O Mundo [email protected] O ESTADO DO MARANHÃO - SÃO LUÍS, 29 de setembro de 2013 - domingo O FBI vem usando aviões não tripulados, conhecidos como drones, para rastrear suspeitos e examinar cenas de crime desde 2006, segundo relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Acordo na ONU sobre Síria pode levar a grande vitória, diz Obama Presidente dos EUA está esperançoso com o acordo para aprovar resolução que trata sobre o uso de armas químicas pela Síria; para o chanceler russo Sergei Lavrov, as nações ocidentais acusam sem provas o ditador sírio Bashar al-Assad W ASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se mostrou "esperançoso" com o acordo fechado para aprovar uma resolução do Conselho de Segurança (CS) da ONU sobre o uso de armas químicas na Síria, ao considerar que pode representar uma "vitória enorme" para a comunidade internacional. Em declarações aos jornalistas, sexta-feira (27), após receber na Casa Branca o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, Obama assegurou que o acordo feito entre EUA e Rússia para desbloquear as negociações no CS é algo que seu Governo "buscava há muito tempo". "O fato de se ter alcançado um marco que será votado, que será legalmente vinculativo, viável, executável, e que dispõe de consequências em caso de descumprimento (por parte do regime de Bashar al-Assad) é uma vitória potencialmente enorme para a comunidade internacional", assegurou Obama. O presidente americano considerou "duvidoso" que se pudesse haver chegado "a este ponto se não tivesse sido por uma ameaça crível de ação (militar) dos EUA", após o ataque com armas químicas do dia 21 de agosto nos arredores de Damasco, ao quais os EUA responderam com um anúncio de ataque seletivo Agência EFE que finalmente não realizou. "Sempre expressei minha preferência por resolver isto de forma diplomática, e aprecio o duro trabalho de nossos aliados internacionais para torná-lo possível”, destacou. Resolução - Obama destacou que a minuta de resolução "não só impede e previne um uso adicional de armas químicas, mas vai além para estabelecer como eliminar as armas (do país)". Além disso, contém um "respaldo explícito ao processo de Genebra I", como é conhecida a conferência sobre a Síria realizada em junho de 2012 na cidade suíça, "para tentar enfrentar o conflito que subjuga a Síria, e a necessidade de chegar a uma transição política lá". "Isto aponta para o que eu esperava quando falei esta semana (no plenário da Assembleia Geral) na ONU: que temos uma comunidade internacional que não só é capaz de falar, mas de tomar ações arrumadas para aplicar normas internacionais", ressaltou. O presidente admitiu, no entanto, que há "preocupações legítimas" sobre o processo "técnico" pelo qual as armas químicas vão ser tiradas do país enquanto o conflito continua. Acusação – Sexta-feira ( 27), o chanceler russo Sergei Lavrov Obama destaca a importância do acordo firmado entre EUA e Rússia acusou as nações ocidentais de acusarem sem provas o ditador sírio Bashar al-Assad de usar armas químicas. "O uso de armas químicas é inadmissível. Isso não significa, porém, que alguém se dê o direito de acusar e condenar", disse Lavrov na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York. Estados Unidos, Grã-Bretanha e França acusaram as forças de Assad de um ataque com armas químicas em Damasco em 21 de agosto. A Rússia, por sua vez, se colocou ao lado de Assad e culpou os rebeldes de oposição pelo ataque. Estados Unidos e Rússia chegaram a um acordo sobre uma resolução para a destruição do arsenal de armas químicas da Síria, que foi submetido a votação na noite de sexta, no Conselho de Segurança da ONU. "Todos os incidentes associados ao uso de armas químicas na “ Sempre expressei minha preferência por resolver isto de forma diplomática, e aprecio o duro trabalho de nossos aliados internacionais para torná-lo possível” Barack Obama, presidente dos Estados Unidos Síria devem ser investigados de uma maneira profissional e não enviesada", disse Lavrov. "Portanto, as acusações devem ser examinadas pelo Conselho de Segurança da ONU unicamente com base em fatos e não em alegações ou especulações", completou. Síria terá inspeção no arsenal NOVA YORK - A Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) deseja que as inspeções do arsenal químico na Síria comecem "no mais tardar" nesta terça-feira (1º), segundo o rascunho de um projeto votado sexta-feira (27). Os inspetores também deverão ter possibilidade de acesso a todos os locais suspeitos relacionados com o programa de armas químicas sírios, mesmo que não estejam incluídos na lista oficial divulgada pelo regime de Bashar al-Assad, segundo o rascunho do documento, obtido por agências de notícias internacionais. Isso, segundo a agência Associated Press, vai além da prática comum, já que a organização tem apenas inspecionado previamente locais declarados pelos estados-membros. O projeto, que está sendo discutido pelo conselho executivo da Opaq, estabelece a meta de destruir todas as armas químicas da Síria até "o primeiro semestre de 2014". A proposta convida os membros da Opaq a fazer doações em dinheiro para a operação de destruição acelerada do arsenal da Síria.