LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SNC – Sistema Nervoso Central
DPAC – Dificuldade no Processamento Auditivo Central
DAH – Déficit de Atenção com Hiperatividade
TDA – Transtorno de Déficit de Atenção
TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................
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UMA PALAVRA AO PROFESSOR ..............................................................................
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METODOLOGIA.......................................................................................................
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ATIVIDADES ..........................................................................................................
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ATIVIDADE 1 – BINGO CIENTÍFICO.....................................................................
15
ATIVIDADE 2 – GINCANA...................................................................................... 16
ATIVIDADE 3 – EXPLORANDO O LIVRO DIDÁTICO EM SALA DE AULA..........
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ATIVIDADE 4 – RESOLVENDO EXERCÍCIOS NA SALA DE AULA.....................
ATIVIDADE 5 – UTILIZANDO O COMPUTADOR..................................................
ATIVIDADE 6 – AULAS PRÁTICAS ......................................................................
ATIVIDADE 7 – ELABORANDO E APLICANDO AS AVALIAÇÕES .....................
REFERÊNCIAS ......................................................................................................
LINKS INTERESSANTES...................................................................................
APÊNDICES............................................................................................................
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32
APRESENTAÇÃO
Este Caderno é um produto decorrente da pesquisa da dissertação no
Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática da PUC – Minas.
Com o objetivo de auxiliar o professor a lidar com alunos com
dificuldades em aprendizagem, este caderno contém sugestões de estratégias
que orientam e subsidiam o trabalho docente, ampliando seu repertório através
de técnicas de trabalho em grupo, o que, certamente, contribui para uma
educação efetivamente inclusiva e reflexiva no meio escolar.
Estão disponíveis neste caderno atividades que envolvem jogos, uso do
computador, livro didático, aulas práticas e trabalhos em grupo. Cada uma
dessas propostas está estruturada com: título, objetivos, tempo de duração,
material necessário, desenvolvimento e sugestão de leituras complementares.
Sendo assim, esperamos que este material didático formativo seja uma
ferramenta útil para incentivar, capacitar e desencadear o processo de
formação continuada de professores e da equipe multidisciplinar que
acompanha os alunos com distúrbios de aprendizagem, profissionais que
aprendem e também ensinam.
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INTRODUÇÃO
O tratamento diferenciado a pessoas com necessidades especiais não é
um fato recente no ambiente escolar. É certo que, por muito tempo, as pessoas
„diferentes‟ nem sempre foram olhadas e aceitas pelas sociedades.
Nesse sentido, deve-se verificar que, há décadas, a designação
„necessidades especiais‟ foi utilizada para nomear problemas de ordem
médica, como deficiência visual, auditiva, paralisias ou qualquer outra
deficiência física.
Todavia, em 1963, Samuel Kirk ampliou esse conceito de necessidades
especiais, passando a fazer menção não somente a pessoas com dificuldades
físicas, mas também àqueles que, por fatores não apenas biológicos, tivessem
dificuldades na aprendizagem.
Avançando nessa direção, Dockrell & Mcshane (1997 apud SILVA,
2008) apontam que a primeira forma de classificar as dificuldades de
aprendizagem seria através do sistema etiológico (com base nas causas que
as originam) ou por meio do sistema funcional, que distingue dois grupos de
crianças: aquelas com desenvolvimento intelectual significativamente abaixo da
média, consideradas lentas, ou deficientes mentais; e as com desenvolvimento
intelectual normal, mas que apresentam dificuldades específicas em alguma
tarefa concreta, como a leitura, por exemplo.
Além de classificar, diagnosticar as dificuldades em aprendizagem
também integra o primeiro passo, o que contribui para avaliar a melhor forma
de intervir no processo de aprendizagem de um indivíduo.
Entretanto, o diagnóstico de “dificuldades em aprendizagem” não é fácil,
requer cautela e uma série de investigações nas quais fatores orgânicos,
emocionais e ambientais precisam ser levados em consideração. Em face
disso, Gómez e Terán (2008, p. 97) sugerem que, entre as causas internas,
estariam os fatores relacionados com os aspectos neurobióticos, ou orgânicos,
e psíquicos, ou seja, referentes ao Sistema Nervoso Central (SNC). E dentre as
causas externas, estariam os aspectos sociais e o „como se aprende‟. É
preciso lembrar que fatores externos e internos são interativos (GÓMEZ;
TERÁN, 2008, p. 98).
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Não se pode negar que fatores ambientais, como qualidade do ensino e
mesmo as histórias de vida familiar, tenham seu peso para aumentar as
chances
de
um
indivíduo
apresentar
tais
dificuldades.
A
título
de
argumentação, Dockell & Macshane (1997) afirmam que a bagagem familiar e
o ambiente também são determinantes no processo de aprendizagem, já que
lacunas de determinadas experiências podem comprometer aspectos como a
coordenação motora, por exemplo.
De maneira mais específica, entre as causas das dificuldades em
aprendizagem, destacam-se os transtornos de atenção. Haja vista que a
atenção é uma condição básica para o funcionamento dos processos
cognitivos, já que envolve a disposição neurológica para a recepção dos
estímulos. Assim, participa ativamente de toda conduta humana, desde a
entrada do estímulo até a resposta motora (GÓMEZ; TERÁN, 2008, p.134).
Dessa forma, percebe-se que a atenção precede a percepção, a intenção e a
ação. Logo, sem ela - atenção - nossa memória e aprendizagem não ocorrem
ou ficam empobrecidas (RISUEÑO, 2001, p. 71-87 apud GÓMEZ; TERÁN,
2008, p.134)
Nesse contexto, é importante observar que o baixo rendimento configura
a manifestação mais evidente das dificuldades de aprendizagem, sendo,
portanto, um indicativo de que a criança é de risco – apresenta ou pode vir a
apresentar tais dificuldades (SILVA, 2008, p. 9).
Outro problema que acompanha os alunos com dificuldades para
aprender é a baixa autoestima. A propósito, Silva (2008), citando Cabanach e
Arias (s.d), ressalta que alunos com dificuldades de aprendizagem têm uma
imagem de si mesmos, na área acadêmica, mais negativa do que a dos
estudantes sem essas dificuldades. Na dimensão social, as dificuldades de
aprendizagem também se refletem no autoconceito, pois esses estudantes
percebem-se como piores colegas e filhos do que os outros.
Dentre esses problemas que dificultam a aprendizagem, os mais
comuns são:
(1) Dislexia - quando a criança apresenta dificuldade para ler, soletrar
ou, até mesmo, identificar palavras simples;
(2) Dificuldade no processamento auditivo (DPAC) - caracterizada pela
incapacidade de lidar com o barulho;
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(3) Déficit de atenção por Hiperatividade (DAH) - quando ocorre a
desatenção e a perda do autocontrole.
Para ajudar crianças, famílias e professores que enfrentam tais
problemas, são necessárias algumas estratégias, dentre as quais são
destacadas as seguintes:
(1) tratamento da dificuldade em nível terapêutico por profissionais
especializados;
(2) adoção de medidas que possam minimizar o problema em sala de
aula, assumindo posturas e atividades diferenciadas;
(3) um novo olhar para este aluno que requer de toda a equipe docente
muito mais atenção.
Contudo,
por
serem
bastante
diversas,
as
dificuldades
em
aprendizagem, na maioria das vezes, não podem ser tratadas de forma
generalizada. Assim, o professor não deve se restringir a apenas uma maneira
de ensinar.
Em tempo, nossa experiência profissional demonstra que lecionar para
um número grande de alunos, considerando que, dentre eles, dois ou três
possuem dificuldades em aprendizagem diferentes, requer dos educadores
perícia e, sobretudo, boa vontade para conhecer, compreender e criar
estratégias diferenciadas para que todos, incluindo os alunos com dificuldades,
consigam aprender, efetivamente, os conteúdos que ora são apresentados.
Inclusive, é justamente nessa perspectiva que propomos as atividades deste
caderno.
Se assim é, já se pode adiantar que a aplicação das atividades didáticas
propostas aqui tem produzido resultados positivos na disciplina Ciências, 6ª
série, no Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará, com
alunos que apresentam as seguintes dificuldades de aprendizagem: Transtorno
de Déficit de Atenção (TDA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH), dislexia e problemas no processamento auditivo central.
