Queridos Leitores, Presente! Aqui estamos. Existirá algo mais importante que desvendar o significado de nossas vidas, nosso lugar e papel num universo gigante, onde a constante é o eterno vir a ser? Enquanto no hemisfério norte a primavera mostra a expansão das forças da vida, no hemisfério sul a natureza outonal em seu movimento de contração dessas mesmas forças cria o ambiente propício para a reflexão, para a busca de respostas para essas indagações. Indagações que esta Época de Páscoa levanta. Esperamos que os textos e trabalhos artísticos que compõem esta edição, sirvam de inspiração, sobretudo os pensamentos dos nossos alunos que, em sua espontaneidade jovial, conduzem-nos à sabedoria inata do nosso ser que pede que nos movimentemos. Com a palavra, Maria Eduarda, nossa aluna do 9º ano: "Cada meta que traçamos, sempre buscará um objetivo e encontrará obstáculos. Se mantivermos o foco, conseguiremos alcançar mais fácil e rapidamente o que almejamos. Não é à toa que estamos no mundo. Aqui estamos com uma missão. E se não sabemos qual é, devemos tentar ser uma pessoa melhor para a sociedade, para o mundo; tentar ser ao menos alguém mais humano, como as crianças. Quando somos pequenos, não entendemos tudo, sabemos muito pouco, quase nada. Crianças são puras, espontâneas. A cada segundo que passa, a cada criança que nasce, o mundo muda. Mas percebemos que as coisas vão de mal a pior, pois para cada coisa boa que acontece, duas são ruins. Até onde isso vai? Quando o mundo vai parar para perceber as consequências de cada atitude nossa? É por isso que temos de trabalhar juntos para que o mundo evolua. Para melhor. Sempre! A Páscoa é uma época para pensarmos em tudo isso. Será que estamos fazendo as coisas certas? De que lado estamos, o que queremos? A época da Páscoa representa uma oportunidade de renascimento. Então vamos repensar nossas atitudes e ver se é isso que queremos para nós, para o futuro, para o mundo." Recebam este Presente! Que oferecemos carinhosamente para vocês. Ana Maria Alissandra, Edson, Cida, Angela, Antoniely, Célia, Milca, Laura, Otamari e Larissa. Alunos do 3º, 6º, 9º, 10º, 11º e 12º anos. Arte da Capa: Milca Elaboração e Editoração: Ana Maria Colaboração: Clotilde Diagramação: Lieber Faiad As festas anuais são um acontecimento importante na vida e no ritmo da criança e mesmo do adulto. Se tentarmos lembrar de nossa infância, elas parecem pequenas pedras preciosas. A civilização moderna, tão consumista, incentiva apenas o lado comercial dessas festas. Mas elas têm um profundo sentimento espiritual; são marcos importantes no ritmo do ano com suas quatro estações e desempenham um importante papel na biografia e na saúde do ser humano. A Páscoa em si simboliza a ressurreição, mas também expressa outros significados. O renascimento, a metamorfose, o crescimento. É o momento que temos, para refletir sobre nossa verdadeira função nesta vida terrena. É nesses momentos que a Páscoa me proporciona que paro, reflito, e crio metas a fim de renascer e melhorar enquanto pessoa. Camila 9º ano Resgatar o sentido das imagens e costumes que acompanham as festas anuais, tem um grande efeito sanador. Usando-os conscientemente, isto é, sabendo-se o que está representado nesses costumes e simbologias, podemos dar novamente um verdadeiro sentido espiritual às festas, e nos beneficiarmos com o resgate do ritmo anual trazido por elas e todo o significado da manifestação de vida contido ali. Apercebemo-nos assim, da importância do ritmo, de estarmos conscientes da dimensão Tempo, de exercitarmos a liberdade de escolha no momento presente, sem sermos prisioneiros do passado nem escravos do futuro. Quando Jesus de sua mãe se afastou e a Semana Sagrada começou, Maria, com grande dor no coração, desolada, ao filho perguntou: -Ai Filho, meu Jesus amado, que será de ti no domingo sagrado? - No domingo serei um rei aplaudido com ramos e flores recebido. - Ai filho, meu Jesus amado, que será de ti no Segundo dia sagrado? - No segundo um viandante serei e nenhum abrigo encontrarei. -Ai filho, meu Jesus amado, que será de ti no terceiro dia sagrado? - Como profeta, irei anunciar que Céu e Terra irão acabar. -Ai filho, meu Jesus amado, que será de ti no quarto dia sagrado? - Pequeno e pobre serei no quarto, vendido por 30 moedas de prata. -Ai Filho, meu Jesus amado, que será de ti no quinto dia sagrado? - No quinto dia sagrado, serei Cordeiro sacrificado. -Ai filho, meu Jesus amado, que será de ti no sexto dia sagrado? -Quanto desejo, mãe amada, que este dia te seja ocultado! -Ai filho, meu Jesus amado, que será de ti no sábado sagrado? - No sábado, um grão de trigo serei e com nova vida voltarei. E no domingo, mãe amada, dia feliz