LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SNC – Sistema Nervoso Central DPAC – Dificuldade no Processamento Auditivo Central DAH – Déficit de Atenção com Hiperatividade TDA – Transtorno de Déficit de Atenção TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade SUMÁRIO APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO......................................................................................................... 04 UMA PALAVRA AO PROFESSOR .............................................................................. 08 METODOLOGIA....................................................................................................... 11 ATIVIDADES .......................................................................................................... 15 ATIVIDADE 1 – BINGO CIENTÍFICO..................................................................... 15 ATIVIDADE 2 – GINCANA...................................................................................... 16 ATIVIDADE 3 – EXPLORANDO O LIVRO DIDÁTICO EM SALA DE AULA.......... 18 ATIVIDADE 4 – RESOLVENDO EXERCÍCIOS NA SALA DE AULA..................... ATIVIDADE 5 – UTILIZANDO O COMPUTADOR.................................................. ATIVIDADE 6 – AULAS PRÁTICAS ...................................................................... ATIVIDADE 7 – ELABORANDO E APLICANDO AS AVALIAÇÕES ..................... REFERÊNCIAS ...................................................................................................... LINKS INTERESSANTES................................................................................... APÊNDICES............................................................................................................ 19 21 24 26 28 30 32 APRESENTAÇÃO Este Caderno é um produto decorrente da pesquisa da dissertação no Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática da PUC – Minas. Com o objetivo de auxiliar o professor a lidar com alunos com dificuldades em aprendizagem, este caderno contém sugestões de estratégias que orientam e subsidiam o trabalho docente, ampliando seu repertório através de técnicas de trabalho em grupo, o que, certamente, contribui para uma educação efetivamente inclusiva e reflexiva no meio escolar. Estão disponíveis neste caderno atividades que envolvem jogos, uso do computador, livro didático, aulas práticas e trabalhos em grupo. Cada uma dessas propostas está estruturada com: título, objetivos, tempo de duração, material necessário, desenvolvimento e sugestão de leituras complementares. Sendo assim, esperamos que este material didático formativo seja uma ferramenta útil para incentivar, capacitar e desencadear o processo de formação continuada de professores e da equipe multidisciplinar que acompanha os alunos com distúrbios de aprendizagem, profissionais que aprendem e também ensinam. 4 INTRODUÇÃO O tratamento diferenciado a pessoas com necessidades especiais não é um fato recente no ambiente escolar. É certo que, por muito tempo, as pessoas „diferentes‟ nem sempre foram olhadas e aceitas pelas sociedades. Nesse sentido, deve-se verificar que, há décadas, a designação „necessidades especiais‟ foi utilizada para nomear problemas de ordem médica, como deficiência visual, auditiva, paralisias ou qualquer outra deficiência física. Todavia, em 1963, Samuel Kirk ampliou esse conceito de necessidades especiais, passando a fazer menção não somente a pessoas com dificuldades físicas, mas também àqueles que, por fatores não apenas biológicos, tivessem dificuldades na aprendizagem. Avançando nessa direção, Dockrell & Mcshane (1997 apud SILVA, 2008) apontam que a primeira forma de classificar as dificuldades de aprendizagem seria através do sistema etiológico (com base nas causas que as originam) ou por meio do sistema funcional, que distingue dois grupos de crianças: aquelas com desenvolvimento intelectual significativamente abaixo da média, consideradas lentas, ou deficientes mentais; e as com desenvolvimento intelectual normal, mas que apresentam dificuldades específicas em alguma tarefa concreta, como a leitura, por exemplo. Além de classificar, diagnosticar as dificuldades em aprendizagem também integra o primeiro passo, o que contribui para avaliar a melhor forma de intervir no processo de aprendizagem de um indivíduo. Entretanto, o diagnóstico de “dificuldades em aprendizagem” não é fácil, requer cautela e uma série de investigações nas quais fatores orgânicos, emocionais e ambientais precisam ser levados em consideração. Em face disso, Gómez e Terán (2008, p. 97) sugerem que, entre as causas internas, estariam os fatores relacionados com os aspectos neurobióticos, ou orgânicos, e psíquicos, ou seja, referentes ao Sistema Nervoso Central (SNC). E dentre as causas externas, estariam os aspectos sociais e o „como se aprende‟. É preciso lembrar que fatores externos e internos são interativos (GÓMEZ; TERÁN, 2008, p. 98). 5 Não se pode negar que fatores ambientais, como qualidade do ensino e mesmo as histórias de vida familiar, tenham seu peso para aumentar as chances de um indivíduo apresentar tais dificuldades. A título de argumentação, Dockell & Macshane (1997) afirmam que a bagagem familiar e o ambiente também são determinantes no processo de aprendizagem, já que lacunas de determinadas experiências podem comprometer aspectos como a coordenação motora, por exemplo. De maneira mais específica, entre as causas das dificuldades em aprendizagem, destacam-se os transtornos de atenção. Haja vista que a atenção é uma condição básica para o funcionamento dos processos cognitivos, já que envolve a disposição neurológica para a recepção dos estímulos. Assim, participa ativamente de toda conduta humana, desde a entrada do estímulo até a resposta motora (GÓMEZ; TERÁN, 2008, p.134). Dessa forma, percebe-se que a atenção precede a percepção, a intenção e a ação. Logo, sem ela - atenção - nossa memória e aprendizagem não ocorrem ou ficam empobrecidas (RISUEÑO, 2001, p. 71-87 apud GÓMEZ; TERÁN, 2008, p.134) Nesse contexto, é importante observar que o baixo rendimento configura a manifestação mais evidente das dificuldades de aprendizagem, sendo, portanto, um indicativo de que a criança é de risco – apresenta ou pode vir a apresentar tais dificuldades (SILVA, 2008, p. 9). Outro problema que acompanha os alunos com dificuldades para aprender é a baixa autoestima. A propósito, Silva (2008), citando Cabanach e Arias (s.d), ressalta que alunos com dificuldades de aprendizagem têm uma imagem de si mesmos, na área acadêmica, mais negativa do que a dos estudantes sem essas dificuldades. Na dimensão social, as dificuldades de aprendizagem também se refletem no autoconceito, pois esses estudantes percebem-se como piores colegas e filhos do que os outros. Dentre esses problemas que dificultam a aprendizagem, os mais comuns são: (1) Dislexia - quando a criança apresenta dificuldade para ler, soletrar ou, até mesmo, identificar palavras simples; (2) Dificuldade no processamento auditivo (DPAC) - caracterizada pela incapacidade de lidar com o barulho; 6 (3) Déficit de atenção por Hiperatividade (DAH) - quando ocorre a desatenção e a perda do autocontrole. Para ajudar crianças, famílias e professores que enfrentam tais problemas, são necessárias algumas estratégias, dentre as quais são destacadas as seguintes: (1) tratamento da dificuldade em nível terapêutico por profissionais especializados; (2) adoção de medidas que possam minimizar o problema em sala de aula, assumindo posturas e atividades diferenciadas; (3) um novo olhar para este aluno que requer de toda a equipe docente muito mais atenção. Contudo, por serem bastante diversas, as dificuldades em aprendizagem, na maioria das vezes, não podem ser tratadas de forma generalizada. Assim, o professor não deve se restringir a apenas uma maneira de ensinar. Em tempo, nossa experiência profissional demonstra que lecionar para um número grande de alunos, considerando que, dentre eles, dois ou três possuem dificuldades em aprendizagem diferentes, requer dos educadores perícia e, sobretudo, boa