A PSICOLOGIA EM 2063 PEREIRA, Jessica Caroline1 TURRA, Jessica SOLTOSKI, Raphael OLIVEIRA, Renata Rafaelly de BARCELOS, Roseane ABREU, Thais Juliane Dias de 1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como finalidade a explanação acerca das possibilidades que circundam o futuro da Psicologia. Inicialmente serão apresentadas considerações ilustrando o cenário atual desta ciência e sequencialmente as tendências sobre seu futuro. Para tanto, buscou-se a utilização de referenciais teóricos recentes e selecionados conforme relevância científica. 2. PSICOLOGIA: CONSIDERAÇÕES SOBRE O CENÁRIO ATUAL De acordo com Pfromm (2007), a situação da Psicologia na ultima década gera desalento, uma vez que são inúmeros os desafios, as perplexidades e motivos de preocupação com a área e sua atuação profissional. Um das preocupações básicas, e que naturalmente nunca deixou de existir ao longo de sua formulação, é a que se refere à definição de objeto de estudo da psicologia. Este se encontra fragmentado e distribuído por distintos sistemas de idéias (NEUBERN, 2000). O objeto de estudo pode ser compreendido como eixo central de investigação de uma ciência, contudo em Psicologia existem inúmeros objetos de estudo, o que dificulta sua aceitação como Ciência, tal como as ditas exatas. 1 Acadêmicos do 8º. Período do curso de Psicologia das Faculdades Dom Bosco. Adentrando especificamente à temática das abordagens em psicologia, estas evidenciam as contradições existentes na área, uma vez que, comumente os profissionais possuem alto nível de conhecimento acerca da abordagem escolhida, mas consideram as demais alheias a sua prática profissional, conhecendo-as superficialmente. Com intuito de corroborar esta afirmação, podemos considerar a ideia apresentada por Neubern (2000), que afirma que a psicologia enquanto ciência se vê em meio a um considerável campo de produção, caracterizado pela pluralidade de teorias e metodologias, e as quais possuem poucas articulações e diálogos entre si. Outro ponto de discussão imprescindível é o que faz referência à identidade profissional. Segundo Mazer & Silva (2010), a mesma se faz útil no sentido de conhecer em maior profundidade a carreira, a multiplicidade de áreas de atuação e as possibilidades de trajetórias pessoais e profissionais. Entretanto, conforme Novaes (2000), o profissional da psicologia, não tem um embasamento teórico coerente e consistente, não explicita coerentemente uma identidade profissional própria, capaz de reunir competências e habilidades de atuação. Tais oposições observadas geram impactos significativos na formação bem como na posterior atuação profissional. A questão da formação tem sido alvo de intensos debates, quase que exclusivamente voltados para conclusões insatisfatórias, uma vez que esta deixa de oferecer bases necessárias ao futuro profissional. Lisboa & Barbosa (2009) acreditam que a formação é extremamente deficitária, no que se refere à formação técnica, epistemológicocientífica e na significativa distância entre a formação acadêmica, a realidade profissional e as demandas da sociedade. Ainda de acordo com a formação, Cruz & Schultz (2009), afirmam que atualmente, existe uma valorização da educação formal no discurso acerca do conhecimento teórico, elaborado, sistemático e de caráter técnico-científico, e a consequente desvalorização do conhecimento prático. A escolha profissional da psicologia geralmente é mediada pela imagem do psicólogo clínico fechado em um consultório, sendo que este fato isolado não seria tão preocupante. Contudo verifica-se que a passagem pelos cursos de formação ainda tem acrescentado pouco a uma visão mais ampla e complexa da atuação psicológica, tendo em vista a reprodução e hegemonia do estereótipo profissional em voga (MAGALHÃES, et al. 2001). Ainda que as possibilidades de atuação do psicólogo estejam se ampliando, a Psicologia clínica continua sendo vista, tanto pelas público leigo quanto dos profissionais ou recém-formados, como a área de atuação mais tradicional e aquela com maior inserção (BARDAGI, et al. 2008). Dessa maneira, conforme YAMAMOTO (2007) descreve em seu artigo, os psicólogos têm fundamentado suas práticas na manutenção das desigualdades sociais, ou seja, têm se comprometido com os interesses da elite e não com a maioria da população brasileira que também demanda este atendimento. 