Explica-se que o desenvolvimento destas atividades possibilitou, em
primeiro lugar, a participação ativa dos alunos com dificuldades, uma vez que,
quase sempre, sentiam-se desestimulados a participarem das atividades.
Posteriormente, contribuiu para o desenvolvimento da autoconfiança de que
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são capazes de aprender, respeitando seus limites e enfrentando suas
dificuldades.
Porém, sugerimos que o professor não utilize o material como “receita”,
mas como sugestão de uma abordagem possível, que se deve adequar, com
autonomia, às características da sua região e, principalmente, à realidade de
sua escola e de seus alunos.
Para facilitar seu trabalho e ajudar na aplicação das atividades, foi
incluído, e está disponível junto com este material, um CD que contém a versão
digital deste caderno e grande parte das referências citadas. Lembramos que
os exemplos dados aqui foram utilizados no ensino de Ciências na 6ª série,
mas as atividades podem ser adaptadas a qualquer disciplina. Alertamos,
ainda, que as atividades foram preparadas pensando nos alunos com
dificuldade em aprendizagem, contudo também podem ser utilizadas de modo
bem sucedido com alunos que não tenham estas dificuldades.
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UMA PALAVRA AO PROFESSOR
Atuar, nos dias atuais, na área educacional requer, necessariamente,
disposição para aprender de maneira contínua.
De certo, viemos de uma geração em que o perfil dos alunos era outro.
A metodologia, ainda que inconscientemente, era uniforme, não respeitando as
diferenças. Partia do princípio de que o professor era o único detentor do
conhecimento,
o
qual
devia
transmitir
para
seus
alunos
de
forma
inquestionável.
De alguns anos para cá, a sala de aula não é mais a mesma. Lidamos
todos os dias com novos desafios. Seja em virtude da clientela ou em função
das diferenças, o fato é que não se tem uma classe homogênea. Assim sendo,
cada criança, adolescente ou jovem que adentre hoje uma sala de aula merece
ser respeitado em sua individualidade, seja ela social, cultural, cognitiva ou em
sua forma de aprender. Mesmo porque, esta é a nova escola, e os profissionais
que trabalham com educação precisam desse viés, ou se tornam obsoletos.
Nesse sentido, a escola atual exige profissionais que reconheçam, em seus
alunos, um mundo cheio de possibilidades e, a partir disso, disponham-se a
transpor o processo ensino aprendizagem tradicional, buscando novas
metodologias para atender a esse universo tão plural.
Naturalmente, sabemos que a inclusão é, sobretudo agora, um dos
grandes desafios da escola. Crianças que, antes, frequentavam salas de aula e
escolas especiais, hoje, estudam na mesma classe de crianças cuja
aprendizagem não é comprometida por fatores biológicos, psicológicos,
emocionais ou ambientais. Assim, frequentemente, os professores têm que
lidar com alunos que apresentam distúrbios de aprendizagem em suas turmas.
A saber, estes alunos são mais comuns do que se imagina, e bem mais difíceis
de serem diagnosticados do que podemos supor. Aliás, somente uma equipe
multidisciplinar pode chegar a um diagnóstico competente, cabendo ao
professor, uma vez que informado sobre tal dificuldade, sentir-se participante
desta problemática. A partir de então, é preciso compreender de que forma
estes alunos aprendem, para que possamos pensar em estratégias simples,
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porém que consigam oferecer-lhes qualidade na aprendizagem, ao invés de,
unicamente, promovê-los à série seguinte por não serem capazes de caminhar
com seus próprios pés.
Em verdade, esse é um fato que, nas licenciaturas, pouco se investe,
visto que são escassas ou inexistentes as disciplinas que auxiliem o professor
a identificar dificuldades de aprendizagem, ou, muito menos, que promovam
atividades voltadas para cada uma destas dificuldades. Por ocasião desse
descaso, é recorrentemente necessário que a própria escola promova
formações continuadas para seus educadores, tornando-os seguros ao lidar
com alunos com tais dificuldades.
Apesar desse complicador, não se pode fechar os olhos para estes
alunos, ou continuar aceitando-os como meros espectadores, incapazes de
mudar sua sorte e que, portanto, estão fadados a aprender sem apreender.
Além disso, verificam-se várias outras dificuldades enfrentadas por um
professor que deseja fazer um trabalho diferenciado para estes alunos. Dentre
elas, já se desponta o número excessivo de alunos em sua sala de aula e,
ainda, com diferentes dificuldades de aprendizagem. Porém, é gratificante
quando se interessam e se mostram felizes pelo avanço que conquistaram,
ainda que pequeno.
É significativo compreender que não se faz necessário mudar,
radicalmente, a forma de ministrar a aula para atingir a estas crianças. Basta a
utilização de recursos disponibilizados pela escola, aliada à criação de
estratégias que englobem todos, tanto os que apresentam dificuldades quanto
aqueles que não apresentam, tornando a sala de aula um ambiente de
experiências importantes para educandos e educadores.
Também é importante ressaltar que nenhum professor conseguirá,
sozinho, a façanha de aumentar a qualidade de aprendizagem destes alunos. É
preciso um trabalho em equipe: fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais,
psicopedagogos, psicólogos e outros profissionais, além da família. Assim,
todos devem fazer parte deste processo, de modo que a criança com
dificuldades em aprendizagem se sinta amparada e segura para avançar,
aprendendo com seus erros.
Quanto ao professor, existem alguns testes que podem ser aplicados
para compreender de que forma ocorre a aprendizagem - visual auditiva ou
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sinestésica. A propósito, Gardner (1994), citado por Schaffner & Buswell, in
Stainback & Stainback, 1999, ao tratar das inteligências múltiplas, anuncia que
existem abordagens de ensino que se adaptam às potencialidades individuais
de cada aluno, bem como a modalidade pela qual cada um pode aprender,
além das formas de avaliação diferenciadas (FERNANDES; VIANA, 2009) que
podem favorecer a qualidade da aprendizagem destes alunos com dificuldade.
Além desses aspectos, é fundamental que cada professor saiba a
importância que representa na vida de cada uma destas crianças com
dificuldades em aprendizagem. Em verdade, esses alunos não precisam mais
de um olhar de diferença, mas sim, um olhar de quem diz: “eu vejo você”.
Desta forma, não somente estaremos buscando a verdadeira inclusão, mas
permitindo que este aluno se descubra capaz de aprender, dentro de suas
limitações, sem benefícios que falseiem seu aprendizado e o escondam cada
vez mais atrás de sua dificuldade.
Por fim, destacamos as seguintes palavras de Rubem Alves:
“O nascimento do pensamento é igual
ao nascimento de uma criança: tudo
começa com um ato de amor. Uma
semente há de ser depositada no
ventre vazio. E a semente do
pensamento é o sonho. Por isso os
educadores,
antes
de
serem
especialistas em ferramentas do saber,
deveriam ser especialistas em amor:
intérpretes de sonhos”.
Bom trabalho!
As autoras.
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METODOLOGIA
As estratégias didáticas escolhidas para serem apresentadas neste
caderno são: jogos, uso do computador e do livro didático, trabalhos em grupo,
aulas práticas e avaliação diferenciada. A seguir, apresentamos, de forma
compacta, algumas estratégias metodológicas.
Os jogos
Para Claparède (1940, apud AGUIAR,1997), a criança é um ser feito
para brincar e o jogo é um artifício que a natureza encontrou para envolver a
criança numa atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Em seu
turno, Piaget aponta que o jogo é, simplesmente, uma assimilação funcional,
em que há um exercício das ações individuais já aprendidas (FARIA, 1995). Ou
seja, para o autor supracitado, o aluno não aprende através do jogo, mas nele
executa o que já aprendeu, o que o faz sentir prazer em jogar e aprender cada
vez mais.
Feitos esses esclarecimentos, os dois jogos propostos aqui são: (1) o
bingo, de participação individual, utilizado para rever alguns conceitos básicos
importantes para a compreensão de um novo conteúdo a ser abordado; (2) a
gincana científica, uma atividade coletiva que visa a revisar o conteúdo
ministrado de forma mais aprofundada e dinâmica, envolvendo os alunos em
uma atividade que requer esforço coletivo, uma vez que são formadas equipes
de trabalho. A propósito, Piaget (1973) ressalta que os „conflitos cognitivos‟ são
fundamentais para o desenvolvimento intelectual do sujeito. Portanto, o desafio
gerado nos jogos permite estes „conflitos‟.
Nesse
contexto,
deve-se
salientar a
necessidade
de
o aluno
compreender que o erro faz parte do aprendizado e que, apenas investigandoo, pode-se chegar ao acerto. Em outras palavras, “o erro é tratado como uma
decorrência transitória da busca pela verdade, assim, ele está incluído no
processo de construção do conhecimento” (TANUS; DARSIE, 2009).
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O uso do computador
