseja aos romanos pelos patronos São Pedro e São Paulo?
O senhor não entrevê uma certa misoginia de fundo?
Wojtyla tinha aprendido a dizer: Volemose bene, damose da fa'. O senhor
aprendeu algumas frases em romanesco?
O fato é que a mulher foi tirada de uma costela... (ri com gosto). Estou brincando,
é uma piada. Estou de acordo que se deve aprofundar mais a questão feminina,
Por enquanto, pouco. Campa e fa' campa'! (risos).
Em: www.ihu.unisinos.rg.br
Por que tantas pessoas seguiam Jesus? Esta é a
vo e nenhuma destas vozes tinha a força de aquecer o coração do povo”. “Mas, Je-
pergunta sobre a qual refletiu o Papa Francisco durante
sus sim! As multidões ficavam impressionadas: ouviam Jesus, e o coração se aque-
a homilia matutina na Capela da Casa Santa Marta, na
cia; a mensagem de Jesus chegava ao coração! Jesus, se aproximava do povo, cu-
quinta-feira, 03/06/14, segundo indicou a Rádio Vaticano.
rava o coração do povo e entendia suas dificuldades. Jesus, não tinha vergonha
“O povo confia em Jesus porque reconhece que é o
de falar com os pecadores, ia ao seu encontro. Pelo contrário, sentia prazer
Bom Pastor”, destacou o Papa Francisco, que também cha-
em fazê-lo. E isso porque Jesus é o Bom Pastor: as ovelhas ouvem sua voz e o seguem.
mou a atenção para aqueles que reduzem a fé a moralismos ou buscam acordos com o poder.
“É por isso que o povo seguia Jesus, porque era o Bom Pastor. Não era nem um
“As pessoas seguiam Jesus porque estavam admiradas com seu ensinamento; as
suas palavras criavam admiração em seus corações, a admiração de encontrar algo
de bom, grande”, disso o Papa Francisco. “Os outros, ao invés, falavam, mas não
chegavam até as pessoas”.
O Papa enumerou quatro grupos de pessoas que falavam na época de Jesus:
“primeiro, os fariseus. Esses, faziam do culto de Deus, da religião, uma série
mandamentos e dos dez que existiam criavam mais de trezentos. Colocavam este
peso sobre os ombros do povo. Era”, acrescentou o Papa, “uma redução da fé no
Deus vivo à casuística. E havia também contradições da casuística mais cruel”.
“Mas, ‘você tem que cumprir – por exemplo – o quarto mandamento’; ‘Sim, sim,
sim’; ‘Deve dar de comer ao seu pai idoso, à sua mãe idosa’; ‘Sim, sim, sim’. ‘Mas,
como você sabe, eu não posso, porque eu dei o meu dinheiro para o templo!’; ‘Você
não faz isso?’ E os pais estão morrendo de fome! É assim: são as contradições da
casuística mais cruel. As pessoas as respeitavam, porque as pessoas são respeitosas. Respeitavam
- n a s ,
mas não
as ouviam!
E
iam
em-
bora ...”
O u t r o
grupo,
d i s -
fariseu casuístico moralista, nem um saduceu que fazia acordos sujos com os políticos e os poderosos, nem um guerreiro que buscava a libertação política do seu pose Francisco, era o dos saduceus. “Eles não tinham fé, tinham perdido a fé! Fazi-
vo, nem um contemplativo do mosteiro. Era um pastor! Um pastor que falava a lín-
am o seu trabalho religioso no caminho dos acordos com os poderes: os poderes po-
gua do seu povo, comunicava, dizia a verdade, as coisas de Deus: jamais as negocia-
líticos, os poderes econômicos. Eram homens de poder”. Um terceiro grupo, pros-
va! Mas as dizia de tal modo que o povo amava as coisas de Deus. Por isso O seguia.”
seguiu, “era o dos revolucionários”, ou seja, dos zelotas que queriam fazer a revolução para libertar o povo de Israel da ocupação romana. O povo, no entanto, tem
bom senso e sabe distinguir quando a fruta está madura e quando não! E não os seguiam”. “O quarto grupo, continuou Francisco, era o grupo de gente boa: eram
os essênios”. Eles eram monges que consagravam suas vidas a Deus. No entanto,
eles estavam longe das pessoas e as pessoas não podiam segui-los”.
