UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE/UNICENTRO
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - PROPESP
Programa de Pós-Graduação em História – PPGH
Área de Concentração – História e Regiões
PLANO DE ENSINO
Disciplina: Tópicos Especiais em: história, violência e processos criminais
Professor: Helio Sochodolak e José Miguel Arias Neto
Semestre: 2º Semestre
Ano: 2015
Carga Horária: 60 horas
Créditos: 4 créditos
Horário: terça-feira, das 08h às 12h
Local: Campus de Irati
Ementa: Abordagem da violência numa perspectiva antropológica e historiográfica considerando
sua aplicação em séries documentais. Considerações teórico-metodológicas para a utilização de
processos criminais como fonte para a historiografia.
I. Objetivos
Possibilitar uma discussão teórico-prática a respeito da violência e sua disposição como objeto
para a historiografia tomando como fonte processos criminais.
II. Programa
Violência e história
História da violência – processos civilizacionais
Violência e cotidiano
Violência e processos criminais
III. Metodologia de Ensino
Discussões dos textos em sala na forma de seminários.
IV. Formas de Avaliação
Elaboração de texto escrito para entrega em formato e data a serem definidos com os pósgraduandos em até 45 dias após a conclusa do curso.
V. Bibliografia básica e roteiro de leitura:
Módulo 1 – História da Violência
A) Reflexões sobre violência e política
SOREL, Georges. Reflexões sobre a violência. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
ARENDT, Hannah. Da Violência. Brasília: Edunb, 1985.
BENJAMIN, Walter. Sobre a crítica do poder como violência. In: _____________. O anjo da história. Belo Horizonte: Autêntica, 2012. p. 57-82.
B) Violência e questões teórico-metodológicas
FOUCAULT, Michel. A vida dos homens infames. Estratégia, poder-saber. Ditos e escritos – vol
IV. Rio de Janeiro: Forense, 2003. p. 203-222.
GIRARD, René. A violência e o sagrado. São Paulo: UNESP, 1990. p. 9-90.
MUCHEMBLED, Robert. História da violência: do fim da Idade Média aos nossos dias. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2012.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. Memória e história: as marcas da violência. Fênix – Revista de
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em História – PPGH-UNICENTRO – Campus de Irati
BR 153 – Km 07 – Caixa Postal 21 – CEP 84500-000 – Riozinho – Irati/PR - (42) 3421-3129
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História e Estudos Culturais. Julho/ Agosto/ Setembro de 2006 Vol. 3 Ano III nº 3. Disponível em:
www.revistafenix.pro.br
MARCONDES FILHO, Ciro. Violência fundadora e violência reativa na cultura brasileira. São
Paulo em perspectiva, 15(2) 2001. p. 20-27.
MARTUCELLI, Danilo. Reflexões sobre a violência na condição moderna. Tempo Social. USP, S.
Paulo, 11(1): 157-175, maio de 1999.
Módulo 2 – violência e processos civilizacionais
ELIAS, Norbert. Sugestão para uma teoria de processos civilizadores. In: O Processo Civilizador.
2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994. p. 192-297.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1987.
Módulo 3 – Violência e processos criminais
GRINBERG, Keila. A história nos porões dos arquivos judiciários. In: PINSKY, Carla Bassanezi;
LUCA, Tania Regina de (orgs.). O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009.
ROSEMBERG, André e SOUZA, Luís Antônio Francisco. Notas sobre o uso de documentos
judiciais e policiais como fonte de pesquisa histórica. UNESP – FCLAs – CEDAP, v. 5, n.2, p. 159173 - dez. 2009
ZENHA, Celeste. “As práticas da justiça no cotidiano da pobreza”. Revista Brasileira de História.
V. 5, º 10. março/agosto. 1985.
CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro
da belle époque. 2.ed. São Paulo: Editora da UNICAMP, 2001.
Bibliografia complementar:
ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas. Reflexões sobre a origem e a difusão do
nacionalismo. São Paulo: Cia das Letras, 2008.
BACELLAR, Carlos. Uso e mau uso dos arquivos. In: PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes
Históricas. São Paulo: Contexto, 2005.
BAJER, Paula. Processo penal e cidadania. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
BASTIDE, R. Brasil, terra de contrastes. Rio de Janeiro, São Paulo: Difel, 1980. 10ª ed.