Inicialmente, é preciso considerar, segundo Gardner (1985), que nem
todos os indivíduos aprendem da mesma forma. Então, proporcionar uma
atividade, ainda que curricular, fora da sala de aula apresenta bons resultados,
bem como permitir uma interatividade maior com o professor e também entre
os colegas.
Tendo isso em vista, Moratori (2003) afirma que a utilização de recursos
informatizados
pode
potencializar
o
desenvolvimento
de
diversas
competências, possibilitando uma reestruturação do modo de relacionamento
entre aluno professor, pois o processo de desenvolvimento atende aos vários
interesses individuais e coletivos.
Nessa direção, para favorecer a aprendizagem, principalmente dos
alunos com dificuldades, a utilização do laboratório de informática da escola é
interessante. Sendo assim, este caderno propõe algumas atividades a serem
realizadas neste ambiente, quais sejam: (1) resolução de exercícios de múltipla
escolha - pequenos simulados - em dupla; (2) elaboração de resumos de textos
do livro e também de artigos da internet sobre assuntos trabalhados em sala de
aula, seguida de envio ao e-mail da professora; (3) consulta a um blog criado
pela professora para disponibilizar pequenos vídeos utilizados nas aulas.
Além disso, a projeção de vídeos (curtos) em sala desperta a atenção
dos alunos para algo que não pode ser explicado de forma estática. Por
exemplo, quando se fala de osmose (passagem de água através da membrana
celular), o vídeo pode demonstrar o que foi explicado, de forma mais clara e
dinâmica, facilitando a compreensão do processo e permitindo que,
posteriormente, ao estudar o assunto, o aluno possa utilizar esta ferramenta
para compreender o conteúdo. Ressalta-se que os vídeos não devem ser
longos e precisam „entrar‟ em momentos oportunos da aula, isto é, quando a
compreensão não estiver ocorrendo ou quando se quer chamar atenção para
um determinado ponto.
Vale lembrar que o uso de apresentações em PowerPoint no
desenvolvimento das aulas é um recurso de fácil acesso e bem-sucedido, pois
os alunos gostam. Isso contribui para captar a atenção dos espectadores, o
que, certamente, favorece o entendimento e a fixação do assunto que está
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sendo tratado. Porém, é importante disponibilizar para os alunos tais
apresentações para que possam, em casa, rever o que foi ensinado.
O blog é outro recurso utilizado para auxiliar no processo ensinoaprendizagem. Através deste instrumento, os alunos podem ter acesso aos
materiais didáticos utilizados em sala de aula. Aliás, eles podem, até mesmo,
manipular estes materiais em qualquer momento para um estudo personalizado
dos conteúdos trabalhados. Provando sua relevância, Garcez e Giraffa (2010)
observam que o blog pode ser um ambiente que propicia a informação,
reflexão e a escrita. Além disso, trata-se de um ambiente virtual que oferece
condições, se for do interesse do aluno e do professor, para a reconstrução do
conhecimento.
O Trabalho em equipe
Proporcionar a vivência em grupo para o aluno com dificuldades em
aprendizagem não é uma tarefa fácil. Na maioria das vezes, estes alunos são
rotulados como incapazes de realizar as atividades cognitivas e sua inserção
no grupo é resultado de um árduo trabalho de conscientização dos outros
colegas. Por este motivo, é importante, se possível, ter o cuidado de colocar
estes alunos em turmas onde ele já tenha estabelecido relações de afetividade
com algum colega.
Na observação das atividades em grupo (exercícios, elaboração de
projetos interdisciplinares, gincana), o maior ganho é a troca de informações.
Os alunos hiperativos prestam muita atenção na fala do colega, porque
acabam se identificando. Ademais, essas atividades podem aumentar a
autoestima e favorecer a socialização dos alunos com dificuldades em
aprendizagem.
O uso do livro didático
Uma das estratégias de sucesso utilizadas com tais alunos é a leitura do
livro em sala de aula, principalmente dos seus textos complementares. Como
condição para o desenvolvimento desta estratégia, é combinado com os alunos
que, em alguns dias específicos (planejados pela professora), eles devem levar
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os livros para a classe, de maneira a acompanharem a aula com os mesmos
abertos. Assim, o livro é lido em conjunto, com paradas e explicações sobre os
parágrafos, apresentando exemplos quando possível. Neste momento, é muito
comum que os alunos peçam para ler. Entretanto, dependendo de quem estiver
fazendo a leitura, os alunos com dificuldade em aprendizagem perdem o foco,
dispersando-se totalmente, ao passo que, quando o livro é lido pela professora,
que faz pausas, explica o significado de algumas palavras e enfatiza as partes
mais importantes, tais alunos demonstram maior interesse e, muitas vezes, até
contribuem com exemplos sobre o tema discutido.
Nesse cenário, Kress e Van Leeuwen (2001 apud LOPES, 2010)
pontuam a real importância em compreender as linguagens verbais e visuais
dos livros didáticos de Ciências: “o que é compreendido em um modo interage
com o que é compreendido em outros modos via outros sentidos”.
Assim, o livro didático, explorado adequadamente e com a intervenção
do professor, pode ser uma ferramenta de sucesso junto aos alunos com
dificuldades em aprendizagem.
As aulas práticas
De fato, ainda não se conhece algo que desperte mais atenção e
disponibilidade por parte dos alunos do que as aulas práticas no laboratório da
escola. Não estamos, aqui, referindo-nos apenas à Disciplina Ciências. Isso se
explica, fundamentalmente, pelo fato de que várias atividades podem ser
desenvolvidas neste espaço de modo que ocorra a associação da teoria com a
prática.
Como as atividades práticas são sempre muito dinâmicas, os alunos
com TDAH encontram, nelas, o mesmo ritmo de seu cérebro, sentindo prazer
em participar e realizar os experimentos.
Avaliações diferenciadas
Alunos com problemas no processamento auditivo central e TDAH não
apresentam sugestão de avaliação diferenciada. Entretanto, os alunos com
dislexia precisam de questões mais enxutas, porque o problema deles está na
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leitura e, consequentemente, na escrita. Há autores, inclusive, que defendem a
ideia de que dislexia e disortografia (problemas na escrita) estão associadas
(CARMO; AQUINO; GOUVÊA, 2001). Portanto, os alunos com dislexia ou
aqueles que apresentam, além da TDAH, a dislexia, têm suas atividades
avaliativas inseridas no mesmo contexto dos demais. Porém, dependendo do
professor, é possível uma redução de conteúdos, questões elaboradas com
textos mais claros ou correção diferenciada, considerando o avanço nas
respostas mais do que, propriamente, a resposta correta.
Os alunos com TDAH ainda fazem a avaliação oral, na qual um
instrumento diferente do „escrito‟ é preparado pelo professor. Este deve se
colocar, juntamente com
o aluno, em uma sala reservada e lhe fazer as
perguntas. É interessante observar que a maioria dos alunos que são
submetidos à prova oral obtém mais sucesso do que na prova escrita, pois
podem falar livremente sobre o assunto questionado, sentindo-se mais à
vontade.
ATIVIDADE 1
BINGO CIENTÍFICO
OBJETIVOS
- Rever conceitos necessários para entendimento de novos conteúdos;
- Promover a ludicidade;
- Permitir a autoavaliação.
MATERIAIS
- Lista contendo 30 palavras numeradas relacionadas. Devem ser palavras
soltas que possuam conceitos básicos já conhecidos pelos alunos, a fim de que
possam compreender um assunto novo. Veja, no Apêndice A, exemplos de
palavras para revisar o conteúdo “Características dos Seres Vivos”, os quais
são importantes para a aprendizagem do assunto Classificação dos Seres
Vivos;
- Lista com 30 perguntas cujas respostas são as palavras da lista do item
acima. Veja, no Apêndice B, exemplos de perguntas para as palavras do
apêndice A;
- Cartelas coloridas do tamanho 15 x 15 cm, divididas em 15 retângulos (veja
modelo no Apêndice C);
- Pequenos papéis com os números das palavras para o sorteio;
- Caixinha ou saco para serem colocados os papéis do sorteio;
- Projetor multimídia ou pincel para quadro branco.
- Pequenos brindes (opcional).
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DURAÇÃO
50 minutos.
PROCEDIMENTOS
a) Com a turma organizada (cada aluno em sua mesa, pois se trata de uma
atividade individual), projete (ou escreva) as 30 palavras no quadro;
b) Distribua uma cartela para cada aluno, explique que eles devem escolher
15 palavras dentre as que estão disponíveis (projetadas ou escritas no
quadro ). Explique a necessidade de escreverem, nos retângulos da cartela
adquirida, as palavras escolhidas, o que deve ser feito com caneta e sem
rasura;
c) Após o término do tempo estipulado (no máximo 10 minutos), o bingo
começa. O professor vai sorteando um número (que corresponde a uma
palavra projetada/escrita no quadro). Ao invés de ler o número ou a
palavra, o professor faz uma pergunta cuja resposta deve ser a palavra
sorteada.
Veja um exemplo:
 O número 4 foi sorteado e a palavra que corresponde a este número é:
4. HETERÓTROFOS.