3. PSICOLOGIA: NECESSIDADES E DESAFIOS Para Dimenstein & Macedo (2011), desde a sua regulamentação, em 1962, a partir da Lei nº 4.119, a Psicologia tem se apresentado como uma profissão que vem aos poucos conquistando vários espaços de atuação e articulação junto aos mais diversos setores da sociedade brasileira. Eles acreditam que o processo de expansão da Psicologia no Brasil é decorrente da ampliação do número de psicólogos e do expressivo número de cursos de psicologia em funcionamento nos diversos estabelecimentos de ensino superior das mais variadas localidades e regiões do país. Diante das modificações pelas quais a sociedade vem passando, o mercado de trabalho tem como característica a busca por profissionais cada vez mais capacitados e qualificados. Logo, observa-se a relevância na modificação de algumas práticas e formas de atuação, para que o psicólogo acompanhe tais transformações de maneira competente. Segundo Gilbert & Cury (2009), há a necessidade de se questionar a fragmentação dos saberes e fazeres Psi, de se repensar o papel da Psicologia na atualidade, sendo talvez o maior desafio, a desconstrução dos paradigmas referente às práticas profissionais do psicólogo. Assim, para Cruces (2008), a pesquisa tem sido considerada matéria de fundamental importância para adequada formação em Psicologia, pois acredita-se que quando há a preparação de bons pesquisadores, também estão sendo formados profissionais capazes de avaliar, questionar, observar, levantar hipóteses sobre os possíveis motivadores dos comportamentos estudados e de planejar intervenções eficazes para as necessárias transformações. Mazer & Silva (2010) corroboram a ideia de situar a profissão Psicologia em uma perspectiva social, ao considerar a necessidade de contextualizar a práxis psicológica com a realidade brasileira, enfatizando o compromisso social da categoria, assim verifica-se a relevância na mudança de paradigma no que se refere a uma quebra da perspectiva tradicional que prioriza o indivíduo. Para que a atuação dos psicólogos seja consistente, também se torna indispensável o trabalho interdisciplinar, que na perspectiva contemporânea contempla a exigência interna de um olhar plural, a possibilidade de trabalho conjunto, que respeita as bases disciplinares específicas e a busca por soluções compartilhadas para os problemas das pessoas e das instituições. Portanto, é imprescindível que a interdisciplinaridade se torne uma forma natural e solidária de trabalho, que ultrapasse as arrogâncias pessoais e a necessidade de exercer poder sobre os demais profissionais (Saupe, 2005). Em relação ás contradições existentes na psicologia, estas já foram explicitadas anteriormente, todavia acredita-se que diante destas dualidades em que o psicólogo depara-se constantemente, uma opção válida se caracteriza pela lógica dialética. Para a lógica dialética, é preciso ir além da aparência, do imediato, e compreender que o fenômeno empírico é síntese de múltiplas determinações. (AITA & FACCI, 2011). No que tange à criatividade, segundo Faria, Veiga & Macedo (2008) esta se faz útil nos variados campos de sua ocorrência, desta maneira, a formação deve buscar alternativas que estimulem a criatividade dos alunos, para que estes possam se tornar empreendedores e produzir novas ideias em diferentes áreas de atuação. Portanto, há a necessidade de se considerar a criatividade no currículo da Psicologia, como disciplina ou tópico específico em várias disciplinas, o que requer esforços dos professores para que estimulem ao futuro psicólogo o desenvolvimento do potencial criativo, dentro dos parâmetros do científico e eticamente estabelecido (Campos & Nogueira, 2000). 