Oralidade e escrita
- um continuum
Oficina de texto – 1/2012
Professora Dn. Sabine Mendes
[email protected]
“TOMATE VIROU PURÊ”
(um indivíduo de apelido “Tomate” é morto
com quatro tiros) – NP, 19/07/91,
p.6.
“QUEIJO SUÍÇO”
(um indivíduo é morto com trinta perfurações
de bala) – NP, 22/07/91, p.6.
“FRETE PRO CÉU”
(morte de um caminhoneiro) – NP, 22/07/91,
p.6.
“CAIU DE MADURO”
(um homem caiu de uma árvore e morreu) –
NP, 25/07/91, p.6.
“PEDREIRO DEMOLIDO A TIROS” – NP,
06/07/91, p.6.
Em uma casa as 0:00 da noite um rato começa a
atacar o queijo,de repente o dono da casa acordou e
começou a tentar matar o rato mas não conseguil.
Na noite seguinte o rato voltou, mas ele tinha deixado
Várias ratueiras o rato já sabia disso, por isso ele fez
outra casa para ele do outro lado da parede. De novo
ele acordou o dono da casa e na noite seguinte ele
colocou dos dois lados as ratueiras.
Ele já sabia e fez outra casa no canto da parede e o
dono acordou de novo e na noite seguinte ele comprou
um gato...
Sentidos implícitos e explícitos
Em uma casa as 0:00 da noite um rato começa a
atacar o queijo,de repente o dono da casa acordou e
começou a tentar matar o rato mas não conseguil.
Na noite seguinte o rato voltou, mas ele tinha deixado
Várias ratueiras o rato já sabia disso, por isso ele fez
outra casa para ele do outro lado da parede. De novo
ele acordou o dono da casa e na noite seguinte ele
colocou dos dois lados as ratueiras.
Ele já sabia e fez outra casa no canto da parede e o
dono acordou de novo e na noite seguinte ele comprou
um gato...
Textos orais e escritos
A bola furada – Teodoro Bava Moreira, 2°
série, Colégio Madre Alix
Era uma vez um menino muito solitário,quieria
alguém para brincar de bola com outros amigos
para brincar.
Até que um dia ele encontrou dois amigos para
brincar então ele ofereceu a bola para o
Francisco e para o Ricardo então eles ficaram
jogando folei com a bola jogaram, jogaram,
jogaram e até que uma hora a bola história e
os 3 amigos ficaram tristes.
Textos orais e escritos
Do livro “Um cantinho só para mim” de Ruth
Rocha.
E Pedro estava outra vez naquele lugar
bonito e pensou numa cachoeira. E pensou
que aquele era um lugar muito bom e que
ele queria ficar lá para sempre. Mas aí ele se
lembrou da sua mãe e deu uma saudade...
Mas ele continuou a pensar...E era tão bom
pensar...”
Textos orais e escritos
Lígia Bortolo Elias, 4° série, Escola Ativa.
Férias em Cajuru!!!
Em uma cidade chamada Cajuru perto de
Riberão Preto eu tenho uma família a tia do
meu pai mora lá, éla tem 6 filhos. 3 Deles
tem filhos da minha idade que brincam
comigo e com a minha irma a mais nova
chama Ana Maria.
Textos orais e escritos
Fala
Escrita
Contextualizada
Descontextualizada
Implícita
Explícita
Redundante
Condensada
Não planejada
Planejada
Modus pragmático
Modus sintático
Fragmentada
Não fragmentada
Incompleta
Completa
Pouco elaborada
Elaborada
Pouca densidade informacional
Densidade informacional
Frases curtas, simples ou
coordenadas
Frases complexas, subordinação
abundante
Menor emprego de vozes passivas
Maior emprego de vozes passivas
Poucas nominalizações
Abundância de nominalizações
Menor densidade lexical
Maior densidade lexical
Oralidade versus Escrita (Koch)
Não-verbal
Hipertexto
Munido de peneira, embaixador do Brasil tapa
o Sol (blog do Josias de Souza, Folha)
Há coisa de 15 dias, o jornal britânico The
Guardian publicou uma reportagem sobre as
condições de trabalho dos cortadores de cana no
Brasil. Ao lado de uma notícia sobre a visita de
Bush a esta terra de palmeiras e sabiás, publicou
se outra contando que o etanol brasileiro é
produzido por uma indústria que explora a mão
de-obra de um exército de 200 mil migrantes.
“Os escravos do etanol”, no dizer do jornal.
Leitura e senso crítico
Em visita a uma cidade de nome sugestivo,
Palmares Paulista (SP), o Guardian viu a seguinte
paisagem: “De um lado,densas plantações verdes
de cana-de-açúcar que se estendem até onde os
olhos podem ver; de outro, casebres tortos de
tijolo aparente amontoados, abrigando centenas
de trabalhadores empobrecidos que arriscam suas
vidas e seus membros para prover cana-de-açúcar
para as usinas locais.”