será, pois o filho ressuscitará carregando a flâmula na cruz da glória e eterna luz. A semana santa com os seus acontecimentos nos revela o caminho do auto desenvolvimento do Eu humano. Desde o Domingo de Ramos, numa imagem de humildade, somos levados pelas demais imagens dos dias seguintes da via sacra, a nos orientarmos àquilo que se faz necessário transformar em nossas vidas, a encontrarmos o Impulso Crístico e com ele trilharmos o caminho do meio, sem cairmos nas polaridades. Realmente, mudança é complicado! Todo mundo começa a gritar. O patrão, os namorados, os pais, até as suas células estão se afastando em busca daquela velha e boa sensação. Basta deixar de lado a caixa de ferramentas e se atirar em algum sofá confortável. Ou não. Diz o doutor Joe Dispenza: As pessoas precisam fazer essa escolha por si mesmas. A maioria fica feliz com a vida como ela é, vendo televisão e tendo um emprego padrão. Ou estão hipnotizados para pensar que isso é normal. Para quem tem um anseio diferente dentro de si e está claramente interessado em algo mais, basta um pouco de conhecimento como possibilidade e aceitá-lo muitas vezes; mais cedo ou mais tarde começará a aplicá-lo. Agora, para alguns isso pode levar cinco minutos, enquanto para outros dar o primeiro passo pode requerer muito esforço, porque eles precisam compará-lo a tudo o que conhecem e isso está vinculado à maneira como a vida deles é no momento, com todos os acordos feitos, todos os relacionamentos. E dar o primeiro passo significa avaliar como isso será percebido, dar um passo na direção contrária a tudo o que sabem, e há uma batalha entre esses dois elementos. Mas, uma vez que nos autorizemos a sair do convencional, há um sentimento claro de alívio e de alegria. Stuart Hameroff “Lembre-se que, querendo ou não, todos nós modificamos o mundo a cada momento. Nossas atitudes, nosso estado de espírito, têm enorme influência, porque estamos profundamente ligados uns aos outros. Trabalhar a consciência é uma tarefa contínua e a mais importante de todas. O estado de amor é o supremo ato criador.” Ram Dass Hábito é o que move o ser humano, fazendo dos seus dias, rotinas monótonas ou excitantes. Pode ser tanto benéfico como maléfico, dependendo de como está inserido em nossa vida. Esses costumes, geralmente são adquiridos em nossa infância, onde aprendemos quase tudo por imitação, seja dos pais, tios, etc. Acredito que o hábito é bom quando é vivido de maneira consciente, pois nós sabemos quais hábitos são interessantes para o nosso cotidiano, isto é, quando estamos conscientes e atentos a tudo em nosso redor, e não viver sem estar vivendo. Mudanças ocorrerão sempre, porque é algo saudável às pessoas e ao mundo, mas elas estarão diretamente ligadas aos nossos hábitos, porque de acordo com o que fazemos, teremos alterações proporcionais às nossas ações. Realmente, não podemos mudar o mundo ou outras pessoas. Por mais que tentemos não será possível, porque a única pessoa que nós podemos mudar, somos nós mesmos. Sabendo disso, cada indivíduo poderá mudar a si, e talvez mostrar a outros que isso é viável e está na mão de cada um. Marco Túlio 11º ano Quando o astro rei me toca a face, procuro escutar seu canto, portado pelos passarinhos. Certa vez, entendi cada nota que me vinha, era o canto da promessa de despertar para um dia novinho. A cada Páscoa, assim como a cada dia, quando nos é dada a oportunidade de renascer, desperto! Camila V. 11º ano Todos os dias vemos problemas e mais problemas. Precisamos enxergar o porquê e apontar soluções para eles. É preciso ter coragem para ser diferente, porque, afinal de contas, se estamos dispostos a mudar, não podemos nos igualar aos outros, que têm medo de dizer o que pensam. Espero realmente que eu possa despertar para uma nova vida, que eu possa crescer com meus erros, e o mais importante e belo de tudo, levar esse “despertar” a outras pessoas que ainda dormem um sono profundo dentro do casulo, e não imaginam que podem se tornar uma borboleta e voar, levando vida por onde passar. Aline Martins 11º ano Páscoa! Época boa para refletir sobre nossa convivência, sobre nossas ações. Tempo de celebrarmos a vida, de compartilhar, de transmitir bons pensamentos, dividir amor e repensar nossos objetivos. Tempo de nos reformarmos e manter o foco. Iara Piasechi 12º ano Existem dois caminhos: o mais fácil e o mais difícil. O caminho mais fácil, nem sempre é o melhor! Tudo que conseguimos com esforço, amor, objetivo e esperança vai ser melhor e bem sucedido. Gabriel Freitas 10º ano Hoje em dia, vivemos em um mundo onde as pessoas só olham para o próprio caminho, sem querer saber o que está e o que vem pela frente, no decorrer da vida. O egoísmo