Artes.INSTITUTO DE ARTES DA UFRGS
DEPARTAMENTO DE ARTE DRAMÁTICA
PROVA DE HABILITAÇÃO ESPECÍFICA / TEATRO
VESTIBULAR – 2013
1. CRONOGRAMA:
1.1. Realização das provas: dias 5, 6 e 7 novembro de 2012. Das 13h às 18h.
2. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA:
2.1. Os candidatos deverão apresentar no ato da inscrição e no dia da prova
um Documento de Identidade com foto e o comprovante de inscrição (boleto de
pagamento autenticado).
3. DA PROVA:
3.1. A prova de teatro será realizada em 03 etapas: monólogo, entrevista e
improvisação.
3.1.1. Monólogo: O candidato deverá apresentar uma cena individual de um
fragmento de texto teatral, definido pela Comissão Examinadora (em anexo).
As peças teatrais, com os textos na íntegra, das quais os monólogos foram
selecionados, encontram-se à disposição do candidato na Biblioteca do Instituto de
Artes (Rua Senhor dos Passos, 248 Centro CEP: 90020-180 Porto Alegre RS).
3.1.2. Entrevista: Será realizada uma entrevista com o candidato, na qual ele
Será questionado sobre aspectos relativos à peça teatral, do monólogo apresentado,
portanto, a leitura do texto integral da peça teatral selecionada é obrigatória.
3.1.3. Improvisação: O candidato deverá realizar uma cena improvisacional, cujo
tema será sorteado em sua presença, pela Comissão Examinadora.
4. AVALIAÇÃO:
4.1. A avaliação será feita por uma Comissão Examinadora composta por 02
professores do Departamento de Arte Dramática, do Instituto de Artes da UFRGS.
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação será feita, de acordo com os critérios listados abaixo.
5.1. Monólogo: Memorização do texto, expressão corporal, expressão vocal e
presença cênica.
5.2. Entrevista: Entendimento do fragmento de texto utilizado na cena
Interpretada (monólogo) e conhecimento do texto teatral, do qual foi retirado o
fragmento da cena interpretada.
5.3. Improvisação: Desenvoltura, utilização do espaço e tempo cênico e
capacidade de expressar cenicamente suas idéias.
7. OBSERVAÇÕES:
7.1. Os candidatos deverão, obrigatoriamente, comparecer às provas munidos
de documento de identidade com foto e comprovante de inscrição.
7.2. Não será permitido o ingresso de candidatos após o horário estabelecido para o
início das provas.
7.3. Durante as provas práticas, a cena pode ser interrompida pela Comissão
Examinadora se os professores considerarem que a performance do candidato teve o
desenvolvimento necessário par ser avaliada.
7.4. A data, o horário e a sala que o candidato deverá comparecer para realizar
As provas, serão indicados pela COPERSE no site www.vestibular.ufrgs.br, no link
Consulta a dados de inscrição.
Mais informações:
Departamento de Arte Dramática do Instituto de Artes da UFRGS
Rua General Vitorino, 255. Centro CEP: 90020-180 Porto Alegre RS
Telefones: 3308.4371 e 3308.4374
e-mail: [email protected]
CVU 2013 – Prova Específica DAD
Texto para mulheres
NINA
Por que disse que beijava o chão onde eu pisava, quando deveria é me
matar?Estou tão consumida? Seria tão bom poder descansar... Descansar! Sou uma
gaivota... Não! Sou uma atriz. É, sim! Ele também está aqui... Pois é... Não é nada...
Sim... Ele não acreditava no teatro, ria de meus sonhos, de modo que, aos poucos, eu
também fui perdendo a crença e a coragem... Depois vieram as aflições do amor, os
ciúmes, o eterno amor pelo bebê... Tornei-me mesquinha, insignificante, representava
sem convencer. Não sabia o que fazer com as mãos, como me postar em cena, não
dominava a voz. Você não pode compreender o que é isso, ter consciência de que atua
terrivelmente mal. Sou uma gaivota. Não, não é isso... Um dia - lembra? – você matou
aquela gaivota. O acaso trouxe um homem que viu a gaivota e a destruiu por simples
enfado, falta do que fazer... Tema para um pequeno conto... Mas tampouco é isso... Do
que eu falava mesmo? Ah, sim, falava do teatro. Agora sou outra pessoa. Agora sou uma
atriz de verdade, trabalho com prazer e paixão. No palco uma embriaguez se apodera de
mim e me sinto bela. Desde que estou aqui, passo o tempo andando, perambulando,
pensando, pensando, e sinto o ânimo crescer dia a dia... E agora, Kóstia, já sei e
compreendo que, em nosso trabalho – tanto faz se atuamos no palco ou escrevemos -, o
importante não é a glória, nem o brilho ou a realização dos sonhos, e sim saber sofrer.
Saber carregar a cruz e ter fé! Eu tenho fé e não sinto tanta dor e, quando penso em
minha profissão, já não temo a vida.
TCHECKHOV, Anton. A gaivota. In: TCHECKHOV, Anton. Teatro I. Mariporã/SP:
Editora Veredas, 1998. Pág. 63/64.
A peça completa deve ser lida com atenção!
Será a base para a entrevista com a Banca Examinadora.
CVU 2013 – Prova Específica DAD
Texto para homens
TROFIMOV
A Rússia inteira é o nosso jardim! É uma terra bela e grande, e existem nela
inúmeros lugares maravilhosos. Imagine só, Ánia. O seu avô e o seu bisavô, e todos os
seus antepassados, eram senhores de servos, proprietários de almas vivas... De cada
fruto deste jardim, de CAD folha de árvore, de cada tronco, seres humanos que sofriam
na servidão e estão observando. Não ouve suas vozes? Ser dono de almas vivas fez de
vocês gente diferente de todos os que viveram aqui outrora ou que vivem agora, de
modo que sua mãe e seu tio já nem percebem mais que vivem às custas de dívidas, por
conta dos outros, de gente que vocês não permitem ultrapassar a porta de entrada.
Vivemos num atraso de pelo menos duzentos anos. Pouco mais que nada aconteceu em
nossa terra, não temos nenhuma atitude definida em relação ao passado... apenas
filosofamos, queixamo-nos das tristezas e bebemos vodca... No entanto é tudo tão
claro!... Se quisermos de fato viver verdadeiramente o presente, então primeiro temos
de expiar o passado, temos de liquidá-lo; e só podemos expiá-lo com sofrimentos e um
trabalho infatigável e intenso. Ánia, guarde bem isso na cabeça!(...) Se estiver com as
chaves da casa atire-as neste poço e vá embora daqui. Seja livre como o vento... (...)
Acredite-me Ánia, acredite-me. Ainda nem completei trinta anos, sou jovem ainda, sou
estudante, mas como já sofri! Fome e miséria, doença e vadiagem... Experimentei tudo
como os mendigos. O destino me atirava de um canto para outro... Não obstante, em
todo o momento, dia e noite, minha alma estava cheia de um pressentimento secreto:
pressinto a felicidade, Ánia, sei que ela virá... Já a vejo chegando...
TCHECKHOV, Anton. O jardim das cerejeiras. In: TCHECKHOV, Anton. Teatro II.
Mariporã/SP: Editora Veredas, 1998. Pág. 96/97.
A peça completa deve ser lida com atenção!
Será a base para a entrevista com a Banca Examinadora.
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CVU 2013 – Prova Específica DAD