 O professor faz a pergunta cuja resposta é “heterótrofos”:
4. NOME QUE DAMOS AOS SERES QUE NÃO PRODUZEM SEU
PRÓPRIO ALIMENTO
 O aluno que souber a resposta e a tiver em sua cartela deverá marcar.
5. Os alunos devem ficar atentos e serem orientados para marcarem suas
cartelas quando as respostas das perguntas feitas estiverem em sua cartela.
O jogo prossegue até o primeiro aluno dizer „bingo‟, significando que ele
marcou todas as quinze palavras que escolheu;
6. O professor recebe a cartela premiada e confere se as palavras marcadas
estão corretas. Neste momento, aproveita para rever os conceitos com os
alunos;
7. O professor pode premiar o aluno vencedor com um doce, um livro ou,
alternativamente, explicar com antecedência que o bingo é apenas uma
forma de revisar o conteúdo, sem premiação.
ATIVIDADE 2
GINCANA
OBJETIVOS:
- Revisar um conteúdo estudado;
- Estimular a aprendizagem por meio da competição;
- Promover a interatividade e a socialização entre os alunos;
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- Preparar para a avaliação.
MATERIAIS:
- uma caixinha (de qualquer material) que abra e feche com facilidade;
- papéis para as perguntas avulsas;
- quadro para a projeção das perguntas e pincel para anotar o placar;
- projetor multimídia;
- placas de papel nas dimensões 15 X 30 cm com as letras das alternativas
para cada equipe (ver exemplo no apêndice D).
DURAÇÃO:
- aproximadamente, 100 minutos (duas aulas).
PROCEDIMENTOS:
a) 1º passo: Divulgação
- Os alunos devem ser informados, com antecedência, sobre a data e o
conteúdo que será cobrado na gincana. Deverão ser orientados a
formarem grupos de seis (6) alunos (adapte conforme sua realidade; se a
turma for pequena, forme grupos de quatro alunos).
b) 2º passo: Preparação
- Elabore questões diversas sobre o conteúdo escolhido. Estas devem ser
digitadas e preparadas para serem projetadas na hora da gincana. Todas
as questões deverão ser de múltipla escolha com, no máximo, quatro
alternativas (A, B, C e D), sendo que, ao lado das perguntas, deverá
constar a pontuação referente a cada uma delas (veja exemplo de questão
no Apêndice E);
- A pontuação das questões deve ser variada e estar de acordo com o seu
grau de dificuldade. Isto estimula a equipe que está atrás no placar a ter
chances de virar o jogo, ao responder uma questão que vale mais pontos;
- Prepare uma caixinha separada com perguntas abertas avulsas. Trata-se
das perguntas premiadas a serem utilizadas nos intervalos das questões de
múltipla escolha;
- Para cada pergunta proposta, deverá haver apenas uma resposta correta;
- Veja as regras que devem ser adotadas na gincana no apêndice E.
c) - 3º passo: Execução
- No dia determinado, a turma deverá se organizar em grupos fechados. Os
membros da equipe sentam-se frente a frente de modo que eles possam
comunicar entre si;
- Cada grupo recebe as placas com as alternativas (apêndice D);
- A gincana começa com a projeção da primeira pergunta na tela. É
importante que o professor leia a pergunta para a turma de maneira que
todos possam compreender o que se quer e saber quantos pontos aquela
questão vale;
- A pontuação de cada questão deve estar de acordo com o nível de
dificuldade da mesma deverá e estar escrita logo abaixo da pergunta;
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- Após um algum tempo (30 a 40 segundos) em que eles tiverem
conversado entre si para a escolha da resposta certa, peça-lhes que
segurem em suas mãos a letra correspondente à alternativa escolhida.
Então, dê o sinal para que todos levantem, ao mesmo tempo, suas placas;
- Em uma tabela feita no quadro (exemplo disponível no apêndice E), vá
pontuando as equipes que acertaram, de modo que todas possam ver seus
acertos;
- Ao final das perguntas, ocorre a somatória dos pontos e a equipe
vencedora é proclamada.
ATIVIDADE 3
EXPLORANDO O LIVRO DIDÁTICO EM SALA DE AULA
OBJETIVOS:
- Proporcionar a compreensão do conteúdo através da leitura e explicação do
professor;
- Incentivar o hábito da leitura;
- Dirigir a atenção para os tópicos mais importantes sobre os conteúdos
contidos no livro (ou apostila);
- Desenvolver a habilidade de ler e interpretar imagens;
- Facilitar o estudo individual em casa.
MATERIAIS:
- livro didático (ou apostila);
- caneta marca texto;
- lápis.
DURAÇÃO:
- aproximadamente, 100 minutos (duas aulas).
PROCEDIMENTOS:
a) Esta atividade deve ser programada antecipadamente para que os alunos
levem para a sala de aula o livro (ou apostila);
b) Antes de iniciar a aula, peça que os alunos fiquem com os livros abertos
nas páginas em que você vai trabalhar, e que tenham lápis e marca textos
em mãos. Faça um contrato de trabalho avisando que devem levantar a
mão quando tiverem dúvida ou algum questionamento.
Introduza o assunto com a turma informando que fique atenta e
acompanhe a leitura. Jamais inicie a leitura sem antes ter uma conversa
inicial para que eles se familiarizem com o tema e criem uma expectativa
positiva acerca daquilo que será feito. Neste momento, apresentar
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curiosidades sobre o tema é uma boa estratégia (veja, no Apêndice F,
exemplo de curiosidades utilizadas para iniciar conteúdos de ciências da
6ª. série);
c) Faça a leitura do livro, tendo o cuidado de perceber se os alunos,
principalmente aqueles com dificuldade em aprendizagem, estão atentos e
com seus livros. Lembre-se de que eles tendem a desviar a atenção com
facilidade, por isso leia os parágrafos e, sempre, explique pequenos
trechos do texto. Ainda, os alunos têm o costume de fazer relação entre o
que você diz e aquilo que eles já conhecem. Então, é importante reforçar
isto, pedindo-lhes que deem exemplos do que você está dizendo, o que
pode auxiliar na compreensão da leitura. Em outros termos, pode-se
entender que o professor torna concreto o aprendizado para aquele aluno;
d) Leia os parágrafos, explique o significado de palavras incomuns e peça que
eles anotem os significados. Isso pode ajudá-los no estudo posterior;
e) Alterne os exemplos do livro com exemplos mais próximos deles
(dependendo da região em que moram, utilize exemplos regionais);
f)
Faça pausas perguntando se estão compreendendo e se querem fazer
alguma observação. Atenda a todos que levantarem a mão;
g) Observe e leia para eles os quadros de “leitura complementar”.
Normalmente, são textos curiosos e que ampliam a visão deles;
h) Peça que eles observem as imagens do livro e digam o que viram. Explique
e vá orientando a „leitura‟ desta imagem. Além disso, chame atenção para
algo importante que tenha passado despercebido pelos alunos;
i)
Sinalize o que é mais importante durante a leitura. Se houver textos
irrelevantes, que você considere desnecessários para aquele momento,
peça que eles anotem esta ocorrência: “não se trata de informação
relevante”.
ATIVIDADE 4
RESOLVENDO EXERCÍCIOS NA SALA DE AULA
OBJETIVOS:
- Estimular a resolução de problemas;
- Promover a autonomia dos alunos;
- Preparar os alunos para as avaliações.
MATERIAIS:
- livro didático;
- caderno;
- lápis/caneta.
20
DURAÇÃO:
- 50 minutos.
PROCEDIMENTOS:
Observações:
- Para os alunos sem dificuldades em aprendizagem, este é um momento
comum. Porém, para aqueles com tais dificuldades, a resolução de
exercícios pode evidenciar sua dificuldade e, assim, fazer com que ele se
frustre quando não conseguir fazê-lo ou quando não obtiver sucesso;
- É necessário que você acompanhe de perto a resolução de exercícios,
que, preferencialmente, deve ocorrer logo após a explicação do conteúdo,
quando, normalmente, têm-se aulas geminadas (casadas), pois o conteúdo
está recém explicado e, em vista disso, os alunos ainda estão com a
explicação na memória.
Momento 1 – Organização da atividade.
a) Coloque os alunos com dificuldade de aprendizagem perto de você. Eles
são inseguros e precisam do seu apoio. A autonomia deles é uma
conquista lenta;
b) Se for um exercício do livro, coloque no quadro as páginas e as questões
que deseja que eles respondam. Se achar conveniente, escreva, ao lado
de cada questão, as páginas do livro as quais ele pode consultar para
chegar à resposta desejada. Alunos com dificuldade em aprendizagem
precisam dessa ajuda, principalmente se o caso for de dislexia ou de déficit
de atenção;
c) Se o exercício envolver questões analítico-discursivas, é coerente deixar
que eles formem duplas para que haja troca de informações. Entretanto, é
fundamental avisar que cada aluno deve fazer o seu exercício e, dessa
forma, você possa controlar o nível de conhecimento adquirido por cada
um;
d) Procure não passar muitas questões. Assim, você pode corrigi-las „caderno
a caderno‟, tendo a chance de indicar que refaçam quando a questão
estiver incorreta ou incompleta.
Momento 2 – Orientação e correção.
a) É comum os alunos com dificuldades virem até você para lhe perguntar
algo. Peça que eles verbalizem a resposta antes de escrevê-la. Isso ajuda
que eles encontrem o caminho e você possa observar se estão
progredindo nos estudos. Como ressalva, sempre os ajude a organizar as
ideias, mas jamais dê a resposta pronta. Mesmo porque, isto pode fazer
