DIÁLOGOS AUTO(BIOGRÁFICOS) EM EJA MARIA OLIVIA DE MATOS OLIVEIRA (UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA), DEBORA DOS SANTOS SILVA (UNEB-CAMPUS I), JEANNY KETELLY DA SILVA FERREIRA (UNEB), LILIAN ALMEIDA DOS SANTOS (PROGRAMA DE PÓSGRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE (PPGEDUC) - UNEB), MARLI APARECIDA DOS SANTOS MOURA SILVA (UNEB), ROSA GORETTI DE SOUSA REIS QUIROZ (UNEB). Resumo Este artigo descreve uma experiência desenvolvida em uma oficina de leitura objetivando trazer as vozes de docentes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), para uma reflexão coletiva no sentido de se identificar nas memórias de estudante desses sujeitos, o resgate da dialogicidade que permeia as práticas docentes em sala de aula. Tais processos educativos circulam, também, por saberes distintos que dialogam com a escola enquanto espaço sócio–cultural. Optando por uma pesquisa qualitativa, os pesquisadores pretendem registrar a interação dialógica entre docentes e educandos, partir da escrita (auto)biográfica (CATTANI, SOUZA, MOTA, JOSSO, WASCHAWER), do grupo focal e das observações etnográficas. As autoras tentam compreender a relação da auto–reflexão realizada na oficina de memórias de estudante com as interações que esses professores estabelecem com seus educandos na sala de aula. Esta oficina de leitura caracterizou–se pela rememoração de educadores que marcaram fortemente a formação do grupo de professores com o qual nos propusemos a trabalhar o que não significa prender–se à educação formal, mas a qualquer experiência educativa relevante para eles. Durante este processo buscamos intervir de forma a analisar, junto com os participantes, se os formadores citados em suas lembranças interfiram na decisão de tornarem–se educadores, influenciando suas práticas na sala de aula. Palavras-chave: Memória, Educação de Jovens e Adultos , (Auto)biografia. O Contexto da Oficina, seus protagonistas e interlocutores O trabalho ora apresentado se insere no Projeto Formação Reflexiva do Professor de Jovens e Adultos (EJA): questionamentos, inquietações e perspectivas[1], constituindo-se como uma das ações da pesquisa e foi produzido com a intenção de responder aos questionamentos que partem da necessidade de se estabelecer um diálogo entre a universidade e os educadores de EJA, cuja intenção é promover um espaço-tempo de escuta a fim de conhecermos as histórias de estudante desses professores de EJA na escola investigada, situada no município de Lauro de Freitas/BA. As perspectivas que discutimos, com base no arcabouço teórico da Formação Reflexiva, apontam no sentido de construirmos um modelo de formação docente continuada que atenda à demanda específica dessa comunidade escolar. (MOTA e MATOS OLIVEIRA, 2009). Nosso objetivo é possibilitar que o educador de EJA compreenda as múltiplas experiências que dialogam e moldam seus discursos e assim escutar e dirigir um outro olhar sobre a realidade familiar, nas descobertas de novas sensibilidades ou realidades até então desconsideradas (MOTA, 2006; SOUZA, 2006; JOSSO, 2006). Em outras palavras significa compreender pela narrativa (auto) biográfica ou narrativa de formação quais componentes da subjetividade dos educadores interferem nas suas experiências e na sua práxis pedagógica. Compreendemos que esses questionamentos de dialogicidade mudam a compreensão do sujeito - educador com o sujeito - educando, pois o processo educativo em EJA, não parte de uma concepção hierárquica de conhecimento, mas autorreferenciada pela compreensão de si na sociedade porque não se exclui "(...) toda a subjetividade individual, social ou cultural (...)" (Josso, 2006 : 25). As pesquisas indicam que o perfil de identidade docente vem sofrendo grandes alterações (CARRANO, 2008; DAYRELL, 2005; GONÇALVES, 2005). De modo geral, nas regiões menos desenvolvidas economicamente no país, em zonas urbanas de periferia ou zona rural, os professores são contratados temporariamente, outros sem qualquer experiência na docência, alguns sem possibilidades de opção pela docência em EJA, alguns ainda assumindo turmas nessa modalidade de ensino apenas como complementação da sua carga horária de trabalho (MOTA e MATOS OLIVEIRA, 2009). Quanto aos docentes da nossa investigação, o panorama se apresentou de forma diferente, pelas escolas estarem localizadas em um município limítrofe de Salvador/BA: dos 