UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADE CATARATAS
FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos
a promoverem as transformações futuras”
DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO
TAMANDUÁ EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
ATRAVÉS DO BIOMONITORAMENTO
LUIZ JUNIOR TRUCCOLO
Foz do Iguaçu - PR
2010
I
LUIZ JUNIOR TRUCCOLO
DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO
TAMANDUÁ EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
ATRAVÉS DO BIOMONITORAMENTO
Trabalho
Final
de
Graduação
apresentado à banca examinadora da
Faculdade Dinâmica das Cataratas –
UDC, como requisito parcial para
obtenção de grau de Engenheiro
Ambiental.
Orientadora: Profa. Ms. Norma Barbado
Co-orientadora: Profa. Ms. Bruna
Camargo
Foz do Iguaçu – PR
2010
II
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a Deus, por iluminar meu caminho.
À minha família pelo carinho.
À minha linda que me incentivou e superou as dificuldades junto comigo.
À minha mãe Judith Brugnera e meu pai Luiz Angelo Truccolo (in memorian).
Especialmente a minha erma Silvana Paula Barbieri e meu cunhado Mauro Luis Gubert Barbieri que
me ajudaram durante todo curso.
III
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora, Professora Ms. Norma Barbado e co-orientadora, professora
Ms. Bruna Camargo, pela ajuda e compreensão durante a realização da pesquisa.
Aos proprietários do Centro de Recreação Wandscheer Ltda, Willi e Lurdes
Wandscheer, Rogerio Wandscheer e Fabio Wandscheer que disponibilizaram a área
para estudo e colaboraram para que a pesquisa fosse realizada.
Aos meus amigos Johnys Freitas e Reginaldo Jose de Oliveira que sempre
estiveram dispostos a me ajuda com a pesquisa.
A minha namorada Talita Petula Seubert que me ajudou nas coletas e visitas a
campo.
IV
TRUCCOLO, Luiz Junior. Diagnóstico da Qualidade da Água do Rio Tamanduá em
Área de Preservação Permanente Através do Biomonitoramento. Foz do Iguaçu,
2010. Projeto de Trabalho Final de Graduação - Faculdade Dinâmica de Cataratas.
RESUMO
O Rio Tamanduá tem sua extensão entre os municípios de Santa Terezinha de
Itaipu e Foz do Iguaçu. Este trabalho tem como objetivo, analisar a qualidade da
água em 3 pontos do Rio Tamanduá, através de biomonitoramento. Para isto, foram
analisados os parâmetros de turbidez, pH, temperatura e macroinvertebrados
bentônicos. As análises mostraram pH entre 6,65 a 7,25; turbidez entre 66,8 a 69,2;
temperatura média de 21°C e o total de 271 indivíduos, onde a classe Insecta foi
predominante, com 172 indivíduos analisados. O estudo demonstrou que a Área de
Preservação Permanente (APP), encontra-se atendendo às necessidades da fauna
bentônica, onde a distribuição das famílias dos macroinvertebrados acompanha os
três pontos analisados.
Palavras-Chave: Macroinvertebrados Bentônicos, Proteção dos Recursos Hídricos,
Monitoramento Biológico.
V
TRUCCOLO, Luiz Junior. Water Quality Biomonitoring at Tamanduá River in
Permanent Conservation Area. Foz do Iguaçu, 2010. Project to Completion of
Course Work - Faculdade Dinâmica de Cataratas.
ABSTRACT
The Tamanduá River is between Santa Terezinha de Itaipu and Foz do Iguaçu city.
This work has as objective to analyze if the Permanent Conservation area is into a
area of good quality of water. It was made collects in three different points in the river
to check the turbidity, pH and water temperature, besides the benthic macro
invertebrates. The analysis showed pH between 6,0 to 9,0; turbidity between 66,8 to
69,2; medium temperature 21°C and the total of 271 microorganisms, where the
predominant class was the Insecta with a number of 172 found it. The conclusion is
that this area is according to attend the benthonic fauna necessities, where the family
distribution of macroinvertebrates accompanies the three analyzed points.
Key Words: Benthic Macroinvertebrates, Water Resources Protection, Biologic
Monitoring.
VI
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................. VI
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 10
2.1 RIOS E SUAS CARACTERÍSTICAS ................................................................... 10
2.2 BIOMONITORAMENTO ...................................................................................... 12
2.3 MACROINVERTEBRADOS ................................................................................ 15
2.4 QUALIDADE DA ÁGUA....................................................................................... 17
2.5 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................ 19
3. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 20
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ..................................................... 20
3.2 COLETA DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS................................... 23
3.3 ANÁLISE DA ÁGUA ............................................................................................ 24
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 25
4.1 MACROINVERTEBRADOS ................................................................................ 26
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 31
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 32
VII
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Área em Estudo......................................................................................... 20
Figura 2: Área do Antigo Balneário .......................................................................... 21
Figura 3: Mapa da Localização Geográfica da Bacia do Rio Tamanduá .................. 22
Figura 4: Pontos de Coleta ....................................................................................... 23
Figura 5: Coletor Surber ........................................................................................... 24
8
1 INTRODUÇÃO
A água é um bem muito precioso porque dela dependem todos os seres
vivos para realizar suas funções vitais. Preservar a água torna-se cada vez mais
necessário já que a cada dia é mais escassa, devido ao mau uso dos recursos
hídricos e a falta de consciência ambiental da população.
A poluição dos recursos hídricos é um dos fatores mais preocupantes dos
últimos tempos, a cada ano que passa nossos aquíferos, rios e riachos estão
recebendo quantidades de poluentes e agrotóxicos que prejudicam todo o sistema
dependente da qualidade da água.