faz com que os indivíduos passem por cima de qualquer coisa, até das leis. Muitas vezes, optamos pelo caminho mais fácil, sem saber se o final vai ser feliz depois que tudo acontecer. E então, lamentamos o tempo perdido. Agora eu te pergunto: que profissionais estão se formando hoje em dia? Alguns incapazes de atender à sociedade. Me sinto de mãos atadas diante de situações assim. Faço a minha parte, espero que o mundo melhore a cada dia, para que os meus filhos não passem pelo que estou passando. Amanhã ou depois, vamos olhar para trás e veremos que a mudança de postura move o futuro. Lembre-se que gente muda o mundo na mudança da mente. Yahn Ricardo 11º ano Em nossa vida, cada um tem uma missão. Então temos que ter determinação para trilhar os caminhos e vencer os obstáculos. E nessa passagem, devemos estar com a mente e o coração abertos para permitirmo-nos crescer e evoluir. Maíra Akari Nouchi 10º ano Quando nascemos nos é concedida uma missão, um papel que devemos cumprir na Terra. Ter um objetivo, é essencial para que possamos cumpri-la, porém devemos cuidar para que esse nosso objetivo não seja egocêntrico, para que ele vise não só o nosso bem, mas o do próximo também. Sara 9º ano Para alcançar nossos objetivos, não podemos nos distrair, não podemos nos desviar. Se temos uma missão, vamos segui-la, mantendo sempre o foco. O ovo, na história, O Verdadeiro Coelho da Pácoa, simboliza a alegria, o conforto e a paz que é dada às crianças. Aprendemos com os erros, sendo eles cometidos por nós, ou não. Temos que ser confiantes e corajosos, para conquistar nossa meta e, assim, compartilharmos a felicidade com as pessoas. Raquel 9º ano Esta data do ano é muito especial. Há muitos assuntos que me fazem refletir. A ganância, o ajudar ao próximo. Essa pressa com que a Humanidade vive hoje em dia. Filhos estudando, pais trabalhando, colocando-os em muitas atividades, prejudicando assim a relação entre pais e filhos, a família. Julia Freitas 9º ano A semente da verdade repousa no amor; a raiz do amor, procura-a na verdade – assim fala teu próprio ser superior. O ardor do fogo transforma a lenha em feixe de calor, e a vontade redentora do saber, a obra em energia. Tua obra seja a sombra que teu eu projetará quando for iluminado pela chama do teu próprio ser superior. Rudolf Steiner Quando o capim viu que tinha recebido tão belas espigas, deixou, em agradecimento, brotar em cada grão uma pequena irradiação, de maneira que as espigas pareciam cheias de pequenos sóis. Os grãos cresceram, cresceram e ficaram tão pesados que as espigas se inclinaram para a terra, dizendo-lhe: "Querida terra, o céu nos deu a luz e você nos deu a matéria. Em agradecimento enviamos nossas irradiações ao céu e inclinamos nossos grãos para você". Disse então a terra:" Vocês agora estão contentes por estarem assim carregadas de grãos, mas ainda terão que sofrer muito. Não desanimem, pois no fim ficarão brancas como a luz celeste e receberão um novo corpo, redondo e marron como uma pequena terra". As espigas ouviram atentamente as palavras da terra. Então chegou o lavrador e ceifou as espigas. Malhou o trigo tanto que os grãos saltaram de suas cascas."Este é o sofrimento de que a terra falou", pensaram as espigas. "Isto tem que acontecer para ficarmos brancas como a luz e redondas e marrons como a terra". Depois de terem sido malhados os grãos foram colocados em sacos. Ali dentro estava apertado e escuro. O lavrador pegou o saco nas costas e o levou para o moinho. A cada passo que dava, os grãos ralavamse e desejavam sair daquele saco escuro. "Aqui está tão apertado e escuro", queixavam-se. Depois o saco foi aberto e os grãos pularam para fora. Mas não alcançaram a luz. Foram, sim, para um funil ainda mais escuro. No moinho, o trigo foi moído e perdeu sua própria forma. Mas continuavam a lembrar-se do que a terra lhes dissera e, por isso, suportava tudo. Assim, o trigo foi transformado em farinha, branca como a luz celestial. Em seguida, a mulher do lavrador tomou a farinha e misturou-a com água, fermento e sal, e da massa formou um pão redondo. Levou-o ao forno, onde ele criou uma crosta firme e ficou parecendo uma pequena terra, redondo e marrom. E assim cumpriu-se o que a terra prometera ao trigo quando este ainda estava no campo. No coração da África, havia uma extensa planície. E no centro dessa planície, erguia-se uma alta e frondosa árvore. Um dia, embaixo do sol escaldante do meio dia africano, corria pela planície um coelhinho, que, exausto, suado, quando viu a Grande Árvore, correu a abrigar-se à sua sombra. E ali, protegido por ela, ele se sentiu tão bem, tão reconfortado, que olhando para cima não pôde deixar de dizer: - Que sombra acolhedora