com que ele se sinta incapaz e, cada vez mais, inseguro;
21
b) Quando as questões forem objetivas, faça a correção coletiva no quadro,
justificando as respostas;
c) É importante realizar exercícios que estejam no mesmo nível ou
equivalente ao das questões das avaliações.
ATIVIDADE 5
UTILIZANDO O COMPUTADOR
ATIVIDADE 5A- UTILIZANDO RECURSOS MULTIMODAIS EM SALA DE
AULA
O recurso do projetor de multimídia em sala de aula é bastante utilizado
atualmente, pois favorece a compreensão do que está sendo explicado e,
ainda, permite aos alunos, especialmente aqueles com dificuldades de
aprendizagem, que acompanhem os conteúdos que estão sendo explicados
em sala de aula.
Nos dias atuais, existem várias apresentações em PowerPoint
disponíveis na internet prontas para serem utilizadas (vide sugestões no CD
que acompanha este caderno). Entretanto, se você trabalha com livro didático
e os alunos se baseiam em sua leitura para estudar, estas apresentações
prontas podem não possuir uma sequência adequada, ou mesmo tratarem de
assuntos que o livro não aborda, ou, ainda, não tratarem de assuntos
abordados no livro. Portanto, se você trabalha com o livro didático, é sugerido
que você prepare as suas apresentações;
Para montar uma apresentação em PowerPoint, são necessários alguns
cuidados:
- As apresentações devem ser montadas obedecendo à sequência do livro,
para que uma estratégia auxilie a outra. Veja bem: não estamos relatando que
a apresentação deve ser uma cópia do que está no livro, mas, pelo menos, os
tópicos explorados e as imagens utilizadas devem, sim, utilizar uma sequência
que favoreça a leitura posterior do livro pelos alunos;
- Evite usar textos longos e cansativos; procure explorar imagens legendadas.
Se possível, inclua pequenos vídeos para iniciar ou encerrar um determinado
conteúdo (veja sugestões de sites, onde você pode encontrar vídeos que
podem cumprir bem este papel, no item LINKS INTERESSANTES, na página
30 do caderno);
- As apresentações devem conter interessantes imagens estáticas ou
animadas, principalmente para explorar fenômenos biológicos de forma
contextualizada. Quando o professor vai explicando as imagens, os alunos
começam a compreender os eventos e adquirem a habilidade de observar e
interpretar imagens presentes em seu livro, no caderno ou em apostilas. É um
grande erro não explorar as imagens em sala de aula e colocá-las nas
avaliações sem que os alunos tenham entrado em contato com elas
previamente;
22
- Quando for utilizar vídeos nas apresentações, evite usar aqueles que
possuírem, simultaneamente, textos escrito e falado, pois isto pode causar uma
sobrecarga cognitiva. Ademais, devem-se escolher vídeos com boa qualidade
de áudio, não muito extensos e que despertem a curiosidade dos alunos.
- Um cuidado importante: referenciar corretamente e dar os créditos aos
autores dos materiais utilizados nas apresentações, citando, sempre, a fonte
dos mesmos.
- Disponibilizar para os alunos as apresentações utilizadas em sala de aula
(fornecer um link onde elas podem ser encontradas; ou deixá-las disponíveis
no site da escola, se for o caso). Isto é importante para que o aluno possa rever
as apresentações quando sentir necessidade.
ATIVIDADE 5B- UTILIZANDO O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
OBJETIVOS:
- Dinamizar a aula;
- Estimular a pesquisa e a produção de textos;
- Ampliar a relação entre aluno e professor;
- Trabalhar temas transversais que ampliem o conhecimento científico.
MATERIAIS:
- Computador;
- Projetor multimídia;
- Livro didático, apostila ou caderno (se necessário).
DURAÇÃO:
- 50 a 100 minutos.
PROCEDIMENTOS:
Momento 1 – O laboratório de informática
a) Marque, antecipadamente, a aula no laboratório e avise aos alunos com
antecedência, pedindo que levem o material necessário para a atividade
(livro, apostilas ou cadernos para consulta). Entretanto, se forem usar
apenas a internet, não há necessidade de materiais além do computador.
Momento 2 – Atividades desenvolvidas
- Fazendo simulados
 Os simulados são recursos interessantes para diminuir a ansiedade dos
alunos em relação às avaliações, uma vez que demonstram para ele o
23
nível das questões, permitindo-lhes a percepção de quais pontos ainda
precisam melhorar;
 Preparar os simulados com cuidado para que estes abordem os
aspectos mais importantes dos conteúdos estudados e preparem os
alunos para as avaliações. Caso contrário, os alunos ficarão frustrados e
perderão o interesse em fazer os simulados.
 Evite colocar, nos simulados, questões óbvias, que não levem à
reflexão. Escolha simulados prontos (veja sugestões no item LINKS
INTERESSANTES, na página 31 do caderno) ou prepare-os de acordo
com o que foi abordado em sala de aula, trabalhando as habilidades
contidas no planejamento da disciplina, para evitar que a atividade seja
somente um passatempo e atue como um termômetro do que professor
e aluno esperam de uma avaliação bem elaborada e significativa;
 Se não houver um computador para cada aluno, permita que eles
sentem-se em duplas;
 Dependendo do acordo feito com os alunos, permita ou não que eles
consultem as respostas na internet ou no livro, apostila ou caderno;
 Estipule o tempo para a finalização das questões;
 Se o laboratório possuir um software que confira o gabarito do aluno ao
final da marcação de respostas, utilize-o. Caso contrário, seria útil
entregar para o aluno um cartão resposta (veja exemplo no apêndice
G), para que o professor possa corrigi-los ou realizar a autocorreção
mais tarde. Neste cartão, os alunos marcariam as suas respostas;
 Faça um relatório do número de acertos globais e individuais e,
posteriormente, em sala de aula, projete o mesmo simulado no quadro
(com a ajuda do projetor multimídia) e resolva com eles as questões,
explicando as alternativas corretas e verificando onde eles tiveram mais
dificuldade. Trabalhe estas dificuldades;
 Se necessário, reforce os conteúdos que não apresentaram resultados
satisfatórios no simulado.
- Pesquisando na Internet
 Para esta atividade, é necessário que você tenha um e-mail próprio para
receber os trabalhos dos alunos. Da mesma forma, eles também devem
ter e-mails. Disponibilize o seu e-mail no quadro;
 Escolha, previamente, dois ou três sites que possam servir de material
de consulta e tenham relação com o conteúdo ministrado em sala de
aula. Indique-os no quadro;
 Peça que os alunos abram suas caixas de e-mail e, então, dê a tarefa;
 Você pode solicitar: um resumo (descrição do texto, assinalando as
partes mais importantes) ou uma resenha (apreciação crítica sobre o
texto, na qual o autor faz suas considerações), ou mesmo fazer
perguntas sobre os assuntos apresentados nos sites selecionados;
24
 Solicite que eles escrevam a atividade (resumo/resenha/respostas) no
corpo do e-mail deles e envie para o seu email. Assim, você não terá de
abrir anexos que possam conter vírus, facilitando sua correção.
 Em casa, corrija as atividades, dando retorno aos alunos por email.
Estes resumos/resenhas/respostas corrigidos podem ser utilizados por
eles para estudar e ampliar a capacidade de refletir e interpretar textos.
ATIVIDADE 5C – UTILIZANDO O BLOG
A criação de um blog não é algo difícil. Existem, atualmente, programas
para a construção de blogs, que são gratuitos e autoexplicativos (veja
sugestões no LINKS INTERESSANTES, na página 31 do caderno), de forma
que o professor pode criar um blog que esteja de acordo com sua metodologia
e atenda às necessidades de suas turmas.
O primeiro blog que criei teve como finalidades fornecer informações
científicas, trazer à tona temas da atualidade, apresentar o conhecimento
científico de forma leve, em uma linguagem bem própria para a criança e o
adolescente, mas sem desprezar o público adulto. Entretanto, ele não estava
diretamente ligado às necessidades da sala de aula, nem tinha o caráter de
auxiliar na aprendizagem de certos conteúdos. Daí, surgiu a ideia de criar um
blog exclusivo para atender tais necessidades, apresentando os materiais
didáticos que são utilizados nas aulas, o que permite ao aluno revisitá-los
quantas vezes considerar necessário. Certamente, isso concede ao aluno a
possibilidade de estudar sozinho ou com o apoio de outra pessoa (no caso dos
alunos com dificuldade de aprendizagem, eles, geralmente, têm um professor
particular).
O blog permite, ainda, que os alunos escrevam comentários, façam
perguntas ao professor e utilizem esta ferramenta para dialogar com o assunto
estudado, inclusive sugerindo vídeos para o professor, o que proporciona maior
interesse nas aulas e torna o aluno partícipe da construção do blog, conferindolhe importância e aumento de sua autoestima.
Disponibilizamos, a seguir, os links dos nossos blogs para exemplificar
esta atividade:
www.bioarquivos.blogspot.com
www.biotransitando.blogspot.com
ATIVIDADE 6
AULAS PRÁTICAS
OBJETIVOS:
- Proporcionar a associação entre teoria e prática;
- Despertar maior interesse pela aula e pelo conteúdo;
- Comprovar informações obtidas nas aulas expositivas;
- Aguçar a curiosidade científica;
25
- Aumentar o senso de responsabilidade;