vontade para conhecer, compreender e criar estratégias diferenciadas para que todos, incluindo os alunos com dificuldades, consigam aprender, efetivamente, os conteúdos que ora são apresentados. Inclusive, é justamente nessa perspectiva que propomos as atividades deste caderno. Se assim é, já se pode adiantar que a aplicação das atividades didáticas propostas aqui tem produzido resultados positivos na disciplina Ciências, 6ª série, no Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará, com alunos que apresentam as seguintes dificuldades de aprendizagem: Transtorno de Déficit de Atenção (TDA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dislexia e problemas no processamento auditivo central. Explica-se que o desenvolvimento destas atividades possibilitou, em primeiro lugar, a participação ativa dos alunos com dificuldades, uma vez que, quase sempre, sentiam-se desestimulados a participarem das atividades. Posteriormente, contribuiu para o desenvolvimento da autoconfiança de que 7 são capazes de aprender, respeitando seus limites e enfrentando suas dificuldades. Porém, sugerimos que o professor não utilize o material como “receita”, mas como sugestão de uma abordagem possível, que se deve adequar, com autonomia, às características da sua região e, principalmente, à realidade de sua escola e de seus alunos. Para facilitar seu trabalho e ajudar na aplicação das atividades, foi incluído, e está disponível junto com este material, um CD que contém a versão digital deste caderno e grande parte das referências citadas. Lembramos que os exemplos dados aqui foram utilizados no ensino de Ciências na 6ª série, mas as atividades podem ser adaptadas a qualquer disciplina. Alertamos, ainda, que as atividades foram preparadas pensando nos alunos com dificuldade em aprendizagem, contudo também podem ser utilizadas de modo bem sucedido com alunos que não tenham estas dificuldades. 8 UMA PALAVRA AO PROFESSOR Atuar, nos dias atuais, na área educacional requer, necessariamente, disposição para aprender de maneira contínua. De certo, viemos de uma geração em que o perfil dos alunos era outro. A metodologia, ainda que inconscientemente, era uniforme, não respeitando as diferenças. Partia do princípio de que o professor era o único detentor do conhecimento, o qual devia transmitir para seus alunos de forma inquestionável. De alguns anos para cá, a sala de aula não é mais a mesma. Lidamos todos os dias com novos desafios. Seja em virtude da clientela ou em função das diferenças, o fato é que não se tem uma classe homogênea. Assim sendo, cada criança, adolescente ou jovem que adentre hoje uma sala de aula merece ser respeitado em sua individualidade, seja ela social, cultural, cognitiva ou em sua forma de aprender. Mesmo porque, esta é a nova escola, e os profissionais que trabalham com educação precisam desse viés, ou se tornam obsoletos. Nesse sentido, a escola atual exige profissionais que reconheçam, em seus alunos, um mundo cheio de possibilidades e, a partir disso, disponham-se a transpor o processo ensino aprendizagem tradicional, buscando novas metodologias para atender a esse universo tão plural. Naturalmente, sabemos que a inclusão é, sobretudo agora, um dos grandes desafios da escola. Crianças que, antes, frequentavam salas de aula e escolas especiais, hoje, estudam na mesma classe de crianças cuja aprendizagem não é comprometida por fatores biológicos, psicológicos, emocionais ou ambientais. Assim, frequentemente, os professores têm que lidar com alunos que apresentam distúrbios de aprendizagem em suas turmas. A saber, estes alunos são mais comuns do que se imagina, e bem mais difíceis de serem diagnosticados do que podemos supor. Aliás, somente uma equipe multidisciplinar pode chegar a um diagnóstico competente, cabendo ao professor, uma vez que informado sobre tal dificuldade, sentir-se participante desta problemática. A partir de então, é preciso compreender de que forma estes alunos aprendem, para que possamos pensar em estratégias simples, 9 porém que consigam oferecer-lhes qualidade na aprendizagem, ao invés de, unicamente, promovê-los à série seguinte por não serem capazes de caminhar com seus próprios pés. Em verdade, esse é um fato que, nas licenciaturas, pouco se investe, visto que são escassas ou inexistentes as disciplinas que auxiliem o professor a identificar dificuldades de aprendizagem, ou, muito menos, que promovam atividades voltadas para cada uma destas dificuldades. Por ocasião desse descaso, é recorrentemente necessário que a própria escola promova formações continuadas para seus educadores, tornando-os seguros ao lidar com alunos com tais dificuldades. Apesar desse complicador, não se pode fechar os olhos para estes alunos, ou continuar aceitando-os como meros espectadores, incapazes de mudar sua sorte e que, portanto, estão fadados a aprender sem apreender. Além disso, verificam-se várias outras dificuldades enfrentadas por um professor que deseja fazer um trabalho diferenciado para estes alunos. Dentre elas, já se desponta o número excessivo de alunos em sua sala de aula e, ainda, com diferentes dificuldades de aprendizagem. Porém, é gratificante quando se interessam e se mostram felizes pelo avanço que conquistaram, ainda que pequeno. É significativo compreender que não se faz necessário mudar, radicalmente, a forma de ministrar a aula para atingir a estas crianças. Basta a utilização de recursos disponibilizados pela escola, aliada à criação de estratégias que englobem todos, tanto os que apresentam dificuldades quanto aqueles que não apresentam, tornando a sala de aula um ambiente de experiências importantes para educandos e educadores. Também é importante ressaltar que nenhum professor conseguirá, sozinho, a façanha de aumentar a qualidade de aprendizagem destes alunos. É preciso um trabalho em equipe: fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, psicólogos e outros profissionais, além da família. Assim, todos devem fazer parte deste processo, de modo que a criança com dificuldades em aprendizagem se sinta amparada e segura para avançar, aprendendo com seus erros. Quanto ao professor, existem alguns testes que podem ser aplicados para compreender de que forma ocorre a aprendizagem - visual auditiva ou 10 sinestésica. A propósito, Gardner (1994), citado por Schaffner & Buswell, in Stainback & Stainback, 1999, ao tratar das inteligências múltiplas, anuncia que existem abordagens de ensino que se adaptam às potencialidades individuais de cada aluno, bem como a modalidade pela qual cada um pode aprender, além das formas de avaliação diferenciadas (FERNANDES; VIANA, 2009) que podem favorecer a qualidade da aprendizagem destes alunos com dificuldade. Além desses aspectos, é fundamental que cada professor saiba a importância que representa na vida de cada uma destas crianças com dificuldades em aprendizagem. Em verdade, esses alunos não precisam mais de um olhar de diferença, mas sim, um olhar de quem diz: “eu vejo você”. Desta forma, não somente estaremos buscando a verdadeira inclusão, mas permitindo que este aluno se descubra capaz de aprender, dentro de suas limitações, sem benefícios que falseiem seu aprendizado e o escondam cada vez mais atrás de sua dificuldade. Por fim, destacamos as seguintes palavras de Rubem Alves: “O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos”. Bom trabalho! As autoras. 