COMENTÁRIOS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO PARA O HOSPITAL DE
CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – HCPA – CERTAME OCORRIDO EM 08 DE NOVEMBRO DE
2015
QUESTÃO 01 – Concordância verbal
A lacuna da linha 06 deve ser preenchida pela forma verbal “têm”, com acento circunflexo diferencial, porque o sujeito é “as
professoras e os professores. A lacuna de linha deve ser preenchida pela forma verbal “mantém”, no singular, portanto com acento
agudo pela regra das oxítonas, porque seu sujeito é “o governo português”. A lacuna da linha 29 deve ser preenchida pela forma
verbal “inclui”, no singular, porque seu sujeito é “um grupo chamado BRICS”, cujo núcleo é “grupo”. Por fim, a lacuna da linha 34 deve
receber a forma verbal “têm”, com acento circunflexo diferencial, porque o sujeito é “os países”.
RESPOSTA: C.
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QUESTÃO 02 – Interpretação de texto
Não há como se depreender do texto que Brasil e Portugal deveriam pensar juntos o mesmo ensino de português para
aprendizes estrangeiros em universidades internacionais. Isso pode ser verificado pela afirmação do texto quanto ao pensamento do
Itamaraty contido nas linhas 24 a 26. As demais afirmações ou se encontram no texto, ou podem ser depreendidas do texto.
RESPOSTA: D.
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QUESTÃO 03 – Interpretação de texto
Na assertiva I, a afirmação não encontra amparo no texto, porque, entre as linhas 08 e 17, lê-se a notícia de que a
Universidade Nacional Autônoma do México é o lugar no mundo onde mais se estuda português. Errada.
Quanto à assertiva II, está correta a afirmação, porque, entre as linhas 24 a 26, verifica-se a posição do Itamaraty em relação
ao ensino da língua noutros países. Correta.
Já a afirmação contida em III está errada, porque não se encontra no texto, nem se pode depreender do texto. Errada.
RESPOSTA: B.
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QUESTÃO 04 – Interpretação de texto
A alternativa (A) está errada, porque não houve referência específica ao ensino do português brasileiro. Na opção (B), o erro
está na afirmação de que o BRICS mantém poucos centros de ensino de línguas, e isso não encontra amparo no texto. As afirmações
contidas nas alternativas (C) e (D) estão erradas, porque não encontram amparo no texto. Correta a firmação contida na opção (E).
RESPOSTA: E.
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QUESTÃO 05 – Valor semântico das conjunções e interpretação de texto
No trecho “... e seria mais do que natural imaginar que, estando na América Latina, o interesse dos mexicanos deveria ser
pelo português brasileiro – e é. Só que nessa mesma universidade o Instituto Camões ocupa um andar inteiro do centro de estudos de
língua estrangeira... (linha 10 a 15), a expressão “Só que” introduz ideia de oposição à mensagem anterior. Poderia ser substituída
pela conjunção “Contudo”, que é coordenativa adversativa, oferecendo ideia de contraste. As conjunções “Porque” e “Já que”,
presentes nas opções (A) e (D), indicam causa. Na alternativa (C), o nexo “Portanto” revela conclusão. Na opção (E), “Ainda que”
introduz concessão, mas em oração subordinada.
RESPOSTA: B.
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QUESTÃO 06 – Equivalência de estruturas
O segmento “A postura do Itamaraty parece ser a seguinte: se já estão lá os portugueses, nós não precisamos estar também”
(linhas 23 a 26) encontra equivalência na construção “A postura do Itamaraty parece ser a seguinte: se lá os portugueses já estão, nós
também não precisamos estar”, presente na alternativa (A). Observe-se que a banca seguiu exatamente a redação original na parte
inicial (até os dois-pontos) e na parte final apenas inverteu as posições dos advérbios “lá” e “também”, o que mantém equivalência de
sentido.
Nas opções (B) e (E), as reescrituras contrariam a mensagem do trecho original. Na alternativa (C), há inversão de ideias.
Por fim, na opção (D), a ideia é diferente em razão do emprego de “uma vez que”, que revela causa, em lugar de condição.
RESPOSTA: A.
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QUESTÃO 07 – Fonética
Na alternativa (A), as palavras “português”, “interesse” e “seguinte” apresentam dígrafos consonantais, respectivamente, em
GU, SS e GU. Apesar de existirem dígrafos nasais ou vocálicos em “interesse” (IN) e “seguinte” (IN), as palavras, conforme foi
demonstrado, apresentam cada uma dígrafo consonantal.
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Na opção (B), apenas “esses” apresenta dígrafo consonantal SS. “México” não apresenta dígrafo de qualquer natureza, e
“pejorativamente” apresenta apenas dígrafo nasal em EN.
Quanto à opção (C), apenas “nosso” e “China” apresentam dígrafos consonantais, respectivamente em SS e CH. Já
“eloquentes” apresenta apenas dígrafo nasal EN, porque em QU o o “u” é pronunciado, o que descaracteriza a associação QU como
dígrafo.
As palavras da alternativa (D) só apresentam dígrafo consonantal em “professores” (SS) e “chamadas” (CH). Na forma verbal
“oferecer” não há dígrafo de qualquer natureza.
A opção (E) apresenta palavras com dígrafos nasais em “estrangeiras” (AN) e em “surpreendentes” (EN e EN). A palavra
“universidades” não apresenta dígrafo de qualquer natureza.