- Promover a interatividade e a socialização entre os alunos.
MATERIAIS:
- Dependem da aula que será executada.
DURAÇÃO:
- 50 minutos.
PROCEDIMENTOS:
a) Agendar, com os alunos, a data da aula prática com uma semana de
antecedência, de modo que tenham tempo hábil para providenciar os
materiais e organizar as equipes e a divisão de tarefas;
b) Estimular a realização de práticas em grupo. Neste caso, peça o material
por equipe. Não esqueça, quando necessário, de solicitar equipamentos
de biossegurança: jalecos, luvas e máscaras. Estes equipamentos
devem ser individuais;
c) Uma semana antes, escreva, no quadro da sala de aula, a data da aula,
o tema e os materiais necessários. Observe se eles estão, de fato,
anotando. Às vezes, os alunos com dificuldades necessitam que você
lhes dê atenção especial, porque nem sempre conseguem concluir as
anotações que começam;
d) Prepare um roteiro para a aula. Este deverá ser distribuído para os
alunos ou copiado no próprio caderno. No roteiro, devem constar: data
da aula, tema, objetivos, materiais, procedimentos e questionamentos ou
pesquisa sobre a aula executada, que serão retomados como conteúdo
a serem estudados para as avaliações e exercícios em sala (para
exemplo de roteiro, veja apêndice H);
e) Os alunos com dificuldades em aprendizagem necessitam de um olhar
especial durante estas aulas, uma vez que eles tendem a concluir os
pensamentos com menos rapidez que os outros alunos;
f) Em momento algum, os alunos com dificuldade devem ficar isolados. É
muito bom que estejam inseridos em equipes. Porém, o professor deve,
sempre que possível, aproximar-se deles e conversar. Se possível,
antes dele escrever em seu roteiro, sugere-se que o professor ouça
suas conclusões, conduzindo seu pensamento, a reflexão do assunto,
de modo que ele possa se sentir seguro de sua aprendizagem e, assim,
perceba que é capaz de chegar a conclusões corretas, mesmo após ter
errado;
g) O aluno com dificuldade precisa compreender que o erro não deve ser
um obstáculo intransponível, mas sim um degrau que ele precisa
aprender a subir. E neste aspecto, o professor faz a diferença,
estimulando-o a acertar após refletir sobre seus erros;
26
h) Uma dica importante é que, normalmente, os laboratórios escolares
contam com um monitor. Este deve se ocupar dos outros alunos,
devendo o professor acompanhar, mais de perto, os alunos com
dificuldade, quando necessário.
ATIVIDADE 7
ELABORANDO E APLICANDO AS AVALIAÇÕES
A avaliação diferenciada para os alunos com dificuldades em
aprendizagem está prevista na Lei (consultar a legislação disponível em LINKS
INTERESSANTES na página 31) e deve ser utilizada pelos professores.
Para tanto, o educador deve conhecer as habilidades que estes alunos
possuem e aproveitá-las ao máximo na hora de sua avaliação.
O professor pode, sempre que julgar pertinente, aproveitar a produção
processual dos alunos, seja nos exercícios realizados em sala ou no laboratório
de informática, pontuando-os.
Elencamos, a seguir, algumas possíveis formas de avaliar estes alunos.
 Uma dica interessante sugere que, nas avaliações, haja um glossário
com as palavras menos usuais, de forma que as habilidades dos alunos
sejam exploradas. Por exemplo: se há uma questão que exige a
diferenciação entre reprodução sexuada e assexuada, ele pode
desenhar ou escrever sobre a mesma. Isso lhe dá liberdade de se
expressar da maneira com que assimilou melhor este conteúdo. Assim,
demonstra que, realmente, aprendeu, sendo respeitada sua forma de
expressar tal aprendizagem;
 A correção das avaliações também configura um ponto importante. O
que deve ser considerado nestes alunos é a ideia central que ele
expressa, a coerência com que relaciona o assunto e, principalmente, o
que ele conseguiu extrair do conteúdo proposto;
 Alunos com dislexia, por exemplo, necessitam de um leitor durante a
atividade avaliativa, ou de um instrumento próprio que, no caso, trata-se
de uma régua criada especificamente para ajudá-los na leitura
(Apêndice I); as questões propostas não devem conter textos longos,
que dificultem a compreensão do que se quer; é extremamente
importante que as questões de múltipla escolha não contenham
„pegadinhas‟,
como
palavras
as
APENAS,
SOMENTE,
EXCLUSIVAMENTE, uma vez que isto gera confusão. A forma como
eles respondem às questões deve ser levada em consideração, pois não
será incomum que o aluno disléxico „engula‟ algumas letras ou algumas
palavras em suas respostas. Nesse sentido, se houver sentido em seu
raciocínio, não há razão para considerar sua resposta como incorreta;
 Alunos com TDA e TDAH reagem bem com avaliações escritas que
apresentem imagens. Em verdade, geralmente, se saem bem melhores
quando as questões não são de múltipla escolha, ou seja, quando eles
podem dissertar sobre o assunto. Além disso, eles devem ser
submetidos, também, às avaliações orais, com questões parecidas com
27
as cobradas na prova escrita. Em muitas vezes, eles se saem bem
melhores nas provas orais, sendo necessário tirar uma média entre as
duas atividades. Para estes alunos, deve-se permitir que eles incluam,
em suas respostas, fatores extras, como responder às questões com
exemplos ao invés de descrever conceitos, por exemplo. Vale lembrar
que visamos à ideia principal, e se os exemplos dados pelos alunos
ilustrarem tal ideia, a questão deve ser considerada correta.
 Alunos com problema no processamento auditivo central devem realizar
suas avaliações em um ambiente mais tranquilo, quando for possível. Se
não houver um setor na escola responsável por aplicar estas provas em
separado, este aluno deve sentar-se o mais próximo possível do
professor, que deve garantir a ambiência necessária para evitar ruídos
que possam prejudicar o raciocínio destes alunos;
 Não devemos esquecer que a relação entre a família e a escola é
fundamental para garantir a aprendizagem destes alunos. Sendo assim,
o professor deve, sempre que possível, informar à família as suas
necessidades em relação ao apoio da mesma, seja elencando os
conteúdos mais necessários, fornecendo exemplos de atividades para
que a família ou o professor particular possam auxiliar o aluno, ou
mesmo mantendo um contato direto com a família acerca das posturas
adotadas em sala em relação ao aluno, sugerindo sites, leituras
complementares ou até dialogando sobre o comportamento do referido
aluno em sala. As pessoas que dão suporte ao aluno (família ou
professores particulares) devem ser informadas detalhadamente sobre o
processo avaliativo (data, conteúdo que será cobrado, etc.). Desse
modo, é possível aproveitar, ao máximo, as potencialidades dos alunos
e conseguir que eles evoluam cognitivamente e respeitando seus limites,
ao invés de utilizá-los como obstáculos que prejudiquem sua
aprendizagem.
28
REFERÊNCIAS:
Observação: A maior parte das referências está disponibilizada no CD
que acompanha o caderno.
CARMO, J. M. AQUINO, R. GOUVÊA, V. B. Dislexia: DIFICULDADE OCULTA
– Série ABD – fascículos. 2001
CLAPARÉDE, E. A educação funcional. (Trad. por J. B. Damasco Penna).
São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1940.
DARSIE, M. M. P.;TANUS, V. L. F. A. O tratamento dado ao erro no
processo ensino aprendizagem da matemática, por professores do ensino
fundamental: encontros e desencontros entre concepções e práticas. UFMT,
2009.
DOCKELL, J; MACSHANE, J. Dificuldades de Aprendizage en la infancia.
Barcelona: Editorial Paidós, 1997.
FARIA, A. R. O desenvolvimento da criança e do adolescente segundo
Piaget. 3. ed. Ed. Ática, 1995.
FERNANDES T. L. G.; VIANA T. V. Alunos com necessidades educacionais
especiais (NEEs): avaliar para o desenvolvimento pleno de suas capacidades
Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 20, n. 43, maio/ago. 2009.
GARCEZ, C. R.; GIRAFFA, L. M. M. O uso do blog: uma inovação no estudo
de ciências para auxiliar na integração e reinclusão do aluno-paciente. Artigo/
2010.
Disponível
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<
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Acesso em: jan. 2011.
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Howard
Gardner; tradução de Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995.
GOMEZ, A. M. S.; TERÁN, N. E. Dificuldades de Aprendizagem. Detecção e
estratégias de ajuda, 2008. Cultural, S.A.
LOPES, D. C. J. R. Análise da multimodalidade em livros didáticos de
Biologia e contribuição para a prática docente. Dissertação de mestrado.
PUCMINAS, Belo Horizonte 2010.
PIAGET, J. (1983b) Problemas de Psicologia Genética. Piaget. Coleção Os
Pensadores.
2.ed.
São
Paulo:
Abril
Cultural.
209-293.
_____, J. (1983a) A Epistemologia Genética. Piaget. Coleção Os Pensadores.
2. ed. São Paulo: Abril Cultural. 1-64.
SILVA, M.C. Dificuldade de aprendizagem: do histórico ao diagnóstico. 2008.
Disponível
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<http://www.appdae.net/documentos/informativos/Dificuldades_de_aprendizage
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STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Inclusão: Um guia para
educadores. Porto Alegre: Artmed, 1999, 451 p.
30
LINKS INTERESSANTES:

ARTIGOS:

Importância das aulas práticas para alunos jovens e adultos: Disponível
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http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/article/viewFile/98/1
47. Acesso em 10 de junho de 2011.

O uso de blogs como ferramenta educacional: Disponível em:
http://intranet.ufsj.edu.br/rep_sysweb/File/vertentes/Vertentes_31/adrian
a_da_silva.pdf. Acesso em 05 de setembro de 2011.

Estilos de aprendizagem no contexto educativo de uso das tecnologias
digitais
interativas.
Disponível
em:
http://lantec.fae.unicamp.br/lantec/pt/tvdi_portugues/daniela.pdf. Acesso
em 10 de junho de 2011.

Utilização de Objetos de Aprendizagem no Processo de
Ensino/Aprendizagem de Crianças com TDAH. Disponível em:
http://www.aedb.br/seget/artigos10/440_Artigo_OA_TDAH-Final.pdf.
Acesso em 22 de setembro de 2011.

Alunos com necessidades educacionais especiais (NEEs): avaliar para o
desenvolvimento pleno de suas capacidades. Disponível em:
http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1495/1495.pdf.
Acesso em 23 de outubro de 2011.

Processamento Auditivo na Escola: Como trabalhar pedagogicamente o
aluno.
Disponível
em:
http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/anuic/article/viewFile/556/49
6. Acesso em 24 de outubro de 2011.

AULAS PRÁTICAS

Manual
de
Aulas
Práticas:
Disponível
em:
http://people.ufpr.br/~cid/manualdeaulaspraticas.pdf. Acesso em 12 de
agosto de 2011.

MONOGRAFIA

Distúrbios de Aprendizagem X Distúrbio no processamento auditivo
central:
Disponível
em:
http://www.cefac.br/library/teses/b77ba03c2e825c6197535121ce1fc3ca.
pdf. Acesso em 12 de agosto de 2011.

DISSERTAÇÃO:

http://www.sistemas.pucminas.br/BDP/SilverStream/Pages/pg_ConsAre
aConhecimentoDet02.html. Acesso em 02 de novembro de 2011.

VÍDEOS

Vídeos para aulas de ciências e biologia. Disponível em:
www.bioarquivos.blogspot.com. Acesso em 04 de outubro de 2011.

TESTE
31

Teste para descobrir o estilo de aprendizagem dos alunos: Disponível
em:
http://pt.scribd.com/doc/3870881/estilo-de-aprendizagem-teste.
Acesso em 02 de outubro de 2011.

ENTIDADES:

Associação
Brasileira
de
Dislexia:
Disponível
http://www.dislexia.org.br/. Acesso em 28 de setembro de 2011.