71(setenta e um) docentes que participam da pesquisa, 65 (sessenta e cinco) têm graduação; 63 (sessenta e três) têm especialização, 02 (dois) possuem título de mestre e apenas 06 (seis) não possuem nível superior. Quanto aos educandos da escola investigada, a pesquisa mostrou um perfil de jovens/adultos fortemente marcados por representações de exclusão sócio - econômica e de abandono "cultural" no currículo, porém os dados não são conclusivos, porque a pesquisa está em curso. Tais dados nos remetem a pensar que a concepção dos educadores de jovens e adultos é influenciada por experiências que são "formadoras ou transformadoras de idéias, representações, teorias de referência, saber-fazer, atitudes, processos de escolha e decisão, assim como registros de expressão e de interpretação" (Josso, 2006: 23). As citações do autor nos instigam a pensar: Como e por que os relatos de vidas de estudante podem determinar ou moldar o percurso profissional desses educadores? De que forma a refletividade sobre essas experiências estudantis pode colaborar com o fazer educativo dos docentes? A ênfase da investigação na formação reflexiva docente nos levou a considerar alguns aspectos, a saber: o reconhecimento dos saberes experienciais de professores e alunos; as novas formas de aprendizagem com a introdução de novas linguagens; o papel da gestão e organização da escola onde acontecem os processos formativos bem como outras dimensões que são despercebidas pelos professores ou naturalizadas, mas que são importantes para a compreensão da escola enquanto espaço sociocultural. (DAYRELL, 2001). O nível de formação dos professores investigados está dentro dos parâmetros legais, como já colocado anteriormente, porém, esse fato nos instiga a atingir outros aspectos da formação docente para além dos aspectos cognitivos. O professor que atua nessa modalidade de ensino precisa apropriar-se de conhecimentos que lhe possibilitem uma reflexão sobre o perfil do aluno de EJA que "tem referências que se distanciam das referências institucionais as quais se encontram em crise de legitimação" (Carrano, 2008:106). Segundo (Mota e Matos Oliveira, 2009): para desenvolver esse olhar e a escuta para o outro, o professor precisa adotar uma postura reflexiva na ação pedagógica que, associada à escrita autobiográfica, possibilita uma tomada de consciência de si e uma maior capacidade de entender o outro, - aluno, jovem, adulto ou idoso (p.6). Pelo exposto, observa-se que o exercício da escuta e, portanto da alteridade está, na maioria das vezes, ausente da docência: no entanto, o rosto do outro nos convida e nos interpela. Apesar disso, o professor ainda enxerga o aluno muito diferente dele, não consegue colocar-se no lugar dele e sentir-se como discente. Nessa perspectiva, o professor não consegue atingir a alteridade: todos somos iguais e pertencentes ao mesmo gênero humano, ao mesmo tempo em que existem singularidades e é por isso que temos que desenvolver o diálogo entre alunos e professores. Inúmeras pesquisas constatam que os antigos modelos de capacitação docente baseados no repasse de informações aos professores não estão surtindo efeito. Alternativas no sentido de potencializar práticas de formação, onde os professores são sujeitos da sua própria história e onde não haja rupturas entre o pessoal e o profissional, começam a ganhar espaço na literatura da educação. As potencialidades desses estudos começaram a aparecer desde os anos 80, e podemos citar um grande número de pesquisadores estrangeiros e brasileiros que investigam essa emergente e significativa área da pesquisa (auto) biográfica no contexto da formação de professores. (CATTANI, 2006; JOSSO, 2006; MORAES, 2004; MALLET, 2006; MOTA, 2006; NÓVOA, 1988; SOUZA, 2006). Nóvoa cita que há necessidade de se repensar os modelos de formação, que "ninguém forma ninguém" e que a formação envolve um "trabalho de reflexão sobre os percursos de vida" ( Nóvoa, 1988: 116). Nesse sentido, a formação é um processo em que o sujeito toma consciência de si e de suas aprendizagens experienciais quando vive, simultaneamente, os papéis de ator e investigador da sua própria história. Na abordagem autobiográfica, há o apagamento do pesquisador, porque a experiência se centra na singularidade e subjetividade dos sujeitos, autores de suas narrativas. Sobre isso explica (Souza, 2006): Na história de vida, diferente do