BEGA, M. T, S. Sonho e invenção do Paraná. A geração simbolista e a construção de identidade
regional. Tese. São Paulo: FFCL, Universidade de São Paulo, 2002.
BOURDIEU, P. A produção da crença. Contribuição para uma economia dos bens simbólicos.
São Paulo: Zouk, 2002.
BRANDÃO, A. A fábrica de ilusão: o espetáculo das máquinas num parque de diversões e a
modernização de Curitiba, 1905-1913. Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba, 1994.
Brasiliense, 1984.
CAMUS, Albert. O mito de Sisifo. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989.
CARVALHO, Antonio Carlos Duarte de. “Conflitos entre um médium e a justiça (1930/40): discussão sobre as possibilidades da utilização do documento judiciário na pesquisa histórica. Pós-História: Assis – São Paulo, 1999. p. 33-51.
CARVALHO, J. M. de. A formação das almas. O imaginário da República no Brasil. São Paulo:
Cia das Letras, 1989.
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1998.
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Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - PROPESP
Programa de Pós-Graduação em História – PPGH
Área de Concentração – História e Regiões
CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro
da belle époque. 2.ed. São Paulo: Editora da UNICAMP, 2001.
CORRÊA, Mariza. Morte em família: representações jurídicas de papéis sociais. Rio de Janeiro:
Graal, 1983.
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. Mil Platôs. Vol 5. São Paulo: Ed. 34, 1997.
DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1976.
DOSSE, François. A história à prova do tempo. São Paulo: EDUNESP, 2001.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. 2 vol.
FARGE, Arlette. O sabor do arquivo. São Paulo: EDUSP, 2009.
FAUSTO, Boris. Crime e cotidiano: A criminalidade em São Paulo (1880-1924). 2.ed.São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 2001.
FERIANI, Daniela Moreno. Entre pais e filhos: práticas judiciais nos crimes em família.
Dissertação. Campinas-SP: UNICAMP, 2009.
FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: NAU, 2005.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
FRANCO, Maria Sylvia de Carvalho. Homens livres na ordem escravocrata. São Paulo:
IEB/USP: 1969.
GIRARD, René. A violência e o sagrado. São Paulo: EDUNESP, 1990.
HOBSBAWM, Eric. Tempos Fraturados. São Paulo: Cia das Letras, 2013.
HOBSBAWN, E. e Ranger, T. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.
MACHADO, Roberto. O nascimento do trágico. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
MAFFESOLI, Michel. A parte do diabo. Rio de Janeiro: Record, 2004.
MAFFESOLI, Michel. O instante eterno: o retorno do trágico nas sociedades pós-modernas. São
Paulo: Zouk, 2003.
MAGGIE, Yvonne. Medo do feitiço: relações entre magia e poder no Brasil. Rio de Janeiro:
Arquivo Nacional, Órgão do Ministerio da Justica, 1992.
MORAES, Pedro Rodolfo Bodê e SOUZA, Marcilene Garcia. Invisibilidade, preconceito e violência
em Curitiba. Revista de Sociologia e política. nº 13: 7-16 NOV. 1999.
NADALIN, S. Paraná: ocupação do território, população e migrações. Curitiba: SEED, 2001.
NIETZSCHE, F. Da utilidade e dos inconvenientes da história para a vida.
PEREIRA, M. R de M. Semeando iras rumo ao progresso. Ordenamento jurídico e econômico
da sociedade paranaense, 1829-1889. Curitiba: Editora da UFPR, 1996.
PINSKY, Carla Bassanezi; LUCA, Tania Regina de (orgs.). O historiador e suas fontes. São
Paulo: Contexto, 2009.
RADÜNZ, Roberto. “As múltiplas faces da violência no mundo contemporâneo”. Métis: história e
cultura. V. 6, nº 11. Jan/jun. 2007. P. 39-46.
SAQUET, Marcos Aurélio; SPOSITO, Eliseu Savério. (orgs) Territórios e territorialidades. São
Paulo: Expressão Popular, 2009.
SOCHODOLAK, H e MARTINS, V. A narrativa de um "Brasil diferente" e os processos criminais de
Mallet/PR (1913-2006). Revista NUPEM, Campo Mourão, v. 6, n. 10, jan./jun. 2014.
Irati, julho de 2015.
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