“As vozes destas pessoas, afirmou o Pontífice, “eram as vozes que vinham do po-
“Jesus jamais se afastou do povo e do seu Pai. Justamente por estar tão unido a
Ele, era próximo do povo. Cristo tinha esta autoridade e, por isso, o povo o seguia.
O Papa convidou para contemplar a Jesus, o Bom Pastor, porque Ele nos fará pensar
sobre quem gostamos de seguir”.
“Quem eu gosto de seguir?”, concluiu Bergoglio: “os que me falam de coisas abstratas ou de casuísticas morais; os que se dizem do povo
Em: www.ihu.unisinos.com.br
AGENDA DE REUNIÕES-IPDM
C O O R D E N A Ç Ã O A M P L I A DA
A Coordenação Ampliada do IPDM reunir-se-á com todos os seus membros às 20h00 de todas as
Terceiras Terças-Feiras dos meses ímpares ou em caráter extraordinário quando for necessário.
A agenda para o ano de 2014 obedecerá as seguintes datas:
29 de Julho - 16 de Setembro
- 18 de Novembro
As reuniões da Coordenação Ampliada serão realizadas na
Paróquia São Francisco de Assis da Vila Guilhermina
Praça Porto Ferreira, 48 - Próximo ao Metro Guilhermina - Esperança
PADRES - RELIGIOSOS - RELIGIOSAS - AGENTES DE PASTORAL
As reuniões com Padres, Religiosos, Religiosas e Agentes de Pastoral serão realizadas sempre às 9h30 das últimas
Sextas-Feiras dos meses pares ou em caráter extraordinário quando se fizer necessário.
Durante o ano de 2014, as reuniões se darão nas seguintes datas:
29 de Agosto - 31 de Outubro
As reuniões dom Padres, Religiosos, Religiosas e Agentes de Pastoral serão realizadas na
Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Itaquera
Nas dependências do Centro Itaquerense de Famílias Amigas—CIFA
COORDENÇÃO AMPLIADA
PADRES - RELIGIOSOS - RELIGIOSAS - AGENTES DE PASTORAL
Reunião Unificada e Confraternização no dia
02 de Dezembro
Quem é Jesus de Nazaré: «Um profeta poderoso em ação e palavras, diante de Deus e de todo o povo". (Lc 24,19)
(Papa Francisco)
(Papa Francisco)
Tema:
“Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Mateus”
Assessor:
Padre Cyzo Assis Lima—fpm
Tema:
“Fé e Política – a importância da participação na política”
Assessor:
Prof. Fernando Altemeyer Jr - PUC-SP
Tema:
“A força dos pequenos – Teologia do Espírito Santo”
Assessor:
Padre Antonio Manzatto - PUC-SP
Tema:
“Interioridade e Espiritualidade”
Regina Nagy
Professor Waldir
Assessores:
Eduardo Brasileiro
Regina Nagy - Adriano Oliveira
Adriano Oliveira
Santa Missa em Honra à São José de Anchieta
Assessores:
Todos os Padres do Setor Pastoral Ermelino Matarazzo e Convidados
PARÓQUIAS DO SETOR PASTORAL ERMELINO MATARAZZO
Para maiores informações entre em contato com:
Professor Waldir - [email protected] - Messias Guirado - [email protected]
REUNIÃO PELA IMPLANTAÇÃO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA ZONA LESTE
Dia: 15 de Julho de 2014 – Terça-feira às 9h00
Local:
R E I TO R I A DA U N I F E S P
Rua Sena Madureira, 1500-Vila Mariana
(Para chegar, vá de Metro até a Vila Mariana. Em frente à Estação, na Av. Domingos de Morais sentido
Jabaquara, pegue o Ônibus 677A-10 TERM JD ÂNGELA que passa em frente a Unifesp)
O QUE VAMOS COBRAR DA UNIFESP E DO MEC?
1. A solução definitiva para os problemas do terreno da Gazarra.
Reforma dos prédios já existente para início das atividades da Universidade.
3. Apresentação do Projeto Executivo para implantação da UFZL.
4. Iniciar os primeiros cursos.
QUE O MEC E A UNIFESP TOMEM PROVIDÊNCIA URGENTE PARA:
- Iniciar imediatamente o processo de implantação de cursos na Zona Leste.