e amiga você tem! Muito obrigado! A Grande Árvore, que não costumava receber palavras de agradecimento, ficou tão reconhecida, que fez balançar os seus galhos e tremular suas folhinhas, como uma dança de alegria. O coelhinho, percebendo a reação da árvore, quis aproveitar-se um pouquinho da situação e disse assim: - É verdade, realmente sua sombra é muito boa... mas e esses seus frutos que eu estou vendo lá em cima? Não me parecem assim grande coisa... A Grande Árvore, picada em seu amor próprio, caiu na armadilha. E soltou, lá de cima de seus galhos, um belo e redondo fruto, que rolou pelo capim, perto do coelhinho. Este, mais do que depressa, farejou o fruto e o devorou, pois ele era delicioso. Saciado, voltou para a sombra da árvore, agradecendo: - Que doce e suculento fruto, Grande Árvore! Muito Obrigado! Orgulhosa de si, a Grande Árvore, novamente fez tremer seus galhos e folhas, em sinal de alegria. Então o coelho, que era muito brincalhão, resolveu continuar a brincadeira e disse assim: - Bem, sua sombra é muito boa, seu fruto também é da melhor qualidade. Mas... e o seu coração, Grande Árvore? Será ele doce como seu fruto ou duro e seco como sua casca? A Grande Árvore, ouvindo aquilo, deixou-se invadir por uma emoção que há muito tempo não sentia. Mostrar o seu coração? Ah... como ela queria... Mas era tão difícil... Por outro lado, o coelhinho havia se mostrado tão terno, tão amigo... E assim, hesitante, hesitando, a Grande Árvore foi lentamente se abrindo, até formar uma fenda, por onde o coelho pôde ver, extasiado, um tesouro de moedas, pedras e jóias preciosas, um tesouro magnífico, que a Grande Árvore ofereceu a seu amigo. Maravilhado, o coelho pegou algumas jóias e saiu agradecendo: - Muito obrigado, bela árvore! Jamais vou esquecê-la! E chegando à sua casa, encontrou sua esposa, a coelha, a quem presenteou com as jóias. A coelha, mais que depressa, enfeitou-se toda com anéis, colares e braceletes e saiu para se exibir para suas amigas. A primeira que ela encontrou foi a hiena, que, assaltada pela inveja, quis logo saber onde ela havia conseguido jóias tão faiscantes. A coelha lhe disse que nada sabia, mas que fosse falar com seu marido. A hiena não perdeu tempo: foi ter com o coelho, que lhe contou o que havia acontecido. No dia seguinte, exatamente ao meio-dia, corria a hiena pela planície e repetia passo a passo tudo o que o coelho lhe havia contado. Foi deitar-se à sombra da Grande Árvore, elogiou-lhe a sombra, pediu-lhe um fruto, elogiou-lhe o fruto e finalmente pediu para ver-lhe o coração. A Grande Árvore, a quem o coelhinho na véspera havia tornado mais confiante e mais generosa, dessa vez nem hesitou. Foi abrindo seu tronco, foi abrindo bem devagarzinho, saboreando cada minutinho de entrega. Mas a hiena, impaciente, pulou com suas garras no tronco da árvore, gritando: - Abra logo esse coração, eu não aguento esperar! Ande! Eu quero todo esse tesouro para mim, eu quero tudo, entendeu?! A Grande Árvore, apavorada, fechou imediatamente seu tronco, deixando a hiena de fora a uivar desesperada, sem conseguir pegar nenhuma jóia. E por mais que ela arranhasse a árvore, ela nada conseguiu. A partir desse dia é que a hiena ganhou o costume de vasculhar as entranhas dos animais mortos, pensando encontrar ali algum tesouro. Mal sabe ela que esse tesouro só existe enquanto o coração é vivo e bate forte. Quanto a Grande Árvore, nunca mais ela se abriu. A ferida que ela sofreu é invisível mas dificilmente curável. O coração dos homens se parece muito com o da Grande Árvore. Por quê se abre tão medrosamente quando ele se abre? Por quê, às vezes, ele nem se abre? De que hiena ela se recorda? Veja os desenhos no nosso site. A criança que fui chora na estrada. Deixei-a ali quando vim ser quem sou; Mas hoje, vendo que o que sou é nada, Quero ir buscar quem fui onde ficou. Fernando Pessoa “A criança olha tudo e todos com profundo interesse e confiança incondicional; são abertas, honestas, sempre perdoam, são livres. Brincam com muita seriedade e empenho sem querer saber o quanto podem ganhar com o que estão fazendo. São espontâneas, puras. E muito do sofrimento da Terra acontece, hoje, pela falta dessas qualidades da criança em nós. Quanto mais um adulto, conscientemente, mantém vivas dentro de si as qualidades da criança, mais ele será verdadeiramente humano”. Michaela Gloecker Isadora, brincando no tanque de areia, enterra os pés de Luciana. Vendo que a areia já está no joelho, vira-se para o amiguinho Henrique e diz: - Olha, Henrique, eu plantei a tia Lu igual à árvore. Ele olha assustado para a Luciana e pergunta: - Vai nascer fruta? No castelinho do jardim II-Vesp., a professora Angela cantava, na Roda