Consequentemente, deve-se executar programas de controle para
verificar o quanto o meio ambiente encontra-se prejudicado e propor alternativas
para prevenção e preservação dos recursos hídricos. O biomonitoramento, também
chamado de monitoramento biológico é uma técnica que a cada dia vem sendo mais
utilizada, por ser de fácil manejo apresentando resultados rápidos e satisfatórios.
Esse método é usado para medir a pureza das águas a partir da análise da fauna do
local.
Os macroinvertebrados estão ligados às atividades dos seres humanos, a
qualidade de vida desses microorganismos depende diretamente dos efeitos
causados pelos poluentes despejados nos rios. Sendo assim, após uma análise, é
possível verificar se a reserva florestal do local é suficiente como área de proteção.
O Biomonitoramento serve para medir a pureza das águas a partir da observação da
fauna em estudo, é um método usado já há algum tempo no Brasil. É usado em rios
cujas águas ou margens há grande variedade de espécies de macroinvertebrados
como moluscos e insetos. Essa técnica depende da coleta e observação de
amostras dos animais, a maioria na forma de larva, tendo baixo custo de
implantação e fácil manejo.
A
avaliação
dos
rios
pode
ser
feita
por
escalas
onde
os
macroinvertebrados são classificados em função do grau de tolerância com outros
que vivem em ambientes poucos oxigenados, isso causado pela redução de
oxigênio (grande proliferação de bactérias), local onde despejam esgoto doméstico.
Quando se percebe a predominância dos invertebrados tolerantes sobre outros
9
poucos resistentes, pode significar a baixa oxigenação da água e concluir que o
local está poluído.
O presente estudo tem como objetivo realizar um diagnóstico da
qualidade de água no rio Tamanduá, localizado em Foz do Iguaçu-PR, numa Área
de Preservação Permanente (APP) por meio de um monitoramento biológico.
10
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 RIOS E SUAS CARACTERÍSTICAS
Segundo Giuliatti e Carvalho (2009), a água é um dos assuntos mais
discutidos atualmente no mundo, e tem uma importância fundamental para a
sobrevivência dos seres vivos e também para as atividades desenvolvidas pelo
homem. As alterações dos ecossistemas aquáticos tem se tornado ponto negativo
das atividades antrópicas, entre elas: a mineração, a agricultura e a construção de
represas.
“Os sistemas lóticos podem ser divididos em três classes de tamanho: as
cabeceiras (rios de 1ª a 3ª ordens), rios de trecho médio (4ª a 6ª ordens) e
“grandes” rios (7ª ordem ou superior). Embora este sistema de classificação
seja geralmente útil, vale ressaltar que os efeitos da ordem do rio podem
variar um pouco entre diferentes bacias. Por exemplo, tanto as diferenças
em tamanho de bacias de rios de trecho superior quanto à topografia da
bacia podem afetar a natureza do padrão de ordem do rio” (KARR e
DUDLEY, 1981 apud SILVEIRA, 2004).
Os rios integram tudo que acontece nas áreas de entorno, considerandose o uso e ocupação do solo. Assim, suas características ambientais, especialmente
as comunidades biológicas, fornecem informações sobre as consequências das
ações do homem (CALLISTO, MORETTI e GOULART, 2000).
Para Silveira (2004), a saúde ecológica dos rios é de fundamental
importância no manejo de recursos hídricos no mundo, quando o ecossistema
aquático vem sofrendo impactos antropogênicos que alteram o seu funcionamento.
A temperatura é um fator de grande importância na estrutura da
comunidade de macro invertebrado em ecossistemas lóticos, pois a sua variação
anual é provavelmente responsável pela maior parte da variação geográfica e pela
presença e/ou ausência dos insetos bentônicos (WARD e STANFORD, 1982 apud
SILVEIRA, 2004).
Para Kikuchi e Uieda (1998) apud Giuliatti e Carvalho (2009), os fatores
de maior significância ecológica exibem progressiva mudança nos seus valores ao
longo dos rios sendo: a velocidade da corrente, o substrato, a temperatura, o
oxigênio dissolvido e o alimento.
11
Para matas ciliares o Código Florestal Brasileiro, sancionada na forma de
Lei N° 4771/65, o qual define área de preservação permanente (APP) como
áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, que tem por função
de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a biodiversidade, o fluxo
gênico de flora e fauna, a estabilidade ecológica, proteger o solo, e por fim e
talvez o principal, assegurar o bem estar das populações humanas. Logo,
são consideradas áreas de APP, florestas e demais formas de vegetação
nativa situada ao longo dos rios ou qualquer curso d’água. Sendo que 30
metros para ambos os lados de rios de até 10 metros de largura; 50 metros
de faixa de APP de ambos os lados para rio de 10 a 50 metros; 100 metros
de faixa de APP 25 para rios de 50 a 200m, 200m de APP para rios de
200m a 600m e 500m de APP para corpos d’água superiores a 600m
(BRASIL, 1965).
Segundo Araujo (2002) nas Áreas de Preservação Permanente (APP) por
imposição da lei, a vegetação deve permanecer intacta, para garantir a preservação
dos recursos hídricos, biodiversidade e da estabilidade geológica, também o bemestar da população humana, por isso, o regime de proteção é bastante rígido,
exigindo a intocabilidade. As cidades se desenvolvem em tornos dos rios, pois se faz
necessário para a sobrevivência, abastecimento de água e mesmo lançamentos de
efluentes, todavia, essas áreas de preservação deveriam ser controladas pelas
normas que regulam as mesmas, e na prática simplesmente são ignoradas
aumentando os prejuízos ambientais.