11 METODOLOGIA As estratégias didáticas escolhidas para serem apresentadas neste caderno são: jogos, uso do computador e do livro didático, trabalhos em grupo, aulas práticas e avaliação diferenciada. A seguir, apresentamos, de forma compacta, algumas estratégias metodológicas. Os jogos Para Claparède (1940, apud AGUIAR,1997), a criança é um ser feito para brincar e o jogo é um artifício que a natureza encontrou para envolver a criança numa atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Em seu turno, Piaget aponta que o jogo é, simplesmente, uma assimilação funcional, em que há um exercício das ações individuais já aprendidas (FARIA, 1995). Ou seja, para o autor supracitado, o aluno não aprende através do jogo, mas nele executa o que já aprendeu, o que o faz sentir prazer em jogar e aprender cada vez mais. Feitos esses esclarecimentos, os dois jogos propostos aqui são: (1) o bingo, de participação individual, utilizado para rever alguns conceitos básicos importantes para a compreensão de um novo conteúdo a ser abordado; (2) a gincana científica, uma atividade coletiva que visa a revisar o conteúdo ministrado de forma mais aprofundada e dinâmica, envolvendo os alunos em uma atividade que requer esforço coletivo, uma vez que são formadas equipes de trabalho. A propósito, Piaget (1973) ressalta que os „conflitos cognitivos‟ são fundamentais para o desenvolvimento intelectual do sujeito. Portanto, o desafio gerado nos jogos permite estes „conflitos‟. Nesse contexto, deve-se salientar a necessidade de o aluno compreender que o erro faz parte do aprendizado e que, apenas investigandoo, pode-se chegar ao acerto. Em outras palavras, “o erro é tratado como uma decorrência transitória da busca pela verdade, assim, ele está incluído no processo de construção do conhecimento” (TANUS; DARSIE, 2009). 12 O uso do computador Inicialmente, é preciso considerar, segundo Gardner (1985), que nem todos os indivíduos aprendem da mesma forma. Então, proporcionar uma atividade, ainda que curricular, fora da sala de aula apresenta bons resultados, bem como permitir uma interatividade maior com o professor e também entre os colegas. Tendo isso em vista, Moratori (2003) afirma que a utilização de recursos informatizados pode potencializar o desenvolvimento de diversas competências, possibilitando uma reestruturação do modo de relacionamento entre aluno professor, pois o processo de desenvolvimento atende aos vários interesses individuais e coletivos. Nessa direção, para favorecer a aprendizagem, principalmente dos alunos com dificuldades, a utilização do laboratório de informática da escola é interessante. Sendo assim, este caderno propõe algumas atividades a serem realizadas neste ambiente, quais sejam: (1) resolução de exercícios de múltipla escolha - pequenos simulados - em dupla; (2) elaboração de resumos de textos do livro e também de artigos da internet sobre assuntos trabalhados em sala de aula, seguida de envio ao e-mail da professora; (3) consulta a um blog criado pela professora para disponibilizar pequenos vídeos utilizados nas aulas. Além disso, a projeção de vídeos (curtos) em sala desperta a atenção dos alunos para algo que não pode ser explicado de forma estática. Por exemplo, quando se fala de osmose (passagem de água através da membrana celular), o vídeo pode demonstrar o que foi explicado, de forma mais clara e dinâmica, facilitando a compreensão do processo e permitindo que, posteriormente, ao estudar o assunto, o aluno possa utilizar esta ferramenta para compreender o conteúdo. Ressalta-se que os vídeos não devem ser longos e precisam „entrar‟ em momentos oportunos da aula, isto é, quando a compreensão não estiver ocorrendo ou quando se quer chamar atenção para um determinado ponto. Vale lembrar que o uso de apresentações em PowerPoint no desenvolvimento das aulas é um recurso de fácil acesso e bem-sucedido, pois os alunos gostam. Isso contribui para captar a atenção dos espectadores, o que, certamente, favorece o entendimento e a fixação do assunto que está 13 sendo tratado. Porém, é importante disponibilizar para os alunos tais apresentações para que possam, em casa, rever o que foi ensinado. O blog é outro recurso utilizado para auxiliar no processo ensinoaprendizagem. Através deste instrumento, os alunos podem ter acesso aos materiais didáticos utilizados em sala de aula. Aliás, eles podem, até mesmo, manipular estes materiais em qualquer momento para um estudo personalizado dos conteúdos trabalhados. Provando sua relevância, Garcez e Giraffa (2010) observam que o blog pode ser um ambiente que propicia a informação, reflexão e a escrita. Além disso, trata-se de um ambiente virtual que oferece condições, se for do interesse do aluno e do professor, para a reconstrução do conhecimento. O Trabalho em equipe Proporcionar a vivência em grupo para o aluno com dificuldades em aprendizagem não é uma tarefa fácil. Na maioria das vezes, estes alunos são rotulados como incapazes de realizar as atividades cognitivas e sua inserção no grupo é resultado de um árduo trabalho de conscientização dos outros colegas. Por este motivo, é importante, se possível, ter o cuidado de colocar estes alunos em turmas onde ele já tenha estabelecido relações de afetividade com algum colega. Na observação das atividades em grupo (exercícios, elaboração de projetos interdisciplinares, gincana), o maior ganho é a troca de informações. Os alunos hiperativos prestam muita atenção na fala do colega, porque acabam se identificando. Ademais, essas atividades podem aumentar a autoestima e favorecer a socialização dos alunos com dificuldades em aprendizagem. O uso do livro didático Uma das estratégias de sucesso utilizadas com tais alunos é a leitura do livro em sala de aula, principalmente dos seus textos complementares. Como condição para o desenvolvimento desta estratégia, é combinado com os alunos que, em alguns dias específicos (planejados pela professora), eles devem levar 14 os livros para a classe, de maneira a acompanharem a aula com os mesmos abertos. Assim, o livro é lido em conjunto, com paradas e explicações sobre os parágrafos, apresentando exemplos quando possível. Neste momento, é muito comum que os alunos peçam para ler. Entretanto, dependendo de quem estiver fazendo a leitura, os alunos com dificuldade em aprendizagem perdem o foco, dispersando-se totalmente, ao passo que, quando o livro é lido pela professora, que faz pausas, explica o significado de algumas palavras e enfatiza as partes mais importantes, tais alunos demonstram maior interesse e, muitas vezes, até contribuem com exemplos sobre o tema discutido. Nesse cenário, Kress e Van Leeuwen (2001 apud LOPES, 2010) pontuam a real importância em compreender as linguagens verbais e visuais dos livros didáticos de Ciências: “o que é compreendido em um modo interage com o que é compreendido em outros modos via outros sentidos”. Assim, o livro didático, explorado adequadamente e com a intervenção do professor, pode ser uma ferramenta de sucesso junto aos alunos com dificuldades em aprendizagem. As aulas práticas De fato, ainda não se conhece algo que desperte mais atenção e disponibilidade por parte dos alunos do que as aulas práticas no laboratório da escola. Não estamos, aqui, referindo-nos apenas à Disciplina Ciências. Isso se explica, fundamentalmente, pelo fato de que várias atividades podem ser desenvolvidas neste espaço de modo que ocorra a associação da teoria com a prática. Como as atividades práticas são sempre muito dinâmicas, os alunos com TDAH encontram, nelas, o mesmo ritmo de seu cérebro, sentindo prazer em participar e realizar os experimentos. Avaliações diferenciadas Alunos com problemas no processamento auditivo central e TDAH não apresentam sugestão de avaliação diferenciada. Entretanto, os alunos com dislexia precisam de questões mais enxutas, porque o problema deles está na 15 leitura e, consequentemente, na escrita. Há autores, inclusive, que defendem a ideia de que dislexia e disortografia (problemas na escrita) estão associadas (CARMO; AQUINO; GOUVÊA, 2001). Portanto, os alunos com dislexia ou aqueles que apresentam, além da TDAH, a dislexia, têm suas atividades avaliativas inseridas no mesmo contexto dos demais. Porém, dependendo do professor, é possível uma redução de conteúdos, questões elaboradas com textos mais claros ou correção diferenciada, considerando o avanço nas respostas mais do que, propriamente, a resposta correta. Os alunos com TDAH ainda fazem a avaliação oral, na qual um instrumento diferente do „escrito‟ é preparado pelo professor. Este deve se colocar, juntamente com o aluno, em uma sala reservada e lhe fazer as perguntas. É interessante observar que a maioria dos alunos que são submetidos à prova oral obtém mais sucesso do que na prova escrita, pois podem falar livremente sobre o assunto questionado, sentindo-se mais à vontade. ATIVIDADE 1 BINGO CIENTÍFICO OBJETIVOS - Rever conceitos necessários para entendimento de novos conteúdos; - Promover a ludicidade; - Permitir a autoavaliação. MATERIAIS - Lista contendo 30 palavras numeradas relacionadas. Devem ser palavras soltas que possuam conceitos básicos já conhecidos pelos alunos, a fim de que possam compreender um assunto novo. Veja, no Apêndice A, exemplos de palavras para revisar o conteúdo “Características dos Seres Vivos”, os quais são importantes para a aprendizagem do assunto Classificação dos Seres Vivos; - Lista com 30 perguntas cujas respostas são as palavras da lista do item acima. Veja, no Apêndice B, exemplos de perguntas para as palavras do apêndice A; - Cartelas coloridas do tamanho 15 x 15 cm, divididas em 15 retângulos (veja modelo no Apêndice C); - Pequenos papéis com os números das palavras para o sorteio; - Caixinha ou saco para serem colocados os papéis do sorteio; - Projetor multimídia ou pincel para quadro branco. - Pequenos brindes (opcional). 