do Dia, com as crianças. Se esta rua, se esta rua fosse minha Eu mandava, eu mandava ladrilhar Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes Pra meu pai e a mamãe poder passar. O Lorenzo perguntou: - Mas pode passar de carro? Conta a professora: Matheus não diz Jardim I, II e III. Refere-se ao castelinho como sala I, sala II e sala III. Um amiguinho perguntou a ele: - Onde está o Thiago? Ele respondeu: - Está na sala 4! (O Thiago está no 1º ano do Ensino Fundamental) Miguel Cassemiro do Jd. I Matutino, após fazer seu desenho, levantou-se da cadeira e dirigiu-se até o cantinho de época, com o desenho nas mãos. Foi conversar com o coelhinho e mostrar o desenho para ele. A conversa foi bem animada, disse a professora Antoniely. Henrique Teixeira, conversando com Luciana, auxiliar do Jardim: - Tia, olha o meu short do Vasco! - Sim, eu vi. Então, você é vascaíno, Henrique? - Eu sou! - E o papai também é vascaíno? - Não, tia, o papai é dentista! A professora Angela do Jardim II vespertino chama o Luiz Neto e pergunta: - Luiz Neto, o papai é médico? E ele responde: - Não. - O papai é o quê? - Papai, ué!!! Perguntei pra minha mãe: "Mãe, onde é que ocê nasceu?" Ela então me respondeu que nasceu em Curitiba Mas que sua mãe que é minha avó Era filha de um gaúcho que gostava de churrasco E andava de bombacha e trabalhava no rancho E um dia bem cedinho foi caçar atrás do morro Quando ouviu alguém gritando: "Socorro, socorro!" Era uma voz de mulher Então o meu bisavô, um gaúcho destemido Foi correndo, galopando, imaginando o inimigo E chegando no ranchinho, já entrou de supetão Derrubando tudo em volta, com o seu facão na mão Para o alívio da donzela, que apontava estupefata, Para o saco de batata, onde havia uma barata E ele então se apaixonou E marcaram casamento com churrasco e chimarrão E tiveram seus três filhos, minha avó e seus irmãos E eu fico imaginando, fico mesmo intrigado Se não fosse uma barata ninguém teria gritado Meu bisavô nada ouviria e seguiria na caçada Eu não teria bisavô, bisavó, avô, avó, pai, mãe, não teria nada Nem sequer existiria Perguntei para o meu pai: "Pai, onde é que ocê nasceu?" Ele então me respondeu que nasceu lá em Recife Mas seu pai que é o meu avô Era filho de um baiano que viajava no sertão E vendia coisas como roupa, panela e sabão E que um dia foi caçado pelo bando do Lampião Que achava que ele era da polícia um espião E se fez a confusão E amarraram ele num pau pra matar depois do almoço E ele então desesperado gritava: "Socorro!" E uma moça apareceu bem no último instante E gritou pra aquele bando: "Esse rapaz é comerciante!" E com muita habilidade ela desfez a confusão E ele então deu-lhe um presente, um vestido de algodão E ela então se apaixonou Se aquela moça esperta não tivesse ali passado Ou se não se apaixonasse por aquele condenado Eu não teria bisavô, nem bisavó, nem avô, nem avó, nem pai pra casar com a minha mãe Então eu não contaria essa história familiar Pois eu nem existiria pra poder cantar Nem pra tocar violão "Minha infância foi uma infância feliz. Vivi anos de pobreza. Mas não tenho desses anos nem uma memória triste. As crianças ficam felizes com pouca coisa. Não era preciso dizer os nomes dos deuses nem eu os sabia. O sagrado aparecia, sem nome, no capim, nos pássaros, nos riachos, na chuva, nas árvores, nas nuvens, nos animais. Isso me dava alegria! Como no paraíso... No paraíso não havia templos. Deus andava pelo jardim, extasiado, dizendo: “Como é belo! Como é belo!” A beleza é a face visível de Deus. Menino, o mundo me era divino e sem deuses. Talvez seja essa a razão por que Jesus disse que era preciso que nos tornássemos crianças de novo, para ver o paraíso espalhado pela Terra." Rubem Alves "Meu pai era uma criança. As crianças verdadeiramente crianças ficam felizes por qualquer coisa. E isso porque elas possuem o poder mágico de transformar aquilo que é nada em algo que é muito. Pelo poder da imaginação um cabo de vassoura se transforma em um cavalo e uma caixa de sapato vazia, amarrada a um barbante, é um carrinho. Pois assim era meu pai: ele sabia transformar nadas em coisas boas." Rubem Alves No livro O Profeta, Kahlil Gibran destaca a preciosa responsabilidade da tarefa de ser Pais. "E uma mulher que apertava o filho pequeno contra o peito disse: “Fale-nos dos FILHOS.” E ele disse: “Seus filhos não são seus filhos. Mas sim filhos e filhas do anseio da Vida por si mesma. Eles vêm por meio de vocês, mas não provêm de vocês, E embora estejam com vocês, não lhes pertencem. Vocês podem lhes dar seu amor, mas não seus pensamentos, Pois eles têm pensamentos próprios. Podem abrigar seus corpos, mas não suas almas, Pois as almas deles residem na morada do