As matas ciliares são formações vegetais - florestais, que estão
associadas aos corpos d’água, podendo-se estender por vários metros a partir da
margem, apresentando variações em sua composição florística (OLIVEIRA-FILHO,
1994).
As alterações em cabeceiras de rios alteram trechos a jusante devido ao
transporte de massas d’água e sedimentos de origem alóctone ou erodida das
margens, as perturbações antrópicas em bacias de drenagem afetam as
comunidades de organismos aquáticos devido aos processos de lavagem
(CALLISTO, MORETTI e GOULART, 2000).
Ferreira e Dias (2004) analisaram um trecho do curso principal do
Ribeirão São Bartolomeu, em Viçosa-MG, com objetivo de fazer um levantamento de
remanescentes de mata ciliar e estimar a área a ser recuperada com espécies
nativas da região. A área em estudo apresentou apenas 5,7% da área de mata ciliar
que deveria existir de acordo com a legislação vigente. Sendo necessária cerca de
82.830 mudas de espécies nativas da região para o plantio.
12
2.2 BIOMONITORAMENTO
Segundo Pivetta et. al. (2001), com o grande número de publicações onde
o monitoramento biológico aparece como palavra-chave, podemos notar o aumento
das pesquisas sobre o monitoramento biológico, os principais fatores que
comprovam esse avanço são as atividades de prevenção, sendo o principal meio
para limitar as patologias que estão correlacionadas ao ambiente, parâmetros
biológicos e as alterações do estado de saúde, desenvolvimento das técnicas
analíticas que servem para individualizar e quantificar parâmetros biotoxicológicos.
Para Barreto, Rocha e Oliveira (2009), a atividade dos monitoramentos de
parâmetros de qualidade de águas nos corpos hídricos tem muita importância,
principalmente aqueles que fornecem água para a população, sendo para prevenção
de possíveis agravantes a saúde pública e também para poder desenvolver ações
de recuperação dos corpos hídricos já fortemente impactados.
A biota aquática é capaz de responder a uma série de distúrbios,
antropogênicos ou naturais, sendo baseado nessas respostas, adota-se uma
abordagem chamada de monitoramento biológico ou biomonitoramento, podendo
sintetizar a história recente das condições ambientais (CAIRNS e PRATT, 1993
apud BUSS, OLIVEIRA e BAPTISTA, 2008).
Silva et. al. (2009), analisaram as modificações da comunidade bentônica
em mananciais hídricos provocadas pelo uso de agrotóxicos em lavouras orizícolas
no Sul do Brasil. Foram coletados sedimentos em rios e lagos de sete regiões. Foi
determinado durante o período de estudo, que não há evidências de que as
concentrações de agrotóxicos detectadas nos mananciais hídricos tenham influência
na comunidade de macroinvertebrados bentônicos.
Mesmo sendo útil em diversas etapas e com significados diferentes os
indicadores biológicos na maior parte das situações permitem explorar, quantificar a
dose biologicamente ativa e efeitos biológicos precoces (PIVETTA et. al. 2001).
Segundo Silveira, Queiroz e Boeira (2004), o biomonitoramento de corpos
hídricos através do uso de macroinvertebrados é cada vez mais usado e aceito
como uma importante ferramenta na avaliação da qualidade da água, embora seja
uma ferramenta utilizada desde o início do século XX na Europa e na América do
Norte.
13
Alvarenga e Carvalho (2005), avaliaram o principal curso d’água que
drena o perímetro urbano de Ipatinga-MG, com o nome de Ribeirão Ipanema. Foram
utilizados macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores de qualidade, em
seis estações de coleta entre os meses de junho a dezembro de 2005. As análises
revelaram que a parte alta do Ribeirão apresenta há maior riqueza, equitabilidade e
baixa dominância, nas partes médias e baixas, apresentaram baixa diversidade,
equidade e alta dominância. Também os trechos urbanos apresentaram alta taxa de
matéria orgânica devido ao lançamento dos esgotos.
Rosenberg e Resh (1993) apud Silveira, Queiroz e Boeira (2004),
constituíram uma importante obra sobre o tema, ajudando principalmente os
iniciantes no estudo no biomonitoramento da qualidade das águas. O baixo custo e
aparato técnico simples servem para dar condições e importância na qualidade e no
padrão a ser mantido, para que os estudos sejam comparados em áreas de clima e
geografia semelhante.
O monitoramento ambiental preventivo dos ecossistemas aquáticos serve
para a avaliação preliminar de riscos ecológicos, em função da grande diversidade
de impactos ambientais sobre os ecossistemas aquáticos. O controle ambiental de
riscos ecológicos deve envolver uma abordagem integra, sendo através do
monitoramento da qualidade física, química e biológica da água (GOULART e
CALLISTO, 2003).
Atualmente, o uso de bioindicadores tem se tornado corrente na avaliação
de impactos ambientais provocados pela má administração do ambiente (SOUZA,
2006).
Segundo Silveira, Queiroz e Boeira (2004). O uso de indicadores
biológicos para avaliação da qualidade das águas é sustentado também pela
legislação dos Recursos Hídricos (Lei 9433/97, que institui a Política Nacional de
Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos) [...].
A abordagem de avaliação da saúde de ecossistemas aquáticos através
da utilização de indicadores biológicos abrange objetivos e práticas da pesquisa
ecológica, como a identificação de padrões espaciais e temporais (SCRIMGEOUR e
WICKLUM, 1996 apud CALLISTO, MORETTI e GOULART, 2000).