16 DURAÇÃO 50 minutos. PROCEDIMENTOS a) Com a turma organizada (cada aluno em sua mesa, pois se trata de uma atividade individual), projete (ou escreva) as 30 palavras no quadro; b) Distribua uma cartela para cada aluno, explique que eles devem escolher 15 palavras dentre as que estão disponíveis (projetadas ou escritas no quadro ). Explique a necessidade de escreverem, nos retângulos da cartela adquirida, as palavras escolhidas, o que deve ser feito com caneta e sem rasura; c) Após o término do tempo estipulado (no máximo 10 minutos), o bingo começa. O professor vai sorteando um número (que corresponde a uma palavra projetada/escrita no quadro). Ao invés de ler o número ou a palavra, o professor faz uma pergunta cuja resposta deve ser a palavra sorteada. Veja um exemplo: O número 4 foi sorteado e a palavra que corresponde a este número é: 4. HETERÓTROFOS. O professor faz a pergunta cuja resposta é “heterótrofos”: 4. NOME QUE DAMOS AOS SERES QUE NÃO PRODUZEM SEU PRÓPRIO ALIMENTO O aluno que souber a resposta e a tiver em sua cartela deverá marcar. 5. Os alunos devem ficar atentos e serem orientados para marcarem suas cartelas quando as respostas das perguntas feitas estiverem em sua cartela. O jogo prossegue até o primeiro aluno dizer „bingo‟, significando que ele marcou todas as quinze palavras que escolheu; 6. O professor recebe a cartela premiada e confere se as palavras marcadas estão corretas. Neste momento, aproveita para rever os conceitos com os alunos; 7. O professor pode premiar o aluno vencedor com um doce, um livro ou, alternativamente, explicar com antecedência que o bingo é apenas uma forma de revisar o conteúdo, sem premiação. ATIVIDADE 2 GINCANA OBJETIVOS: - Revisar um conteúdo estudado; - Estimular a aprendizagem por meio da competição; - Promover a interatividade e a socialização entre os alunos; 17 - Preparar para a avaliação. MATERIAIS: - uma caixinha (de qualquer material) que abra e feche com facilidade; - papéis para as perguntas avulsas; - quadro para a projeção das perguntas e pincel para anotar o placar; - projetor multimídia; - placas de papel nas dimensões 15 X 30 cm com as letras das alternativas para cada equipe (ver exemplo no apêndice D). DURAÇÃO: - aproximadamente, 100 minutos (duas aulas). PROCEDIMENTOS: a) 1º passo: Divulgação - Os alunos devem ser informados, com antecedência, sobre a data e o conteúdo que será cobrado na gincana. Deverão ser orientados a formarem grupos de seis (6) alunos (adapte conforme sua realidade; se a turma for pequena, forme grupos de quatro alunos). b) 2º passo: Preparação - Elabore questões diversas sobre o conteúdo escolhido. Estas devem ser digitadas e preparadas para serem projetadas na hora da gincana. Todas as questões deverão ser de múltipla escolha com, no máximo, quatro alternativas (A, B, C e D), sendo que, ao lado das perguntas, deverá constar a pontuação referente a cada uma delas (veja exemplo de questão no Apêndice E); - A pontuação das questões deve ser variada e estar de acordo com o seu grau de dificuldade. Isto estimula a equipe que está atrás no placar a ter chances de virar o jogo, ao responder uma questão que vale mais pontos; - Prepare uma caixinha separada com perguntas abertas avulsas. Trata-se das perguntas premiadas a serem utilizadas nos intervalos das questões de múltipla escolha; - Para cada pergunta proposta, deverá haver apenas uma resposta correta; - Veja as regras que devem ser adotadas na gincana no apêndice E. c) - 3º passo: Execução - No dia determinado, a turma deverá se organizar em grupos fechados. Os membros da equipe sentam-se frente a frente de modo que eles possam comunicar entre si; - Cada grupo recebe as placas com as alternativas (apêndice D); - A gincana começa com a projeção da primeira pergunta na tela. É importante que o professor leia a pergunta para a turma de maneira que todos possam compreender o que se quer e saber quantos pontos aquela questão vale; - A pontuação de cada questão deve estar de acordo com o nível de dificuldade da mesma deverá e estar escrita logo abaixo da pergunta; 18 - Após um algum tempo (30 a 40 segundos) em que eles tiverem conversado entre si para a escolha da resposta certa, peça-lhes que segurem em suas mãos a letra correspondente à alternativa escolhida. Então, dê o sinal para que todos levantem, ao mesmo tempo, suas placas; - Em uma tabela feita no quadro (exemplo disponível no apêndice E), vá pontuando as equipes que acertaram, de modo que todas possam ver seus acertos; - Ao final das perguntas, ocorre a somatória dos pontos e a equipe vencedora é proclamada. ATIVIDADE 3 EXPLORANDO O LIVRO DIDÁTICO EM SALA DE AULA OBJETIVOS: - Proporcionar a compreensão do conteúdo através da leitura e explicação do professor; - Incentivar o hábito da leitura; - Dirigir a atenção para os tópicos mais importantes sobre os conteúdos contidos no livro (ou apostila); - Desenvolver a habilidade de ler e interpretar imagens; - Facilitar o estudo individual em casa. MATERIAIS: - livro didático (ou apostila); - caneta marca texto; - lápis. DURAÇÃO: - aproximadamente, 100 minutos (duas aulas). PROCEDIMENTOS: a) Esta atividade deve ser programada antecipadamente para que os alunos levem para a sala de aula o livro (ou apostila); b) Antes de iniciar a aula, peça que os alunos fiquem com os livros abertos nas páginas em que você vai trabalhar, e que tenham lápis e marca textos em mãos. Faça um contrato de trabalho avisando que devem levantar a mão quando tiverem dúvida ou algum questionamento. Introduza o assunto com a turma informando que fique atenta e acompanhe a leitura. Jamais inicie a leitura sem antes ter uma conversa inicial para que eles se familiarizem com o tema e criem uma expectativa positiva acerca daquilo que será feito. Neste momento, apresentar 19 curiosidades sobre o tema é uma boa estratégia (veja, no Apêndice F, exemplo de curiosidades utilizadas para iniciar conteúdos de ciências da 6ª. série); c) Faça a leitura do livro, tendo o cuidado de perceber se os alunos, principalmente aqueles com dificuldade em aprendizagem, estão atentos e com seus livros. Lembre-se de que eles tendem a desviar a atenção com facilidade, por isso leia os parágrafos e, sempre, explique pequenos trechos do texto. Ainda, os alunos têm o costume de fazer relação entre o que você diz e aquilo que eles já conhecem. Então, é importante reforçar isto, pedindo-lhes que deem exemplos do que você está dizendo, o que pode auxiliar na compreensão da leitura. Em outros termos, pode-se entender que o professor torna concreto o aprendizado para aquele aluno; d) Leia os parágrafos, explique o significado de palavras incomuns e peça que eles anotem os significados. Isso pode ajudá-los no estudo posterior; e) Alterne os exemplos do livro com exemplos mais próximos deles (dependendo da região em que moram, utilize exemplos regionais); f) Faça pausas perguntando se estão compreendendo e se querem fazer alguma observação. Atenda a todos que levantarem a mão; g) Observe e leia para eles os quadros de “leitura complementar”. Normalmente, são textos curiosos e que ampliam a visão deles; h) Peça que eles observem as imagens do livro e digam o que viram. Explique e vá orientando a „leitura‟ desta imagem. Além disso, chame atenção para algo importante que tenha passado despercebido pelos alunos; i) Sinalize o que é mais importante durante a leitura. Se houver textos irrelevantes, que você considere desnecessários para aquele momento, peça que eles anotem esta ocorrência: “não se trata de informação relevante”. ATIVIDADE 4 RESOLVENDO EXERCÍCIOS NA SALA DE AULA OBJETIVOS: - Estimular a resolução de problemas; - Promover a autonomia dos alunos; - Preparar os alunos para as avaliações. MATERIAIS: - livro didático; - caderno; - lápis/caneta. 