amanhã, que vocês não podem visitar nem mesmo em sonhos. Vocês podem se esforçar por ser como eles, mas não busquem moldá-los à sua própria imagem. Pois a vida não retrocede, nem se demora no ontem. Vocês são o arco dos quais seus filhos são lançados como flechas vivas. O Arqueiro divisa o alvo na trilha do infinito, e retesa o arco por seu poder para que Suas flechas possam seguir rápidas e voar longe. Que vocês cedam de bom grado à mão do Arqueiro; Pois da mesma forma que Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que fica.” Reconhecer o potencial que reside em cada ser humano. Incentivar. Confiar. Eis o impulso para grandes realizações. Era uma tarde nublada e fria. Duas crianças patinavam sobre um lago congelado, brincando sem preocupações. De repente, o gelo se quebrou, e uma delas caiu na água gelada, ficando presa debaixo da camada de gelo. A outra criança, vendo que a companheira se afogava, pegou uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças a superfície do lago, conseguindo assim quebrar o gelo e salvar sua amiga. Quando os bombeiros chegaram e perceberam o que havia acontecido, perguntaram impressionados à criança como ela havia conseguido quebrar o gelo com aquela pedra, sendo suas mãos tão pequenas. Para eles era impossível um criança ter força para fazer aquilo sozinha. Nesse instante, um senhor, que de longe havia presenciado toda a cena, apareceu e disse: - Eu sei como foi que ela conseguiu. Todos perguntaram: - Como? E o homem respondeu: - Não havia ninguém ao seu lado para lhe dizer que não era capaz. Aprender a nadar, por exemplo, não é o máximo? Mas é difícil também... Que o digam minhas pimpolhas, nossas mãos entrelaçadas, enquanto observávamos do lado de fora da piscina as outras crianças que se lançavam nessa aventura. A aula durava 45 minutos. Foi só nos últimos dois ou três que Laura e Rachel conseguiram a coragem necessária para enfrentar esse novo começo: elas foram para a água, meu coração seguiu para a boca; a vida ficou maior. Sim, porque ao enfrentar dificuldades, ao dar o primeiro passo de uma história, alargamos os espaços que temos para nos movimentar. E isso vale para meninas de 3 anos e moçoilas de 20, 30, 40, 50, 60... É por esse motivo que gosto tanto da resiliência – palavra que a gente usa pouco, mas que indica a tão necessária capacidade de ir em frente sempre, mesmo quando levamos rasteiras. Lucia Barros Com o passar dos anos, a humanidade foi mudando seus valores, suas ações e, principalmente, o jeito de pensar. As mudanças surgiram com o intuito de melhorar e auxiliar nossas vidas. Por exemplo, a evolução da medicina, da tecnologia, das ciências em geral, foram e são importantes para a sobrevivência do homem atual, proporcionado uma independência. As transformações não ocorreram somente nesse meio, nossos pensamentos também mudaram. A “ganância do capitalismo” está em considerável aumento, e isso interfere diretamente em nossos valores. Estamos nos tornando seres egoístas, desrespeitosos mal educados. Percebemos isso nas escolas, na relação do aluno e professor, nas ruas, nos lixos que nelas estão, no trânsito, no governo, em todos os lugares por nós habitados. A importância que estamos dando aos bens materiais, é maior do que a da educação do respeito, do compartilhamento, da doação. Esses valores que complementam o Ser Humano, não estão sendo implantados na nossa evolução. O homem pensa, o que pensa é o que sente, então age, e a ação mostra quem ele é, o caráter. Devemos entender essa relação para tomar as decisões corretas. Só assim seremos completos e equilibrados. Iara 11º ano Precisamos prestar atenção no fato de que temos, hoje em dia uma cultura diferente de antes. No passado, por sinal não muito distante os jovens tinham o dever de serem bons alunos na escola. Hoje, mesmo tendo esse dever, muitos preferem a comodidade. Um bom exemplo que posso citar, são os pais desses jovens: há quase cinqüenta (50) anos atrás, as crianças eram extremamente educadas, escreviam de forma polida, conversavam de modo adequado. Hoje, crianças e jovens se comportam de maneira leviana; desrespeitam professores, pais e amigos, fazem bagunça e não deixam os pais imporem limites. Os valores que recebemos, agora, devem ser passados aos nossos filhos, que por sua vez, passarão aos que lhes sucederem. Quando digo valores, não estou querendo dizer bens materiais, estou citando bens morais, como: dedicação aos estudos, ser leal, fiel e verdadeiro, etc. Portanto, crianças e jovens, sejam esforçados. Pelo bem de vocês, do futuro e consequentemente, do mundo. Ana Flávia 11º ano Bem, vivemos de acordo com as histórias que a ciência cria, e ela nos contou uma história muito sem