As ciências naturais tem feito um significativo progresso com a
apresentação de informações biológicas, além de fornecer dados que registram os
14
níveis de poluição do ambiente ou a quantidade de poluentes, sendo as quais não
só indicam a presença de poluentes e também como estes interagem na natureza,
proporcionando uma melhor indicação de seus impactos na qualidade dos
ecossistemas (SOUZA, 2006).
A integração entre as ciências que diz respeito ao reconhecimento das
relações entre usos do solo, qualidade de água e respostas biológicas, tendo as
bacias hidrográficas como unidade de estudo e gestão, incentivaram o avanço em
termos conceituais, metodológicos e técnicos que estuda esses ecossistemas
(BUSS, OLIVEIRA e BAPTISTA, 2008).
Foi criada uma regra para identificação das espécies utilizáveis para
bioindicadores da qualidade da água, sendo classificados de acordo com
organismos que compartilham semelhança, podendo ser agrupados organismos
com a mesma espécie, onde são capazes de se reproduzir entre si e gerar uma
descendência fértil que também pode se reproduzir. Em sequência podem ser
agrupadas em gêneros, famílias, ordens, classes, filos e reinos (BUSS, 2007).
Souza (2006), tem feito um significativo progresso com a apresentação de
informações biológicas, tais delas não só indicam a presença de poluentes, mas
como interagem na natureza, proporcionando uma melhor indicação dos seus
impactos na qualidade dos ecossistemas. Pesquisas estão sendo desenvolvidas
pela preocupação da alteração da paisagem passageiras ou não, com risco de
permanecer nos sistemas das comunidades biológicas.
O uso das respostas dos organismos em relação ao meio onde vivem
está relacionada com o uso de parâmetros biológicos para medir a qualidade da
água, tendo os rios sujeitos a inúmeras perturbações, a biota aquática reage a esses
estímulos, sejam eles naturais ou antropogênicos (BUSS, BAPTISTA e NESSIMIAN,
2002).
Considerando as áreas com grande concentração da parcela miserável
da sociedade, tem-se uma pressão ainda maior sobre os recursos naturais,
decorrente da total desinformação e falta de recursos, aliada a péssimas condições
de vida, pode ser observado principalmente nas periferias onde os ecossistemas
aquáticos transformam-se em grandes corredores de esgoto a céu aberto
(GOULART e CALLISTO, 2003).
15
2.3 MACROINVERTEBRADOS
Segundo Rocha et. al. (2006), que avaliaram trechos de um córrego ao
longo da Bacia do rio das Velhas em Belo Horizonte, encontraram densidade
taxonômica em áreas conservadas, porém quando avaliou as ocupadas, com alta
densidade populacional, reduziu-se a densidade bentônica.
Para Morais, Quintanilha e Resende (2007), quando a área urbanizada
tem baixa densidade populacional e não dispõe de grandes centros industriais, a
pequena descarga de dejetos em córregos e rios geram impactos leves sobre as
comunidades aquáticas, resultando uma mudança menos perceptíveis em sua
estrutura e composição. Sendo assim, a maioria dos estudos utilizando
macroinvertebrados bentônicos foram utilizados em áreas que apresentaram
grandes fontes de poluição, tendo pouco conhecimento sobre mudanças na
estrutura das comunidades em situações de fontes leves de poluição.
Os insetos bentônicos são importantes no ambiente de água doce,
demonstrado através de sua diversidade e abundância, ampla distribuição e
habilidade para explorar a maioria dos tipos de hábitats aquáticos (RODRIGUES,
2006).
Pode ser classificado macroinvertebrados bentônicos em três grupos
principais, sendo em relação à tolerância frente a adversidades ambientais, tendo
exceções dentro de cada grupo, sendo: organismos sensíveis ou intolerantes,
organismos tolerantes e organismos resistentes (GOULART e CALLISTO, 2003).
A avaliação rápida da qualidade de habitats tem sido desenvolvido
visando a descrição geral da qualidade de um habitat físico, técnicas que avaliam
qualitativamente vários atributos dos habitats, onde são pontuados ao longo de um
gradiente de ótimo a pobre, utilizando observações visuais com um mínimo de
medidas (CALLISTO, MORETTI e GOULART, 2000).
Carvalho e Uieda (2004), citam que além dos macroinvertebrados compor
um grupo de grande importância ecológica em riachos, eles tem um papel
fundamental na trama alimentar destes ambientes.
Batista et. al. (2002) avaliaram pontos específicos do Lago Municipal da
cidade de Cascavel-PR e realizaram um levantamento dos macroinvertebrados do
16
mesmo, tendo resultados obtidos da presença de 22 grupos taxonômicos, sendo 18
famílias identificadas.
O seu uso como bioindicadores é recomendado, pois estes refletem as
mudanças em variáveis do ambiente aquático, tais como, pH, oxigênio dissolvido e
matéria orgânica (ESTEVES, 1998 apud MORAIS, QUINTANILHA e RESENDE,
2007).
Querol e Castro (2005) realizaram um trabalho com o objetivo de avaliar a
qualidade da água do Arroio Imbaá, cidade de Uruguaiana no estado do Rio Grande
do Sul. Após a captura dos macroinvertebrados foram feitas as leituras em
laboratório, onde se classificou a qualidade do arroio como “regular”, isso está
refletido pela dominância de determinados grupos residentes em todos os pontos de
coletas.