- Iniciar o curso de Direito já aprovado para a Zona Leste.
- Alugar Prédios para início imediato dos cursos.
- Iniciar as obras de descontaminação do terreno e reforma dos prédios nas áreas não contaminadas.

Apresentar o projeto executivo das obras de reforma e/ou novas construções no terreno.
NÃO FALTE! SUA PRESENÇA PODE FAZER A DIFERENÇA
Dia 15 de julho de 2014 - Terça-feira às 9h00 da Manhã na Reitoria da Unifesp
Dia: 09 de Agosto de 2014 - Sábado às 9h30
Rua Sena Madureira, 1500 – Vila Mariana
2º Seminário do Patrimônio Histórico e Cultural da Zona Leste
Local: Centro Cultural Penha—Teatro Martins Penna
Urgente Recuperação do Patrimônio Histórico da Zona Leste -Projetos, Custos—Prazos e Soluções
A Escola de Cidadania da Zona Leste, é um espaço aberto onde as pessoas pensam criticamente, dialogam com
todos e sonham com uma organização para por fim a todas as desigualdades sociais na cidade mais rica do Brasil.
Nossa cidade de SP tem que ser justa, humana, fraterna e acolhedora de todas e todos.
Tema Geral para o 2º Semestre de 2014
A CIDADE QUE TEMOS E A CIDADE QUE QUEREMOS!
Lutamos por uma cidade onde todos tenham Cidadania, Qualidade de Vida, Políticas Públicas e Transparência Administrativa
Tema para o Trabalho de Conclusão de Curso - TCC: “A Cidade que queremos para todos e todas”
Texto base para o 2º Semestre: Livro do Professor Ladislau Dowbor disponível gratuitamente na Internet
“A Comunidade Inteligente: visitando experiências da gestão legal”
A Escola de Cidadania da Zona Leste Pedro Yamaguchi Ferreira é gratuita e Certificada pela
UNIVERSIDADE FEDERAL DA ZONA LESTE
Como Curso de Extensão da Universidade Federal de São Paulo.
Início das Aulas: 01 de Agosto de 2014 às 19h30 no Salão da Igreja São Francisco de Assis
Rua Miguel Rachid, 997—Ermelino Matarazzo—Fone 2546-4254
Para Maiores Informações faça contato com:
1. Agências de Notícias e Portais
Adital – www.adital.org.br - Ligada à Igreja Católica no Brasil têm como eixo de ação a prática libertadora de movimentos populares e de direitos humanos.
Agência RIIAL - www.riial.org - Em "miembros" se encontram muitas outras Agências que fazem parte desta rede latino-americana
AICA - Agência Informativa Católica Argentina - www.aica.org - A Igreja latino-americana vista desde Argentina
Catolica Net - www.catolicanet.com.br - Site completo da comunidade católica.
Fides - Vaticano - www.fides.org - Agências de Notícias da Congregação para a Evangelização dos povos.
KNA - Katholische Nachrichten-Agentur - www.kna.de - Agência Católica de Notícias da Alemanha
Misna – Itália - www.misna.org - Agência especializada na difusão de notícias dos países do sul do mundo.
ZENIT-Agência Internacional Católica de Notícias - www.zenit.org - "O mundo visto de Roma"
Amai-vos - www.amaivos.com.br - Relacionado à cultura, religião e sociedade da internet na América Latina, em conteúdos, audiência e serviços on-line.
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Mundo e Missão - www.mundomissao.com.br - Mantida pelo PIME aborda, sobretudo, questões relacionadas às missões em todo o mundo.
Religião Digital - www.religiondigital.com - Aborda questões da Igreja em todo o mundo, além de questões sobre educação, religiosidade e formação humana.
Carta Maior - www.cartamaior.com.br - Arte e cultura, economia, política, internacional, movimentos sociais, educação e direitos humanos dentre outros.
Rede Nossa São Paulo - www.nossasaopaulo.org.br - Questões das esferas político-administrativas dos municípios com destaque à cidade de São Paulo.
Pastoral Fé e Política - www.pastoralfp.com - Mantém informações diárias sobre as movimentações políticas-sociais em São Paulo e no Brasil.