graça durante os últimos quatrocentos anos. Contou que somos uma espécie de erro genético. Que nossos genes se limitam a nos utilizar basicamente para avançar à próxima geração, e que nossas mutações são aleatórias. Foi dito que estamos fora do universo; estamos sozinhos, somos um caso isolado. Somos uma espécie de erro solitário, em um planeta solitário, em universo solitário. E isso é a base de nossa visão de mundo. Isso forma nossa visão de nós mesmos e agora estamos percebendo que ela, essa visão de separação, é extremamente destrutiva. É o que cria tudo; todos os problemas no mundo, as guerras, a idéia de que eu preciso de mais do que você, a agressividade em tudo, dos negócios à sala de aula. E agora estamos percebendo que esse paradigma está errado, que não estamos sós. Estamos todos juntos. No elemento mais infinitesimal de nosso ser, todos somos um; estamos conectados. A s s i m , e s t a m o s tentando entender e absorver as implicações disso. Lynne McTaggart Estamos todos conectados. Estamos emaranhados. E não existe separação entre nós, o que fazemos uns aos outros também atinge um aspecto do nosso Eu. Nenhum de nós é inocente nesse sentido. Existe algo lá fora de que não gostamos, e não podemos virar as costas para isso porque somos co-criadores, de uma forma ou de outra. E temos de fazer o que é certo para alcançar o melhor futuro para todos. Essa é a nossa responsabilidade como co-criadores. E, no processo, seja qual for o papel que assumamos – de políticos, de teólogos, de cientistas, de médicos ou qualquer outro –, todos podemos contribuir para levá-la além, usando o máximo de nossas habilidades e fazendo o que acreditamos ser o melhor. Isso requer que meditemos profundamente sobre cada coisa. Refletir e agir, reconhecendo que os outros são nosso irmãos e irmãs, e que tudo é um assunto de família. É isso. William Tiller, Ph.D. Em 1989, assumimos o papel de co-autores da transformação necessária, na área da Educação formal, oferecendo nosso trabalho, pautado na Ciência e Arte, em prol de um mundo mais humano, um mundo melhor: Art. 4º. - A Escola Livre Porto Cuiabá é fundamentada na “Arte de Educar”- Pedagogia Waldorf, de Rudolf Steiner, comprometida, portanto, com os objetivos da Antroposofia. Pretende despertar e cultivar no homem, além da ciência, da inteligência e da autoconsciência, o Amor como fundamento de um maior respeito, de um interesse no outro e de uma ajuda social ativa. Art. 5º. - A filosofia da Escola Livre Porto Cuiabá se explicita com os seguintes delineamentos: a) - o HOMEM, obra prima da Criação na Terra, ser dotado de corpo, alma e espírito, necessita de respeitar e ser respeitado no seu desenvolvimento natural, parra que possa fluir na plenitude de suas potencialidades; b) - como parte integrante do Universo, submetido às mesmas leis que o regem, o Homem é um constante vir a ser, capaz, portanto, de evoluir, transformando, impulsionando positivamente o mundo ao seu redor; c) - a PESSOA é o centro do processo educativo e o currículo, metodologia e didática, são meios de propiciar um desenvolvimento saudável para crianças e jovens, onde a informação acontece de forma ampla, carregada de vida, dada a imagem de Homem e de mundo que permeiam a Pedagogia; d) - o processo de aprendizagem cultiva o equilíbrio do Pensar, Sentir e Querer humanos, evitando todo e qualquer processo unilateralizante, optando pela aquisição de conceitos móveis, passíveis de evolução, contextualizados, artisticamente compartilhados; e) - a Escola tem a responsabilidade de fortalecer o aluno para a construção do seu destino e, consequentemente, o da Humanidade, como pessoa harmonizada, que está em paz consigo mesma, que olha o mundo de frente, é forte e é feliz Um dia, Camila Yáscara, do 11º ano, com um brilho de descoberta nos olhos, me disse: - Ana, quero que você leia este pensamento que encontrei: “Imagine que o Universo é uma imensa máquina giratória. Você quer ficar perto do centro da máquina, e não nas extremidades, onde os giros são mais violentos, onde você pode se assustar e enlouquecer. O eixo da calma fica no seu coração. É ai que Deus reside dentro de você. Então, pare de procurar respostas no mundo. Simplesmente retorne a esse centro, e sempre vai encontrar a paz.” E este, Camila, é para você: “Quem escolhe o centro como morada abarca, com um simples olhar, tudo que está a seu redor” Angelus Silésius Enquanto os primórdios da atividade geométrica do homem são encontrados nas velhas civilizações egípicias, é só nos gregos que a geometria alcança o níveil de ciência, graças a Pitágoras e a Platão. Foi também na Grécia que a música chegou a ser uma verdadeira arte: deixou de ser apenas um meio de