Os macroinvertebrados são indicadores de degradação ambiental além
de ser fonte alimentar para peixes e também influenciar nos processos de ciclagem
de nutrientes, produtividade primária e decomposição. A característica da
comunidade bentônica esta relacionada aos conjuntos de organismos que vivem
todo ou parte de seu ciclo vital em ambientes aquáticos (MAZZONI, SCHAFER e
LANZER, 2009).
A desestruturação do ambiente físico e químico, ocasionada pelo
processo de eutrofização resulta em alterações na dinâmica e estrutura das
comunidades biológicas (CALLISTO et. al. 2005).
Os macroinvertebrados bentônicos diferem entre si, desde ambientes
limpos ou de boa qualidade de águas, passando por organismos tolerantes até
organismos resistentes. Os locais poluídos geralmente possuem baixa diversidade
de espécies e elevada densidade de organismos, restritos a grupos mais tolerantes,
logo as comunidades bentônicas necessitam de certo tempo para estabelecer suas
populações, que por sua vez necessitam de condições ambientais próprias para a
sua permanência no meio (CALLISTO, MORETTI e GOULART, 2000).
17
2.4 QUALIDADE DA ÁGUA
O padrão de qualidade de vida de uma população está diretamente
relacionado à disponibilidade e à qualidade de sua água, sendo esta, o recurso
natural mais crítico e mais susceptível a impor limites ao desenvolvimento, em
muitas partes o mundo (FARIAS, 2006).
O filo Arthropoda é maior em número de espécies de todos outros filos
animais juntos. O número de espécies deste filo, chega a cerca de 85% de todas as
espécies animais conhecidas (BUSS, 2007).
Para Salles et. al. (2004) um dos maiores e mais bem sucedidos da
ordem Ephemeropta é a família Baetidae, tendo cerca de 90 gêneros e 650
espécies. A ocupação das ninfas de Baetidae atinge grande variedade de hábitat de
água doce, tendo maior diversidade em ambientes lóticos, ambientes que variam de
forte correnteza até aquelas de remanso. As ninfas constituem um dos principas
grupos de macroinvertebrados bentônicos e um amplo conhecimento de seus
integrantes, tornando-se essencial para os crescentes estudos visando à
recuperação e manejo de recursos hídricos.
As
ordens
de
insetos
aquáticos
Ephemeroptera,
Trichoptera
e
Plecoptera, são caracterizadas por organismos que possuem necessidade de
elevadas concentrações de oxigênio dissolvido na água, sendo normalmente
habitantes de ambientes com alta diversidade de hábitats e microbacias (GOULART
e CALLISTO, 2003).
A classe Oligochaeta, juntamente com as larvas de Chironomidae,
constitui os principais componentes da fauna de invertebrados em diferentes tipos
de habitats, fazendo parte de comunidades como bentos, perifiton e pleuston, tanto
em ambientes lênticos como lóticos (PAMPLIN, ROCHA e MARCHESE, 2005).Ver
significado das palavras.
Os adultos diferentes das outras ordens, só possuem um par de asas
membranosas para voar, tendo o segundo par modificado, servindo para dar
equilíbrio ao inseto na hora do vôo, característica que denomina o nome de Diptera.
Outro diferencial é a sobrevivência em ambientes muito poluído, necessitando de
pouco oxigênio dissolvido graças a adaptações respiratórias como sifão anal, usado
para captar o ar atmosférico (BUSS, 2007).
18
Silva et. al. (2007), realizaram um estudo com o objetivo de analisar os
hábitos alimentares da comunidade de Chironomidae do córrego Vargem Limpa, no
município de Bauru-SP, logo após identificação foram selecionados com suas
características entre elas o modo alimentar, divididos em: coletores, filtrados,
fragmentadores, raspadores e predadores. Sendo que o grupo dos coletores
dominante, representando 76% da fauna amostrada, também analisando a
identificação dos itens ingeridos permitiu agrupar os gêneros de chironomidae
analisados, segundo sua posição trófica na comunidade, sendo 75% como
detritívoros, 18,75% como onívoros, 6,25% como herbívoros e nenhum gênero
exibiu dieta carnívora.
A qualidade da água reflete sua composição quando afetada por causas
naturais e por atividades antropogênicas, tendo os conceitos de qualidade da água e
poluição então ligadas, sendo que a poluição decorre de uma mudança na qualidade
física, química, radiológica ou biológica do ar, água ou solo, causada pelo homem ou
por outras atividades antropogênicas que podem ser prejudiciais ao uso presente,
futuro e potencial do recurso (BRANCO, 1991 apud FARIAS, 2006).
Avaliaram a riqueza de espécies de Oligochaeta em dois reservatórios da
Bacia Hidrográfica do rio Tietê, no estado de São Paulo. As amostras de sedimento
com total de 360 foram coletadas em 90 pontos, foram encontradas 20 espécies
pertencentes a 10 gêneros e 04 famílias, a família Naididae foi a com maior número
de espécies, e entre as amostras identificadas, 6 espécies estiveram presentes em
ambas as represas (PAMPLIN, ROCHA e MARCHESE, 2005).
A ordem Ephemeroptera recebeu esse nome por ter uma característica de
permanecer como ninfas por até 16 anos, já na vida adulta permanece apenas o
tempo necessário para se reproduzir, sendo ninfas ou adultos podem ser
reconhecidas por possuírem três caudas, os cercos caudais, características que os
distinguem dos outros grupos (BUSS, 2007).
