Relato de Atividades
2011
Relato de Atividades
2011
Espaço artístico
Desenhe aqui o que vier à sua cabeça ao pensar na palavra "Palhaço".
É livre, pira!
Introdução I
Introdução II
4
6
Introdução III
8
Finanças
36
Participantes
Introdução IV
Eventos
38
10
34
A seleção
Agradecimentos
Visitas
12
40
26
Hospital
Plano de
carreira
14
24
Treinamento
Professores
17
19
INTRODUÇÃO, parte I
O que é tudo isso?
Palhaços de Plantão é um projeto de Extensão
Universitária do Centro Universitário São Camilo,
com o objetivo de realizar atividades de
humanização voltadas ao estudante de graduação da
área da saúde.
Os participantes do projeto entram em contato com
a linguagem do palhaço, ou clown, e a utilizam no
hospital, com o objetivo de modificar o ambiente
hospitalar por meio de alterações na percepção do
estudante e do paciente sobre as relações humanas.
4
Treinamento semanal sobre a linguagem do palhaço
5
INTRODUÇÃO, parte II
2011 passou num pulo!
Não um pulo de amarelinha, desses que você sai do número 4 e certamente chegará no 5 e
no 6. Foi mais para um pulo de paraquedas. Você se joga, mas não sabe exatamente onde
vai cair.
O pulo começou no fim de 2010, com uma oficina de palhaço para alguns alunos do curso de
Medicina. Foi divertido e, por isso, continuamos nos encontrando, de maneira informal,
como aquele gostoso começo de namoro em que nenhum dos dois ainda admite que é
namoro, mas é.
Nós iremos aplicar o nosso treino em um hospital? O que, exatamente, a gente vai fazer lá?
Estamos preparados? Se um paciente me vir como médica e depois como palhaça, o que ele
vai achar?
Sem resposta para a maioria das perguntas, fomos indo pelo
primeiro semestre de 2011. Os cabelos esvoaçantes durante a
queda e não havia um bendito de um instrutor para nos dizer como
é que se puxa a cordinha.
No segundo semestre o nosso caminho ficou mais sério. O projeto
agora era oficial, novos alunos foram selecionados e havia um
objetivo claro: formar palhaços para atuar em hospitais. O namoro
virou noivado.
Treinamos e brincamos mais. Palhaços famosos vieram nos ajudar.
Nos encontramos em sábados, em feriados, em tudo que é horário.
E até um hospital acreditou em nós! Nós mesmos! Do jeito que a
gente é.
Ufa. O paraquedas abriu.
As páginas desse relato de atividades contam a nossa queda
vertical, desde o primeiro salto até a aterrissagem. Quando você
terminar sua leitura, já estaremos embarcando no próximo avião,
para mais outros tantos saltos.
Jerônimoooo!
Mauro Fantini, coordenador do projeto
Palhaços de Plantão
INTRODUÇÃO, parte III
"Ser clown é ser feliz!
É trazer à tona toda a sua idiotice, pegá-la no colo com
carinho, aceitá-la, ajeitá-la, compartilhá-la com o mundo
e com isso sentir-se livre!
Ser clown é poder ser você mesmo, sem medo de errar...
Transformar o erro em arte e achar nele a beleza de ser
verdadeiro."
Camila Rocha, estudante de Medicina
8
INTRODUÇÃO, parte IV
Genebra, 02 de dezembro de 2011
Queridos Palhaços,
Ao ler o relatório dos Palhaços de Plantão, me fez sentir aquele
frio na barriga da
lembrança da minha primeira viagem ao mundo dos palhaços, quando eu ainda estava no meu
terceiro ano da faculdade de medicina. Esse relatório me fez lembrar de muitas descobertas,
das brincadeiras, do aprender a se sentir confortável com o desconfortável e da libertação de
poder
compartilhar o meu ridículo com pessoas que nunca tinha imaginado antes: os
pacientes, os professores e os colegas de hospital.
Durante esses 7 anos, desde minha primeira viagem, muitas outras aconteceram, a destinos
cada vez mais distantes.
Em 2008, iniciei meu período de residência médica, e ali comecei a praticar de forma mais ativa
muitas das lições que aprendi com as aulas de clown, e essa foi uma descoberta encantadora.
Aplicar ferramentas da arte do palhaço na prática médica, como o improviso, e até mesmo a
brincadeira, foram, com certeza, um diferencial na minha formação pessoal e profissional, pois
através delas puder perceber que laços que se formavam entre mim e meus pacientes e seus
familiares e, inclusive, entre os meus colegas de trabalho eram muito mais fortes.
Eu me sinto privilegiada por ter tido a oportunidade, durante essa trajetória, de conhecer
palhaços incríveis que me mostraram cada vez mais as muitas conexões entre o profissional de
saúde e a figura que pode ser identificada pelo nariz vermelho.