4. PSICOLOGIA E TECNOLOGIA: O FUTURO EXIGE MUDANÇAS DRÁSTICAS Devido os significativos avanços tecnológicos e a influência destes na Psicologia, desde 2003 o Conselho Federal de Psicologia (1977) estuda acerca de resoluções para a utilização da tecnologia nos serviços prestados pelos psicólogos; sendo algumas a permissão da utilização de softwares informativos e educativos (CFP 002/03); a realização de serviços psicológicos por computador, desde que não terapêuticos (CFP 12/05), e a mais recente, de 2012, sobre a possibilidade da prestação de serviços de orientação psicológica (CPF 11/12). Visto que o futuro tende à interação humano-computador, conforme Reis (2010), o psicólogo terá muitos segmentos desta área para trabalhar, não levando em conta o computador apenas enquanto máquina, mas como ferramenta midiática que possui enorme influência na interação e subjetividade humana. O autor retrata, ainda, ser possível que essas ferramentas interativas sejam “ansiogênicas”, devido à velocidade e volume das informações acessíveis, acarretando, então, em usuários cada vez mais hipervigilantes, obcecados e ansiosos. Dessa forma, torna-se essencial o amplo avanço também da biotecnologia, visto que o bem estar e a qualidade de vida, assim como no contemporâneo, serão de suma importância no futuro. E como não podia ser diferente, a área de saúde recebe maior destaque, principalmente em assuntos que envolvem a criação de instrumentos e máquinas que garantam diagnósticos exatos e propiciem tratamentos sofisticados. Logo, acredita-se que a inevitável sobreposição da medicina sobre as demais áreas da saúde, incitará a psicologia a abandonar suas escolas tradicionais e render-se ao mundo cibernético. No ano de 1908, Albert Einstein afirmava: “Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade.” (GUIMARÃES, 2008), portanto, conclui-se que a psicologia utilizará do avanço tecnológico de forma a facilitar e embasar diagnósticos e tratamentos, no entanto, apesar disto, a tecnologia não se sobressairá às necessidades humanas, nem ultrapassará as fronteiras das relações humanas, principalmente da relação psicólogo-paciente. É fato que os avanços tecnológicos tornam-se cada dia mais necessários para a evolução e, inclusive, para a comodidade da humanidade, gradualmente tornar-se-á inviável optar por processos demorados e/ou sem comprovação científica; refletindo, assim, em um fim iminente para a psicologia tradicional. Diante de tal avanço tecnológico, por um lado se compreende a contribuição para a Psicologia com técnicas e dispositivos que contribuam para o tratamento, diagnóstico, facilitação na terapia, etc. Por outro lado é possível que diante de tal avanço tecnológico a Psicologia seja prejudicada, no sentido das relações se tornarem robotizadas ou ainda que a Psicoterapia aos poucos seja substituída por novos meios. Dessa forma, se vê a necessidade e o desafio de humanizar as relações e atendimentos para que não se tornem defasados em meio ao mundo digital, afim de que não se perca a verdadeira essência do profissional de Psicologia, onde as relações humanizadas são essências para a profissão. Humanizar é tornar humano, dar condição humana, agir com bondade natural. Humanizar para Rogers (1992) é entendido como a valorização do sujeito, com ênfase no presente, na capacidade de mudança e de escolha do indivíduo. Deslandes (2004) afirma que humanizar é uma prática utilizada na forma de assistência que valorize a qualidade do cuidado no ponto de vista técnico, associado ao reconhecimento dos direitos do sujeito, sua subjetividade e referências culturais. Implica ainda a valorização do profissional e do diálogo intra e inter-equipes. Resgatar a humanidade em primeira aproximação é ir contra a violência, já que essa representaria a antítese do diálogo, a negação do “outro” em sua humanidade. Sendo assim, é necessário um olhar de humanização como oposição a violência, seja física ou psicológica que se expressa nos “maustratos” ou no sentido simbólico, que se apresenta pela dor de não ter a “compreensão de suas demandas e suas expectativas”. Dessa forma, a proposta da humanização, ao sugerir a substituição das formas de violência simbólica, por um modelo centrado na possibilidade de comunicação e diálogo entre usuários e profissionais. Importa considerar, também, como tecnologias envolvidas na produção do cuidado e da gestão: o acolhimento, a escuta, a negociação, a interpretação de histórias e a aprendizagem com a experiência