20 DURAÇÃO: - 50 minutos. PROCEDIMENTOS: Observações: - Para os alunos sem dificuldades em aprendizagem, este é um momento comum. Porém, para aqueles com tais dificuldades, a resolução de exercícios pode evidenciar sua dificuldade e, assim, fazer com que ele se frustre quando não conseguir fazê-lo ou quando não obtiver sucesso; - É necessário que você acompanhe de perto a resolução de exercícios, que, preferencialmente, deve ocorrer logo após a explicação do conteúdo, quando, normalmente, têm-se aulas geminadas (casadas), pois o conteúdo está recém explicado e, em vista disso, os alunos ainda estão com a explicação na memória. Momento 1 – Organização da atividade. a) Coloque os alunos com dificuldade de aprendizagem perto de você. Eles são inseguros e precisam do seu apoio. A autonomia deles é uma conquista lenta; b) Se for um exercício do livro, coloque no quadro as páginas e as questões que deseja que eles respondam. Se achar conveniente, escreva, ao lado de cada questão, as páginas do livro as quais ele pode consultar para chegar à resposta desejada. Alunos com dificuldade em aprendizagem precisam dessa ajuda, principalmente se o caso for de dislexia ou de déficit de atenção; c) Se o exercício envolver questões analítico-discursivas, é coerente deixar que eles formem duplas para que haja troca de informações. Entretanto, é fundamental avisar que cada aluno deve fazer o seu exercício e, dessa forma, você possa controlar o nível de conhecimento adquirido por cada um; d) Procure não passar muitas questões. Assim, você pode corrigi-las „caderno a caderno‟, tendo a chance de indicar que refaçam quando a questão estiver incorreta ou incompleta. Momento 2 – Orientação e correção. a) É comum os alunos com dificuldades virem até você para lhe perguntar algo. Peça que eles verbalizem a resposta antes de escrevê-la. Isso ajuda que eles encontrem o caminho e você possa observar se estão progredindo nos estudos. Como ressalva, sempre os ajude a organizar as ideias, mas jamais dê a resposta pronta. Mesmo porque, isto pode fazer com que ele se sinta incapaz e, cada vez mais, inseguro; 21 b) Quando as questões forem objetivas, faça a correção coletiva no quadro, justificando as respostas; c) É importante realizar exercícios que estejam no mesmo nível ou equivalente ao das questões das avaliações. ATIVIDADE 5 UTILIZANDO O COMPUTADOR ATIVIDADE 5A- UTILIZANDO RECURSOS MULTIMODAIS EM SALA DE AULA O recurso do projetor de multimídia em sala de aula é bastante utilizado atualmente, pois favorece a compreensão do que está sendo explicado e, ainda, permite aos alunos, especialmente aqueles com dificuldades de aprendizagem, que acompanhem os conteúdos que estão sendo explicados em sala de aula. Nos dias atuais, existem várias apresentações em PowerPoint disponíveis na internet prontas para serem utilizadas (vide sugestões no CD que acompanha este caderno). Entretanto, se você trabalha com livro didático e os alunos se baseiam em sua leitura para estudar, estas apresentações prontas podem não possuir uma sequência adequada, ou mesmo tratarem de assuntos que o livro não aborda, ou, ainda, não tratarem de assuntos abordados no livro. Portanto, se você trabalha com o livro didático, é sugerido que você prepare as suas apresentações; Para montar uma apresentação em PowerPoint, são necessários alguns cuidados: - As apresentações devem ser montadas obedecendo à sequência do livro, para que uma estratégia auxilie a outra. Veja bem: não estamos relatando que a apresentação deve ser uma cópia do que está no livro, mas, pelo menos, os tópicos explorados e as imagens utilizadas devem, sim, utilizar uma sequência que favoreça a leitura posterior do livro pelos alunos; - Evite usar textos longos e cansativos; procure explorar imagens legendadas. Se possível, inclua pequenos vídeos para iniciar ou encerrar um determinado conteúdo (veja sugestões de sites, onde você pode encontrar vídeos que podem cumprir bem este papel, no item LINKS INTERESSANTES, na página 30 do caderno); - As apresentações devem conter interessantes imagens estáticas ou animadas, principalmente para explorar fenômenos biológicos de forma contextualizada. Quando o professor vai explicando as imagens, os alunos começam a compreender os eventos e adquirem a habilidade de observar e interpretar imagens presentes em seu livro, no caderno ou em apostilas. É um grande erro não explorar as imagens em sala de aula e colocá-las nas avaliações sem que os alunos tenham entrado em contato com elas previamente; 22 - Quando for utilizar vídeos nas apresentações, evite usar aqueles que possuírem, simultaneamente, textos escrito e falado, pois isto pode causar uma sobrecarga cognitiva. Ademais, devem-se escolher vídeos com boa qualidade de áudio, não muito extensos e que despertem a curiosidade dos alunos. - Um cuidado importante: referenciar corretamente e dar os créditos aos autores dos materiais utilizados nas apresentações, citando, sempre, a fonte dos mesmos. - Disponibilizar para os alunos as apresentações utilizadas em sala de aula (fornecer um link onde elas podem ser encontradas; ou deixá-las disponíveis no site da escola, se for o caso). Isto é importante para que o aluno possa rever as apresentações quando sentir necessidade. ATIVIDADE 5B- UTILIZANDO O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA OBJETIVOS: - Dinamizar a aula; - Estimular a pesquisa e a produção de textos; - Ampliar a relação entre aluno e professor; - Trabalhar temas transversais que ampliem o conhecimento científico. MATERIAIS: - Computador; - Projetor multimídia; - Livro didático, apostila ou caderno (se necessário). DURAÇÃO: - 50 a 100 minutos. PROCEDIMENTOS: Momento 1 – O laboratório de informática a) Marque, antecipadamente, a aula no laboratório e avise aos alunos com antecedência, pedindo que levem o material necessário para a atividade (livro, apostilas ou cadernos para consulta). Entretanto, se forem usar apenas a internet, não há necessidade de materiais além do computador. Momento 2 – Atividades desenvolvidas - Fazendo simulados Os simulados são recursos interessantes para diminuir a ansiedade dos alunos em relação às avaliações, uma vez que demonstram para ele o 23 nível das questões, permitindo-lhes a percepção de quais pontos ainda precisam melhorar; Preparar os simulados com cuidado para que estes abordem os aspectos mais importantes dos conteúdos estudados e preparem os alunos para as avaliações. Caso contrário, os alunos ficarão frustrados e perderão o interesse em fazer os simulados. Evite colocar, nos simulados, questões óbvias, que não levem à reflexão. Escolha simulados prontos (veja sugestões no item LINKS INTERESSANTES, na página 31 do caderno) ou prepare-os de acordo com o que foi abordado em sala de aula, trabalhando as habilidades contidas no planejamento da disciplina, para evitar que a atividade seja somente um passatempo e atue como um termômetro do que professor e aluno esperam de uma avaliação bem elaborada e significativa; Se não houver um computador para cada aluno, permita que eles sentem-se em duplas; Dependendo do acordo feito com os alunos, permita ou não que eles consultem as respostas na internet ou no livro, apostila ou caderno; Estipule o tempo para a finalização das questões; Se o laboratório possuir um software que confira o gabarito do aluno ao final da marcação de respostas, utilize-o. Caso