Leitura e senso crítico
Incomodado com a leitura, José Mauricio
Bustani, embaixador do Brasil em Londres,
enviou carta ao Guardian. Queixou-se da
reportagem. Disse que os cortadores de
cana “são livres para ir e vir”. Reconheceu
que trabalhou mais do que deveriam e
ganham menos do que mereciam. Mas
sustentou que, sob Lula, o governo sairá
em socorro deles.
Leitura e senso crítico
De resto, Bustani anotou em sua carta que as
usinas de cana do Brasil “mantêm mais de 600
escolas, 200 creches e 300 postos de saúde.” É
bom saber que um embaixador do Brasil está
empenhado em defender o seu país. Não raro,
faz-se o oposto. Recomenda-se, porém, a
Bustani que se concentre nas causas em que
há um mínimo de glória. Sob pena de ver recair
sobre si a máxima de Sir Henry Wotton: “Um
embaixador é um homem virtuoso incumbido de
mentir no estrangeiro pelo bem do seu país.”
Leitura e senso crítico
[David][Cuiabá/MT/Brasil]
Pois é... quem sabe o nobre repórter britânico gostaria de ver
uma máquina cortando cana e essas centenas de pessoas à beira
da estrada mendingando. Quanto ao trabalho escravo, existe,
sim, porém o governo Lula vem reprimindo severamente. Só no
ano passado, fiscais do trabalho "libertaram" cerca de 2.000
cortadores de cana em condições degradantes, multando os
usineiros, obrigando pagamento de direitos trabalhistas e abrindo
processos contra as destilarias. O governo está atuante nesta
área, sim. O governo está abrindo concurso para contratação de
mais fiscais do trabalho para ampliar o seu raio de ação. Agora,
abuso contra os direitos humanos cometeram os ingleses na
Índia. Os plantadores de algodão indianos trabalhavam em
regime de semi-escravidão para abastecer a indústria inglesa, e
ainda eram impedidos de consumir o sal que extraíam das minas
de seu país (Índia). Macaco olhe seu rabo!
Leitura e senso crítico
[Helder Generoso] [Melbourne - Australia]
Ninguém disse que a culpa pela situação dos
trabalhadores na colheita de cana é do Lula. Mas
é ridículo o embaixador Bustani defender o
indefensável. Essa gente ganha 2 reais por
tonelada de cana cortada, como pode ser
possível uma coisa dessas?Sugiro que o senhor
Bustani troque por alguns dias o conforto da
embaixada brasileira em Londres e vá ao interior
de São Paulo para saber como vivem os seus
compatriotas.
Leitura e senso crítico
SIMPLÍCIO SIMPLÓRIO] [João Pessoa - PARAÍBA]
18.03.07 - 20:10 Seria interessante saber do jornalista dono do
blog se a responsabilidade pela situação dos trabalhadores no
corte da cana é das usinas ou do governo. Penso que o nosso
embaixador em Londres tentou maquiar a situação, mas a mídia
deveria apontar não o seu suposto erro, mas um vergonhoso
quadro de exploração medieval, onde empresários que ganham
bilhões são incapazes de oferecer à mão de obra que os ajuda a
faturar montanhas de reais condições mínimas de trabalho e um
salário compatível com a rudeza do trabalho que executa. No
caso em questão, a abordagem deveria mostrar o fastigio dos
modernos senhores de usinas,que usam tecnologia de ponta para
fabricar açúcar e álcool, e a miséria dos trabalhadores que
laburam nos seus campos senhoriais,para mostrar que a
modernidade, que deveria libertar o homem de condições
primitivas de trabalho, ainda o mantém semi-escravo em pleno
século XXI.
Leitura e senso crítico
[Paulo Tadeu] [brasileiro estupefato] [Cotia - SP - Brasil]
O jornal inglês tem razão em parte nas denúncias que faz.
Ninguém atenta, porém, para um fato que vem se agravando a
cada dia: os encargos sociais, que praticamente dobram o custo
da mão de obra. Resultado: o trabalhador ganha pouco, a
empresa pagam muito e esta diferença entre o pagar e o receber
vai para um péssimo administrador, chamado governo. O INSS
abocanha 20% e, fora bancar a própria máquina, inchada e
deficiente, sustenta os que já se aposentaram, mas não consegue
reaver o que foi desviado pelas jorginas da vida. O FGTS também
some de vez em quando (que o diga o Collor). PIS, COFINS,
Finsocial, 13º etc. são outras coisas que oneram, não as
empresas, mas os trabalhadores. Tudo é repassado para eles,
razão pela qual, ganham pouco e para o jornal, são como
escravos. É O CUSTO BRASIL.
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SUSTENTAÇÃO
 REFUTAÇÃO
 NEGOCIAÇÃO

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