“A consciência enquanto imanência e mecanismo absoluto
na filosofia sub specie durationis” – Rauan de Oliveira Luiz
Resumo: O intelecto, segundo Henri Bergson, não foi concebido para compreender o princípio
que o engendrou, mas apenas para servi-lo. Por conseguinte, o entendimento intelectual opera
sob os termos de sua intrínseca necessidade — a ação no âmbito material — adotando as regras,
hábitos e expectações de seu escopo. A inteligência, ao dispor de tal aspecto, traz consigo uma
notável inabilidade para elucidar problemas substanciais, consequentemente seu propósito
acarretou em uma série de mal-entendidos no decorrer da história da filosofia. Todavia, embora
transcenda a inteligência a vida não transcende a experiência, por isso a filosofia exercida sob a
perspectiva da duração é um esforço com a finalidade de superar a inteligência e inserir-se na
experiência integral. Tal experiência é a via em direção ao absoluto a qual percorre a filosofia
bergsoniana no interior de A evolução criadora e que acompanharemos em seu percurso.
Veremos que o mecanismo epistemológico responsável por tal empreendimento coincide com o
mecanismo ontológico inerente à realidade, isto é, a consciência enquanto mecanismo absoluto.
Esta singular compreensão da consciência, demonstraremos, permite a Bergson inferir a
imanência do absoluto à medida que desvanece toda a problemática da consciência presente em
diversas áreas da filosofia e da ciência.
VII Encontro de Pesquisa na Graduação em Filosofia da UFSCar
Departamento de Filosofia e Metodologia das Ciências
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Rauan de Oliveira Luiz - VII Encontro de Pesquisa na Graduação