do outro. Tais tecnologias dizem respeito tanto à instituição quanto à equipe que aprende a aprender (Gomes et al., 2008; Caprara e Franco, 2006; Ayres, 2005). A humanização é vista então como a capacidade de oferecer atendimento de qualidade, articulando os avanços tecnológicos com o bom relacionamento. É visível um diagnóstico sobre a discórdia entre possuir boas condições de alta tecnologia e nem sempre dispor da delicadeza do cuidado, o que desumaniza a assistência e o esperado acolhimento do Psicólogo. Por outro lado, se reconhece que não ter recursos tecnológicos, quando estes são necessários, pode ser um fator de estresse e conflito entre profissionais e usuários, igualmente desumanizando o cuidado. Compreende-se então que o Psicólogo deve ter o cuidado com seu paciente dependente da tecnologia, pois ainda assim é uma ação humana, ainda que tenhamos que pensar também nos benefícios que a máquina tem para nós. Para Deslandes (2009) o emprego destas tecnologias comunicacionais não constitui apenas meios para se chegar a um fim determinado (seja ao diagnóstico, seja à adesão a certo tratamento/prescrição). Antes de tudo, são capazes de fortalecer e ajudar a instituir novos parâmetros para a produção de cuidados. O desafio colocado é o de reconhecimento, aprendizagem e negociação um com o outro, sabendo usufruir da tecnologia em prol da profissão. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nas considerações ilustradas até o momento, verifica-se que o caminho que se abre à psicologia envolve a relevância de repensar sua posição atual e a partir disso reconhecer a singularidade de seu objeto e se redefinir metodologicamente. Dessa maneira, conjecturar o futuro da psicologia vai muito além de formular hipóteses futurísticas de diagnóstico e tratamento, na realidade consiste em uma visão ampla acerca da formação, atuação profissional e evolução em pesquisa. A sobrevivência de qualquer tipo de ocupação profissional está diretamente ligada ao comprometimento dos membros de determinada classe, na realização de um trabalho comprometido, crítico e criativo. A adesão à tecnologia é e continuará sendo inevitável e compreendemos que em 2063 a Psicologia estará totalmente imersa no mundo digital propiciando ao paciente a interação com o terapeuta independente do local que estiver, dessa forma possíveis viagens e imposições do trabalho não irão interferir significativamente na rotina já que o paciente não precisará se deslocar até o consultório. Os consultórios por sua vez, serão equipados com aparelhos para ressonância magnética onde será possível o uso das técnicas de neuroimagem funcional a fim de mapear com precisão as situações vivenciadas e as respostas cerebrais para estas, sendo possível a verificação da consistência das intervenções psicológicas no momento em que estas estejam sendo realizadas. Compreendemos que o futuro da saúde mental resultará no fim da utilização de fármacos, já que os problemas tanto mentais quanto físicos poderão ser solucionados com estimulação cerebral ou até mesmo o implante de um chip no cérebro e ouras partes do corpo com a finalidade de eliminar as limitações do sujeito. Finalmente, ao psicólogo do futuro caberá a difícil incumbência de não se transformar em um simples “diagnosticador”, mas um explorador dos recursos tecnológicos que utiliza, para ampliar as possibilidades de intervenção, realizando deste modo um trabalho consistente e coerente com as necessidades da população e exigências do mercado de trabalho. REFERÊNCIAS AITA, Elis; FACCI, Marilda. Subjetividade: uma análise pautada na psicologia histórico-cultural. Psicologia em revista, Belo Horizonte, 2011, pág. 32-47. BARDAGI, Marucia, et al. Avaliação da formação e trajetória profissional na perspectiva de egressos de um curso de psicologia. Psicologia, ciência e profissão, Brasília, 2008, pág. 304-315. BUSATTO, Geraldo. et al. Correlatos anatômico-funcionais das emoções mapeados com técnicas de neuroimagem funcional. Psicologia USP, São Paulo, 2006, pág. 135-157. CRUCES, Alacir. A pesquisa na formação de psicólogos brasileiros e suas políticas públicas. 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