depoimento, quem decide o que deve ou não ser contado é o ator, a partir da narrativa da sua vida, não exercendo papel importante a cronologia dos acontecimentos e sim o percurso vivido pelo mesmo. Ainda que o pesquisador dirija a conversa, de forma sutil, é o informante que determina o ‘dizível' da sua história, subjetividade e os percursos da sua vida (p. 29). Como vimos, os protagonistas das histórias são os professores que dialogam com o seu passado e suas memórias de estudante. Na formação docente os aspectos subjetivos merecem ser levados em consideração, bem como a capacidade desses sujeitos de estabelecerem o diálogo com os outros eus, concepção muito bem elaborada por Bakthin (1988) que passamos a discorrer. O referido autor elaborou uma concepção histórica e social da linguagem e, tinha no marxismo uma visão crítica, que valorizava a subjetividade e a singularidade (FREITAS[2], 1995). Criticou a lingüística da sua época, mostrou a relação da linguagem com a realidade e a existência histórica dos homens. Com seu conceito de dialogia enfatizou o papel do diálogo como um objetivo a ser atingido face à incomunicabilidade da nossa era. Para (Bakthin 1992, apud Freitas, 1995) o eu só existe a partir do diálogo com os outros eus, pois a construção da nossa identidade se dá através da interação entre pessoas e textos, num processo dialógico permanente. A nossa identidade se forma a partir da forma como os outros nos vêem. Segundo Bakhtin, essa autocompreensão através do outro se manifesta desde cedo, quando a criança se vê a si própria através dos olhos da mãe. Segundo (Freitas 1995): Na formação do eu Bakhtin (1992) distingue: a auto-percepção (o eu para mim), a percepção dos outros (o eu para os outros) e a percepção em relação ao outro (o outro para mim). Dentro dessa perspectiva de análise, posso ver o que o outro não pode ver (sua própria imagem, sua expressão) e o outro vê o que não posso ver. É assim que o eu na concepção de Bakhtin também se constrói em colaboração: os eus sendo atores uns dos outros. (p. 8). Pelo exposto, cada vez mais se torna necessário criar o campo da experiência dialógica onde os professores precisam saber ouvir para dialogar com seus alunos de EJA. Freire (2002), com sua conhecida sabedoria de grande mestre, também nos ensina a importância do diálogo, do saber escutar. Somente quem escuta o outro fala com ele, diz com propriedade, Freire. Ainda acrescenta o autor: "a desconsideração pela formação integral do ser humano e sua redução a puro treino fortalecem a maneira autoritária de se falar de cima para baixo, a que falta, por isso mesmo, a intenção de sua democratização no falar com "(Freire, 2002: 44). Escutar diz respeito à abertura para a fala do outro e a possibilidade de manter perene a comunicação entre os sujeitos. O diálogo e a reflexão propiciam situações de aprendizagem com mudanças no padrão tradicional de comunicação, abrindo possibilidades de se vivenciar práticas pedagógicas mais democráticas. Observamos, no entanto, a ausência de uma gestão participativa na escola onde não se estabelecem espaços para o falar e o escutar. Nesses espaços de interação cotidiana é que as identidades docentes vão sendo construídas, propiciando verdadeiros processos de autoformação. Os percursos profissionais e escolares dos professores, bem como seus diversos saberes, se estruturam e são construídos nas relações sociais e nas interações com a escola, numa dinâmica de avanços e retrocessos. Com muita propriedade Kramer coloca que "um campo que nos parece profícuo remete à necessidade de conhecer não só histórias e trajetórias individuais de professores, mas também as histórias das propostas e das equipes institucionais, seus rumos, erros e acertos" (Kramer, 2005: 5). Portanto essa atitude de escuta só poderá se desenvolver num espaço também de participação e dialogia que contemple uma formação docente centrada no sujeito e na escola. Segundo (Catani, 2006): Ao se privilegiar este tipo de formação, acredita-se que os docentes terão mais elementos para engendrar alternativas de ação que mobilizam tanto os saberes oriundos das experiências vivenciadas como professor quanto os que provêm de uma elaboração acadêmica (p.25). Pelo exposto, os professores mobilizam saberes aprendidos na academia bem como aqueles relacionados à sua experiência. Ambos devem estar presentes na sua prática reflexiva. Essa