RESPOSTA: A.
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QUESTÃO 08 – Classes gramaticais
Nas linhas 11 e 12, lê-se “... interesse dos mexicanos...”, e a presença de “dos” (preposição DE + artigo definido masculino
plural OS = DOS) assegura que “mexicanos” está sendo empregado como SUBSTANTIVO. Falsa a primeira afirmação.
Em “dados comparativos” (linha 18), “dados” funciona como SUBSTANTIVO, sendo qualificado pelo ADJETIVO
“comparativos”. Verdadeira a segunda afirmação.
A palavra “pejorativamente” (linha 32) é advérbio, pois toda palavra terminada em “-mente” é advérbio. Verdadeira a terceira
afirmação.
RESPOSTA: C.
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QUESTÃO 09 – Separação silábica
A correta separação silábica das palavras “Uruguai”, “brasileiro”, “digna” e “surpreendente” é U-RU-GUAI (“uai” é tritongo),
BRA-SI-LEI-RO (“ei” é ditongo), DIG-NA (uma consoante (G-N) em cada sílaba) e SUR-PRE-EN-DEN-TE (“ee” é hiato).
RESPOSTA: A.
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QUESTÃO 10 – Funções sintáticas
Na construção “tenho visitado diversos países onde se ensina a língua portuguesa” (linha 01 e 02), o segmento “diversos
países onde se ensina a língua portuguesa” funciona como objeto direto de “tenho visitado”, porque “visitar”, que é o verbo principal, é
VTD, exigindo objeto direto (quem visita visita algo ou alguém). Correta a assertiva I.
No segmento “o interesse dos mexicanos” (linhas 11 e 12), a expressão “dos mexicanos” completa o sentido do substantivo
“interesse”, portanto é complemento nominal, não objeto. Errada a assertiva II.
Em “os dados comparativos são eloquentes” (linha 18), o adjetivo “eloquentes” exerce função sintática de predicativo de “os
dados comparativos”, que é sujeito. Correta a assertiva III.
RESPOSTA: D.
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QUESTÃO 11 – Crase
Na lacuna da linha 13, deve aparecer “às vezes”, com crase, porque se trata de locução adverbial feminina. Já nas lacunas
das linhas 27 e 28, deve aparecer apenas artigo “a” em cada uma, porque “lavar” e “espantar” são verbos transitivos diretos (quem
lava lava alguma coisa e quem espanta espanta alguma coisa ou alguém).
RESPOSTA: C.
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QUESTÃO 12 – Pronomes
Na construção “Recalcava a revolta, prendia-a no peito...” (linha 10), o pronome “a”, em “prendi-a”, retoma “revolta”. Observese que o sujeito de “prender”, na forma “prendia”, é Ana Terra, portanto “Ana Terra... prendia a revolta...”.
Nas alternativas (A), (C), (D) e (E), os pronomes se referem à Ana Terra.
RESPOSTA: B.
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QUESTÃO 13 – Interpretação de texto
No segmento “Mas na presença do pai não dizia nada” (linha 09), quem estava na presença do pai era Ana Terra, não D.
Henriqueta. Falsa a primeira afirmação.
No trecho “Recalcava a revolta, prendia-a no peito...” (linha 10), o sujeito elíptico é Ana Terra, não “o pai”. Falsa a segunda
afirmação.
Quanto ao trecho “Nas noites abafadas dormia mal, às vezes levantava-se, ia para a frente da casa...” (linhas 12 e 13), o
sujeito elíptico das formas “dormia”, levantava-se” e “ia” é Ana Terra. Verdadeira a terceira afirmação,.
Por fim, no segmento “ficava olhando as coxilhas e o céu”, o sujeito elíptico é Ana Terra; na continuidade: “... tendo nos olhos
um sono pesado e na cabeça, no peito, no corpo todo”, o verbo elíptico, é “ficava” (“ficava tendo nos olhos...); no último segmento, “...
uma ânsia que a mantinha desperta e agitada”, está elíptica a forma verbal “ficava tendo” (“ficava tendo uma ânsia...”). Verdadeira a
quarta afirmação.
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RESPOSTA: E.
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QUESTÃO 14 – Funções sintáticas
No trecho “concluía que não adiantava ir para a cama” (linha 24 e 25), o segmento “ir para a cama” (destacado) funciona
como sujeito de “não adiantava”. Observe-se: “(Ana Terra) concluía e não adiantava ir para a cama”. Quem é que não adiantava? IR
PARA A CAMA.
Nas alternativas (A), (B), (C) e (D), os segmentos sublinhados funcional como objetos diretos nas suas orações.
RESPOSTA: E.
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QUESTÃO 15 – Emprego e valor de conjunções
Os nexos “nem” (linha 21), “pois” (linha 25) e “ então” (linha 27) podem ser substituídos, mantendo-se o sentido original da
mensagem, por “e sequer”, “já que” e “portanto”, respectivamente.
Nas alternativas (A) e (C), nenhuma das três sugestões de cada opção mantém o sentido. Na opção (D), o advérbio “assim”
não mantém o exato sentido da construção. Na alternativa (E), “sendo que” e “entretanto” não mantêm o sentido dos nexos originais.
RESPOSTA: B.
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