Sendo o grupo mais antigo dentre os insetos e composta por cerca de
400 espécies a ordem Ephemeroptera apresenta ninfas que exibem uma variedade
de estratégias alimentares, podendo ser filtradoras, raspadoras, fragmentadoras,
coletoras ou predadoras, constituem um dos grupos dentre os macroinvertebrados
bentônicos, grande parte são herbívoras ou detritívoras e também servem de
alimentos para alguns predadores, principalmente peixes. Tem utilização em
programas de biomonitoramento de qualidade da água (SALLES et. al. 2004).
19
Em grande maioria dos Anelídeos possui respiração cutânea, onde as
trocas gasosas entre o organismo e o meio são feitas pela pele, a maior parte deles
tem uma grande importância na aeração dos solos e drenagem da água, ao moverse constroem galerias subterrâneas. A classe Oligochaeta, oligo= poucos; chaeta=
cerdas, é representada pelas minhocas e possui indivíduos terrestres e de água
doce, em ambiente aquático vivem em locais rasos, enterrados no sedimento
(BUSS, 2007).
2.5 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Área de preservação permanente: área protegida nos termos dos arts. 2º
e 3º desta Lei N° 4771- 1965, CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO. Coberta ou não
por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas.
A Resolução CONAMA - LEI N°303 de março de 2002, Art. 3º
Constitui Área de Preservação Permanente a área situada em faixa
marginal, medida a partir do nível mais alto, com largura mínima de: trinta
metros, para o curso d`água com menos de dez metros de largura;
cinqüenta metros, para o curso d`água com dez a cinqüenta metros de
largura; cem metros, para o curso d`água com cinqüenta a duzentos metros
de largura; duzentos metros, para o curso d`água com duzentos a
seiscentos metros de largura; quinhentos metros, para o curso d`água com
mais de seiscentos metros de largura.
Resolução CONAMA - LEI Nº 357, de 17 de março de 2005. Art. 16.
Águas doces de classe III, os parâmetros indicando qualidade da água, seguem 100
Unidades Nefelométricas de Turbidez (UNT), para turbidez, 6.0 a 9.0 para pH.
20
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A cidade de Foz do Iguaçu está localizada no extremo oeste do Paraná,
na divisa do Brasil com o Paraguai e Argentina. Tendo como coordenadas
geográficas, 25º32’52’’ S e 54º35’16’’ W. Faz divisa com os municípios de Sta.
Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia no Brasil; Cuidad del Este e
Hernandarias no Paraguay; Puerto Iguazu na Argentina. Com área de 617.791 km² e
população de 325.137 (IBGE, 2009).
A área de estudo, com aproximadamente 8 ha, está localizada no bairro
Arroio Dourado, junto à empresa Centro de Recreação Wandscheer Ltda, área rural
da cidade. A Área de Preservação Permanente foi isolada há cerca de seis anos,
mantendo-se inutilizada até os dias de hoje (Figura 1).
Figura 1: Área em estudo.
Fonte: Google Earth, 2010.
21
Essa área sofreu degradação durante anos, pois servia como balneário
ao público, que utilizava toda essa localidade para lazer, as pessoas tinham acesso
ao leito do rio que era utilizado como local de banho e pesca. Local usado como
antigo balneário. (Figura 2).
Figura 2: Área do antigo balneário
Fonte: Google Earth, 2010.
A Bacia do rio Tamanduá tem extensão entre os municípios de Foz do
Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu. A nascente se encontra no município de Santa
Terezinha de Itaipu, até a BR 469 (Rodovia das Cataratas), possui comprimento de
11.300m, com largura média de 10m. (Figura 3).
22
Figura 3: Mapa da localização geográfica da bacia do Rio Tamanduá
Fonte: PADCT / SANEPAR / PR-2000.
23
3.2 COLETA DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS
Para coleta da fauna bentônica foram selecionados 03 pontos: P1
(aproximadamente 800 metros antes da APP), P2 (dentro da APP) e P3
(aproximadamente 800 metros depois da APP), localizada no leito do Rio
Tamanduá. (Figura 4).
Figura 4: Pontos de Coleta.
Fonte: Google Earth 2010.
Para a coleta dos macroinvertebrados bentônicos, foi utilizado um surber
de malha de 500 µm. A rede foi posicionada contra a velocidade da corrente, sendo
o esforço amostral de 1 minuto. Após a coleta, os mesmos foram fixados em álcool
70% e corante rosa de bengala (12/mgL-¹). O procedimento de coleta é ilustrado na
figura (Figura 5).
24
Figura 5: Coletor Surber.
As amostras foram triadas e identificadas até o menor nível taxonômico
possível. Para a análise da qualidade da água foram utilizados os dados de
abundância da fauna dos macroinvertebrados.
3.3 ANÁLISES DA ÁGUA
Foram realizadas coletas de água para análises de temperatura, pH e
turbidez. As amostras foram analisadas no laboratório da Faculdade Dinâmica das
Cataratas (UDC). Para análise do pH foi utilizado um pHmetro, para a turbidez um
turbidímetro e temperatura um termômetro.
25
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O pH variou de 6,65 a 7,25 em todos os pontos de coleta analisados. De
acordo com a Resolução CONAMA Nº 357, de 17 de março de 2005. Art. 16. Águas
doces de classe III, os parâmetros indicando qualidade da água, pH entre 6,0 a 9,0.
O que indica os dados encontrados de acordo e dentro dos parâmetros
estabelecidos.