LEGISLAÇÃO:
Avaliação
diferenciada.
Disponível
em:
http://www.ensm.org.br/orientacao_educacional/dislexia/dislexia_legisla.
htm . Acesso em 26 de agosto de 2011.
Parecer
CNE/CEB
17/2001.
Disponível
em:
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB017_2001.pdf. Acesso em
22 de outubro de 2011.
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BLOGS:
https://accounts.google.com/NewAccount?hl=pt_BR&continue=http://ww
w.blogger.com/create-blog.g&service=blogger&naui=8
http://www.spaceblog.com.br/
http://www.ptshot.com/
http://biomomento.blogspot.com/
SIMULADOS:
http://www.sobiologia.com.br/simulados.php
http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia.asp
http://www.geocities.ws/bermudesbio/simulado/virus_monera.html
http://www.infoescola.com/biologia/reino-fungi-fungoscogumelos/exercicios/
http://educar.sc.usp.br/ciencias/seres_vivos/seres_vivos_questoes.html
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-debiologia/reino-plantae
http://ecodope.blogspot.com/2009/04/exercicios-sobre-classificacaodos.html
http://www.copese.ufla.br/provas/pas_2005_2_prova_2.pdf
http://www.sobiologia.com.br/exercicios2.php?id_materia=8
http://marista.edu.br/maceio/files/2010/11/cienc_5ano_exercicio_revisao_
30nov10.pdf
http://www.sobiologia.com.br/exercicios2.php?id_materia=6
http://guiadoestudante.abril.com.br/arquivos/simuladaoGE_Q_CNatureza_
bx_15e16maio2010.pdf
http://www.atiliano.com.br/menu_exercicios.html
32
APÊNDICE A
Revisando o assunto: CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS
Palavras projetadas (ou escritas) no quadro:
1 – metabolismo
2 – célula
3 – autótrofos
4 – heterótrofos
5 – nutrição
6 – movimento
7 – adaptação
8 – evolução
9 – sensibilidade
10 – unicelulares
11 – reação
12 – reprodução assexuada
13 – reprodução sexuada
14 – vivíparos
15 – ovíparos
16 – fecundação interna
17 – fecundação externa
18 – divisão binária
19 – fotossíntese
20 – respiração
21 – aeróbios
22 – anaeróbios
23 – crescimento
24 – zigoto
25 – fecundação
26 – pluricelulares
27 – reprodução
28 – energia
29 – cloroplastos
30 – clorofila
33
APÊNDICE B
Revisando o assunto: CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS
Perguntas sobre as palavras projetadas:
1 – conjunto de reações químicas que proporcionam a manutenção da vida e a
reprodução de uma célula ou de um organismo.
2 – menor parte viva de um ser vivo onde ocorrem as reações químicas
necessárias à manutenção da vida.
3 – organismos que produzem seu próprio alimento.
4 – organismos que não produzem seu próprio alimento.
5 – mecanismo pelo qual os seres vivos obtêm alimento.
6 – capacidade que permite aos seres vivos deslocarem-se ou moverem partes
de seus corpos.
7 – fenômeno que permite aos organismos se adequarem ao ambiente em que
vivem.
8 – processo através do qual ocorrem as mudanças ou transformações nos
seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.
9 – capacidade de perceber estímulos do ambiente.
10 – organismos que possuem uma única célula.
11 – ação de responder a estímulos.
12 – processo reprodutivo em que não há participação de células reprodutoras
masculinas e femininas.
13 – processo reprodutivo em que é obrigatória a fecundação.
14 – organismos onde o embrião se desenvolve dentro do corpo da mãe.
15 – organismos onde, após a fecundação, a fêmea põe ovos no ambiente.
16 – processo pelo qual as células reprodutoras se encontram dentro do corpo
da mãe.
17 – processo pelo qual os gametas (células reprodutoras) se encontram fora
do corpo da mãe.
18 – tipo de reprodução assexuada em que uma célula se divide em duas
iguais a ela.
19 – fenômeno biológico no qual a energia luminosa + CO 2 são convertidos em
energia química (glicose) e oxigênio.
20 – mecanismo pelo qual os seres vivos absorvem o oxigênio e eliminam o
gás carbônico.
21 – organismos cuja presença do oxigênio é fundamental à vida.
22 – organismos que estão adaptados à ausência do oxigênio.
34
23 – processo pelo qual os organismos aumentam seu tamanho.
24 – célula originada a partir da fecundação.
25 – união das células reprodutoras masculinas e femininas.
26 – organismos que apresentam mais de uma célula.
27 – processo pelo qual as espécies se multiplicam.
28 – produto que permite aos seres vivos realizarem suas atividades cotidianas.
29 – local onde ocorre a fotossíntese dos seres clorofilados.
30 – pigmento verde que permite aos seres fotossintetizantes captarem a luz
solar.
APÊNDICE C
CARTELA PARA O BINGO
35
APÊNDICE D
PLACAS COM 20 x 30 cm.
36
APÊNDICE E
EXEMPLO DE QUESTÃO PARA A GINCANA:
1. Os anfíbios são assim denominados por sua principal característica, que é:
A) fase larval aquática e fase adulta terrestre.
B) respiração pulmonar.
C) ter o corpo revestido por pele.
D) ter vida exclusivamente aquática.
Valor: 5 pontos
REGRAS DA GINCANA
1. SOBRE O ACERTO DAS QUESTÕES:
 receberá os pontos da questão a equipe que levantar a placa referente à
resposta correta, quando for solicitada, sem esperar que outras equipes o
façam.
 será vencedora a equipe que somar mais pontos ao final das perguntas.
2. SOBRE AS PENALIDADES QUE IMPLICAM PERDA DOS PONTOS
OBTIDOS:
 Perderá o direito aos pontos da questão a equipe que esperar as outras
levantarem suas respostas para então se manifestar.
 Perderá os pontos da rodada a equipe que, ao acertar, bater nas mesas ou
gritar, atrapalhando a ambiência da atividade.
 Perderá o direito ao prêmio a equipe que, ao vencer a gincana, utilizar-se de
deboches com as demais equipes participantes.
EXEMPLO DE TABELA DE PONTOS PARA CONFERÊNCIA NO QUADRO*
* Pode ser modificada de acordo com o número de questões e de equipes.
1ª
EQUIPE
1
EQUIPE
2
EQUIPE
3
EQUIPE
4
EQUIPE
5
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
7ª
8ª
9ª
10ª
37
APÊNDICE F
Exemplos de curiosidades que podem ser utilizadas para iniciar a leitura de
diferentes conteúdos do livro em sala de aula (6ª. Série).
CONTEÚDO
História da Ciência
Astronomia
Classificação dos Seres Vivos
Reino Monera
Reino Protista
Reino Fungi
Reino Plantae
CURIOSIDADES
Lembrar que os cientistas lutavam
muito para conseguir provar suas
teorias e o quanto sofreram por isso
(Galileu, Marco Polo, etc.).
Enfatizar os avanços em relação aos
aparelhos hoje utilizados para estudar
os astros e comparar com os que
eram utilizados antigamente. Mostrar
por que alguns corpos deixaram de
ser considerados planetas. Apresentar
os primeiros homens que foram ao
espaço, contar um pouco sobre essa
ida.
Discutir sobre Aristóteles e sua
primeira classificação animal. Explicar
por que foi necessário classificar e
nomear os seres vivos cientificamente.
Dar exemplos de seres vivos que têm
diferentes nomes dependendo da
região. Exemplo: muriçoca (nordeste),
carapanã (norte) e pernilongo (sul e
sudeste).
Falar sobre as superbactérias, sobre
bactérias produtoras de insulina, etc.
Discutir a importância de se conhecer
a
prevenção
de
protozooses
endêmicas, e de adotar cuidados com
a alimentação antes de consumi-la.
Debater sobre a importância da
Penicilina na 2ª guerra mundial, dos
fungos úteis ao ambiente. Mostrar (via
vídeo) a decomposição de um
organismo e o quanto isto é
importante ao ambiente.
Apresentar as plantas como seres
ativos, que competem por luz solar,
que
criaram
estratégias
de
sobrevivência
(insetívoras/
modificando
suas
folhas
em
38
espinhos/abrindo
ou
fechando
conforme o estímulo/ produzindo
substâncias tóxicas para inibir o
crescimento de outras).
Reino Animalia
Relações Ecológicas
Litosfera
Hidrosfera
Apresentar a variedade de espécies
destes seres; utilizar, de acordo com
os
filos,
as
estratégias
de
sobrevivência deles, como as técnicas
para fugir de predadores (exemplos:
evisceração do pepino do mar, o
desprendimento da cauda de alguns
répteis);
mencionar
o
desaparecimento dos dinossauros e
suas possíveis hipóteses; mostrar o
poder de regeneração das estrelas do
mar, das esponjas do mar, etc.
Utilizar exemplos visuais da sua
própria região sobre a importância do
equilíbrio dos ecossistemas.
Apresentar os grandes vulcões ativos
no mundo, explicando a formação da
crosta
terrestre
a
partir
do
resfriamento do solo.
Interpretar a música PLANETA ÁGUA
e, a partir dela, explorar o ciclo da
água, sua importância fundamental à
vida e a confirmação de que a vida
surgiu na água, na „sopa primordial‟.
39
APÊNDICE G
EXEMPLO DE CARTÃO RESPOSTA PARA OS SIMULADOS
Nome:
A
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
Questão 6
Questão 7
Questão 8
Questão 9
Questão 10
Questão 11
Questão 12
Questão 13
Questão 14
Questão 15
B
C
D
40
APÊNDICE H
EXEMPLO DE ROTEIRO DE AULA PRÁTICA:
TEMA: Benefícios das Bactérias – Os Lactobacillus na preparação do
iogurte.
Data:___/___/___
Objetivo: Comprovar a ação benéfica das bactérias na produção de alimentos.
Materiais:

1 panela média

1 colher de pau

1 litro de leite.

1 copo de iogurte natural sem sabor.

300 gramas de polpa de fruta in natura ou congelada.

Açúcar ou adoçante a gosto.

Gelo picado.

Um liquidificador
Procedimentos:
No primeiro dia, prepare a base do iogurte colocando o litro de leite para
ferver. Assim que levantar fervura, apague o fogo e mexa com a colher de pau
por uns 20 minutos ou até o leite estar quase frio. Despeje o iogurte, mexa até
misturar bem, tampe e reserve em local fresco por, no mínimo, 24 horas (não
colocar na geladeira).
No dia seguinte, pegue a mistura preparada e coloque no liquidificador.
Acrescente a polpa de fruta, o açúcar, o gelo e bata, misturando bem os
ingredientes. Sirva imediatamente.
Sugira que eles levem copinhos descartáveis, colheres e sirvam o
iogurte para outras pessoas da escola.
OBS: Caso queira guardar na geladeira, o iogurte tem validade de 48 horas.
DA PRÁTICA À TEORIA
Sugestão de questionamentos feitos aos alunos após a aula prática.
1. Na preparação da primeira etapa, qual o objetivo de esfriarmos o leite
antes de adicionarmos o iogurte com os lactobacilos?
2. Pesquise a importância dos lactobacilos para o funcionamento do
intestino.
3. Pesquise qual o componente do leite que é transformado pela ação dos
lactobacilos.
41
APÊNDICE I
JOGO DE RÉGUAS PARA LEITURA DE DISLÉXICOS
Régua 1 - Usada para medir e para a tabuada.
Régua 2 - Auxilia na leitura de cada palavra em particular.
Régua 3 - Auxilia na leitura de cada linha.
Régua 4 - Auxilia no direcionamento quando o leitor volta para a esquerda.
Régua 5 - Permite a leitura na vertical, na horizontal e colunas.
(à venda no site da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA – vide LINKS
INTERESSANTES)
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