expressão emocional e um elemento cúltico destinado a provocar êxtase, formas musicais que se encontram em quase todos os povos em todas as épocas. Vemos a música ser cultivada pelos gregos por motivos inerentes a ela própria; ela passou a ser sujeita a princípios formais tais que recebeu de pronto uma teoria bastante elaborada. Esse desenvolvimento fez com que o homem se tornasse na Grécia, pela primeira vez, atento às relações íntimas entre esses campos tão diferentes da atividade humana. Um exame mais cuidadoso mostrar-nos-á que a geometria teve sua origem na música. Não somente a geometria e a música, mas também a aritmética e a mecânica apontam para aquela imagem comum que se revela na ordem e na medida das proporções: “ordo et mensura”. Um Descartes podia, com razão, dizer que aritmética, geometria, mecânica e teoria musical eram apenas “vestes” da mesma matemática, isto é daquela ciência una da “orto et mensura” das coisas, ou seja, manifestação da mesma essência que se revela ao homem, de várias maneiras... As formas geométricas revelam-nos o elemento musical que nelas se esconde. Elas ressoam a “música congelada” na geometria que se torna patente ao olho que sabe discerni-la... Alexander Strakosch Aprendendo a manusear o compasso, os alunos do 6º ano ousam criar... A paulatina dominância excessiva de uma cultura materialista faz com que a alma seja condenada à escravidão. Ela se torna refém do corpo. Na obra “Cartas sobre a Educação Estética do Ser Humano”, na qual o pensar de Schiller alcança seu auge, constatamos dois princípios opostos, os quais parcialmente se superam mediante um terceiro; parcialmente se interagem para uma nova criação, levando, dessa forma, a uma tríplice estrutura da vida interior do ser humano. Primeiramente, Schiller trata de dois impulsos, o impulso racional, pelo qual o ser humano está integrado nas forças formadoras do mundo espiritual, e o impulso material, pelo qual a natureza invade, em toda a abundância de sua imponente e, ao mesmo tempo, ainda cega vida, o interior do ser humano. Ao seguir apenas um dos dois impulsos, o ser humano não pode ser livre. Ocorre muitas vezes, a exposição excessiva a um desses dois impulsos faz com que a pessoa, enfraquecida e apática, seja apática, seja arremessada nas garras do outro. Isso vale tanto para o âmbito da biografia individual quanto para as sucessivas fases evolutivas da humanidade. Por esse motivo, Schiller almeja, no que diz respeito àquilo que o ser humano pode alcançar mediante a sua autoeducação e mediante a educação do próximo, uma terceira condição. Ele usa a palavra “estético” para este estado, no qual identifica a atuação de um terceiro impulso, um impulso artístico, o qual ele chama de “impulso lúdico”. O desabrochar e atuar do impulso lúdico faz com que as abundantes e calóricas forças do vivo continuem injetando-se a partir do lado da natureza, no entanto, elas são despidas de sua veemência cega e importuna; e a partir do lado do espírito, as forças organizadoras descem e trazem, de forma benéfica, sua clareza sem, porém, qualquer rigidez ou coação. Assim, a pessoa, ao tornar-se livre, torna-se ao mesmo tempo, ser humano no sentido pleno da palavra. 26 É na atividade lúdica da criança, na atuação criativa do artista, na assimilação da verdadeira obra de arte pelo ser humano, que Schiller conseguiu detectar os traços de genuína humanidade. Ele desvendou as verdadeiras forças nascentes na vida psíquica , onde a alma não é vítima de disputa entre a natureza e o espírito, mas é colocada em um tensão benéfica dentro da qual ela se movimenta com a devida autoconfiança. No início de uma época que trouxe enfraquecimento da vida interior, em consequência do excesso de uma civilização orientada para o lado exterior, ele [Schiller] oferece à alma um impulso para uma atividade forte e pura. Quando se trata de vida prática externa, as Pessoas têm justamente o seguinte ponto de vista: primeiro vem isto, depois vem aquilo. Com isto não se progride no mundo. Só se Progride quando se pensa em círculo. [...] É preciso pensar em círculo, é preciso pensar quando se olha para as circunstâncias externas, que elas são feitas pelas pessoas mas também fazem as pessoas; ou, quando se olha para as ações das pessoas, que elas fazem as circunstâncias externas mas, por sua vez, também são apoiadas pelas circunstâncias externas. Rudolf Steiner Alguém afirmou a um homem que, no dia em que ele encontrasse o Pássaro Azul, encontraria a verdade e a felicidade. Esse homem correu a vida toda à procura do Pássaro Azul e nunca o encontrou... Um dia, idoso, cansado, descobriu que o Pássaro Azul estava no telhado de sua própria casa, esperando por ele... Reiki 27