Para Giuliatti e Carvalho (2009), que analisaram a distribuição das
assembléias
de
macroinvertebrados
bentônicos,
determinaram
que
águas
superficiais possuam um pH entre 4 e 9, em condições naturais o pH reflete o tipo de
solo por onde percorre. O pH pode subir em dias ensolarados, devido as algas
retirarem gás carbônico da água, fonte de acidez, o que indica que o pH encontrado
na área de estudo, está dentro dos parâmetros estabelecidos, normal para as
características encontradas na área.
As análises de turbidez revelaram valores que variam de 66,8 a 69,2
Unidades Nefelométricas de Turbidez (UNT), encontrando-se de acordo com a
Resolução CONAMA Nº 357, de 17 de março de 2005. Art. 16. Águas doces de
classe III, os parâmetros de qualidade de água indicam turbidez até 100 UNT. As
análises realizadas tiveram resultados dentro dos parâmetros.
A temperatura média registrada da água foi 21C°, temperatura normal
para o mês de Outubro na região.
26
4.1 MACROINVERTEBRADOS
Um total de 86 indivíduos foram coletados no ponto P1, onde foram
encontrados três Filos, representados por: Arthropoda (Classe Insecta) (62,7%),
Annelida (Classe Oligochaeta) (16,2%) e Nematoda (20,9%).
A Classe Insecta foi representada por quatro ordens: Ephemeroptera
(Família Baetidae e Caenidae) (9,3%), Diptera (Família Chironomidae e Simuliidae)
(47,6%) além das ordens Plecoptera (3,5%) e Tricoptera (2,3%).
Um total de 89 indivíduos foram coletados do P2, os quais foram
agrupados em três filos, representados por: Arthropoda (Classe Insecta) (60,6%),
Annelida (Classe Oligochaeta) (13,6%) e Nematoda (25,8%).
A Classe Insecta foi representada por duas ordens: Ephemeroptera
(Família Baetidae e Caenidae) (11,3%), Diptera (Família Culicidae, Chironomidae e
Simuliidae) (49,3%).
No ponto P3 foram encontrados, 96 indivíduos onde foi representados por
três Filos: Arthropoda (Classe Insecta) (66,5%), Annelida (Classe Oligochaeta)
(15,6%) e Nematoda (17,8%).
Os grupos e as quantidades de indivíduos encontrados nos pontos de
coleta são apresentados na tabela.
27
Tabela 1 - Grupos e número de indivíduos encontrados nos pontos de coleta.
Grupos
P1
P2
P3
03
04
11
05
06
13
-
09
Simuliidae
20
14
22
Chironomidae
21
21
09
Arthropoda
Insecta
Plecoptera
03
-
02
Trichoptera
02
-
03
Annelida
Oligochaeta
14
12
15
Nematoda
18
23
17
encontrados
indivíduos
Arthropoda
Insecta
Ephemeroptera
Baetidae
Caenidae
Arthropoda
Insecta
Diptera
Culicidae
Na
presente
pesquisa
foram
04
da
ordem
Ephemeroptera em todos os pontos analisados, entre eles a família Baetidae, P1
(4,5%), P2 (3,5%) e P3 (11,4%) e a família Caenidae, P1 (6,8%), P2 (3,5%) e P3
(13,5%). Percebeu-se um aumento significativo dentro do ponto P3, tanto na família
Baetidae quanto Caenidae. As duas famílias tiveram presença nas amostras,
podendo determinar a taxa de poluição existente, sendo classificada como baixa,
logo que nenhuma das famílias foi extinta.
Foram identificados nas amostras coletadas no ponto P1, os organismos
da ordem Diptera, a ordem mais abundante encontrada no total das amostras, entre
28
elas estão às famílias: Culicidae, Simuliidae e Chironomidae, totalizando (49,3%).
No ponto P3 as mesmas totalizaram (36,4%). Para o ponto P2 foram identificadas
apenas as famílias Simuliidae e Chironomidae com total de (47,6%).
A família Chironomidae foi encontrada com maior número nos pontos P1
(23,5%) e P2 (24,4%), uma das características desta família é a capacidade de
resistir em locais com baixas concentrações de oxigênio. Para Giuliatti e Carvalho
(2009) a alta dominância da Família Chironomidae, associada à baixa diversidade
de outros grupos de insetos podem indicar que o Ambiente analisado esteja
passando por processos de degradação. No ambiente da pesquisa foram
encontrados indivíduos resistentes a ambientes poluídos, porém também foram
encontrados indivíduos extremamente sensíveis a poluição e degradação,
demonstrando que o ambiente está com boa qualidade de água.
Estudando a fauna bentônica presente em dois cursos d'água de altitudes
diferentes no Rio Grande do Sul, a família Chironomidae também foi a mais
abundante nos dois ambientes. (BUENO
et
al.,
2003
apud
GIULIATTI
E
CARVALHO, 2009)
Segundo Buss (2007) algumas espécies da ordem Diptera podem viver
em locais extremamente poluídos, com pouco oxigênio dissolvido na água, por
terem sifão anal, que capta ar atmosférico, podem também sugar o aerênquima das
plantas. Essa espécie apresenta essa característica porém podem ser encontradas
em ambientes com água com boa qualidade.
No ponto P3 a porcentagem encontrada da família Chironomidae foi
apenas (9,3%), mostrando um aumento na concentração de oxigênio, onde o fluxo
de matéria orgânica diminuiu.