contrário, seria útil entregar para o aluno um cartão resposta (veja exemplo no apêndice G), para que o professor possa corrigi-los ou realizar a autocorreção mais tarde. Neste cartão, os alunos marcariam as suas respostas; Faça um relatório do número de acertos globais e individuais e, posteriormente, em sala de aula, projete o mesmo simulado no quadro (com a ajuda do projetor multimídia) e resolva com eles as questões, explicando as alternativas corretas e verificando onde eles tiveram mais dificuldade. Trabalhe estas dificuldades; Se necessário, reforce os conteúdos que não apresentaram resultados satisfatórios no simulado. - Pesquisando na Internet Para esta atividade, é necessário que você tenha um e-mail próprio para receber os trabalhos dos alunos. Da mesma forma, eles também devem ter e-mails. Disponibilize o seu e-mail no quadro; Escolha, previamente, dois ou três sites que possam servir de material de consulta e tenham relação com o conteúdo ministrado em sala de aula. Indique-os no quadro; Peça que os alunos abram suas caixas de e-mail e, então, dê a tarefa; Você pode solicitar: um resumo (descrição do texto, assinalando as partes mais importantes) ou uma resenha (apreciação crítica sobre o texto, na qual o autor faz suas considerações), ou mesmo fazer perguntas sobre os assuntos apresentados nos sites selecionados; 24 Solicite que eles escrevam a atividade (resumo/resenha/respostas) no corpo do e-mail deles e envie para o seu email. Assim, você não terá de abrir anexos que possam conter vírus, facilitando sua correção. Em casa, corrija as atividades, dando retorno aos alunos por email. Estes resumos/resenhas/respostas corrigidos podem ser utilizados por eles para estudar e ampliar a capacidade de refletir e interpretar textos. ATIVIDADE 5C – UTILIZANDO O BLOG A criação de um blog não é algo difícil. Existem, atualmente, programas para a construção de blogs, que são gratuitos e autoexplicativos (veja sugestões no LINKS INTERESSANTES, na página 31 do caderno), de forma que o professor pode criar um blog que esteja de acordo com sua metodologia e atenda às necessidades de suas turmas. O primeiro blog que criei teve como finalidades fornecer informações científicas, trazer à tona temas da atualidade, apresentar o conhecimento científico de forma leve, em uma linguagem bem própria para a criança e o adolescente, mas sem desprezar o público adulto. Entretanto, ele não estava diretamente ligado às necessidades da sala de aula, nem tinha o caráter de auxiliar na aprendizagem de certos conteúdos. Daí, surgiu a ideia de criar um blog exclusivo para atender tais necessidades, apresentando os materiais didáticos que são utilizados nas aulas, o que permite ao aluno revisitá-los quantas vezes considerar necessário. Certamente, isso concede ao aluno a possibilidade de estudar sozinho ou com o apoio de outra pessoa (no caso dos alunos com dificuldade de aprendizagem, eles, geralmente, têm um professor particular). O blog permite, ainda, que os alunos escrevam comentários, façam perguntas ao professor e utilizem esta ferramenta para dialogar com o assunto estudado, inclusive sugerindo vídeos para o professor, o que proporciona maior interesse nas aulas e torna o aluno partícipe da construção do blog, conferindolhe importância e aumento de sua autoestima. Disponibilizamos, a seguir, os links dos nossos blogs para exemplificar esta atividade: www.bioarquivos.blogspot.com www.biotransitando.blogspot.com ATIVIDADE 6 AULAS PRÁTICAS OBJETIVOS: - Proporcionar a associação entre teoria e prática; - Despertar maior interesse pela aula e pelo conteúdo; - Comprovar informações obtidas nas aulas expositivas; - Aguçar a curiosidade científica; 25 - Aumentar o senso de responsabilidade; - Promover a interatividade e a socialização entre os alunos. MATERIAIS: - Dependem da aula que será executada. DURAÇÃO: - 50 minutos. PROCEDIMENTOS: a) Agendar, com os alunos, a data da aula prática com uma semana de antecedência, de modo que tenham tempo hábil para providenciar os materiais e organizar as equipes e a divisão de tarefas; b) Estimular a realização de práticas em grupo. Neste caso, peça o material por equipe. Não esqueça, quando necessário, de solicitar equipamentos de biossegurança: jalecos, luvas e máscaras. Estes equipamentos devem ser individuais; c) Uma semana antes, escreva, no quadro da sala de aula, a data da aula, o tema e os materiais necessários. Observe se eles estão, de fato, anotando. Às vezes, os alunos com dificuldades necessitam que você lhes dê atenção especial, porque nem sempre conseguem concluir as anotações que começam; d) Prepare um roteiro para a aula. Este deverá ser distribuído para os alunos ou copiado no próprio caderno. No roteiro, devem constar: data da aula, tema, objetivos, materiais, procedimentos e questionamentos ou pesquisa sobre a aula executada, que serão retomados como conteúdo a serem estudados para as avaliações e exercícios em sala (para exemplo de roteiro, veja apêndice H); e) Os alunos com dificuldades em aprendizagem necessitam de um olhar especial durante estas aulas, uma vez que eles tendem a concluir os pensamentos com menos rapidez que os outros alunos; f) Em momento algum, os alunos com dificuldade devem ficar isolados. É muito bom que estejam inseridos em equipes. Porém, o professor deve, sempre que possível, aproximar-se deles e conversar. Se possível, antes dele escrever em seu roteiro, sugere-se que o professor ouça suas conclusões, conduzindo seu pensamento, a reflexão do assunto, de modo que ele possa se sentir seguro de sua aprendizagem e, assim, perceba que é capaz de chegar a conclusões corretas, mesmo após ter errado; g) O aluno com dificuldade precisa compreender que o erro não deve ser um obstáculo intransponível, mas sim um degrau que ele precisa aprender a subir. E neste aspecto, o professor faz a diferença, estimulando-o a acertar após refletir sobre seus erros; 26 h) Uma dica importante é que, normalmente, os laboratórios escolares contam com um monitor. Este deve se ocupar dos outros alunos, devendo o professor acompanhar, mais de perto, os alunos com dificuldade, quando necessário. ATIVIDADE 7 ELABORANDO E APLICANDO AS AVALIAÇÕES A avaliação diferenciada para os alunos com dificuldades em aprendizagem está prevista na Lei (consultar a legislação disponível em LINKS INTERESSANTES na página 31) e deve ser utilizada pelos professores. Para tanto, o educador deve conhecer as habilidades que estes alunos possuem e aproveitá-las ao máximo na hora de sua avaliação. O professor pode, sempre que julgar pertinente, aproveitar a produção processual dos alunos, seja nos exercícios realizados em sala ou no laboratório de informática, pontuando-os. Elencamos, a seguir, algumas possíveis formas de avaliar estes alunos. Uma dica interessante sugere que, nas avaliações, haja um glossário com as palavras menos usuais, de forma que as habilidades dos alunos sejam exploradas. Por exemplo: se há uma questão que exige a diferenciação entre reprodução sexuada e assexuada, ele pode desenhar ou escrever sobre a mesma. Isso lhe dá liberdade de se expressar da maneira com que assimilou melhor este conteúdo. Assim, demonstra que, realmente, aprendeu, sendo respeitada sua forma de expressar tal aprendizagem; A correção das avaliações também configura um ponto importante. O que deve ser considerado nestes alunos é a ideia central que ele expressa, a coerência com que relaciona o assunto e, principalmente, o que ele conseguiu extrair do conteúdo proposto; Alunos com dislexia, por exemplo, necessitam de um leitor durante a atividade avaliativa, ou de um instrumento próprio que, no caso, trata-se de uma régua criada especificamente para ajudá-los na leitura (Apêndice I); as questões propostas não devem conter textos longos, que dificultem a compreensão do que se quer; é extremamente importante que as questões de múltipla escolha não contenham „pegadinhas‟, como palavras as APENAS, SOMENTE, EXCLUSIVAMENTE, uma vez que isto gera confusão. A forma como eles respondem às questões deve ser levada em consideração, pois não será incomum que o