10
Conheci o Mauro em 2010 em uma discussão
sobre humor e saúde. E após muitas
conversas, muitos encontros, e-mails, trocas
e misturas, vi os Palhaços de Plantão
nascerem. Eu desejo a esse querido grupo
uma vida de muitas aventuras, descobertas e
conquistas. E, assim como o Sorrir é Viver,
meu grupo de origem, que sensibiliza alunos
de medicina a uma prática mais humana, que
o grupo Palhaços de Plantão forme
profissionais de saúde com um coração mais
pulsante e um olhar mais brilhante.
Parabéns pelo primeiro ano de vida!
Com muito carinho,
Luiza de S. Oliveira, médica, palhaça, cofundadora do Projeto Sorrir é Viver, Neurologista,
trabalha atualmente em Genebra, na ONG The
Culture of Peace Organization e ama algodão
doce.
11
Seleção de alunos para o projeto
Seleção realizada por meio de análise de questionário e entrevista
83
candidatos
30
selecionados
12
Distribuição por curso dos alunos selecionados
para o projeto (edital 032-2011 )
Terapia
Ocupacional
Fisioterapia
5
6
4
10
Biomedicina
5
Medicina
Enfermagem
"Plano de Carreira"
Palhaços de Plantão 2011
Participantes visitam o hospital como
palhaços, acompanhados por palhaços já
experientes
Participantes acompanham
como observadores uma visita
de palhaços ao hospital
Participantes passam por treinamento
semanal sobre a linguagem do palhaço. 56
horas no total.
Participantes são selecionados
após entrevistas
Candidatos se inscrevem no
edital do projeto de extensão
Treinamento semanal sobre a linguagem do palhaço
15
"O grupo foi uma construção tão bonita e serviu para a integração
dos alunos, pois eram pessoas de todos os cursos que nem se
davam 'oi' direito no corredor e que agora, ao passar do lado das
mesmas, abriam um sorriso de ponta a ponta. 'Porque ele é meu
amigo do CLOWNS!'"
Camila Rocha, estudante de Medicina
Treinamento de palhaço
"Aqui é trabalho, meu filho."
Muricy Ramalho, técnico de futebol ranzinza e vencedor
Palhaço que é palhaço, treina. E treina muito.
"Ué, mas não é só colocar um nariz vermelho e uma roupa engraçada?" Nada disso!
Assim como qualquer vertente das artes cênicas, o palhaço, ou clown, demanda
muito tempo de estudo. Estudo para reconectar o homem com seu lado lúdico e
para entender que o palhaço pode ser engraçado, mas pode também ser singelo,
poético, contraventor, tímido... humano.
Para se ter uma idéia, a Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq, na França,
possui vários "módulos" de ensino de Teatro: dança, improviso, música,
dramaturgia. O módulo de palhaço é o último do curso, porque reúne todos os
outros módulos.
Outro exemplo é a San Francisco Circus Center, que possui um programa de
treinamento de palhaços com duração de dois anos, com aulas diárias!
Para garantir que as visitas ao hospital seriam bem feitas, os Palhaços de Plantão
treinaram intensamente. E, como o treino é de palhaço, acabaram se divertindo
também!
17
Palhaços-professores,
com livre-docência em panaquice
Julieta Zarza
Palhaça, atriz e dançarina
Claudio Thebas
Palhaço, músico e escritor
Mauro Fantini
Palhaço e biomédico
20
Treinamento semanal sobre a linguagem do palhaço
56
foi o número de horas de
treinamento, com aulas
semanais,
filmes,
aulas
abertas ao público e até uma
saída de palhaços no parque
do Ibirapuera
22
Treinamento semanal sobre a linguagem do palhaço
23
Um hospital para visitar
Depois de muito treino, chegou a hora de colocar em
prática todos os ensinamentos palhacísticos. E a
prática só foi possível porque o Hospital
Samaritano de São Paulo acreditou na proposta e
na seriedade do projeto.
Nossa estréia foi em 12 de outubro de 2011 e desde
então os Palhaços de Plantão estiveram presentes no
hospital semanalmente. Toda quarta-feira à tarde,
um grupo de quatro ou cinco palhaços passava duas
horas encontrando pacientes de todas as idades,
fisioterapeutas, seguranças, médicos, manobristas,
enfermeiros e qualquer outro ser humano que
estivesse pelas bandas de Higienópolis, sem
qualquer custo para o hospital.
As visitas foram feitas pelos alunos participantes do
projeto de Extensão, sempre acompanhados por
pelo menos um palhaço experiente na atuação em
hospitais.
Ao fim de cada visita, os participantes produziram
relatórios sobre as atividades realizadas, as
dificuldades encontradas e as brincadeiras
inventadas.
Os relatórios foram discutidos pelo grupo, o que
gerou produtivos momentos de reflexão sobre o
trabalho realizado.