Vida Pastoral - www.vidapastoralfp.com - Disponibilizado pela editora o site da revista Vida Pastoral torna acessível um vasto acervo de artigos
Paulus Livraria - www.paulus.com.br – A Paulus disponibiliza a Bíblia Sagrada edição Pastoral online/pdf.
Acervo Paulo Freire - www.consciencia.net - Acervo Paulo Freire completo disponível neste endereço.
2. Missiologia, Teologia, Ciências Humanas
IAMS - Asociación Internacional de Estudos de la Misión - www.missionstudies.org - Site da Associação Ecumênica Internacional de Missiologos.
IACM - International Association of Catholic Missiologists - www.iacmcatholic.com - Site da Associação Católica Internacional de Missiologas.
Relat - Revista Eletrónica Latinoamericana de Teología - servicioskoinonia.org/relat - Revista Eletrônica de Teologia.
Soter - Sociedade de Teologia e Ciencias da Religião - www.soter.org.br - Boletim da Soter e notícias que envolvem os associados.
IHU - Instituto Humanitas Unisinos - www.uhu.unisinos.br - Ética, Trabalho, Sociedade Sustentável, Mulheres: sujeito sociocultural, e Teologia Pública.
RELAMI - Rede Latino Americana de Missiologos e Missiologas - www.missiologia.org.br - Ética, Trabalho, Sociedade Sustentável e Teologia Pública.
3. Mundo da Bíblia
Estudos Bíblicos - www.airtonjo.com - Site para estudiosos da Bíblia.
Centro Studi Biblici "G. Vannucci" - www.studibiblici.it - Site do Centro de Estudos Bíblicos de Montefano (Itália).
4. Causa Indígena e Afrodescendente
Comissão Pró-Yanomami - www.proyanomami.org.br - Em defesa do povo Yanomami.
Conselho Indigenista Missionário/Cimi - www.cimi.org.br - O Cimi atua na defesa dos povos indígenas e pela inovação da pastoral junto aos povos indígenas.
Funai- Fundação Nacional do Índio - www.funai.gov.br - Informações sobre a política indigenista do Governo Brasileiro.
Instituto Socioambiental - www.socioambiental.org/website/index.cfm - Informações sobre os povos indígenas no Brasil
Museu do Índio - www.museudoindio.org.br - Informações oficiais
O Mundo Maya - www.mesoweb.com/#espanol - Meso-América: O mundo Maya.
5. Causas Populares e Vida Alter nativa
Fundação Gaia - www.fgaia.org.br - Educação ambiental
Greenpeace - www.greenpeace.org.br - Atividades e campanhas em favor da natureza
Ibase - www.ibase.br - Site de análise social e de lutas populares
MST - www.mst.org.br - Informações sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Unipaz - www.unipazsul.org.br - Alternativa integral
6. Religiões, Ecumenismo, Diálogo e Paz
Al Nakba - www.alnakba.org/index.htm - Al Nakba: A deportação dos palestinos em 1948
Beit Chabad - www.chabad.org.br - Rituais, leis, ensinamentos da comunidade judaica.
Bodisatva - www.bodisatva.org - Site dedicado ao Dalai Lama e zen.
Conselho Mundial de Igrejas - www.oikoumene.org - Site oficial do Conselho Mundial de Igrejas
DharmaNet - www.dharmanet.com.br - Site brasileiro sobre budismo, com diferentes escolas, práticas e links.
Diálogo Inter-Religioso - www.puffin.creighton.edu/jesuit/dialogue - Para todos que estão interessados no diálogo inter-religioso.
Fundación Ética Mundial - www.weltethos.org - Investigação, formação, encontro intercultural e inter-religioso
Islamic Studies - www.uga.edu/islam - Islamismo do ponto de vista do professor Alan Godlas
Religião Budista - www.budismo.com.br - Conhecimentos básicos
7. Igrejas, Congregações Missionárias e Instituições
Celam - Consejo Episcopal Latinoamericano - www.celam.org - Informes do Celam, desde Bogotá
CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - www.cnbb.org.br - Site institucional completo.
Misereor - www.misereor.de - Organismo de solidariedade e apoio
POM - Pontifícias Obras Missionárias - www.pom.org.br - Site institucional das Pontifícias Obras Missionárias
Vaticano/Roma - www.vatican.va - Site oficial da Igreja Católica, Roma
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