aluno disléxico „engula‟ algumas letras ou algumas palavras em suas respostas. Nesse sentido, se houver sentido em seu raciocínio, não há razão para considerar sua resposta como incorreta; Alunos com TDA e TDAH reagem bem com avaliações escritas que apresentem imagens. Em verdade, geralmente, se saem bem melhores quando as questões não são de múltipla escolha, ou seja, quando eles podem dissertar sobre o assunto. Além disso, eles devem ser submetidos, também, às avaliações orais, com questões parecidas com 27 as cobradas na prova escrita. Em muitas vezes, eles se saem bem melhores nas provas orais, sendo necessário tirar uma média entre as duas atividades. Para estes alunos, deve-se permitir que eles incluam, em suas respostas, fatores extras, como responder às questões com exemplos ao invés de descrever conceitos, por exemplo. Vale lembrar que visamos à ideia principal, e se os exemplos dados pelos alunos ilustrarem tal ideia, a questão deve ser considerada correta. Alunos com problema no processamento auditivo central devem realizar suas avaliações em um ambiente mais tranquilo, quando for possível. Se não houver um setor na escola responsável por aplicar estas provas em separado, este aluno deve sentar-se o mais próximo possível do professor, que deve garantir a ambiência necessária para evitar ruídos que possam prejudicar o raciocínio destes alunos; Não devemos esquecer que a relação entre a família e a escola é fundamental para garantir a aprendizagem destes alunos. Sendo assim, o professor deve, sempre que possível, informar à família as suas necessidades em relação ao apoio da mesma, seja elencando os conteúdos mais necessários, fornecendo exemplos de atividades para que a família ou o professor particular possam auxiliar o aluno, ou mesmo mantendo um contato direto com a família acerca das posturas adotadas em sala em relação ao aluno, sugerindo sites, leituras complementares ou até dialogando sobre o comportamento do referido aluno em sala. As pessoas que dão suporte ao aluno (família ou professores particulares) devem ser informadas detalhadamente sobre o processo avaliativo (data, conteúdo que será cobrado, etc.). Desse modo, é possível aproveitar, ao máximo, as potencialidades dos alunos e conseguir que eles evoluam cognitivamente e respeitando seus limites, ao invés de utilizá-los como obstáculos que prejudiquem sua aprendizagem. 28 REFERÊNCIAS: Observação: A maior parte das referências está disponibilizada no CD que acompanha o caderno. CARMO, J. M. AQUINO, R. GOUVÊA, V. B. Dislexia: DIFICULDADE OCULTA – Série ABD – fascículos. 2001 CLAPARÉDE, E. A educação funcional. (Trad. por J. B. Damasco Penna). São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1940. DARSIE, M. M. P.;TANUS, V. L. F. A. O tratamento dado ao erro no processo ensino aprendizagem da matemática, por professores do ensino fundamental: encontros e desencontros entre concepções e práticas. UFMT, 2009. DOCKELL, J; MACSHANE, J. Dificuldades de Aprendizage en la infancia. Barcelona: Editorial Paidós, 1997. FARIA, A. R. O desenvolvimento da criança e do adolescente segundo Piaget. 3. ed. Ed. Ática, 1995. FERNANDES T. L. G.; VIANA T. V. Alunos com necessidades educacionais especiais (NEEs): avaliar para o desenvolvimento pleno de suas capacidades Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 20, n. 43, maio/ago. 2009. GARCEZ, C. R.; GIRAFFA, L. M. M. O uso do blog: uma inovação no estudo de ciências para auxiliar na integração e reinclusão do aluno-paciente. Artigo/ 2010. Disponível em: < http://www.if.ufrgs.br/public/eenci/artigos/Artigo_ID108/v5_n2_a2010.pdf > Acesso em: jan. 2011. GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Howard Gardner; tradução de Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. GOMEZ, A. M. S.; TERÁN, N. E. Dificuldades de Aprendizagem. Detecção e estratégias de ajuda, 2008. Cultural, S.A. LOPES, D. C. J. R. Análise da multimodalidade em livros didáticos de Biologia e contribuição para a prática docente. Dissertação de mestrado. PUCMINAS, Belo Horizonte 2010. PIAGET, J. (1983b) Problemas de Psicologia Genética. Piaget. Coleção Os Pensadores. 2.ed. São Paulo: Abril Cultural. 209-293. _____, J. (1983a) A Epistemologia Genética. Piaget. Coleção Os Pensadores. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural. 1-64. SILVA, M.C. Dificuldade de aprendizagem: do histórico ao diagnóstico. 2008. Disponível em: 29 <http://www.appdae.net/documentos/informativos/Dificuldades_de_aprendizage m.pdf.> Acesso em: 24 out. 2011. STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Inclusão: Um guia para educadores. Porto Alegre: Artmed, 1999, 451 p. 30 LINKS INTERESSANTES: ARTIGOS: Importância das aulas práticas para alunos jovens e adultos: Disponível em: http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/article/viewFile/98/1 47. Acesso em 10 de junho de 2011. O uso de blogs como ferramenta educacional: Disponível em: http://intranet.ufsj.edu.br/rep_sysweb/File/vertentes/Vertentes_31/adrian a_da_silva.pdf. Acesso em 05 de setembro de 2011. Estilos de aprendizagem no contexto educativo de uso das tecnologias digitais interativas. Disponível em: http://lantec.fae.unicamp.br/lantec/pt/tvdi_portugues/daniela.pdf. Acesso em 10 de junho de 2011. Utilização de Objetos de Aprendizagem no Processo de Ensino/Aprendizagem de Crianças com TDAH. 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Acesso em 02 de novembro de 2011. VÍDEOS Vídeos para aulas de ciências e biologia. Disponível em: www.bioarquivos.blogspot.com. Acesso em 04 de outubro de 2011. TESTE 31 Teste para descobrir o estilo de aprendizagem dos alunos: Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/3870881/estilo-de-aprendizagem-teste. Acesso em 02 de outubro de 2011. ENTIDADES: Associação Brasileira de Dislexia: Disponível http://www.dislexia.org.br/. Acesso em 28 de setembro de 2011. LEGISLAÇÃO: Avaliação diferenciada. Disponível em: http://www.ensm.org.br/orientacao_educacional/dislexia/dislexia_legisla. htm . Acesso em 26 de agosto de 2011. Parecer CNE/CEB 17/2001. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB017_2001.pdf. Acesso em 22 de outubro de 2011. em: BLOGS: https://accounts.google.com/NewAccount?hl=pt_BR&continue=http://ww w.blogger.com/create-blog.g&service=blogger&naui=8 http://www.spaceblog.com.br/ http://www.ptshot.com/ http://biomomento.blogspot.com/ SIMULADOS: http://www.sobiologia.com.br/simulados.php http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia.asp http://www.geocities.ws/bermudesbio/simulado/virus_monera.html http://www.infoescola.com/biologia/reino-fungi-fungoscogumelos/exercicios/ http://educar.sc.usp.br/ciencias/seres_vivos/seres_vivos_questoes.html http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-debiologia/reino-plantae http://ecodope.blogspot.com/2009/04/exercicios-sobre-classificacaodos.html http://www.copese.ufla.br/provas/pas_2005_2_prova_2.pdf http://www.sobiologia.com.br/exercicios2.php?id_materia=8 http://marista.edu.br/maceio/files/2010/11/cienc_5ano_exercicio_revisao_ 30nov10.pdf http://www.sobiologia.com.br/exercicios2.php?id_materia=6 http://guiadoestudante.abril.com.br/arquivos/simuladaoGE_Q_CNatureza_ bx_15e16maio2010.pdf http://www.atiliano.com.br/menu_exercicios.html 32 APÊNDICE A Revisando o assunto: CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS Palavras projetadas (ou escritas) no quadro: 1 – metabolismo 2 – célula 3 – autótrofos 4 – heterótrofos 5 – nutrição 6 – movimento 7 – adaptação 8 – evolução 9 – sensibilidade 10 – unicelulares 11 – reação 12 – reprodução assexuada 13 – reprodução sexuada 14 – vivíparos 15 – ovíparos 16 – fecundação interna 17 – fecundação externa 18 – divisão binária 19 – fotossíntese 20 – respiração 21 – aeróbios 22 – anaeróbios 23 – crescimento 24 – zigoto 25 – fecundação 26 – pluricelulares 27 – reprodução 28 – energia 29 – cloroplastos 30 – clorofila 33 APÊNDICE B Revisando o assunto: CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS Perguntas sobre as palavras projetadas: 1 – conjunto de reações químicas que proporcionam a manutenção da vida e a reprodução de uma célula ou de um organismo. 