prática, no entanto, não pode ser individualista, solitária, mas solidária e responsável diante da escola. A Oficina narrativa (auto) biográfica: Memória de estudante Realizada no mês de março do corrente ano, a primeira das seis Oficinas de Formação de EJA teve como objetivo possibilitar uma alternativa de autoformação, um espaço onde os professores envolvidos pudessem relembrar, rememorar sua vida estudantil, trazendo para a cena presente aqueles professores que mais marcaram suas vidas, "tentando refletir, compreender e interrelacionar idéias e sentimentos que antes nunca haviam sido expressados e, muitas vezes, nem sequer percebidos". (MORAES, 2006: 169). O ambiente virtual de aprendizagem - moodle - da Universidade do Estado da Bahia foi utilizado para resgatar na virtualidade, através de Oficinas as discussões que desenvolvemos atualmente com os professores pesquisados, com um sentido muito mais propositivo que diagnóstico. Uma das questões instigadoras da pesquisa está direcionada a investigar a utilização dos ambientes virtuais como espaços de formação docente de EJA bem como a receptividade desses professores quanto à introdução das tecnologias na escola pesquisada. O registro nas oficinas virtuais, através dos Fóruns, possibilitou a reedição no ambiente online dos nossos encontros presenciais, na medida em que acreditamos que "registrar faz do professor um co-autor do seu pensar e é um instrumento de aperfeiçoamento da prática que permite ser revisado e analisado (...) (Waschauer, 1993). Ao utilizar o ambiente virtual tivemos como propósito promover uma reflexão através da escrita dos professores "inesquecíveis" que mais marcaram a vida desses sujeitos, tentando recuperar a partir da lente pessoal de cada docente não apenas simples lembranças, mas um refletir sobre a educação, devolvendo ao professor uma dignidade que há muito lhe foi roubada, e uma reflexão de que ainda existem possibilidades de desconstruir paradigmas e descobrir caminhos alternativos na crise de profissionalismo docente em que mergulhamos. Segundo Abramovich "os professores inesquecíveis são aqueles que dão limites e afetividade, esperados inconscientemente pelos alunos, respeitando as suas potencialidades e limitações" (Abramovich, 1997: 3). Nas oficinas virtuais, os professores enquanto resgatavam suas histórias de estudante, também faziam o exercício da alteridade, tornando-se capazes de ver o aluno de uma outra forma, a partir das suas próprias reminiscênias, e desenvolvendo atitudes favoráveis ao diálogo. Nessa primeira oficina, realizada no dia 28 de maio do corrente ano, foram retirados fragmentos do livro de Abramovich e entregues à cada professor participante que deveria resgatar da sua memória um professor que tivesse marcado a sua carreira e articular com sua vida profissional. Foram depoimentos muito transcrevemos alguns deles: interessantes dos docentes os quais abaixo "Os professores marcam muito a nossa vida. Já tive oportunidade de discutir em um outro AC este tema e após reflexão cheguei à conclusão de que tanto os bons e "maus" professores, digo maus os que são sérios, menos simpáticos, mais exigentes, contribuem para a formação dos alunos."(PR)[3] "A partir dessa reflexão percebo que hoje, na minha prática enquanto educadora procuro aguçar meu olhar sobre os diversos comportamentos dos meus alunos e procuro, sempre que posso, chamar os alunos independente de seu comportamento dar um feed back individual sobre o seu desempenho." (PS). Pelo exposto, ouvir as narrativas das histórias de vida estudantil desses professores e as reminiscências que permaneceram nas suas memórias é oportunizar momentos de reflexão que podem ajudar na própria formação e na formação de outros professores. Com propriedade, Abramovich cita que "cada professor, mestre, ensinante escolhido ficou na memória por décadas, por ter sido um modelo, uma referência marcante e clarificadora de como ser." (Abramovich, 1997: 6). Corroborando essa idéia, Mallet cita que todo adulto guarda lembranças da sua escolaridade e que essas imagens aparentemente anódinas retornam à sua memória e são constitutivas da imagem que o adulto constrói dele mesmo quando era aluno. (MALLET, 2006: 8). Reflexões Finais Apesar das conquistas educacionais conseguidas na Educação de Jovens e Adultos ao longo dos últimos setenta anos, essas não estão dando conta dos desafios da pobreza, miséria, da