Ainda analisando a ordem Diptera, a família Simuliidae foi encontrada nos
três pontos de coleta, sendo P1 (15,7%), P2 (23,2%) e P3 (22,9%). Umas das
características da Ordem Diptera, é a capacidade de sobrevivência em ambientes
variados, logo a diferença registrada foi apenas nas amostras no ponto P1, onde o
percentual foi abaixo da média encontrada nos demais pontos de coleta. Para
Callisto, Moretti e Goulart (2000) a ordem Diptera pode ser encontrada em habitats
muito variados, sendo em lagos ou rios com diferentes profundidades, podem ser
encontradas em águas limpas, classificadas pela família Simuliidae ou em águas
contaminadas por alguns gêneros de Chironomidae. Também pertencem ao grupo
29
trófico dos raspadores, coletores e coletores filtradores, alimentam-se de matéria
orgânica particulada fina.
Logo percebe-se que as espécies sensíveis a ambientes poluídos estão
em todos os pontos, sendo a família Simulidae, o que demonstra que o ambiente
não esta poluído.
As análises realizadas nos pontos P1 e P2, apresentaram duas ordens
que podem ser classificadas como menos tolerantes a poluição, Plecoptera e
Trichoptera (5,1%), diagnóstico que indica uma melhora na qualidade do meio onde
esses organismos habitam. Segundo Callisto, Moretti e Goulard (2000) na maioria
dos representantes de Trichoptera vivem em águas correntes limpas e bem
oxigenadas, embaixo de materiais vegetais, troncos e pedras. Essas características
indicam águas oligotróficas, de baixa concentração de nutrientes. Os estudos e
biomonitoramento utilizando a abundância deste grupo, junto com Ephemeroptera,
Plecoptera tem indicado águas de boa qualidade. Podendo concluir que a água
analisada encontra-se em boas condições, permitindo a sobrevivência dos
indivíduos destas ordens.
Para Callisto e Moreno (2006) após medidas de saneamento e tratamento
de esgotos, permitindo a revitalização das comunidades aquáticas, os resultados
encontrados pelo programa de biomonitoramento apontaram um melhora na
qualidade da água, onde foi detectada o aumento da riqueza taxonômica e a
presença de organismos menos tolerantes como Trichoptera e Plecoptera. As
análises deste estudo mostram uma taxa pequena destes indivíduos, apesar dos
mesmos não terem sido encontrados no ponto P2. Verifica-se uma boa distribuição
dos macroinvertebrados nos pontos P1 e P3. Também a disposição desses
indivíduos deve-se adaptação em áreas de correnteza, suas características e
formato estrutural ajudam na sobrevivência nesses locais, além de serem sensíveis
a ambientes poluídos, resultado que indica boa qualidade da água e boa adaptação
dos táxons nesses ambientes P1 e P3. Conclui-se que a área do ponto P2 ainda não
esta de acordo com as condições dos pontos P1 e P3, apesar de mostrar pouca
diferença entre as espécies encontradas.
A Classe Insecta apresentou a maior porcentagem entre as encontradas
na pesquisa, o total nos pontos foram P1 (60,6%), P2 (62,7%) e P3 (66,5%). Classe
representada em maior porcentagem para Giuliatti e Carvalho (2009), onde a classe
Insecta predominou nas duas áreas analisadas, compreendendo cerca de (93%) do
30
total dos indivíduos coletados. A mesma classe teve maior número nos três pontos,
desta pesquisa devido às características e condições apresentadas no ambiente de
estudo.
Para Sonoda (2005) é evidenciada o número de famílias restritas aos
locais, onde a família Culicidae foi encontrada exclusivamente em local com mata.
Na área em estudo foi encontrada esta família com índice baixo apenas nos pontos
P1 e P3, onde por ser uma área mais preservada pela mata ciliar, contem indivíduos
como estes no local, enquanto no ponto P2 a ausência dos mesmos deve-se à mata
não estar totalmente recuperada.
A família Baetidae foi encontrada nos pontos P1 (4,5%), P2 (3,5%) e P3
(11,4%). As margens tiveram próximas nos pontos P1 e P2. Kikuchi e Uieda (1998)
apud Francischetti et. al. (2004) em um trecho do córrego Itaúna, SP, encontraram,
em área aberta e corredeiras, espécies da família Baetidae. Características desta
família são ambientes com corredeiras, sendo comprovada na área de estudo, onde
todos os pontos fornecem corredeiras.
A presença de Oligochaeta foi presenciada nos pontos, P1 (13,6%), P2
(20,9%) e P3 (15,6%), os números de indivíduos tiveram pouca variância, sendo
mais um dos organismos que identificam a boa distribuição dos macroinvertebrados
dentro da área em estudo. Segundo Piedras et. al. (2006) a taxa de Oligochaeta foi a
mais comum em todos os pontos, sendo que o aumento do número de Oligochaeta
ocorreu com a redução da concentração de oxigênio dissolvido na água.
Segundo Carvalho e Uieda (2004) grupo Annelida, representado por
Oligochaeta, sendo o segundo grupo em abundância encontrado, um dos fatores
que possivelmente influenciou sua ocorrência foram condições do habitat físico, com
pouca profundidade, correnteza moderada, e grande quantidade de matéria orgânica
depositada sobre o substrato. As mesmas condições foram encontradas também na
área em estudo.
31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na área de estudo foram registrados organismos considerados sensíveis
a poluição, como os grupos Plecoptera e Trichoptera.
Dessa forma, as analises revelaram que o ambiente de estudo
apresentou uma boa qualidade da água, considerando a riqueza de organismos
bentônicos registrados no local.
Sugere-se a realização de estudos complementares para uma analise
completa do ambiente, e um monitoramento em um período mais longo. Além disso,
sugerem-se novos estudos que considerem um numero maior de variáveis
ambientais.
32
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BRUNO H