2 – menor parte viva de um ser vivo onde ocorrem as reações químicas necessárias à manutenção da vida. 3 – organismos que produzem seu próprio alimento. 4 – organismos que não produzem seu próprio alimento. 5 – mecanismo pelo qual os seres vivos obtêm alimento. 6 – capacidade que permite aos seres vivos deslocarem-se ou moverem partes de seus corpos. 7 – fenômeno que permite aos organismos se adequarem ao ambiente em que vivem. 8 – processo através do qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas. 9 – capacidade de perceber estímulos do ambiente. 10 – organismos que possuem uma única célula. 11 – ação de responder a estímulos. 12 – processo reprodutivo em que não há participação de células reprodutoras masculinas e femininas. 13 – processo reprodutivo em que é obrigatória a fecundação. 14 – organismos onde o embrião se desenvolve dentro do corpo da mãe. 15 – organismos onde, após a fecundação, a fêmea põe ovos no ambiente. 16 – processo pelo qual as células reprodutoras se encontram dentro do corpo da mãe. 17 – processo pelo qual os gametas (células reprodutoras) se encontram fora do corpo da mãe. 18 – tipo de reprodução assexuada em que uma célula se divide em duas iguais a ela. 19 – fenômeno biológico no qual a energia luminosa + CO 2 são convertidos em energia química (glicose) e oxigênio. 20 – mecanismo pelo qual os seres vivos absorvem o oxigênio e eliminam o gás carbônico. 21 – organismos cuja presença do oxigênio é fundamental à vida. 22 – organismos que estão adaptados à ausência do oxigênio. 34 23 – processo pelo qual os organismos aumentam seu tamanho. 24 – célula originada a partir da fecundação. 25 – união das células reprodutoras masculinas e femininas. 26 – organismos que apresentam mais de uma célula. 27 – processo pelo qual as espécies se multiplicam. 28 – produto que permite aos seres vivos realizarem suas atividades cotidianas. 29 – local onde ocorre a fotossíntese dos seres clorofilados. 30 – pigmento verde que permite aos seres fotossintetizantes captarem a luz solar. APÊNDICE C CARTELA PARA O BINGO 35 APÊNDICE D PLACAS COM 20 x 30 cm. 36 APÊNDICE E EXEMPLO DE QUESTÃO PARA A GINCANA: 1. Os anfíbios são assim denominados por sua principal característica, que é: A) fase larval aquática e fase adulta terrestre. B) respiração pulmonar. C) ter o corpo revestido por pele. D) ter vida exclusivamente aquática. Valor: 5 pontos REGRAS DA GINCANA 1. SOBRE O ACERTO DAS QUESTÕES: receberá os pontos da questão a equipe que levantar a placa referente à resposta correta, quando for solicitada, sem esperar que outras equipes o façam. será vencedora a equipe que somar mais pontos ao final das perguntas. 2. SOBRE AS PENALIDADES QUE IMPLICAM PERDA DOS PONTOS OBTIDOS: Perderá o direito aos pontos da questão a equipe que esperar as outras levantarem suas respostas para então se manifestar. Perderá os pontos da rodada a equipe que, ao acertar, bater nas mesas ou gritar, atrapalhando a ambiência da atividade. Perderá o direito ao prêmio a equipe que, ao vencer a gincana, utilizar-se de deboches com as demais equipes participantes. EXEMPLO DE TABELA DE PONTOS PARA CONFERÊNCIA NO QUADRO* * Pode ser modificada de acordo com o número de questões e de equipes. 1ª EQUIPE 1 EQUIPE 2 EQUIPE 3 EQUIPE 4 EQUIPE 5 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 37 APÊNDICE F Exemplos de curiosidades que podem ser utilizadas para iniciar a leitura de diferentes conteúdos do livro em sala de aula (6ª. Série). CONTEÚDO História da Ciência Astronomia Classificação dos Seres Vivos Reino Monera Reino Protista Reino Fungi Reino Plantae CURIOSIDADES Lembrar que os cientistas lutavam muito para conseguir provar suas teorias e o quanto sofreram por isso (Galileu, Marco Polo, etc.). Enfatizar os avanços em relação aos aparelhos hoje utilizados para estudar os astros e comparar com os que eram utilizados antigamente. Mostrar por que alguns corpos deixaram de ser considerados planetas. Apresentar os primeiros homens que foram ao espaço, contar um pouco sobre essa ida. Discutir sobre Aristóteles e sua primeira classificação animal. Explicar por que foi necessário classificar e nomear os seres vivos cientificamente. Dar exemplos de seres vivos que têm diferentes nomes dependendo da região. Exemplo: muriçoca (nordeste), carapanã (norte) e pernilongo (sul e sudeste). Falar sobre as superbactérias, sobre bactérias produtoras de insulina, etc. Discutir a importância de se conhecer a prevenção de protozooses endêmicas, e de adotar cuidados com a alimentação antes de consumi-la. Debater sobre a importância da Penicilina na 2ª guerra mundial, dos fungos úteis ao ambiente. Mostrar (via vídeo) a decomposição de um organismo e o quanto isto é importante ao ambiente. Apresentar as plantas como seres ativos, que competem por luz solar, que criaram estratégias de sobrevivência (insetívoras/ modificando suas folhas em 38 espinhos/abrindo ou fechando conforme o estímulo/ produzindo substâncias tóxicas para inibir o crescimento de outras). Reino Animalia Relações Ecológicas Litosfera Hidrosfera Apresentar a variedade de espécies destes seres; utilizar, de acordo com os filos, as estratégias de sobrevivência deles, como as técnicas para fugir de predadores (exemplos: evisceração do pepino do mar, o desprendimento da cauda de alguns répteis); mencionar o desaparecimento dos dinossauros e suas possíveis hipóteses; mostrar o poder de regeneração das estrelas do mar, das esponjas do mar, etc. Utilizar exemplos visuais da sua própria região sobre a importância do equilíbrio dos ecossistemas. Apresentar os grandes vulcões ativos no mundo, explicando a formação da crosta terrestre a partir do resfriamento do solo. Interpretar a música PLANETA ÁGUA e, a partir dela, explorar o ciclo da água, sua importância fundamental à vida e a confirmação de que a vida surgiu na água, na „sopa primordial‟. 39 APÊNDICE G EXEMPLO DE CARTÃO RESPOSTA PARA OS SIMULADOS Nome: A Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Questão 6 Questão 7 Questão 8 Questão 9 Questão 10 Questão 11 Questão 12 Questão 13 Questão 14 Questão 15 B C D 40 APÊNDICE H EXEMPLO DE ROTEIRO DE AULA PRÁTICA: TEMA: Benefícios das Bactérias – Os Lactobacillus na preparação do iogurte. Data:___/___/___ Objetivo: Comprovar a ação benéfica das bactérias na produção de alimentos. Materiais: 1 panela média 1 colher de pau 1 litro de leite. 1 copo de iogurte natural sem sabor. 300 gramas de polpa de fruta in natura ou congelada. Açúcar ou adoçante a gosto. Gelo picado. Um liquidificador Procedimentos: No primeiro dia, prepare a base do iogurte colocando o litro de leite para ferver. Assim que levantar fervura, apague o fogo e mexa com a colher de pau por uns 20 minutos ou até o leite estar quase frio. Despeje o iogurte, mexa até misturar bem, tampe e reserve em local fresco por, no mínimo, 24 horas (não colocar na geladeira). No dia seguinte, pegue a mistura preparada e coloque no liquidificador. Acrescente a polpa de fruta, o açúcar, o gelo e bata, misturando bem os ingredientes. Sirva imediatamente. Sugira que eles levem copinhos descartáveis, colheres e sirvam o iogurte para outras pessoas da escola. OBS: Caso queira guardar na geladeira, o iogurte tem validade de 48 horas. DA PRÁTICA À TEORIA Sugestão de questionamentos feitos aos alunos após a aula prática. 1. Na preparação da primeira etapa, qual o objetivo de esfriarmos o leite antes de adicionarmos o iogurte com os lactobacilos? 2. Pesquise a importância dos lactobacilos para o funcionamento do intestino. 3. Pesquise qual o componente do leite que é transformado pela ação dos lactobacilos. 41 APÊNDICE I JOGO DE RÉGUAS PARA LEITURA DE DISLÉXICOS Régua 1 - Usada para medir e para a tabuada. Régua 2 - Auxilia na leitura de cada palavra em particular. Régua 3 - Auxilia na leitura de cada linha. Régua 4 - Auxilia no direcionamento quando o leitor volta para a esquerda. Régua 5 - Permite a leitura na vertical, na horizontal e colunas. (à venda no site da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA – vide LINKS INTERESSANTES)