desqualificação profissional, bem como do atendimento às práticas do multiculturalismo e dos avanços tecnológicos que a Educação de Jovens e Adultos tem que enfrentar. A descontinuidade dos programas desenvolvidos pelas políticas públicas, de caráter apenas reparador, os problemas de financiamento, o paralelismo de ações, a ausência de espaços de orientação pedagógica e metodológica mostram a necessidade de qualificar a presença cada vez maior do estado e da sociedade civil, com propostas que efetivem políticas e ações estratégicas de estado e não de governo. Tais políticas devem contemplar a formação continuada do professor centrada na escola. Nessa perspectiva há necessidade de uma mudança radical na formação docente a partir do sujeito, reconhecendo as desigualdades, mas também, as possibilidades de que todos os alunos são capazes de aprender. Ao ouvir as narrativas das histórias de vida escolar dos professores, nas oficinas narrativas (presenciais e virtuais) de aprendizagem, oportunizamos momentos de reflexão aos professores, descortinando alternativas que poderão ajudar na formação desses sujeitos (MORAES, 2006: 169-171). Essas Oficinas, desenvolvidas na interação narrativa de oralização-escuta e posteriormente escritas online, tornaram-se espaços coletivos de socialização e foram significativas na medida em que se configuram como momentos de um fazer reflexivo e de um compartilhar de diferentes trajetórias estudantis que poderão ajudar os professores a compreenderem melhor, através da autorreflexão, a qualidade das relações que estabelecem com seus educandos nas salas de aula e a construírem um conhecimento menos distanciado do cotidiano escolar desses alunos. REFERÊNCIAS: ABRAMOVICH, Fanny (org.). Professores Inesquecíveis. Ensinamentos e aprendizagens contados por alguns dos nossos melhores escritores. São Paulo: Editora Gente, 1997. BAKHTIN, M. (Volochinov) Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. CATANI, Denice Bárbara e VICENTINI, Paula Perin (org) Formação e autoformação: Saberes e práticas nas experiências dos professores. São Paulo: Ed. Escrituras, 2006. CARRANO, Paulo. "Educação de jovens e adultos (EJA) e juventude: o desafio de compreender os sentidos da presença dos jovens na escola da "segunda chance`. In: MACHADO, Maria Margarida (org). Formação de Educadores de Jovens e Adultos. II Seminário Nacional. Brasília: Secad/MEC, UNESCO, 2008. p.103118. DAYRELL, Juarez T. "A escola como espaço sócio-cultural" In: DAYRELL, J. Múltiplos olhares sobre educação e cultura. (org.) Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001. p. 136-161. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 19ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2002. FREITAS, M. T. A. Vygotsky e Bakhtin- Psicologia e educação: um intertexto. São Paulo: Ática\EDUFJF, 1994. p.156. JOSSO, Marie - Christine. Os relatos de história de vida como desvelamento dos desafios existenciais da formação e do conhecimento: destinos sócio - culturais e projetos de vida programados na invenção de si. In: SOUZA, Elizeu Clementino de; ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (Orgs.). Tempos, narrativas e ficções: a invenção de si. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006. p. 21 - 40. KRAMER, Sonia. Na gestão da Educação Infantil, nós temos meninas no lugar de professoras? Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/28/textos/gt07/gt07259int.rtf.> Acesso em: 04 nov. 2007. MALLET, Marie-Anne. Essas lembranças que constroem o eu escolar. In: Revista Educação em Questão, Natal, v. 25, n. 11, p. 7-21, jan./abr. 2006. Disponível em: <http://www.revistaeduquestao.educ.ufrn.br/pdfs/EQ_25_web.pdf.>Acesso em: 20 nov. 2008. MORAES, Ana Alicia de Araujo. Histórias de vida e autoformação de professores: alternativa de investigação do trabalho docente. In: ProPosições, v. 15, n. 2 (44) maio/ago. 2004. Disponível em: <http://mail.fae.unicamp.br/~proposicoes/textos/44-artigos-moraesaaa.pdf.> Acesso em: 20 mar. 2009. MOTA, Kátia e MATOS OLIVEIRA, Maria Olivia. Inquietações, Questionamentos e Perspectivas na formação reflexiva do professore de EJA. 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Texto apresentado na mesa redonda: Bakhtin e seus interlocutores, durante colóquio internacional. [3] O nome das professoras participantes da oficina foi resguardado para manter a ética na pesquisa.