As visitas
26
Em 2011 os Palhaços de
Plantão trabalharam
bastante!
Nossa estréia no hospital foi no
dia
12
de
outubro,
coincidentemente
Dia
das
Crianças.
No
total
foram
realizadas 11 visitas ao Hospital
Samaritano de outubro de 2011 a
janeiro de 2012.
Cada visita contou com a
participação de 3 alunos do
projeto, sempre acompanhados
por dois artistas já experientes na
linguagem do palhaço no
ambiente hospitalar. Todos os
alunos puderam participar de
pelo menos uma visita ao
hospital.
As visitas tiveram duração média
de duas horas e ocorreram
principalmente
na
ala
da
pediatria. Mas, como palhaço é
um ser
um pouco perdido,
acabamos indo parar também na
hemodiálise, na recepção, no
estacionamento, no almoxarifado...
"Nossa, ele nunca se levanta da cama.
Só com vocês mesmo."
Enfermeira da pediatria, sobre um paciente que nos seguia pelos
corredores
"Viu, vocês podem voltar lá no quarto? É que a Sofia
está chorando, porque quer vocês de volta."
Mãe da Sofia, durante uma visita
30
32
11
visitas ao Hospital Samaritano foram
realizadas de outubro de 2011 a
janeiro de 2012
33
Eventos
Em outubro de 2011, o Prof. Dr.
Mauro Fantini Nogueira Martins,
coordenador do projeto, participou
do 49º Congresso Brasileiro de
Educação Médica, em Belo
Horizonte.
Lá, além de comer muito pão de
queijo, foi palestrante convidado
da Sessão de Palhaçoterapia, onde
pôde contar a história dos Palhaços
de Plantão. Também apresentou o
trabalho "Palhaços de Plantão: a
linguagem
do
clown
como
ferramenta para a formação
humanizada do estudante de
medicina", na modalidade pôster.
Agora, tanto cruzeirenses, como
atleticanos conhecem o nosso
projeto.
Relatório Financeiro
Recursos disponibilizados
pela Assessoria de Extensão
e Pesquisa
Recursos aplicados em 2011
Total
Discriminado
R$150,5
Estrutura de
cortinas
R$1333,32
R$2886,00
R$2582,48
Pagamento dos
monitores das
visitas ao hospital
R$1098,66
Pagamento, brinde
e estacionamento
dos professores
convidados
Alunos Participantes
Alessandra Torossian
Jeferson Gomes de Oliveira
Amanda de Moura Arnaut
Juliana Mello Marques da Cruz Oliveira
Ana Carolina Sousa
Juliana Teixeira dos Santos
André Lucchiari Borini
Karen Mariane Cesario Freire
Andreia Natalia A. Ferreira de Vasconcelos
Karina Valerio Caetano
Andrew Rebouças de Carvalho D. Murray
Leticia Pereira Santos
Bianca Bongiorno de Cillo
Lidyane Barros Villas Boas
Camila Rocha de Almeida
Marcella Longo Machado
Carolina Pinto Riberto
Maria Luisa Sorrentino
Cilícia Silvério Nascimento
Mariana Zalla Ozorio de Oliveira
Daniel Tadeu Teixeira
Mayara Gonçalves Delega
Daniele Lima da Costa
Mirella Cintra Gonçalves
Fernanda Oliveira Moreira
Nathalia Marques de Oliveira Pomeranzi
Gabriela de Souza Ribeiro da Silva
Pamela Jordão de Oliveira
Gabriella Spinola Jahic
Patrícia Godinho de Freitas
Giovanna Barcalla Silva
Roberta Amarante
Gisele Forente Perillo
Rosinele Aparecida Barcelos
Jaqueline Layse de Oliveira
Tássia Carvalho
38
Coordenador: Prof. Dr. Mauro Fantini Nogueira Martins
Agradecimentos
Professores do Centro Universitário São Camilo
Celina Camargo Bartalotti
Cristiane Yonezaki
Eloi Francisco Rosa
Marcos Frizzarini
Margareth Zabeu Pedroso
Alunos do Centro Universitário São Camilo
Camila Rocha de Almeida
Karen Priscila Pereira Busetti
Leonardo Marques Silveira
Luiz Roberto Brito Catuta
Marjorie Nunes Vieira Bachmann
Mayara Pavliuk
Hospital Samaritano de São Paulo
Denise Cavallini
Cristina Collina
Francisco Lembo
40
Colegas Palhaços
Adenílson Medeiros Teixeira
Antonio Correa Neto
Claudio Thebas
Julieta Zarza
Luiza Oliveira
Priscila Jiácomo
Rodrigo Zanata
Arte Visual
Cauê Madeira
Renato Medeiros
Zóio Comunicação
Fotos
Mauro Fantini
Parceiro incrível
Operação Arco-Íris, ONG de
palhaços
voluntários
em
hospitais
email [email protected]
twitter @palhacosplantao
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